30 abril 2020

Conquista heroica


Os 45 anos do fim da Guerra de Libertação do Vietnã
Pedro Oliveira

A chamada “Guerra do Vietnã” , que os vietnamitas chamam de Guerra de Libertação, teve início em meados da década de 60 do século passado, após os patriotas e revolucionários vietnamitas terem derrotado completamente o  exército colonial mais experiente da época, o Exército Francês, na histórica batalha de DienBienPhu, em 1954. Os “conselheiros” americanos que atuavam já com os militares franceses resolveram substituir os franceses na tarefa de continuar a exploração do povo e das riquezas naturais do Vietnã.
Ao escrever seu Testamento --algum tempo antes de falecer em 1969 -- o líder e condutor da Libertação do Vietnã, Ho Chi Minh, gravou na alma do povo vietnamita as seguintes palavras:
“A guerra de resistência contra a agressão americana pode ainda se prolongar. Nossos compatriotas poderiam ter que consentir em novos sacrifícios em bens e vidas humanas. Ainda que assim seja, devemos estar determinados e combater o agressor americano até a vitória total. Nossos rios, nossos montes, nossos homens ficarão sempre. E o Yankee batido, construiremos o país dez vezes mais belo.Quaisquer que sejam as dificuldades e privações, nosso povo vencerá certamente. Os imperialistas americanos devem debandar seguramente. Nossa pátria certamente se reunificará. Nossos compatriotas do Norte e do Sul serão com certeza reunidos no mesmo teto. Nosso país terá a insigne honra de ser uma pequena Nação que terá vencido, em um combate histórico, dois grandes imperialismos – o francês e o americano – trazendo uma digna contribuiçãoao movimento de libertação nacional”.
Após seis anos deste Testamento escrito, exatamente às 13 horas do dia 30 de abril de 1975, o porta-voz da administração fantoche do Vietnã do Sul, Duong Van Minh, então denominado presidente da administração de Saigon, conclamava a todos os seus soldados adepor suas armas e incondicionalmente se render ao Exército de Libertação, dissolvendo a administração central em todos os níveis e cedendo o poder ao Governo Revolucionário Provisório da República do Vietnã do Sul.  Em seguida o representante do Exército de Libertação declarou alto em bom som: “Em nome do Exército de Libertação, aceito a rendição incondicional”.
Entre estes dois fatos históricos, podemos dizer que os agressores estadunidenses tiveram as seguintes perdas humanas e financeiras:
Foram 57 mil 692 oficiais e soldados mortos, 300 mil feridos, 100 mil inválidos;
41% dos veteranos de guerra foram presos após o fim do conflito;
40% dos veteranos ficaram desempregados nos Estados Unidos;
274 bilhões de dólares foi o cálculo feito pelos EUA com despesas diretas da guerra;
Outras despesas correlatas elevam o custo da guerra a 920 bilhões de dólares – enquanto as despesas da II Guerra mundial são calculadas em 341 bilhões e a Guerra da Coréia avaliada em 54 bilhões de dólares;
Muitos veteranos de guerra cometeram suicídio; enquanto outros sofreram de doenças mentais; A rádio Voz da América do dia 29 de março, em1989, relatou que cerca de 480 mil soldados que lutaram no Vietnã sofreram doenças mentais, e não lhes foram fornecidos o tratamento adequado e outros se recusaram a fazer o tratamento;
Acrescentando às despesas diretas, outros custos aos feridos, pensões a oficiais, entre outras despesas em juros, pode-se dizer que os custos globais da guerra chegam ao montante de 1 trilhão e 647 bilhões de dólares, ou seja 19 mil e 965 dólares por cada americano da população dos EUA na ocasião;
Durante o pico da guerra,os EUA utilizaram contra o Vietnã 6 mil 431 helicópteros táticos, 197 B-52 bombardeiros estratégicos, dos quais de 1961 a 1975 33 mil e 68 aviões de vários tipos foram destruídos ou capturados no Vietnã do Sul;
De agosto de 1964 a janeiro de 1973, 4 mil e 181 aviões da Força Aérea americana foram derrubados no Vietnã do Norte;
De 1964 a 1973, 296 navios foram afundados pelo Vietnã do Norte no Mar do Sul da China;
De 1961 a1975, foram destruídos ou capturados 38 mil 835 tanques de guerra e carros armados, 13 mil 153 peças de artilharia desativados.
Do lado vietnamita:
Dois milhões e 284 mil pessoas morreram no conflito, dos quais1 milhão e 921 mil vietnamitas;
450 mil civis sul-vietnamitas morreram entre 1965 e 1975;
40 mil civis sul-vietnamitas foram executados na implementação do Projeto Fênix dos EUA;
176 mil soldados do regime de Saigon morreram entre 1961 e 1972;
900 mil soldados combatentes no Norte e da FLN morreram entre 1961 e 1972;
200 mil civis norte vietnamitas morreram entre 1961 e 1975;
200 mil cambojanos morreram entre 1969 e 1975;
100 mil laosianos morreram entre 1964 e 1973;
58 mil e 151 norte americanos morreram,e
Cinco mil aliados americanos morreram durante a guerra.
Outras vítimas da guerra:
Três milhões e 200 mil vietnamitas, cambojanos e laosianos feridos;
14 milhões e 305 mil refugiados, dos quais 10 milhões e 472 mil no sul do Vietnã e 3 milhões e 83 mil no Camboja e 750 mil no Laos;
