31 janeiro 2019

Uma crônica (minha) para descontrair


Nossos ídolos vistos de perto
Luciano Siqueira

Quem não idealiza a figura das pessoas que admira e tem o desejo de conhecer pessoalmente?

Na dura militância clandestina, desde que ingressei no PCdoB, no início dos anos 70 — partido hoje quase centenário, de larga tradição de luta e combatentes lendários —, alimentava enorme vontade de conhecer nosso principal dirigente, João Amazonas.

Sequer conseguia mentalizar como seria a sua fisionomia então, dele conhecera apenas fotos antigas.

Foi quando o jornal Movimento publicou entrevista feita em Paris, ilustrada com a foto do velho dirigente, sorriso simpático, cabelos alongados e escorridos, totalmente brancos.

A foto me impressionou como se o estivesse vendo de perto, levando-me a supor tratar-se de um homem de porte mediano, fisicamente muito forte, postura imponente.

Até que numa reunião no Centro de Cultura Operária, em São Paulo, após a Anistia, finalmente o contato "ao vivo e a cores" se deu.

Na reunião, a que compareci com Alanir Cardoso, estavam José Duarte, Dynéas Aguiar (também velhos dirigentes), João Amazonas e Renato Rabelo (dirigente da nova geração). O tempo presente se confundia com a História!

Dentre os mais antigos, antes, me impressionara Diógenes Arruda, que retornou ao Brasil antes de Amazonas, e esteve no Recife por uns quinze dias, e eu o acompanhei em várias conversas e pequenas reuniões. Exuberante, comunicativo, bigode denso, costeletas espessas, pródigo em falar sobre todos os assuntos, sobretudo sobre a História do Brasil e a trajetória do PCdoB.

A surpresa foi Amazonas: pequenino, de aparência fisicamente frágil, tímido e de uma simplicidade comovente. Ouvia atentamente, falava baixo, pausado, como se quisesse a um só tempo convencer e cativar o interlocutor. Porém um gigante na condução clarividente e firme do nosso Partido, parecendo-me assim bem "maior" do que eu imaginara.

Essa discrepância entre o imaginado e o real ocorre cotidianamente, às vezes de modo até divertido, entre nós outros simples mortais.

Na minha última campanha de deputado estadual, vitoriosa, mais de uma centena de militantes e ativistas concentrados numa das esquinas do Alto José Bonifácio, zona norte do Recife, aguardando o início de uma caminhada pelas ruas do bairro. Uma jovem se aproxima e pergunta:

— Quem é o deputado?

— É aquele ali.

— Virgem Maria, é muito mais feio do que parece no panfleto!

— Pois essa é a esposa dele, falou alguém próximo.

— Perdão, dona, não é bem isso que eu queria dizer...

— Tem problema não, ele sabe disso.

Pelo menos fica a certeza de que "tamanho não é documento" — feiura também não. Vale o que cada um pensa e faz.

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30 janeiro 2019

Solidariedade do PCdoB


Uma “atitude indigna e desumana” contra Lula. Assim o PCdoB define a decisão da Justiça que o impediu de comparecer ao velório de seu irmão. O partido expressa sua solidariedade e considera que a “injustiça odienta” contra Lula é comandada pelas “forças do partido da Operação Lava Jato” e afronta o Estado Democrático de Direito. Afirma, ainda, que “o Brasil precisa, nesse momento sombrio, de vozes que se ergam com vigor na defesa da democracia, da soberania nacional e dos direitos do povo”. Leia mais https://bit.ly/2CVF8nb

29 janeiro 2019

Arte é vida

Cândido Portinari

Fala, Manu


Em entrevista ao jornalista Marco Weissheimer do site Sul 21, Manuela D’Ávila fala sobre seus planos para o futuro, avalia as primeiras semanas do governo Bolsonaro, o significado da decisão de Jean Wyllys (PSOL) de renunciar ao mandato e sair do Brasil e os desafios colocados para a esquerda nesta conjuntura. Leia a entrevista https://bit.ly/2CPivka

Humor de resistência

Nani vê o obscurantismo no MEC

Homem versus máquina


Progresso socialmente injusto
Luciano Siqueira

Desde a roda, que facilitou a locomoção dos humanos, às modernas tecnologias, o lógico e sensato seria a redução da jornada de trabalho físico e um tempo maior para o lazer e as coisas do espírito.

