21 janeiro 2017

Minha entrevista ao Portal LeiaJá

“O conflito político será a marca de 2017”, diz Siqueira

O vice-prefeito do Recife, Luciano Siqueira (PCdoB), declarou que a Câmara dos Deputados e no Senado Federal, seguem em oposição “ao sentimento nas ruas e à gravidade da crise”

Entrevista a Taciana Carvalho, LeiaJá

Em entrevista concedida ao Portal LeiaJá, o vice-prefeito do Recife, Luciano Siqueira (PCdoB), declarou que o conflito político e social será a marca de 2017. “Em recente entrevista ao site Carta Maior, o economista Luiz Gonzaga Belluzzo observou que a ideia de que, uma vez deflagrado o impeachment, se iria recuperar a confiança é primária. O que aconteceu foi que a situação se agravou, continuamos numa espiral descendente, e todas as pesquisas de confiança dos empreendedores acabaram se mostrando negativas”.
Siqueira acredita que a insatisfação da população se generaliza, sobretudo, ao envolver a crise global. “Na qual o drama brasileiro está inserido. Segundo ele [economista], o sentimento de confiança ou de desconfiança dos investidores se influencia, sim, pela situação política interna, porém se alimenta de muitas outras variáveis”, pontuou.
“Segundo Belluzzo, se Dilma errou ao tentar um drástico ajuste fiscal em plena desaceleração da economia, que terminou não se consumando porque a maioria oposicionista do Congresso não permitiu; Temer erra mais ainda, impondo o atual ajuste, desastroso, que leva ao aprofundamento da recessão”, acrescentou.
O vice-prefeito destaca que, apesar do cenário crítico, na Câmara dos Deputados e no Senado Federal, seguem em oposição ao sentimento nas ruas e à gravidade da crise. “Interesses de grupo nem sempre confessáveis reforçam lobbies retrógrados via bancadas rotulados como “da bala”, “evangélica”, “do agronegócio”, “da bola”, entre outros. E, no Planalto, com inigualável sofreguidão, tudo se faz para que o "Deus Mercado" seja, enfim, reconhecido como verdadeira força dirigente das forças que assaltaram o poder através do golpe parlamentar-midiático-judiciário-policial”, cravou.
Para Siqueira, nem a “cantinela midiática” tem aderência da população. “Inclusive entre os que investem seu capital. Por mais distorcida que seja a cobertura jornalística em nosso país, o empresariado se faz relativamente bem informado porque acompanha o que se passa além de nossas fronteiras”.  
Enquanto isso, o gestor ressalta que a grande maioria dos brasileiros vivem em situação delicada. "Quanto aos de baixo – a grande maioria dos brasileiros -, que vivem do próprio trabalho, formal ou informal, ou se encontram em situação de extrema vulnerabilidade, a cada dia o estômago tende a falar mais alto do que o noticiário pirotécnico do Jornal Nacional”, cravou. 
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Um comentário:

  1. Alessandra Araújo11:58 PM

    Os lobbies e outros vícios históricos, infelizmente, mantém Deputados e Senadores insensíveis ao clamor das ruas, do povo. A ascensão de Temer coroa essa insensibilidade de forma desumana e insensata para o povo e beneficiadora selvagem do capitalismo.
    Parabéns pela entrevista!!!

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