30 novembro 2022

Declínio

Num mundo em transição, em perspectiva o dólar americano deixará de ser a grande referência de reserva de valor do planeta, ainda responsável por mais de 80% das transações globais - mas em declínio.

O golpe da crise permanente do mercado https://bit.ly/3V7IsCy

Humor de resistência: Duke

 

Duke

Suplantar a cultura do ódio é uma luta de longo curso https://bit.ly/3Us8tfj




Bloqueio criminoso

Bolsonaro raspa cofres e pode paralisar universidades. Depois de recuar no período eleitoral, Bolsonaro bloqueou no apagar das luzes R$ 244 milhões das universidades. MEC tem bloqueio total de R$ 1,6 bi. Leia mais https://bit.ly/3ON4jNh

Agronazifascismo

O Brasil do agronazifascismo

Com o fim da Segunda Guerra Mundial, na Alemanha nazista existia uma grande corporação chamada IG Farben (a quarta maior do mundo na época), desmembrada nas atuais Agfa, BASF, Hoeschst e Bayer, sendo as três últimas lideranças na produção de agrotóxicos
Luiz Fernando Leal Padulla, Le Monde Diplomatique


O título pode parecer um exagero no primeiro momento, mas não é. Explico.

Primeiro é importante lembrarmos que os produtos químicos, em especial os inseticidas organoclorados e organofosforados, assim como herbicidas com base em hormônios sintéticos tiveram sua origem na década de 1920, durante a Primeira Guerra Mundial, quando alemães usaram gás clorídrico contra seus inimigos.1

Mais tarde, seriam eles os precedentes das câmaras de gás dos campos de extermínio nazistas, que contou com os químicos Fritz Haber e Ferdinand Flury, membros da Sociedade Alemã para Controle de Pragas, no desenvolvimento de um pesticida à base de cianureto, posteriormente transformado e patenteado por Walter Heerdt no composto Zyklon-B, usado nos extermínios de Auschwitz-Birkenau e Majdanek.2 Os organofosforados atuam diretamente no sistema nervoso central e, nas chamadas pragas, são os produtos conhecidos como Bladan e Parathion. Já para o uso como armamento químico, foram desenvolvidos o Tabu n e o Sarin, com a tutela do nazista Gerhard Schrader.2

Com o fim da Segunda Guerra Mundial, na Alemanha nazista existia uma grande corporação chamada IG Farben (a quarta maior do mundo na época), desmembrada nas atuais Agfa, BASF, Hoeschst e Bayer, sendo as três últimas lideranças na produção de agrotóxicos, termo cunhado pelo professor brasileiro Adilson Dias Paschoal em 1976.2,3

No âmbito mundial, surge o período da chamada “Revolução Verde”, com a bandeira de produzir mais alimento para o mundo, enquanto na verdade, era a solução para converter o complexo industrial bélico e suas tecnologias para a agricultura. Sendo assim, as ditaduras impostas pelos Estados Unidos, incluindo a do Brasil na década de 1960, servem como aliadas ao império estadunidense que passa a exportar o “modelo moderno” da agricultura do latifúndio/monocultura, através de projetos financiados pela Fundação Rockefeller, Fundação Ford e pelo próprio g overno central via United States Agency for International Development (Usaid).4

Tecnologias essas que vão além: maximizar a produção em menor tempo, usar poucos genótipos e a artificialização dos ambientes produtores.

No caso da produção animal, tudo isso também favorece o surgimento e rápida proliferação de doenças, como no caso da gripe H1N1 e, mais recentemente, da Covid-19, causando o abate em massa por meio de asfixia de milhares de aves, tal como nazistas fizeram com aqueles que perseguiam.5


Leia também: O  Brasil enfrenta conspiração envolvendo think tanks, pastores evangélicos, agentes infiltrados nas corporações públicas, inclusive no Exército https://bit.ly/3V7iw9u

No Brasil, em 1970, surge o Programa Nacional de Defensivos Agrícolas..4 No entanto, somente no final da década de 1990 e início dos anos 2000 é que se dá o boom dos agrotóxicos, com o avanço e a legalização da soja transgênica, o que fez com que aumentassem as áreas de plantio e, consequentemente, o uso de agrotóxicos.6

Curiosamente, nesse mesmo período os bancos passam a ser proprietários dessas terras.

Surgem assim os “argumentos” contra a “ameaça comunista” que, como sempre, desinforma com mentiras e planta o medo na população mais ignorante e acrítica. Vale lembrar aqui que na década de 1960 o medo era esse mesmo: “derrubar Jango antes da reforma agrária”.7,8 Tudo isso porque o grande capital teme a perda de parte de seu lucro – veja bem: parte do lucro, pois continuariam a lucrar.