No sul do Vietnã registraram-se, ademais, 300 mil órfãos;
800 mil crianças perderam um de seus pais;
83 mil amputados;
181 mil incapacitados;
40 mil surdos ou mudos;
Oito mil paraplégicos;
131 mil viúvas da guerra;
200 mil mulheres induzidas à prostituição e 100 mil prisioneiros políticos;
No Camboja contam-se 480 mil civis mortos ou feridos e 260 mil órfãos ou meio órfãos;
No Laos, 350 mil civis morreram ou ficaram feridos.
Toneladas de bombas e munições empregadas
Os Estados Unidos empregaram 15 milhões e 500 mil toneladas de bombas e munições de todo o tipo na Indochina, das quais 12 milhões no sul do Vietnã. Estima-se que tamanho poderio equivaleria a 640 bombas atômicas do tipo utilizado em Hiroshima, quase duas vezes e meia do total usado em toda a Segunda Guerra Mundial (Seis milhões de toneladas);
Sete milhões e 800 mil toneladas de bombas jogadas pelos EUA na Indochina;
Sete milhões e 500 mil toneladas de munições empregadas pelas forças terrestres americanas;
200 mil toneladas de munições usadas pelas forças navais contra alvos terrestres.
Destruição ao final da guerra:
26 milhões de crateras causadas por bombas, das quais 21 milhões no sul do Vietnã;
Mil milhas quadradas do Sul do Vietnã foram aplainadas por tratores;
Mil milhas quadradas foram destruídas por bombas incendiárias ou de alto impacto;
Entre 150 mil e 300 mil toneladas de munições não explodidas encontram-se espalhadas por toda a Indochina.
Este quadro de horror e destruição foi o resultado de uma política imperialista naquele pequeno território do sudeste asiático. Estes dados que se pode obter no Museu da Guerra na atual Cidade de Ho Chi Minh – como foi denominada a antiga capital do Vietnã do Sul, Saigon – são os dados quantitativos de uma tragédia organizada e levada a cabo por três administrações de governos dos Estados Unidos, contra um país pobre, pequeno e praticamente desarmado. Mas o pior não está nestes números, mas na utilização de um gás chamado agente laranja e outros produtos tóxicos desfolhantes usados para destruir lavouras e abrir clareiras para identificar a resistência popular dirigida pela FNL. No Museu, sabe-se , por exemplo, que 19 milhões de galões de herbicidas, a maioria sendo agente laranja, foram empregados pelos EUA na guerra de 1961 a 1971, agente que causa câncer e outros problemas de saúde e que 200 mil veteranos de guerra dos EUA foram afetados pelo produto.
Tive a oportunidade de visitar este Museu da Guerra em 2008, fazendo parte de uma delegação do Partido Comunista do Brasil que visitou o Vietnã, dirigida pelo então presidente do PCdoB, Renato Rabelo.  Fiquei vivamente impressionado com o que vi. Fotos dramáticas de tortura aos presos políticos, e também de vietnamitas afetados pelo agente laranja até os dias atuais, um crime inacreditável.
Da mesma forma se pode conhecer no mesmo Museu -- por muitas fotos e cartazes o apoio à luta dos vietnamitas e pela paz em inúmeros países – o outro fator decisivo para a solução da guerra de Libertação: manifestações e lutas de resistência ocorreram nos principais centros políticos do mundo, especialmente na França, nos Estados Unidos e em países da América Latina, da África e da Ásia. No último dia 25 de abril, por exemplo, comemorou-se nos EUA a marcha que reuniu 500 mil pessoas contra a Guerra do Vietnã. No Brasil, também realizamos inúmeros atos pela paz e contra a guerra em universidades e apitais de vários Estados brasileiros.
No documento do PCdoB por ocasião do aniversário de nascimento de Ho Chi MInh– e este ano teremos a comemoração dos seus 130 anos – está dito: ”Foi possível descortinar a possibilidade de vitória de um pequeno país dominado pelo colonialismo sobre um império colonial poderoso, mais forte e melhor equipado do ponto de vista militar. Ho Chi Minh concebeu a resistência como uma guerra insurrecional – uma guerra de todo o povo oprimido. A luta de resistência deveria levar em consideração as posições de força, as oportunidades, as condições do terreno e de clima e a união do povo. Este último fator foi fundamental em função do patriotismo, da tradição de luta contra os agressores estrangeiros, a consciência política e organizativa que se transformou numa verdadeira muralha de aço contra os inimigos da pátria. De uma forma mais abrangente, a luta se desenvolveu em várias frentes ao mesmo tempo: na esfera militar propriamente dita, no plano político, econômico, cultural e diplomático”.Ou seja, é possível derrotar o imperialismo com a mobilização completa do povo oprimido.
Em um dos Escritos de Ho Chi Minh, carinhosamente chamado pelo povo de Tio Ho, sobre “Como escolhi o leninismo” podemos ler: “De início, foi o patriotismo e não o comunismo que me deu confiança em Lênin e na III Internacional. Etapa por etapa, sempre através da luta, estudando o marxismo-leninismo através das minhas atividades no partido, cheguei, gradualmente, à conclusão de que somente o socialismo e o comunismo poderiam libertar as nações oprimidas e a classe operária de todo o mundo da escravatura”.

