Primeiro
sinal de tropeço
Luciano Siqueira
Noticia-se que na Câmara, líderes de partidos do “centrão” se
movimentam no sentido defenestrar o líder do governo, Major Vitor Hugo (PSL-GO).
Dessa forma,
dariam um primeiro sinal claro de insatisfação em relação ao modo como o
Planalto se relaciona com a sua base parlamentar.
No próprio
PSL, uma maioria de deputados estaria nessa jogada.
Isto pode
acarretar em derrota do governo ao tentar aprovar uma das suas primeiras
proposições.
Se a hipótese
de confirmar, não será surpresa. Evidente é o jeito atabalhoado como o atual
governo conduz suas relações políticas.
O líder escolhido
pelo próprio presidente capitão Bolsonaro seria à sua imagem e semelhança, ele
que em quase trinta anos de mandato jamais figurou em articulações destinadas a
aprovar alguma matéria relevante ou assumiu presidência ou relatoria de alguma
comissão.
A convivência
com o Congresso nunca foi fácil. Mais ainda agora em que reina a dispersão,
pouco significando a maioria das siglas.
Cada deputado
se sente uma entidade isolada.
É ele e seus
seguidores nas redes sociais.
Suas legendas,
na maioria, nem de longe solicitam fidelidade programática. Seus programas são
apenas uma peça formal, exigência da legislação em vigor.
Demais, o
governo optou por se relacionar com bancadas temáticas desde a transição,
relegando a um segundo plano os partidos e seus dirigentes.
Faz parte da
concepção autoritária reinante, assim como de uma imprecisa e frágil ideia de
que é preciso superar “a velha política”.
Se cair seu
líder, haverá alguma mudança de atitude?
Difícil prever.
Governo do baixo clero é assim mesmo.
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