As cinco gigantes (Syngenta, Basf, Bayer/Monsanto, Corteva e FMC) seguem com esse modelo de destruição e morte, utilizando do capital para camuflarem o que são e o que fazem. Por sinal, essas cinco grandes transnacionais dos agroquímicos são respons&aacu te;veis por mais de 70% de todo mercado mundial.9

Outro aspecto interessante é que são empresas financiadoras dos golpes – militares e parlamentares – pois a elas sempre interessou uma fragilidade tanto nas políticas ambientais como trabalhistas, afinal, mais do que fornecer matéria-prima barata, q uerem continuar lucrando com moléculas já proibidas na Europa, usando os países do sul para isso.10,11 O Sistema Único de Saúde (SUS) também é alvo desses interesses, principalmente pela estruturação da Vigilância em Saúde Ambiental (VSA), responsável pela vigilância epidemiológica das doenças e agravos à saúde humana associados a contaminantes ambientais, especialmente os relacionados à exposição a fatores de risco, como amianto, mercúrio, benzeno, chumbo e agrotóxicos.12

É também no agronegócio que a escravidão permanece viva em senzalas contemporâneas, explorando a mão de obra de forma desumana13,14 e até mesmo pulverizando seus venenos em populaçõ es e comunidades rurais, quilombolas e indígenas como objetivo de extermínio e expulsão das terras.15,16,17

Esse é o breve histórico do agronegócio e suas raízes nazifascistas. Um sistema que visa o lucro via commodities e concentraç&atild e;o de terras, mesmo que para isso gere fome e mate as pessoas e o meio ambiente.

Lucram com o rentismo e com a necropolítica baseada no veneno. Para que se tenha uma ideia, 79% dos agrotóxicos utilizados em território brasileiro estão concentrados em quatro culturas (52% na soja, 10% no milho, 10% na cana-de-açúcar e 7% no alg odão) que não são utilizadas como comida. A soja e o milho são produzidos quase que em sua totalidade para alimentação animal aqui ou no exterior (no caso, 93% da soja e 80% do milho).18, 19 E a expansão dessas culturas de commodities segue crescendo, enquanto as áreas de feijão, arroz e mandioca caem a cada ano, desde 2016, gerando ainda mais insegurança alimentar à população brasileira.20

É fundamental que lembremos algo que nos omitem: não há limite seguro para o consumo de agrotóxicos. A dose de venenos que usam, apesar de pequena em relação à nossa massa corpórea, pode não nos matar de imediato, mas gradativ amente nos intoxica e adoece. Isso é ainda mais gritante quando se sabe que mais de 70% do alimento que consumimos está contaminado com algum tipo desses pesticidas, sendo 28% contendo substâncias não autorizadas pela Anvisa (ou seja, sem sabermos os reais efeitos em nosso organismo e saúde). Sendo o Brasil o país que lidera o ranking de consumo de agrotóxicos, temos uma média de 7 litros de venenos consumidos anualmente por cada cidadão.14

Leia também: Pressões do todo poderoso mercado financeiro sobre o novo governo Lula https://bit.ly/3Ao7Xak

Em recente estudo que testou a presença de 27 pesticidas na água dos brasileiros, 21 destes estão proibidos na União Europeia por justamente oferecerem riscos à saúde e ao meio ambiente.21 Somente entr e janeiro de 2019 a junho de 2022, dos 1801 agrotóxicos liberados, 818 (ou seja, 50,8%) continham pelo menos um ingrediente ativo banido na União Europeia.22,23

(Em tempo: por que não se fala em epidemia, e até mesmo pandemia dos casos de câncer, muitos deles associados justamente com esses agrotóxicos? Lideram as mortalidades por neoplasias os estados do Rio Grande do Sul, Paraná, Santa Catarina.)24,25

Além do dano químico, as águas das bacias hidrográficas também são gastas para irrigação desses latifúndios e abastecimento animal de forma desproporcional. Dados do Banco Mundial27&nbs p;e de Rodrigues & Cruvinel28 mostram que a agricultura utiliza em média cerca de 70% das águas retiradas, sendo esse valor de 82% nos países em desenvolvimento. Em tempos de crise hídrica, ocasionado também pelas mudanças climáticas cuja parcela de culpa é grandiosamente atribuída ao desmatamento e devastação do agro, esses dados são igualmente preocupantes. Vale lembrar que no tratamento de esgoto e da água se retiram contaminantes biológicos, mas não se eliminam produtos químicos provenientes desses venenos.

São informações que não chegam facilmente para a população. E, ao mesmo tempo que tentamos dialogar com a sociedade, cercam de forma proposital aqueles que tentam tornar públicas essas questões. E nós, educadores, estamos na l inha de frente. Tentaram – e seguem tentando – nos intimidar com o abusivo projeto da “Escola Sem Partido”, acusando-nos de doutrinadores ao criticar o fatídico (des)governo Bolsonaro. Usando de argumentos ridículos – e inconstitucionais – afrontam a liberdade de cátedra e com isso, querem impedir a formação de cidadãos e cidadãs críticas e questionadores, essenciais para a construção democrática.

