Estudo divulgado ontem pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) confirma que, pela primeira vez nos últimos quatro anos, o mercado interno está sendo o maior responsável pelo crescimento da economia brasileira. Na avaliação de vários especialistas, o fator que explica esta alteração positiva foi o reajuste do salário mínimo concedido em abril passado pelo governo Lula – o mais elevado dos últimos tempos. Na comparação com maio de 2005, as vendas efetuadas pelas indústrias tiveram um aumento de 4,55% — a maior variação mensal deste ano diante de igual período de ano passado. Outras duas iniciativas positivas do governo também contribuíram para a melhoria do consumo interno e para o reaquecimento da economia: a redução da taxa básica de juros (Selic) e o aumento da massa real dos salários. Segundo o coordenador da Unidade de Política Econômica da CNI, Flávio Castelo Branco, “o quadro geral de maio é bastante satisfatório e mostra a continuidade na trajetória de crescimento da atividade industrial”. Apesar da retomada econômica ainda ser moderada, ele faz questão de enfatizar que “o mercado interno tem sido o grande motor do crescimento da atividade industrial neste ano”. Ainda segundo a CNI, a reanimação do mercado interno fica patente no aumento das horas trabalhadas na indústria, que manteve ritmo acentuado pelo segundo mês consecutivo – cresceu 1,19% na comparação com abril. A hora trabalhada é o principal indicador do nível da produção industrial. Como os estoques das empresas estão ajustados e as vendas continuam crescendo, a indústria produz mais para atender o aumento da demanda. Num primeiro momento, essa expansão vem na forma de redução da ociosidade e de elevação das horas trabalhadas. Mas num segundo momento, ela resulta em novas contratações. (Publicado no portal Vermelho - www.vermelho.org.br). |
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