Refletindo sobre a realidade na qual está inserido e sobre o trabalho cotidiano o Homem alcançaria uma práxis libertadora, em favor de relações sociais harmônicas.

Mas não é o que acontece.

Os meios de produção têm dono, que mantém e reproduz o capital necessário para seguir proprietário e contratar a força de trabalho – seus empregados – necessária à produção de bens e serviços.

Quem tem quer mais. É a lógica do sistema que visa o lucro máximo.

De tal modo que as transformações atuais do mundo do trabalho, que possibilitam a produção de mais e melhores mercadorias em tempo mais reduzido, ao invés de libertar os que trabalham, os marginalizam.

Um estudo do Laboratório de Aprendizado de Máquina em Finanças e Organizações da UnB (Universidade de Brasília), que se deteve sobre as 2.602 ocupações brasileiras, referente a trabalhadores com carteira assinada ao final de 2017, revela que um robô ou um programa de computador põem sob ameaça 54% dos empregos formais no país.

O estudo estabeleceu uma gradação em percentuais, para aferir o nível das ameaças. Assim, 25 milhões de trabalhadores (57,37%) ocupavam vagas com probabilidade muito alta (acima de 80%) ou alta (de 60% a 80%) de automação - incluindo engenheiros químicos (96%), carregadores de armazém (77%) e árbitros de vôlei (71%), por exemplo.

Participaram da avaliação sobre a probabilidade de automação (num período de dez anos) acadêmicos e profissionais de aprendizado de máquina. É um setor da inteligência artificial em que computadores descobrem soluções por conta própria depois de analisar decisões antecipadamente tomadas.

Técnicas apropriadas foram usadas na descrição das ocupações com o fito de identificar os riscos.

O aprendizado de máquina conduz à automação, na medida em que substitui tarefas mecânicas e repetitivas.

Só a resistência dos trabalhadores é que, em algumas circunstâncias, tem desacelerado o aniquilamento definitivo de postos de trabalho. Mas pé pouco.

Nenhuma palavra de consolo? Sim. Os pesquisadores dizem que funções que implicam criatividade e contato humano - psicólogos e artistas, por exemplo - são quase nada ameaçadas.

Será?

Provavelmente, não. A ganância não tem limites – a não ser uma espécie de efeito bumerangue: quanto mais gente marginalizada do sistema produtivo, menos consumidores. Sem estes, como retroalimentar a reprodução do capital?

O fato é que vivemos um tempo de incrível progresso científico e tecnológico. Mas de natureza desumana.

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Nada de essencial


Mudança de postura? Nem tanto
Luciano Siqueira

Após a tragédia de Brumadinho, o governo federal passou a modular o discurso crítico ao licenciamento ambiental. A gestão Bolsonaro defende agora facilitar licenças apenas para empreendimentos de baixo impacto, assinala a Folha de S. Paulo.

Quando em campanha, o capitão Bolsonaro afirmou várias vezes que pretende rever as regras de licenciamento, que considera excessivas.

Agora, sob o impacto da tragédia, sinaliza que pode mudar de postura. Timidamente.

O ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles – indicado pela bancada ruralista – afirma que a solução é facilitar o licenciamento ambiental de atividades de menor impacto (sic), como a agropecuária, para a qual bastaria uma autodeclaração. 

Evidente que não se trata de compromisso claro e firme em relação ao problema. Bolsonaro e equipe não irão além de declarações pirotécnicas, sem romper o compromisso com a política de desenvolvimento sem respeito à sustentabilidade. O compromisso é com os que desmatam sem limites, depredam o ambiente e fecham os olhos aos agravos à saúde dos que trabalham e às condições de vida das populações postas sob ameaças.

Daí a mudança de postura apenas em meia boca. Não é pra valer.

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28 janeiro 2019

João Paulo: desafios da luta atual



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Para quem?