Assim, rotularmos a atual situação como extrema-direita, fascista e nazista, cuja gênese se deu em junho de 2013, não é nenhum exagero de nossa parte. É uma realidade que assombra não apenas o Brasil, mas o mundo como um todo.< /span>

Discursos de ódio, escancaradamente com raízes eugênicas estão aí, simbolizadas pelos “patriotários”. Não podemos ignorar. A própria prevaricação na compra das vacinas, inclusive não incentivando a vac inação das pessoas e o uso de medicamentos ineficazes e defendendo a tal imunidade de rebanho, visa exatamente isso: os mais fracos morrem.

A eleição democrática de Lula foi uma importante e significativa vitória para o início da desnazificação e desfascistização do país. Mas não basta. Temos que nos mobilizar, mostrar nossa união, tal como fo i criada a Frente Ampla para a vitória eleitoral. Somente com mobilizações populares, educação política e ocupação das ruas e espaços públicos é que conseguiremos restituir políticas de interesses populares.
Herdaremos uma terra arrasada, com o povo ainda passando fome. E talvez isso seja um ponto favorável para que a reestruturação tão necessária seja adotada. Começaremos do zero, mas com a vantagem de saber qual caminho tomar – ou ainda, qual não tomar! A transição para a agroecologia pode ser feita a partir de agora.

E é isso que incomoda ao agronegócio golpista e antidemocrático. Para ele, um país subserviente é o que interessa, pois com um país pobre, com moeda desvalorizada e em constante turbilhão político, mais lucram. Lembremos daquele 7 de setembro que mobilizou caravanas enormes para atos em São Paulo e Brasília, financiadas pelo agronegócio. Afinal, para eles, quanto maior a crise, melhor: dólar valorizado e exportações crescendo para seu lucro.26

Nas atuais manifestações, novamente o agronegócio mostra suas garras. Churrascos, banheiros químicos e todo suporte que aqueles que se submetem às sandices. E como mostram as investigações da polícias Militar, Civil e Federal e do Mi nistério Público, são atos liderados e/ou financiados por fazendeiros, empresários do agronegócio, donos de estandes de tiro e políticos, juntamente com policiais e ex-policiais, servidores públicos e sindicalistas.29

Resumindo, não estão comprometidos com o povo. Não é nada pop, nem tech, muito menos tudo. O agro é golpe!

Assim, por mais genocida e desumano que tenha sido o (des)governo Bolsonaro, o buraco é mais embaixo. O inimigo é o atual sistema que pouco participa na produção de alimento. Bolsonaro foi a expressão, a personificação de parte desse todo q ue estava adormecido no limbo da sociedade. Enfraquecer o sistema que abastece essa trupe é o caminho, pois mais do que enfraquecê-los, promoverá o verdadeiro equilíbrio social.

A solução para isso é a agroecologia, como defende a própria ONU em sua Agenda 2030 com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Terras distribuídas conforme defende nossa Constituição, gerando comida de verdade, distribui& ccedil;ão de renda, diminuindo a desigualdade social, preservação do ambiente. Para isso, contamos com a aprovação da Política Nacional de Redução de Agrotóxicos (PNARA), que servirá como importante aliado nessa luta.

Auxiliando ainda esse processo, a industrialização de produtos biológicos, dos quais o Brasil detém a tecnologia de fabricação de 94,8% dos que são utilizados no país, promoverá um valor agregado no mercado, podendo ser uma li derança mundial nessa área, contribuindo também economicamente para o processo de industrialização, rompendo as amarras no neocolonialismo e exportação de bens primários.30

E contrariando e desmentindo o que diz o lobby do agronegócio, a produção agroecológica e seus ganhos são iguais ou superiores às verificadas no agronegócio.3 Mas justamente por ser distribu&iac ute;da, não desejam isso.

Assim sendo, cabe ao Estado ser o indutor dessa transformação, financiando a agricultura familiar e a agroecologia, o que contribuirá para sua autossuficiência com retorno financeiro, girando a economia sem que a concentração de renda esteja nas m& atilde;os do agronegócio.
Chegou a hora da história ser recontada não mais pela visão daqueles que sempre são os vitoriosos (detentores do capital), mas para essa maioria menosprezada que, na resistência planta sua luta. Foi isso que as urnas manifestaram e esperamos do presidente Lula.

Chegou o momento de colhermos os frutos e reescrevermos a história com honestidade e de forma participativa. É o momento da agroecologia e do fortalecimento das bases sociais, as verdadeiras engrenagens do Brasil e da democracia.

Luiz Fernando Leal Padulla é professor, biólogo, doutor em Etologia, mestre em Ciências e especi alista em Bioecologia e Conservação. Autor do blog e do canal no Youtube “Biólogo Socialista” e do podcast “PadullaCast”. Recentemente publicou pela editora Dialética, o livro “Um irritante necessário”. Instagram: @BiologoSocialista.