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Quem trabalha contra o povo


O “bozo” e os bancos são os maiores assassinos
Isaac Cassimiro

Até hoje, 28/04/2020, 5017 brasileiros morreram de coronavírus. Desde que esse vírus chegou ao Brasil o "bozo" vem tendo uma atitude contra as orientações dos especialistas e a favor do mercado financeiro, bancos para quem não sabe.  Os motivos são:
1)    Por mais que se abram leitos de UTI ou qualquer outra estrutura para atender os doentes, inclusive com falsa caridade, como 1 bilhão doado por um banco, nada disso vai resolver o sofrimento e o risco da perda de vida, pois enquanto não se conseguir uma vacina o isolamento social é o único remédio efetivamente eficaz, para usar um “palavreado” banqueiro.
2)    Isolamento social só funciona se as pessoas tiverem suas necessidades básicas atendidas para isso o governo federal, o "bozo", e não os governadores teriam que pagar para as pessoas ficarem em casa;
3)    Como não existe almoço grátis os recursos para pagamento dos auxílios teriam que vir de onde está disponível, há hoje 1,5 trilhões de reais, cerca 50% do orçamento do governo federal, reservado aos bancos. A destinação desses recursos para a proteção à vida, a saúde e ao emprego passam a ser fundamentais.
4)    Essa destinação só é possível se realizarmos uma moratória em favor da vida. Os bancos sabendo disto e já acertaram com o tesoureiro do "bozo", Guedes, que isso eles não aceitam. Diante disso o "bozo" passou a defender o fim do isolamento social. Creio eu que os bancos devem ter garantido o financiamento da reeleição do "bozo" e mais algumas coisinhas.
5)    Qual a saída: A imediata substituição do “bozo”, sua prisão e a decretação da moratória. Isso só será possível com uma grande mobilização popular de amplos setores nacionais, principalmente o produtivo - que só assim poderá receber financiamento para manter os empregos a custo zero. Essa mobilização não comporta preconceitos nem limitações, pois os bancos não irão permitir que façamos uso dos nossos recursos para salvar vidas.
6)    Para concluir: pelos motivos elencados o “bozo” e os bancos são os maiores assassinos do Brasil, pois ambos têm noção do risco que estamos correndo.
É necessário dizer que não existe contradição entre defender a vida e defender emprego, pois só existe emprego se existir vida. Até os coveiros sabem disso. Se alguém apresenta essa contradição é porque está mal intencionado.

