Luciano Siqueira
Pela terceira semana consecutiva o Boletim Focus, do Banco Central, confirma expectativa positiva de crescimento da economia.
Ou seja, o todo poderoso mercado financeiro admite que o país está dando passos adiante.
Tanto que a expectativa com o crescimento do PIB passou de 2,56% para 2,64% para este ano.
Projetando para 2024, foi de 1,32% para 1,47%.
Sinais positivos, sem dúvida.
Porém ainda muito aquém das necessidades reais do Brasil.
É preciso ir muito além do que o crescimento contido.
Isto significa grande volume de investimentos públicos e privados, sobretudo em atividades industriais e infraestrutura.
Parte desses investimentos devem ser viabilizados por aporte financeiro externo, como se sabe, que em certa medidas são estimulados pelos números do Boletim Focus.
Verdade que, apesar da crise econômica global, há considerável liquidez e existe uma faixa de possibilidades relativamente amplas de investimentos externos tendo em vista os atrativos do Brasil — país territorialmente imenso, de população que ultrapassa os 210 milhões de habitantes e amplo mercado consumidor interno.
Há, entretanto, as amarras macroeconômicas de natureza fiscal e monetária — expressão entre nós da ultrafinanceirização da economia.
É aí onde se encontra o nó a ser desatado.
Para tanto, o governo Lula precisa ainda alcançar consistente e majoritária margem de apoio ativo, social e político, para que possa viabilizar medidas ousadas no sentido da retomada do crescimento econômico — um dos pilares da agenda da reconstrução nacional que dá conteúdo à ampla frente democrática e progressista governante.
Aí será possível ir além do crescimento econômico constrangido pelo fiscalismo dominante, que satisfaz ao rentismo mas ainda fica devendo à maioria da população.
No meio do caminho tem uma pedra https://bit.ly/3Ye45TD
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