O ministro da Educação de Bolsonaro, Ricardo Vélez Rodriguez; disse, com todas as letras, que universidade deve ser reservada para as elites. "As universidades devem ficar reservadas para uma elite intelectual, que não é a mesma elite econômica [do país]", afirmou o sujeito em entrevista ao Valor. E ainda completou: "A ideia de universidade para todos não existe". Leia mais https://bit.ly/2RTaiFP

O olhar de Pedro Caldas sobre a cidade (3)

Foto: Pedro Caldas

Imprensa em crise


Os últimos dados de circulação dos jornais brasileiros, segundo estudos do site Poder360 com base nos dados do IVC (Instituto Verificador de Circulação), trazem informações relevantes. Pela primeira vez, desde os anos 80, a Folha perdeu a liderança total (impresso + digital) para O Globo e a liderança de impresso tanto para O Globo quanto para o Estadão. O impresso caminha para a extinção. Com exceção de O Globo, as assinaturas digitais não compensaram a queda dos impressos. A queda da tiragem é o menor dos problemas dos jornais afirma Luìs Nassif em artigo no Jornal GGN. Leia mais https://bit.ly/2RTDNYq  

Atestado

Para assumir função pública de direção em órgão do governo federal, agora tem que se auto proclamar de direita? Ai de ti, República!

Estupidez

‘Bancada da bala quer votar projeto que facilita porte de arma logo após a Câmara analisar nova Previdência’ [Nem parece que estamos no Século 21 e vivemos uma democracia!].

27 janeiro 2019

Sinal amarelo

Do periscópio do amigo Américo Machado: “Acho que os Chicago Boys já estão surfando com Mourão.”

Uma crônica para descontrair


Iguaria para o melhor amigo
Luciano Siqueira

A iguaria, no caso, são sorvetes finos. O amigo é o cão – o melhor amigo do homem, como se costuma dizer; ou é o homem que é o melhor amigo do cão, como sugeria Millor Fernandes.
Vamos ao fato.
Na Cidade do México um tal Mauricio Montoya, dono da sorveteria Don Paletto, criou um sorvete ao gosto dos cachorros.
A receita, à base de iogurte natural e lactobacilos, além do prazer gustativo (por suposto), contribui para regularizar a digestão dos caninos – ao contrário dos sorvetes comuns, que costumam provocar diarréia.
Que se trate bem os animais, nada contra. Sobretudo nos dias que correm em que a defesa dos direitos dos animais se inclui na agenda de todo bom gestor público.
A Prefeitura do Recife, inclusive, há seis anos conta uma Secretaria Executiva precisamente com esse propósito.
Mas uma sorveteria especializada não deixa de ser surpreendente. Pela sofisticação e – imagino – pelo nicho de mercado descoberto pelo empreendedor.
Isso mesmo. Se fosse por amor ao seu bicho certamente o sorvete estaria circunscrito ao ambiente doméstico.
Na sorveteria, disponível para público e anunciado com campanha publicitária própria e tudo, só pode ter interesse comercial também, ou principalmente.
Recordo-me que em meados do anos sessenta um jornalista pernambucano, Mauro Almeida, amigo do meu tio Paulo Rosas, fez viagem de intercâmbio ou algo parecido aos EUA e em seguida escreveu um livro - “EUA, civilização empacotada” - contando tudo o que vira por lá, que aqui nem pensar.
Tudo hoje a gente tem também – dos shopping centers a revistas especializadas em cuidados com animais.
Essa revistas especializadas me chamaram atenção no relato de Mauro. Como existir público interessado em criação de gatos e de cachorros?
Nem desconfiava, à época, que Karl Marx tinha mesmo razão ao mostrar que o capitalismo tudo torna mercadoria.
Também não sabia o quanto um animal de estimação canaliza energias e sentimentos da gente.
Hoje, quase por acaso, reside em nosso apartamento uma coelha, originariamente presente dado a Alice, 5 anos, que terminou vindo para cá para que esteja melhor acomodada.
Fofinha, a coelha, não emite sons, prefere se movimentar à noite, comporta-se com disciplina exemplar. Não incomoda, apenas temos o trabalho de lhe fornecer a alimentação devida e, semanalmente, fazer o asseio dos seus aposentos. E muito carinho.
Pois bem. Agora me vejo interessado em revista especializada em coelhos domésticos, se é que existem.
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Uma pérola da MPB: Tom Jobim,"Falando de amor"