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Mais contratações no Recife


Prefeitura do Recife contrata mais 802 profissionais para os hospitais de campanha da covid-19

Portal da PCR

O prefeito Geraldo Julio anunciou, nesta quinta-feira (30), a contratação de mais 802 profissionais como reforço para enfrentamento da pandemia de covid-19, nos últimos oito dias. No total, já são mais de dois mil trabalhadores mobilizados em menos de dois meses. O número inclui contratados de forma efetiva e temporária para atuação nos hospitais de campanha da Prefeitura do Recife, no Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), nas unidades de Atenção Básica, Vigilância à Saúde, entre outros. O esforço contínuo de contratação faz parte do Plano Municipal de Contingência Covid-19.
"Com essas contratações, chegamos ao número de 2.148 profissionais contratados pela Prefeitura do Recife para atuar na rede de atendimento aos pacientes da covid-19 criada pela Prefeitura. Com a chegada desses novos profissionais, reforçaremos o atendimento nos sete hospitais de campanha que criamos para o enfrentamento à pandemia", disse o prefeito em live transmitida do edifício sede da Prefeitura do Recife, na manhã de hoje. 
Desses 2.148 novos trabalhadores mobilizados pela gestão municipal, mais de 1.600 foram nomeados através de concurso público e convocados em seleções simplificadas e credenciamento, enquanto cerca de 500 foram remanejados de outras áreas para assumir a linha de frente da pandemia.
Para agilizar a contratação efetiva de mais profissionais, recentemente a Prefeitura do Recife antecipou, em mais de um mês, a homologação do concurso público para cargos de níveis médio, técnico e superior da Secretaria de Saúde do Recife. Os aprovados estão constantemente sendo nomeados para assumirem os cargos efetivos. 
Além disso, ao invés de abrir uma nova seleção simplificada para suprir algumas necessidades emergenciais e temporárias da pandemia, a Secretaria de Saúde do Recife também tem convocado aprovados no concurso para assumir cargos temporários. Autorizadas por decreto municipal, essas convocações excepcionais por tempo determinado não interferem no andamento da fila de contratações efetivas do certame.
Parte dos reforços mobilizados pela gestão municipal vão trabalhar nos mais de mil leitos de enfermaria e UTIs previstos no Plano Municipal de Contingência Covid-19. Dos 947 que já estão com a estrutura física pronta, 382 estão abertos para os pacientes com suspeita ou confirmação de covid-19 (91 leitos de UTI e 291 de enfermaria). Nesta quinta-feira, 238 pacientes estão internados nos leitos municipais - 70 nas UTIs e 168 nas enfermarias.
"Temos, entre esses profissionais mobilizados agora, gente experiente, que tem anos de estrada no atendimento de pacientes que exigem terapia intensiva, e também pessoas mais novas, que chegam para somar nos cuidados aos pacientes com covid-19. O treinamento desses médicos é feito pelas organizações sociais que gerem os hospitais provisórios, por nossa rede, que também faz o treinamento assim que essas equipes chegam, e eles são ainda treinados em serviço, orientados por profissionais mais experientes. É assim que se aprende medicina, na verdade", afirmou o secretário de Saúde, Jailson Correia.
[Ilustração: Foto de Andrea Rêgo Barros]

