04 outubro 2006

Escândalos de FHC e Alckmin


Além do escândalo da compra de votos para a aprovação da emenda da reeleição, a campanha de reeleição vai usar como munição a denúncia de que o governo Fernando Henrique abasteceu com US$ 1,6 bilhão os bancos Marka e Fonte-Cindam antes da desvalorização do real. O dono dos dois bancos Salvatore Cacciola está foragido da Justiça brasileira. Não bastasse, serão usados o escândalo da privatização do Sistema Telebrás e os desvios de recursos públicos das extintas Sudam e Sudene.

A estratégia também será questionar os motivos pelos quais o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin evitou a instalação de dezenas de Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) sobre escândalos na administração estadual. No total, são cerca de 60 CPIs que não tiveram a instalação concretizada na Assembléia Legislativa paulista.

"Não é razoável que o país seja induzido a esquecer que essa gente da coalizão PSDB e PFL é responsável pelos mais graves recentes escândalos impunes da história republicana do país (...) Em todos esses escândalos, eu estou falando de bilhões desviados", disse o ex-ministro e deputado eleito pelo Ceará Ciro Gomes (PSB), ao deixar reunião no Palácio do Alvorada na noite de segunda-feira.

Ciro é um dos novos reforços que a coordenação de campanha nacional recebeu para estabelecer as novas estratégias para o segundo turno. Ele é um dos responsáveis pela idéia de se levantar o debate sobre a corrupção no governo anterior. A posição é uma maneira de evitar que Lula fique acuado nas discussões e vá para o ataque contra os adversários.

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