Referências bibliográficas

Segunda Batalha de Ypres. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Segunda_Batalha_de_Ypres

2 The Nazi origins of deadly nerve gases. Disponível em: https://cen.acs.org/articles/94/i41/Nazi-origins-deadly-nerve-gases.html

PASCHOAL, A. D. Pragas, agrotóxicos e a crise ambiente – problemas e soluções. Ed. Expressão Popular. 2019. 134p.

4 LIGNANI, L.B. & BRANDÃO, J.L.G. 2022. A ditadura dos agrotóxicos: o Programa Nacional de Defensivos Agrícolas e as mudanças na produção e no consumo de pesticidas no Brasil, 1975-1985. História, Ciências, Saúde-Manguinhos: 29 (2): 327-359. Disponível em: https://www.scielo.br/j/hcsm/a/5H6kY84N7SqzwwrLps45gPw/?format=pdf&lang=pt

5 Surto de gripe aviária nos Estados Unidos já matou 37 milhões de aves. Disponível em: https://www.aviculturaindustrial.com.br/imprensa/surto-de-gripe-aviaria-nos-eua-ja-matou-37-milhoes-de-aves/20220509-090225-o204

6 Dossiê sinaliza ligação entre transgênicos e aumento do uso de agrotóxicos. Disponível em: https://portal.fiocruz.br/noticia/dossie-sinaliza-ligacao-entre-transgenicos-e-aumento-do-uso-de-agrotoxicos

7 1964: pouco antes do golpe, reforma agrária esteve no centro dos debates no Senado. Disponível em: https://www12.senado.leg.br/noticias/materias/2014/03/24/1964-pouco-antes-do-golpe-reforma-agraria-esteve-no-centro-dos-debates-no-senado

8 Entenda como o golpe de 1964 foi também um golpe agrário. Disponível em: https://deolhonosruralistas.com.br/2022/03/31/entenda-como-o-golpe-de-1964-foi-tambem-um-golpe-agrario/

9 Gigantes dos agrotóxicos são principais financiadores de Congresso Brasileiro do Agro. Disponível em: https://www.brasildefato.com.br/2020/08/02/gigantes-dos-agrotoxicos-sao-principais-financiadores-de-congresso-brasileiro-do-agro

10 Multinacionais da Europa vendem no Brasil toneladas de agrotóxicos ‘altamente perigosos’ proibidos em seus países. Disponível em: https://reporterbrasil.org.br/2020/06/multinacionais-da-europa-vendem-no-brasil-toneladas-de-agrotoxicos-altamente-perigosos-proibidos-em-seus-paises/

11 Bayer e Syngenta gastaram R$ 10,5 milhões para lobby de agrotóxicos no Brasil, diz relatório. Disponível em: https://www.brasildefato.com.br/2022/04/28/bayer-e-syngenta-gastaram-r-10-5-milhoes-para-lobby-de-agrotoxicos-no-brasil-diz-relatorio

12 BRASIL. Relatório Nacional de Vigilância em Saúde de Populações Expostas a Agrotóxicos. Brasília: Ministério da Saúde, 2018. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/relatorio_nacional_vigilancia_populacoes_expostas_agrotoxicos.pdf

13  Alimentação, trabalho escravo e desmatamento: como tudo isso se relaciona? Disponível em: https://www.uol.com.br/ecoa/ultimas-noticias/2022/03/22/alimentacao-trabalho-escravo-e-desmatamento-como-tudo-isso-se-relaciona.htm

14 Mapas mostram o trabalho escravo atual no Agronegócio. Disponível em: https://jornalggn.com.br/cidadania/mapas-mostram-o-trabalho-escravo-atual-no-agronegocio/

15 Drones jogam agrotóxicos sobre comunidades rurais e intoxicam moradores em Pernambuco. Disponível em: https://apublica.org/2022/11/drones-jogam-agrotoxicos-sobre-comunidades-rurais-e-intoxicam-moradores-em-pernambuco/

16 Agrotóxico é usado como ‘arma química’ contra aldeias indígenas em MS. Disponível em: https://tab.uol.com.br/noticias/redacao/2022/02/21/agrotoxico-e-usado-como-arma-quimica-contra-aldeias-indigenas-em-ms.htm

17 Agrotóxicos em plantações de tomates ameaçam quilombo na Chapada Diamantina. Disponível em: https://deolhonosruralistas.com.br/2020/09/24/agrotoxicos-em-plantacoes-de-tomates-ameacam-quilombo-na-chapada-diamantina/

18 BOMBARDI, L.M. Geografia do uso de agrotóxicos no Brasil e conexões com a União Europeia. São Paulo: FFLCH – USP, 2017. 296 p.