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Exercício de frente ampla


Viva o Primeiro de Maio unificado!
Nivaldo Santana*

Na celebração do 1º de Maio no Brasil, pela primeira vez o ato unitário convocado pelo Fórum das Centrais será realizado pela Internet. Adotar as redes sociais foi a opção criativa dos dirigentes sindicais para driblar os limites impostos pela pandemia.
Um amplo leque de lideranças sindicais, sociais e políticas intercalarão seus pronunciamentos com apresentações culturais de dezenas de artistas comprometidos com as bandeiras do ato – a defesa da saúde, da democracia, do emprego e da renda.
O ato ocorrerá neste 1º de maio das 11h30 às 15h30. Pelas redes das centrais sindicais e dos sindicatos será possível o acompanhamento. As quatro horas do ato serão divididas em dois grandes blocos.
O primeiro terá como foco a agenda do trabalho, a solidariedade aos trabalhadores da saúde e ao fortalecimento do SUS, a proteção do emprego e do salário, a valorização dos sindicatos, a luta pela superação da atual crise e a solidariedade social.
O segundo bloco começará com mensagens ecumênicas, seguida de mensagens dos partidos, lideranças políticas e sociais do Brasil e do exterior. As centrais sindicais serão representadas pelos seus presidentes e por suas lideranças femininas.
Também participação os ex-presidentes Lula, Dilma e Fernando Henrique, os governadores Flávio Dino e Eduardo Leite, Fernando Haddad, Manuela d’Ávila, Ciro Gomes, Marina da Silva e os presidentes da Câmara Federal, do Senado e do STF.
As bandeiras justas e a amplitude política do ato se justificam. É a construção de uma ampla frente de salvação nacional para enfrentar o desgoverno de Bolsonaro e sua política de destruição da vida, da saúde, do emprego e da economia nacional.
O povo brasileiro sofre as consequências dramáticas da pandemia da Covid-19, com milhares de mortos e infectados, e a negligência criminosa do governo, que se recusa a seguir as medidas de proteção à vida e à saúde preconizadas pela OMS.
Além da tragédia sanitária, que deve se agravar nas próximas semanas, os trabalhadores e o povo brasileiro suportam o aumento do desemprego, a perda de renda e a lentidão dos órgãos oficiais na adoção e aplicação de medidas emergenciais.
Por estas razões, agiu bem as lideranças do sindicalismo brasileiro em protagonizar um 1º de Maio amplo, unitário e combativo, uma necessidade imperiosa para enfrentar os dois principais males do país na atualidade: a covid-19 e o desgoverno Bolsonaro.
Viva o 1º de Maio! Em defesa da saúde, da democracia, do emprego e da renda!
(*) Secretário Sindical Nacional do PCdoB, secretário de Relações Internacionais da CTB

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Indignada defesa do povo

O deputado Renildo Calheiros, em pronunciamento firme e esclarecedor, cobra do presidente da República suas responsabilidades no enfrentamento da pandemia do coronavírus.

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Guerra digital

A veiculação de notícia falsa ou parcialmente falsa, juízos de valor distorcidos ou desconectados da realidade alimentam o bolsonarismo, como nos EUA dão sustentação a Trump. As redes sociais são o seu campo preferencial. Têm força, porém não são imbatíveis. O trabalho organizado em favor da verdade https://bit.ly/2YkRrpa pode acumular forças gradativamente e se tornar majoritário. 

Queixa

Nas redes sociais crescem as queixas contra Bolsonaro pelas dificuldades de recebimento dos R$ 600 do auxílio emergencial, que o governo federal adotou por decisão do Congresso Nacional. Com razão.

29 abril 2020

"Desleal e irresponsável"


Flávio Dino contesta “declaração desleal e irresponsável” de Bolsonaro. O governador do Maranhão afirmou, em entrevista ao portal UOL, que só Bolsonaro pode evitar colapso na Saúde. Para ele, é hora de cobrar do presidente ações imediatas para evitar o colapso do sistema de saúde. Leia mais https://bit.ly/2y3Ov5U

Peso próprio relevante


A oportunidade de retomar o projeto industrial da Embraer, por Luis Nassif

O acionista só analisa o fluxo de resultados da empresa. O interesse nacional analisa as chamadas externalidades positivas, o impacto na criação da cadeia de fornecedores, na geração de empregos
Luis Nassif, Jornal GGN

