22 janeiro 2015

Sustentabilidade ambiental

Foto: LS
Verde que te quero verde no Recife
Luciano Siqueira, no portal Vermelho e no Blog de Jamildo

A execução de um programa de governo se dá sob a influência de um conjunto de variáveis – da vontade política do governante à capacidade criativa e realizadora de sua equipe, passando pela indispensável interação com a população.
Vontade política, capacidade empreendedora e habilidade na viabilização de meios marcam agora, no Recife, a construção de ampla rede de sustentabilidade ambiental, cujo lance mais recente se deu dias atrás, quando o prefeito Geraldo Julio e a secretária de Meio Ambiente e Sustentabilidade, Cida Pedrosa, anunciaram novos dispositivos legais sobre a matéria. A lei do “telhado verde”, as novas diretrizes de compensação para construções no entorno de praças e parques e a política municipal de educação ambiental – que se somam a outras medidas adotadas pela Prefeitura no início da atual gestão, como a Lei de Enfrentamento de Mudanças Climáticas (que inclui o inventário das emissões dos gases que causam o efeito estufa) e o Sistema Municipal de Unidades Protegidas (SMUP).
A lei de “telhado verde“, algo relativamente simples, implica a obrigação de se implantar uma camada de vegetação aplicada sobre a cobertura das edificações residenciais acima de quatro pavimentos e para edificações não-habitacionais com mais de 400m² de área coberta. Isto contribui para reduzir as “ilhas de calor” - espaços com maiores concentrações de altas temperaturas -, transformando dióxido de carbono (CO2) em oxigênio (O2).
Além disso, os novos projetos de edificação devem contemplar a construção de reservatórios de acúmulo e retardo das águas pluviais, que auxiliarão na microdrenagem da cidade, na medida em que a água contida seja liberada gradativamente depois das chuvas ou sendo armazenada para reutilização em serviços como a limpeza de áreas comuns das edificações ou usos domésticos.  
As novas diretrizes de compensação para construções no entorno de Praças e Parques, por seu turno, proporcionam a implantação de faixas de amenização ambiental de dois metros de comprimento na frente dos terrenos dos empreendimentos (entre a calçada e o muro) localizados no entorno de praças e parques acima de 600 m², ou em ruas convergentes. O aumento do espaço destinado a áreas verdes e o maior plantio de árvores também estão previstos para as construções nos arredores das praças e parques em até 10%, variando entre 50 e 100 metros.
A conscientização das novas gerações está no foco da política municipal de educação ambiental, tendo como palco as escolas da rede municipal, valendo-se também de iniciativas diversas com esse fim.

O Recife caminha, desse modo, para se incluir entre as cidades sustentáveis, compatibilizando desenvolvimento o econômico e a renovação urbanística com a preservação do meio ambiente. Importante item do programa de governo que se torna realidade.

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