19 Felipe, S.T. Carnelatria: escolha omnis vorax mortal. São José: Ecoânima, 2018. 378p.

20 Área plantada de feijão, arroz e mandioca em 2022 é a menor dos últimos 45 anos. Disponível em: https://www.brasildefato.com.br/2022/02/07/area-plantada-de-feijao-arroz-e-mandioca-em-2022-e-a-menor-dos-ultimos-45-anos

21 Você bebe agrotóxicos? Disponível em: https://portrasdoalimento.info/agrotoxico-na-agua

22 União europeia. Active substances, safeners and synergists.  Disponível em: https://ec.europa.eu/food/plant/pesticides/eu-pesticides-database/active-substances/?event=search.as

23 ANVISA. Monografias de agrotóxicos. Disponível em: https://www.gov.br/anvisa/pt-br/acessoainformacao/dadosabertos/informacoes-analiticas/monografias-de-agrotoxicos

24 HESS, S. C. (org.). Ensaio sobre a poluição e doenças no Brasil. São Paulo: Outras Expressões, 2018. 344p. Disponível em: https://repositorio.ufsc.br/bitstream/handle/123456789/187660/LIVRO.pdf?sequence=1

25 DATASUS. Mortalidade – desde 1996 pela CID-10. Disponível em: https://datasus.saude.gov.br/mortalidade-desde-1996-pela-cid-10

26 O agro planta…a crise! Disponível em: https://diplomatique.org.br/o-agro-planta-a-crise-interesse-do-agronegocio/

27 Chart: Globally, 70% of Freshwater is Used for Agriculture. Disponível em: https://blogs.worldbank.org/opendata/chart-globally-70-freshwater-used-agriculture

28 RODRIGUES, L. N.; CRUVINEL, P. E. Recurso água. Biomas e agricultura: oportunidades e desafios. 1ed.Rio de Janeiro: Vertente, 2019.

29 Atos golpistas pró-Bolsonaro são liderados por políticos, policiais, sindicalistas e ruralistas, mostram investigações. Disponível em: https://www.brasil247.com/brasil/atos-golpistas-pro-bolsonaro-sao-liderados-por-politicos-policiais-sindicalistas-e-ruralistas-mostram-investigacoes

30 Boletins anuais de produção, importação, exportação e vendas de agrotóxicos no Brasil. Disponível em: http://ibama.gov.br/agrotoxicos/relatorios-de-comercializacao-de-agrotoxicos#boletinsanuais

Leia também: Eletricidade com energia limpa precisa dobrar até 2030 para limitar aquecimento global https://bit.ly/3F0qOeF

Inadimplência

Quantidade de inadimplentes bate recorde no Brasil. Serasa estima em 6,3 milhões empresas com operações em atraso. Economia frágil.

Pressões do todo poderoso mercado financeiro sobre o novo governo Lula https://bit.ly/3Ao7Xak

Neonazismo no Brasil hoje

BRASIL VIVE EPIDEMIA DE NEONAZISMO

Massacre em escolas do Espírito Santo e pichação com suástica em Minas mostram que educação para o nazismo é o aspecto mais perigoso dos anos Bolsonaro
Michel Gherman e Anita Efraim, revista Piauí

 

Quando um prisioneiro chegava a um campo de concentração do Terceiro Reich, durante o regime da Alemanha nazista, ele era identificado com um triângulo. As diferentes cores do triângulo simbolizavam que tipo de inimigo aquela pessoa representava.

A estrela amarela, de seis pontas, formada pela junção de dois triângulos, é o mais conhecido desses símbolos: marcava os judeus, maiores vítimas do ditador Adolf Hitler. O número de 6 milhões de judeus mortos é marcante, conhecido mundo afora e uma simbolização da crueldade do nazismo. Mas muitos outros prisioneiros eram enviados para os campos.

Os triângulos rosas identificavam os homossexuais; os marrons, os ciganos; os roxos, testemunhas de Jeová; os verdes, os “presos comuns”; os triângulos vermelhos identificavam os prisioneiros políticos, os opositores do regime hitlerista.

Cerca de oito décadas depois, a campanha presidencial brasileira ressuscitou algumas práticas similares. Apoiadores do futuro ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pregaram o boicote a opositores e passaram a sugerir que eleitores de Lula marcassem os próprios comércios com a estrela vermelha do PT. No Paraná, comerciantes distribuíram uma lista com nomes de comerciantes que votariam no candidato petista. No Rio Grande do Sul, mensagens diziam: “Atenção, petista, coloque esse adesivo na porta do seu negócio. Mostre que você tem orgulho de quem elegeu.” “A partir de hoje, vejam onde vocês vão gastar seu dinheiro. Vamos comprar e usar serviços somente de quem pensa como você”, afirmava outra. A “sugestão” chegou a ser compartilhada pela ex-secretária de cultura de Bolsonaro, a atriz Regina Duarte.

processo de disseminação de práticas nazistas passa a ser ainda mais assustador quando é reproduzido por crianças e jovens. O exemplo mais recente é o de Aracruz, no Espírito Santo, onde um atirador de 16 anos promoveu um massacre em duas escolas e matou quatro pessoas, enquanto usava uma faixa com uma suástica no braço. No caso do massacre em Saudades, em Santa Catarina, em 2021, investigações da Operação Bergon descobriram que o assassino era parte de uma célula neonazista — à época, o criminoso tinha 18 anos. Nesta terça-feira, 29 de novembro, a Escola Municipal José Silvino Diniz, em Contagem, em Minas Gerais, foi vandalizada e pichada com suásticas e com o nome de Hitler.