Há um desconhecimento básico da lógica da fabricação de aviões. Não existe separação entre tecnologia de aviões militares e civis. Os militares permitem, muitas vezes, o desenvolvimento de tecnologias que só ganham escala se houver aproveitamento na fabricação civil.
No caso da Embraer, além da interação entre indústria de defesa e comercial, há todo um ecossistema tecnológico desenvolvido no seu entorno, e que poderia ser destruído se houvesse a concretização da venda para a Boeing.
Há duas lógicas em relação à Embraer. A lógica dos acionistas é obter o máximo de retorno do capital investido; e a lógica nacional, que leva em conta os impactos da empresa no desenvolvimento tecnológico e na criação de um ecossistema de inovação.
O acionista só analisa o fluxo de resultados da empresa. O interesse nacional analisa as chamadas externalidades positivas, o impacto na criação da cadeia de fornecedores, na geração de empregos e tributos, no desenvolvimento tecnológico – que se esparrama pelos fornecedores e pelo sistema brasileiro de inovação.
Justamente por isso, na sua privatização foi mantida uma “golden share” nas mãos do Estado, o direito do governo de opinar sobre mudanças de controle da empresa, para impedir que resultem em prejuízo do interesse nacional. O governo Michel Temer ignorou esse interesse, quando a Boeing apareceu com um caminhão de dinheiro oferecido aos acionistas, permitindo a venda do controle.
A licitação FX, de aquisição dos novos caças brasileiros, foi vencida pela Gripen sueca – escolha da Aeronáutica -, devido à possibilidade de transferência de tecnologia para empresas brasileiras que participariam conjuntamente do seu desenvolvimento.
Além de sócios na fabricação do Gripen, a tecnologia absorvida serviria para dar um enorme impulso na fabricação dos aviões executivos e de médio porte da Embraer e se espalhar por outros setores da economia.
A venda para a Boeing encerraria esse ciclo. A tecnologia absorvida na parceria com a Gripen não poderia mais ser aproveitada pela aviação comercial e executiva. E haveria enorme perda de escala nos custos de desenvolvimento e no desenvolvimento tecnológico nacional.
A Aeronáutica se preparou com esmero para essa parceria com a sueca Saab, envolvendo governo federal – que entrou com os recursos -, rede de fornecedores brasileiros e engenharia militar.
Para tocar o projeto, foi criada uma Comissão Coordenador do Programa Aeronave de Combate (Copac), diretamente subordinada ao Diretor-Geral do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial, vinculada ao Estado-Maior da Aeronáutica. Coube ao Copac negociar os acordos de offset (as contrapartidas exigidas do parceiro externo, como condição para a importação de bens).
Acertado o acordo, de fabricação inicial de 15 aviões, todos os parceiros nacionais selecionados enviaram engenheiros e técnicos para a Suécia, para absorver várias tecnologias envolvidas no projeto.
A Embraer enviou 160 engenheiros e 80 técnicos para a Suécia. A Atech mandou 26 engenheiros para absorver a tecnologia de simuladores e sistemas de suporte. A Mectron enviou 12 engenheiros, para integração de armamento, data link e suporte logístico ao radar. A Akaer, mais 7 engenheiros, para absorver os conhecimentos sobre desenvolvimento da estrutura das aeronaves. A Inbra outros 43 profissionais para conhecer os sistemas de fuselagem dianteira, traseira, asa. A AEL outros 8 engenheiros, para a área de desenvolvimento de Equipamentos aviônicos e software.
Esse conhecimento ajudaria no desenvolvimento de novos aviões executivos e comerciais e transbordaria para outros setores da economia e até para exportação futura.
No início da parceria, previa-se a criação de 2.300 emprego diretos no setor aeroespacial e 14.650 empregos em outros setores da economia.
Com a desistência da Boeing, e com a necessidade de aporte por parte do BNDES, é a oportunidade de repensar a reintegração da Embraer ao projeto original.
É hora da Aeronáutica defender seu projeto original, ajudado, agora, pela explicitação, nessa guerra contra o coronavirus, da importância da tecnologia autônoma.
Porque se depender do terraplanismo ideológico de Paulo Guedes, sua reação a um eventual desaparecimento da Embraer será similar à do seu chefe, quando informado das mais de 5 mil mortes por coronavirus no Brasil: “e daí?”.

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Marcelino Granja, presidente estadual do PCdoB, indica a ação militante em defesa da vida e em oposição ao governo anti-povo de Bolsonaro.

Saúde sob risco


Em documento, relatores das Nações Unidas criticam governo brasileiro por colocar a economia acima das vidas e pedem suspensão do teto de gastos. “A epidemia da Covid-19 ampliou os impactos adversos de uma emenda constitucional de 2016 que limitou os gastos públicos no Brasil por 20 anos”, dizem os relatores. Leia mais https://bit.ly/2xktmnr

Inaceitável insensibilidade


E daí, presidente? Basta!
Luciano Siqueira


Desde que a Organização Mundial da Saúde passou a tratar a onda de contaminação pelo novo coronavírus como pandemia, governos nacionais do mundo inteiro, com duas três e3xceções, passaram a tomar as medidas necessárias.

O governo brasileiro, não.

Mesmo os esforços do ex-ministro da Saúde Luis Henrique Mandetta, em sintonia com as orientações da OMS, sempre foram defasados no tempo e na intensidade.

O próprio ministro assumira o cargo do início do governo Bolsonaro numa postura abertamente associada aos interesses dos grupos privados de saúde e hostil ao Sistema Único de Saúde-SUS.

Socorrer o sistema público diante da demanda que seria — como tem sido — crescente, em razão da história natural da covid19, implica dispêndio ágil de recursos em grande monta.

