A construção coletiva das idéias é uma das mais fascinantes experiências humanas. Pressupõe um diálogo sincero, permanente, em cima dos fatos. Neste espaço, diariamente, compartilhamos com você nossa compreensão sobre as coisas da luta e da vida. Participe. Opine. [Artigos assinados expressam a opinião dos seus autores].
13 agosto 2006
A pena de morte no Brasil
Até o fim do Império, a pena de morte derramou muito sangue no Brasil. Durante mais de 300 anos, índios, rebeldes e escravos, entre outros, morreram pelas mãos do Estado. É o que revela reportagem assinada por Flávia Ribeiro na revista Aventuras na História, em sua edição de número 36.
Até subir ao patíbulo, no dia 28 de abril de 1876, nem o próprio Francisco acreditava que seria enforcado. Segundo descreveu, na época, o jornal Diário de Alagoas, "o réu condenado à pena de morte portava-se na cadeia com alguma intrepidez; dizia que não morreria enforcado".
Escravo, dois anos antes Francisco havia assassinado o capitão João Evangelista de Lima e sua mulher, Josefina. Ao cometer o crime, fora auxiliado por dois escravos do morto, Prudêncio e Vicente. O primeiro morreu quando foi preso. O segundo, ao que parece, foi condenado à forca, mas acabou indo para a prisão perpétua.
O confiante Francisco não teve a mesma sorte. Escoltado por 32 soldados, percorreu as principais ruas da cidade de Pilar de Alagoas até chegar à forca. Lá, exatamente às 13 horas, cumpriu sua pena.
Aquela foi a última vez em que uma sentença de morte foi cumprida no Brasil. A pena capital já vinha sendo pouco usada no país desde meados de 1850 e, depois da sentença de Francisco, ela desapareceu.
Embora a pena de morte ainda exista na legislação brasileira (ela é prevista no Código Penal Militar, em casos de guerra), Pedro II garantiu que ela não fosse mais aplicada e desde então não houve mais execuções no país. Era o fim de mais de três séculos de enforcamentos, fuzilamentos e degolas, que começaram quando o Brasil ainda era uma colônia de Portugal e estava sujeito às normas daquele país.
Você pode ler a matéria completa acessando http://historia.abril.uol.com.br/
PARABÉNS PELA BRILHANTE MATÉRIA.
ResponderExcluirEm 2006, li na Revista AVENTURAS NA HISTÓRIA, a excelente matéria sobre como acabou a Pena de Morte no Brasil e desde 2003 vinha mostrando essa VERDADE publicada por vocês, pois alguns sites e jornais ainda mostram ERRADAMENTE que a última pena de Morte foi em Campos/Macaé-RJ no ano de 1855, pois a de Pilar-AL, publicada por esta Revista com o DOSSIÊ sobre os 300 Anos de Execuções no Brasil
mostra a VERDADE, ou seja, 21 Anos depois, sendo a de PILAR-AL, a Última do Brasil.
No próximo Dia 28 DE ABRIL, irá completar 133 Anos que acabou a Pena de Morte Oficial no Brasil,
quando foi Enforcado aqui em PILAR-ALAGOAS, o Escravo Francisco, que juntamente com mais 02 Escravos haviam matado um capitão da Guarda Nacional e sua Esposa.
Para mostrar como foi a ÚLTIMA EXECUÇÃO JUDICIAL DO BRASIL, a Casa da Cultura de Pilar realiza uma ENCENAÇÃO pelas ruas da cidade,
até o SÍTIO BONGA, onde está armada a forca,para reconstituíção deste fato histórico nacional.
FOTOS E PROGRAMAÇÃO NO SITE:
www.8p.com.br/pilaralagoas
Sérgio Moraes (Pilar-AL)
smoraes.pilar@hotmail.com