Também passamos a ver meninos fantasiados de Hitler e jovens ameaçando outros evocando a figura do ditador alemão para ofender colegas. Um aluno do ensino fundamental I em Presidente Prudente, em São Paulo, vestido como o líder nazista e posando para a foto com o braço estendido, é a ilustração perfeita (e muito incômoda) da naturalização de ideologias supremacistas. 

A educação para o nazismo é o aspecto mais perigoso do processo vivido no Brasil hoje. Ao mesmo tempo, a educação é o melhor caminho para a reversão da normalização de ideologias supremacistas.

Em um colégio em Valinhos, São Paulo, oito alunos foram expulsos após enviarem mensagens preconceituosas a um colega negro, nas quais citavam Hitler: “Se ele fez com judeus, eu faço com petistas também.” É mais uma situação que ajuda a ilustrar como a normalização do nazismo está presente em ambientes educacionais. 

Há quem se sinta incomodado com as comparações entre nazismo e bolsonarismo. No entanto, a lista de “coincidências” entre fatos que estão ocorrendo no Brasil e o que aconteceu na Alemanha nazista é extensa.

É fácil relembrar ocorrências, como o dia em que Roberto Alvim imitou Joseph Goebbels, secretário da propaganda nazista, ou quando o próprio presidente da República se encontrou com Beatrix von Storch, do partido alemão AfD, cujas pautas se assimilam a ideias neonazistas.

Desde a reta final da eleição, os casos de neonazismo ganharam manchetes na imprensa e passaram a ser pauta de debates nas redes sociais. Após a derrota de Jair Bolsonaro, as similaridades passaram a chamar atenção. O mais comum tem sido ver brasileiros repetindo o Sieg Heil, saudação nazista em que o braço direito é estendido acima do ombro.

Aconteceu no Colégio Sagrada Família, de Ponta Grossa, no Paraná, quando uma professora, envolta em uma bandeira do Brasil e com bottons de Jair Bolsonaro, fez o gesto. A cena se repetiu em São Miguel do Oeste, em Santa Catarina, quando manifestantes golpistas, recusando-se a aceitar o resultado das urnas, estenderam os braços enquanto era tocado o hino nacional brasileiro. No segundo caso, a justificativa dos “patriotas” era de que se tratava de “respeito à bandeira”.

tentativa de explicar atitudes assim evocando o nacionalismo exacerbado e a total submissão a um líder autoritário é a prova de como a gramática nazista foi tão normalizada no Brasil que, ao justificarem que não se trata de neonazismo, usam argumentos nazistas.

O nazismo tem como base o nacionalismo, e a exaltação de símbolos nacionais é típica da ideologia propagada por Hitler na Alemanha a partir de 1933. O “Sieg Heil”, cuja tradução é “viva a vitória”, era uma forma de identificar quem fazia parte do movimento. Depois, quem não o fizesse era punido. Diante de uma bandeira do Brasil, cantando o hino nacional, o braço estendido não leva a uma “confusão”, mas a uma associação.

A figura do líder é outra repetição que chama atenção. Adolf Hitler foi central para o nazismo, mas a ideologia se tornou maior que ele. O bolsonarismo hoje parece ser maior do que Bolsonaro. As marcas desse pensamento na sociedade brasileira tendem a ser profundas e não vão acabar apenas com a troca do presidente.

Apesar de a ideologia ter ficado maior que o líder, Bolsonaro tem um papel central na “higienização” do bolsonarismo. Em 2017, e ao longo da campanha de 2018, o então deputado fez questão de se aproximar de parte da comunidade judaica. Assim, pode usar o argumento de que não há como ser nazista quando se é “amigo dos judeus”.

Em 2017, Jair Bolsonaro já era entendido como candidato e, quando ele esteve no clube Hebraica do Rio de Janeiro e abertamente proferiu falas preconceituosas contra grupos minoritários, como quilombolas, o cenário já estava desenhado. As vítimas não eram os judeus, mas negros, mulheres, jornalistas, todos entendidos como “opositores do regime”.

O extermínio de judeus ainda choca a muitos e, por isso, era preciso se prevenir das acusações. A aproximação da comunidade judaica fez esse papel.

A declaração de que “as minorias têm de se curvar às maiorias” não foi consequência da eleição de Bolsonaro, foi o motivo. Ideias supremacistas estavam suprimidas no subterrâneo, e o bolsonarismo foi a erupção delas à superfície, a partir da higienização, da normalização e da permissividade construídas ao longo dos últimos quatro anos.

Segundo o Instituto Butantan, uma epidemia se dá “quando ocorre um aumento no número de casos de uma doença em diversas regiões, estados ou cidades”. No caso do espalhamento da ideologia nazista, o fenômeno é local, se sustenta dentro do Brasil.