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PCdoB + PPL, história viva


As incorporações ao PCdoB: das Ligas Camponesas ao PPL. "Em todos os processos de ingresso e incorporações, ocorreram dúvidas e mesmo divergências no interior da organização que incorporava ou era incorporada. Isso é natural. Mas o que predominou foi a confiança de que aquilo representava algo positivo para a luta do nosso povo". Ontem como hoje, optar por entrar num partido denominado comunista, defensor do marxismo-leninismo e que tem como símbolo a foice e o martelo, não é uma decisão qualquer. Exige uma boa dose de coragem. Existem saídas mais fáceis e menos comprometedoras. Os comunistas, na atualidade, voltam a ser alvos prioritários das forças reacionárias e fascistizantes que se espalham pelo mundo e pelo Brasil, assinala Augusto Buonicore em artigo no portal Vermelho. Leia aqui https://bit.ly/2RQs0tH


Paixão irracional


A relação de torcedores com técnicos e jogadores é agressiva e neurótica

Tostão*, na Folha de S. Paulo


Guardiola, desde que iniciou a carreira de treinador no Barcelona, preencheu um vazio na maneira de jogar ao criar novos conceitos e estratégias de jogo. Para isso, o técnico se preparou obsessivamente. Havia também um desejo do mundo do futebol por algo novo. Foi o encontro do talento com a dedicação e a oportunidade.
Há também uma lacuna a ser preenchida no futebol que se joga no Brasil. Estamos cansados da mesmice. Os jovens técnicos poderiam preencher esse espaço. É o que Fernando Diniz tenta fazer. Porém, além de não ter achado o lugar certo, tenho a impressão de que ele não se preparou para tanto, que falta a ele mais consistência, conhecimento. Tomara que eu esteja enganado.
A relação dos torcedores com técnicos e jogadores é muito agressiva, neurótica, de amor e ódio. São endeusados e criticados, acima do aceitável. No primeiro jogo do Flamengo, Vitinho foi vaiado e o zagueiro Rodrigo Caio, excessivamente criticado por um erro técnico. Gols de cabeça também são méritos dos atacantes. Parte da imprensa inflama os protestos e/ou inicia o ruído. Os programas esportivos adoram discutir dispensa dos treinadores.
O torcedor do São Paulo não deveria ser tão duro nas críticas ao jovem técnico André Jardine nem se iludir que o time está pronto após a vitória por 4 a 1 sobre o Mirassol. Depois do jogo, um repórter perguntou a Jardine se Hernanes vai entrar no lugar de Nenê, no setor de criação, ou de volante. Isso retrata a antiga visão de que o meio-campo é dividido entre os volantes que jogam atrás e o meia que cria e ataca.
O torcedor do Flamengo não deveria também se iludir que, com as novas contratações, vai ter um timaço. Vai melhorar o elenco, o que é importante para disputar bem todas as competições, mas a equipe titular será pouco diferente, tecnicamente, da do ano passado.
O Palmeiras, com Ricardo Goulart, vai ficar ainda mais forte nas jogadas aéreas, uma das virtudes do time, ainda mais com os ótimos cruzamentos de Scarpa.
Por outro lado, o Palmeiras raramente massacra os adversários, tem amplo domínio da partida e cria muitas chances de marcar. Os gols decisivos saem, geralmente, nos momentos certos, mesmo quando o jogo está equilibrado. Por isso, há um risco aumentado de que, mesmo com um ótimo elenco, os gols das vitórias, em 2019, não ocorram com tanta regularidade e frequência. Essa proximidade entre a vitória, o empate e até a derrota foi uma das razões das desclassificações da equipe na Copa do Brasil e na Libertadores, contra times fortes, como Cruzeiro e Boca Juniors.
Na vitória por 3 a 1 do Cruzeiro sobre o Guarani de Divinópolis, onde nasceu e vive a grande poetisa Adélia Prado, vi, pela televisão, que o estádio, as arquibancadas, o gramado, o placar com folha de papel, o banco de reservas do visitante atrás do gol –Mano Menezes reclamou bastante– e o ambiente eram iguais ou muito parecidos com o dos anos 1960, quando jogava no Cruzeiro, pelo Estadual.
Muitos vão dizer que é o futebol raiz. Outros falarão que os longos estaduais estão perdidos no tempo. Não tem de ser uma coisa ou outra. Deveria haver um campeonato mais curto, com estruturas melhores, que unisse o romantismo, o prazer de desfrutar de coisas de outras épocas, com a modernidade, a realidade atual e o negócio futebol. O bom senso e os bons marqueteiros deveriam entrar em campo.
*Cronista esportivo, participou como jogador das Copas de 1966 e 1970. É formado em medicina.
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Previdência sob risco