Entretanto, governo federal, através do Ministério da Saúde, socorreu estados e municípios até agora a conta gotas.

E o mais grave de tudo é que aquele que, por dever de ofício, deveria ter assumido comando geral das ações, em estreita ligação com os demais entes federados, o presidente da República, persistiu em criminosa subestimação da gravidade do problema.

Jamais abriu mão do uso de epítetos como “gripezinha”, sempre esteve alheio às informações concretas a respeito da evolução da pandemia nosso país.

Numa espécie de contraponto maroto, Bolsonaro insiste em tratar a pandemia como evento natural (um dos seus conselheiros chegou a afirmar que seria menos grave do que um surto de influenza) e jogou todas as suas fichas na suposta intenção de socorrer a cambaleante economia nacional, cuja crise se agrava acelerada mente com a pandemia.

Nenhuma coisa, nem outra.

O chefe do governo se conserva alheio à crise sanitária e às dramáticas estatísticas diárias de infectados e mortos; e tudo que fez até agora na esfera econômica, particularmente o auxílio emergencial à população mais necessitada e o socorro a estados e municípios, o fez como que se pode dizer na marra, sob a pressão de decisões do Congresso Nacional.

Ontem, arguido por uma repórter a respeito da escalada de óbitos que infelicita alguns milhares de famílias brasileiras, retrucou com a sua insensibilidade costumeira: “E daí?“

Daí, senhor presidente, é que Vossa Excelência a cada dia perde as condições de continuar governando o país!

A sociedade brasileira toma consciência disso e certamente pressionará por uma solução institucional que o afaste do cargo que ocupa sem ter tido jamais a dimensão da tarefa.

É questão de tempo. Basta!

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A vida que vale viver


Lições de humanidade em meio à miséria e à pandemia
Edilson Silva

Essa na foto acima é Dona Luzinete, moradora da Rua da Zoada, no bairro do Coque (menor IDH do Recife). Pedi a sua autorização para fotografar.

Em nossa campanha da Unegro Recife, de arrecadação e doação de cestas básicas, deixamos duas pra entregar de forma avulsa, na comunidade, pra pessoas que sequer se antenam em se organizar e buscar um mínimo apoio como este. Saí com meu carro, eu e Ana Cláudia Vasconcelos, pelas ruas mais pobres da comunidade, buscando pessoas assim.

No meio do caminho, vários homens, sentados nas calçadas, com suas carroças estacionadas, uns cavalos magros pelos terrenos. Claudinha quis entregar a eles, mas refletimos que era mais “seguro” entregar as cestas a mulheres, pois era uma garantia maior de que o donativo não se desvirtuaria.

Foi então que vimos aquela senhora, na porta de sua moradia, bem precária. Eu e Cláudia dissemos: será pra ela. Parei o carro, me aproximei e perguntei: a senhora está precisando de algum auxílio? Tenho aqui cestas básicas, a senhora quer uma? A resposta dela: “precisando eu estou muito, mas tem gente por aí precisando mais do que eu. Procure...”.

Eu quase fiquei sem ação, fiquei desconsertado, emocionado. Aquela mulher franzina, com aquela aparência frágil, empobrecida, se transformou num gigantesco monumento moral ali na minha frente. Pedi então a ela que indicasse duas famílias que ela julgava merecerem as cestas. Nesta hora chegou um senhor perto da gente e ela se apressou: “dê a esse aqui! Ele tem família grande, muitas crianças...”. Deixei com ela a outra cesta, que ela disse que iria entregar a uma mãe que estava em dificuldades. Queria ter centenas de cestas pra sair com ela, sob seu comando, ajudando mais gente.

Obrigado pela lição de vida e de ética, Dona Luzinete! Em tempos de tanta desilusão com o animal humano, a senhora me deu um sopro enorme de esperança.

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Atenção, pré-candidatos!

‘Adiamento das eleições municipais de outubro é uma possibilidade real’, diz Barroso, presidente eleito do TSE’ [É o que o bom senso recomenda. Mas os pré-candidatos têm que se preparar https://bit.ly/2SzQENN]

Nó cego

‘Ministro do STF suspende nomeação de Alexandre Ramagem para o cargo de diretor-geral da Polícia Federal’ [Ligações estreitas com o clã Bolsonaro é a razão. Desmoralizante] http://bit.ly/2zG2mzJ