Se para a pandemia de Covid a solução é a vacina, para a epidemia de nazismo, o caminho é a educação. Tanto em uma quanto em outra, a extrema direita se opõe a esses remédios. É preciso avançar em direção a soluções duradouras para ambos os problemas.

Leia também: Suplantar a cultura do ódio é uma luta de longo curso https://bit.ly/3Us8tfj

Em terreno minado

Momento que antecede novo governo é terreno minado. Correlação de forças complexa. Lula se movimenta com determinação e habilidade.

Na transição ao novo governo Lula nada é fácil https://bit.ly/3V3Skx5

Minha opinião

Copa do Mundo morna. Será?

Luciano Siqueira

 

Habituei-me ao longo da vida — já se vão algumas décadas — a ter na Copa do Mundo de futebol dias especiais. Desde a primeira de que tenho lembrança, em 1954.

Foi minha primeira Copa. Eu ainda na primeira infância.

Na esquina da Rua São João com a Alberto Silva, bairro da Lagoa Seca, em Natal, onde ficava a 'Mercearia Natalense' de seu Renato e dona Oneide, meus pais, um autofalante fixado no poste transmitia os jogos da seleção.

Televisão àquela época, nem pensar. Mesmo a transmissão radiofônica, em ondas curtas, tinha lá seus defeitos. A voz do locutor por alguns instantes parecia desaparecer para retornar ao tom normal.

Antes do primeiro jogo, repetiu-se à exaustão, na voz de Jackson do Pandeiro,

"Esse jogo não é um a um

(se o meu time perder tem/zum-zum-zum)..."

O fato é que ganhamos do México por 5 a 0.

Mas o Brasil ficaria no meio do caminho. A seleção da Hungria encantaria o mundo até perder na final para a Alemanha, a campeã.

Na Copa de 58, 4 anos após, fomos campeões pela primeira vez. E o restante da história das Copas todos sabemos.

Pois bem, em toda a Copa — mesmo quando a seleção brasileira não despertou tanta confiança — o clima de festa tomava conta da cidade. Nas ruas ornamentadas, nos bares, nas praças e em nossas residências com torcida organizada reunindo familiares e amigos mais próximos.

Vencendo ou perdendo, o torneio marcou nossas vidas como um instante de congraçamento, solidariedade, alegria ou tristeza.

Sinto falta disso tudo nesta Copa atual. Até nas imagens de torcedores nas ruas pelas principais cidades do Brasil, percebe-se a tomada de cena em geral com a câmera fechada, justamente para não revelar o público relativamente reduzido.

O sistema Globo de comunicação, que monopoliza a cobertura do evento, usa de todos os estratagemas para criar "o clima". Sem muito sucesso.

Talvez seja o peso do ambiente geral na sociedade brasileira, tensionada pela disputa política e pela carga negativa desferida durante quatro anos seguidos, através dos bolsonaristas, que cultuam a retórica do ódio e se apropriaram da bandeira e da camisa da seleção brasileira como símbolo dos seus propósitos antidemocráticos.

Mas pode ser também o ambiente geral de crise e de "pós pandemia", que impacta nossas expectativas e nossas emoções.

Há até quem diga que o nosso selecionado composto em sua quase totalidade por atletas que atuam na Europa, portanto sem a proximidade imediata com o torcedor tupiniquim, terá perdido o charme de antigamente.

De toda forma, sexta-feira ultrapassaremos a fase inicial e entraremos, na semana seguinte, nas oitavas de finais, onde vale o mata-mata, quem vencer segue adiante, quem perder volta para casa.

Aí, quem sabe, tenhamos enfim a restauração das emoções próprias da seleção canarinha disputando o hexa. Tomara.

Leia também: Seleção brasileira precisa superar alguns mitos que surgiram em Copas passadas https://bit.ly/3V56KwI

A poeta e a guerrilha

Livro de Cida Pedrosa celebra idealismo da Guerrilha do Araguaia

'Araras Vermelhas', da vencedora do Jabuti, refaz poeticamente episódios dramáticos de movimento reprimido pela ditadura
Alcir Pécora, Folha de S. Paulo

 

"Araras Vermelhas", da pernambucana Cida Pedrosa, refaz poeticamente alguns episódios dramáticos da Guerrilha do Araguaia. Na primeira obra lançada desde que venceu o Jabuti de livro do ano, em 2020, a autora celebra o idealismo radical dos jovens guerrilheiros do PCdoB, que tão cedo ali deixaram a vida, e, na mesma medida, denuncia a história de horror desencadeada pela repressão militar, até hoje impune no Brasil.

Basta isso para atribuir relevância ao livro de Pedrosa, que vai na direção contrária ao esforço de apagamento do que se passou na região do Bico do Papagaio, na tríplice fronteira dos estados do Pará, Maranhão e o atual Tocantins, quando o Centro de Inteligência do Exército operou decididamente para aniquilar os guerrilheiros.