Dilema das aposentadorias não se resolve com "reforma". Para os neoliberais, a defesa do Estado na equalização do dilema vivido pelos sistemas de aposentadoria não passa de um saudosismo dos tempos das utopias. Há tanta falsidade nos debates sobre o déficit dos sistemas de aposentadoria que os assuntos de maior importância como esse se perdem. Ele se relaciona ao papel do Estado, tema que vem motivando intensos confrontos sociais pelo mundo afora, afirma Osvaldo Bertolino em artigo no portal Vermelho. Leia https://bit.ly/2Rgw9ly


Fake news


Manuela d’Ávila é vítima de fake news e cobra investigação. Depois de ser alvo de agressões na campanha eleitoral de 2018, a deputada Manuela d’Ávila (PCdoB-RS) voltou a ser atacada através de “fake news”. Desta vez tentam vinculá-la a Adélio Bispo, autor da facada em Jair Bolsonaro. Um meme circula nas redes sociais insinuando que Manuela e o deputado Jean Wyllys seriam mandantes do atentado. A deputada cobra investigação para esclarecer o atentado e acabar com as fake news. Leia mais https://bit.ly/2G7vvES


25 janeiro 2019

Humor de resistência

Genialidade de Laerte: a imagem diz tudo.

Ganância & morte


A liberação acelerada de licenças para a ampliação das atividades (e lucro) das mineradoras - movimento puxado pela alta no preço dos minérios  - tem conexão com o rompimento da barragem em Brumadinho. A mineradora Vale obteve autorização para crescer sua operação na Mina do Feijão em dezembro de 2018. Entenda as causas da tragédia https://bit.ly/2sNzCyo

Solidariedade internacionalista


Nota da direção nacional do PCdoB 
contra o golpe na Venezuela

O Itamaraty proclamou em nota oficial o reconhecimento de um pretenso e autoproclamado “Presidente Encarregado da Venezuela”, Sr. Juan Guaidó. Alega isso se dar “de acordo com a Constituição daquele país, tal como avalizado pelo Tribunal Supremo de Justiça”.

Nicolás Maduro foi empossado presidente dia 10 de janeiro, fruto de eleições legitimamente convocadas, acompanhadas por dezenas de delegações internacionais, em 10 de maio de 2018. A posse, expressamente nos termos constitucionais segundo o art. 231, foi efetuada pelo Tribunal Supremo de Justiça. A Venezuela tem uma Constituição aprovada pela soberania popular e democrática, da qual emana o mandato legítimo de Nicolás Maduro.

A posição do governo brasileiro subordina-se à posição dos EUA, e soma-se à de outros países que agem pela desestabilização da Venezuela, bem como a OEA. 

Tal posição representa uma mudança qualitativa e profundamente negativa no papel do Brasil no mundo. Mais que a falsa justificativa, o ato alimenta intentos de intervenção militar de Donald Trump, presidente dos EUA, na Venezuela, o qual se utiliza de um vizinho do porte do Brasil na América do Sul para dar justificativa a tais intentos. Representa, portanto, gravíssimo perigo de um conflito militar na América Latina, em região vizinha à Amazônia, em torno de interesses inconfessáveis relacionados à disputa geopolítica das fontes de petróleo.

O Brasil há 140 anos não tem conflitos militares com seus vizinhos. Ao contrário, sempre adotou os caminhos negociados e equilíbrio pragmático nas relações internacionais, em especial com os vizinhos latino-americanos e caribenhos, como fator estabilizador no Continente. 

O PCdoB condena veementemente tal posição e se mantém solidário com os preceitos de respeito à autodeterminação, não-intervenção e solução pacífica dos conflitos como princípio pétreo do ordenamento nas relações exteriores de nosso país.

A Comissão Política Nacional do PCdoB

São Paulo, 23 de janeiro de 2019



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No Youtube

João Paulo fala de compromissos e desafios do seu novo mandato de deputado estadual. Clique aqui e veja 

Literatura viva


"Comparar a realidade ele retratada pelo livro Capitães da Areia com a atual situação de crianças em risco social é uma atividade bastante interessante a ser realizada na escola, principalmente em épocas de filistinismo moralista como esta em que estamos nos afundando não sabemos até quando - nem até que ponto" – afirma Jeosafá Fernandez em artigo no portal Vermelho. Leia aqui https://bit.ly/2B5qXMh


DNA

A mídia desconfia da capacidade da dupla Jair-Onix obter êxito nas negociações com o Congresso porque sempre foram parlamentares do chamado baixo cleo. Mas o DNA baixo clero contamina praticamente todo o governo.

Com os pés no chão


Alberto Burri
Cuidado com o andor que o Diabo está vivo
Luciano Siqueira

Os embaraços do capitão presidente e seu governo, antes mesmo de completar um mês de instalado, surpreendem pela rapidez e pelo potencial corrosivo.

Mas é precipitado que alguns analistas declarem natimorto o presidente recém-empossado.

Os que assim de posicionam não alcançam a dimensão da derrota eleitoral de outubro passado, nem compreendem a natureza do poder no Brasil no formato atual. Nem se dão conta de que a oposição ainda engatinha.

Sobretudo subestimam os poderosos interesses em jogo, daqui e de fora do país, em torno da agenda ultra liberal do governo.

Dai importa não confundir, por exemplo, as escaramuças do sistema Globo - desgastantes para o governo - com o descompromisso desse complexo midiático com o cumprimento da agenda econômica. 

O mau humor do capitão presidente em relação à Globo e a visível preferência pelas Redes Record e SBT causam conflitos, mas não a ponto dos Marinho se bandearem para a oposição. 

Nenhum dos interessados na dita agenda cometeria a asneira de deixar cair Bolsonaro, pois reza a Constituição que, se tal viesse a acontecer no espaço de vinte e quatro meses desde a posse, novo pleito presidencial seria convocado, pondo em risco os frutos das urnas de outubro. 

Ou, pior, uma ruptura da ordem institucional.

Na verdade, por mais atabalhoada que seja a conduta do presidente, expondo o Brasil ao ridículo perante o mundo, há muita lenha a queimar. Ou seja, muitos são os mecanismos pelos quais é possível manter o capitão onde está, tocando o governo através de estruturas que abrigam quadros capazes de fazer a roda girar.

Demais, o ambiente no qual se desenrolam as contradições no interior do governo – muito longe ainda dos 100 graus centigrados - e os desgastes prematuros diante da opinião pública não têm peso para alterar a correlação de forças na sociedade.

Por outro lado, a dispersão ainda é a marca na oposição, onde projetos partidários exclusivistas estão postos acima da defesa comum da democracia, dos direitos do povo e da soberania do país. Infelizmente.

Então, melhor evitar arroubos inconsequentes e seguir, na análise e na atitude, o ritmo adequado na condução do andor, pois o Diabo está vivo, tem muita força e gordura para queimar. 

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Salvo conduto

‘Futuro secretário de Ecoturismo do governo Bolsonaro foi multado por descumprir regras de turismo sustentável’ [Será que já pediu  desculpas ao ministro Sérgio Moro para ser dado como apto?]

23 janeiro 2019

Amarelou

Entre passar por mais um vexame ou fugir, o capitão presidente preferiu fugir. Coisa feia: jornalistas do mundo inteiro ficaram a ver navios — e confirmam: o Brasil em péssimas mãos.

Vexame em Davos

Seis penosos minutos
Luciano Siqueira

Inicialmente, os organizadores do evento lhe ofereceram trinta e cinco minutos. Ele recusou, pois tanto tempo não lhe seria necessário.

Ficou combinada uma fala de quinze minutos, o suficiente para que o orador sintetizasse a grande novidade: os rumos que a extrema direita, excepcionalmente no poder através das urnas, pretende imprimir ao principal país da América do Sul.

O orador usou apenas seis minutos — sofridos minutos ocupados por uma voz reticente, titubeante, entrecortada pela tensão própria de quem vai à tribuna sem saber o que dizer diante de um público qualificado.