Não há dúvidas sobre os crimes cometidos: vários guerrilheiros foram executados depois de presos e torturados, tendo as cabeças arrancadas e exibidas publicamente para dissuasão dos demais. Ao final, na chamada Operação Limpeza, os corpos foram desenterrados e carbonizados a fim de impedir a sua identificação, razão programática pela qual ainda constam oficialmente como "desaparecidos".

Do ponto de vista da composição poética, os procedimentos dominantes são bastante simples: a paronomásia e a aliteração, com ecos sonoros entre as frases, e a repetição ternária de palavras e locuções, que buscam dar um registro emocional à narrativa sintética. Sobretudo, Pedrosa lança mão da construção "paralelística", em que as frases de estruturas semelhantes se sucedem com pequenas alterações a cada vez.

Além disso, o poema tem um tipo de abertura eclética que permite a incorporação de materiais diversos, como uma letra de Chico Buarque, um poema de Gonçalves Dias ou uma canção anônima das "forças guerrilheiras do Araguaia". Mais surpreendentes são as evocações de "Vapor Barato", de Waly Salomão e Jards Macalé, cantada por Gal Costa no célebre show, bem como das cinzas de Janis Joplin dispersas em San Francisco. Ambas somam à resistência da luta armada também a contracultura cosmopolita, que àquela altura era desqualificada como alienação e desbunde.

Pedrosa compõe ainda versos de corte concreto —no qual a própria forma do texto evidencia o seu conteúdo—, que reafirmam o ecletismo da sua composição. Nada do que referi até agora, entretanto, me parece tão bem-sucedido como quando a autora cria estrofes de molde popular e nordestino, como o prólogo empolgante na forma de décimas em martelo agalopado e o epílogo à maneira de uma septilha de cordel. É o caso ainda das estrofes dedicadas à lenda da metamorfose em borboleta da guerrilheira baiana Dinalva de Oliveira Teixeira, a Dina, as quais, compostas em oitavas com estribilho, para mim, soaram na vibração do frevo.

Quanto à história da guerrilha propriamente dita, Pedrosa não traz novidade em relação às pesquisas feitas por jornalistas e acadêmicos, como Hugo Studart, Maurício Monteiro, Osvaldo Bertolino, Romualdo Pessoa Campos Filho, citadas por Pedrosa, e também por Leonencio Nossa, Taís Morais, Elmano Silva e tantos outros que valeria consultar e citar, o que inclui os depoimentos de militares envolvidos na ação, como Pedro Corrêa Cabral e o famigerado Curió. Há também um erro crasso de informação ao localizar a "chacina da Lapa", de 1996, no Rio de Janeiro, e não em São Paulo.

Penso, enfim, que se poderia exigir do poema um pouco mais de problematização, tanto em termos de reflexão política sobre a luta armada como de caracterização mais complexa dos militantes —por exemplo, incorporando medos, dúvidas e contradições de uma guerrilha que, a partir de certo momento, tornou-se desesperada, com episódios ambíguos de deserções, delações e mesmo de um suposto caso de justiçamento.

São situações complexas que Pedrosa preferiu evitar, em favor de uma caracterização ingênua dos guerrilheiros. É compreensível, dada a impunidade de que ainda gozam os responsáveis pelo massacre, mas é esse justamente o desafio maior de um poeta épico: o de saber lidar com as contradições dos seus heróis.

"Araras Vermelhas" será lançado durante a Flip (Festa Literária Internacional de Paraty), que começa nesta quarta-feira (23), e Cida Pedrosa participará de uma mesa na programação principal do evento no domingo (27), ao lado da escritora cubana Teresa Cárdenas.

Veja: A poesia libertária de Cida Pedrosa — de Bodocó e Recife para o mundo https://bit.ly/3mnZlcd

Destravando a PEC

PEC do Bolsa Família tem assinaturas necessárias para tramitar no Senado. A PEC 32/2022 ganhou assinaturas no Senado de parlamentares do PT, PSB, Rede, PDT, Cidadania, Podemos, PSD, MDB e PP. Leia mais https://bit.ly/3u9sKuG

A conta não fecha

Pesquisa mostra que população brasileira está se endividando para comer. A situação do povo brasileiro é trágica; para contornar a fome os mais pobres tomam empréstimo, enquanto os mais ricos pegam dinheiro para investir. Leia aqui https://bit.ly/3ASF46k

Ambiente externo

Qual a dimensão da liquidez financeira no mundo hoje? Com Lula no governo, será possível atrair investimentos estrangeiros produtivos e não meramente especulativos?

Novo ato da ópera bufa golpista https://bit.ly/3U3euhs

Sobe, desce

Segundo a Folha, Lula teve seu melhor desempenho em redes sociais neste ano, abrindo dianteira sobre Bolsonaro, que despencou nos meios virtuais desde a derrota, conforme o Índice de Popularidade Digital (IPD).

Suplantar a cultura do ódio é uma luta de longo curso https://bit.ly/3Us8tfj