O vexame surpreende não propriamente pelos predicados do orador, de mente precária e vocabulário tosco, dado a rompantes agressivos, preferencialmente quando se pronuncia sobre seu tema predileto — o combate à violência criminal através de mais violência. Se possível, com cidadãos armados para uma suposta autodefesa.

Mas o público reunido naquele auditório, em Davos, na Suíça, não estava interessado nesse assunto. Nem na cantilena, agora precocemente esmaecida, do combate à corrupção. Desejava saber da economia, pois ali se examinam alternativas à crise global sob a ótica do sistema financeiro, predominantemente.

A surpresa está na ausência de um texto que o orador pudesse ler, preparado pelos Chicago Boys ocupantes do super ministério da Economia.

Deixar o orador entregue à própria sorte foi um erro. Ou mais uma manifestação da desarticulação da equipe governamental?

Pior: o vexame se segue nos contatos bilaterais constantes na agenda do capitão presidente.

O que me faz lembrar um colega de turma no curso médico da Faculdade de Medicina da UFPE, numa prova oral de anatomia. O professor lhe entregara uma peça conservada no formol (parte do cérebro humano) e pediu que a identificasse:

— O que o senhor tem em mãos?

— Uma parte do cérebro, professor.

— Qual parte?

— ... (nervoso, apertando a peça)

— Responda, por favor.

— Professor, eu acho que...

— O senhor não acha nada, pois acabou de esmagar em suas mãos um cerebelo! E sua nota é zero.

Se algum colega o tivesse socorrido, escrevendo a resposta numa folha de papel exibida por trás do professor, como alguns faziam, quem sabe nosso colega tivesse obtido pelo menos uma nota 4. Mas ninguém o ajudou.

Igual ao discurso do presidente em Davos. Faltou a fila, ficou o vexame.

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22 janeiro 2019

Patético

Incompetente, tudo bem: todo mundo já sabe. Mas vazio e beirando o ridículo devia ter evitado em seu medíocre discurso em Davos. 

Desafios táticos


Toda alteração drástica na conjuntura, trazendo consigo mudanças na correlação de forças, exige reformulações táticas por parte das esquerdas. Nesses momentos é natural surgirem diferenças de opinião mais ou menos acentuadas. Alguns esperam escapar das crescentes dificuldades, empreendendo uma fuga desesperada para frente. Outros quedam paralisados. A primeira pergunta que devemos fazer é: Qual a dimensão da derrota sofrida? Foi pequena ou grande? De curto, médio ou longo prazo? Tática ou estratégica? Na opinião dos comunistas brasileiros ligados ao PCdoB, a derrota sofrida foi muito grave e tem um sentido estratégico – afirma Augusto C. Buonicori em artigo no portal da Fundação Mauricio Grabois. Leia aqui https://bit.ly/2WbNT5h

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Contra a intolerância religiosa


Segundo a nossa tão combalida e atacada Constituição Federal de 1988, no seu Artigo 5º, § VI: "é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias". Entretanto, na vida real não tem sido assim. O desrespeito, a intolerância e o racismo religioso têm sido absolutamente persistentes ao longo dos anos em nosso país. Marcas indeléveis de um Brasil da Casa Grande que tenta, a todo custo, manter subjugada a população de origem africana – observa Angela Guimarães, em artigo no portal Vermelho. Leia mais https://bit.ly/2AULiDS

Arte é vida

Raul Córdula

Sem assunto

Em Davos, inicialmente foi oferecido a Bolsonaro um latifúndio de tempo, 45 minutos, para pronunciamento e respostas às questões. Talvez a pedido de sua assessoria, grata pela gentileza, mas não vendo como preencher tantos minutos, diminuíram para 30 minutos. A montanha pariu um rato e JB falou 8 minutos! na principal plenária do encontro. Somados mais uns míseros 7 minutos entre as perguntas feitas por Klaus Schwab, chairman do Fórum, e as lacônicas respostas de Bolsonaro, obteve-se os suados 15 minutos de holofotes dirigidos ao novo presidente do Brasil no maior encontro econômico anual realizado há quase 40 anos na Suíça, assinala Ana Prestes em artigo no portal Vermelho. Leia mais https://bit.ly/2FT0Yuo