02 outubro 2006

Lula garante: "Vamos vir com mais força agora"

Em entrevista coletiva realizada hoje à tarde (2) no Palácio da Alvorada (http://www.lulapresidente.org.br/noticia.php), o presidente Luis Inácio Lula da Silva avisou que está pronto para o debate, e declarou que agora, no segundo turno, poderá discutir o país e comparar o Brasil de hoje com o Brasil dos governos anteriores. “Vamos vir com mais força agora, e certamente não vai faltar voto para a gente ganhar no segundo turno", afirmou.

Lula começou a entrevista parabenizando o povo brasileiro pelo comportamento exemplar durante as eleições de domingo. “Mostramos para o mundo que o processo democrático brasileiro está consolidado”, disse. O presidente ainda elogiou a rapidez da apuração e se referiu as urnas eletrônicas como um exemplo que deve ser adotado em outros países democráticos.
Falando como candidato, ele agradeceu aos mais de 46 milhões de eleitores que apoiaram sua reeleição no primeiro turno e comemorou a possibilidade de uma eleição mais transparente a partir de agora. “Teremos uma campanha mais justa e verdadeira, com debates cara a cara e com o mesmo tempo de T.V para cada um dos candidatos”, celebrou. Lula ainda afirmou estar muito satisfeito pelas vitórias de Jacques Wagner na Bahia e Marcelo Deda em Sergipe. Ambos derrotaram candidatos do PFL em seus estados.

Sobre as alianças para o segundo turno, o presidente explicou que já foram iniciadas as conversas com os candidatos a governador que foram para o segundo turno em seus estados. Afirmou, inclusive, que, no Rio de Janeiro, deverá dividir o palanque com Sérgio Cabral, do PMDB. “Não mediremos esforços para que apoiemos Sérgio Cabral no segundo turno”, garantiu.
O presidente também pediu respeito ao voto dos eleitores, e disse que não pode julgar ninguém que foi eleito porque quem julga é a justiça e o povo nas eleições. “Para nós não existem eleitores de primeira e segunda categoria”, disse. Ele ainda elogiou o Congresso Nacional por ter votado quase todos os projetos enviados pelo governo e lembrou que nunca interferiu nos trabalhos do parlamento. “É o exercício da democracia”, afirmou. “Não interferimos nem nas CPI’s, como fez o governo passado e o governo de São Paulo, que impediu a instalação de 60 pedidos de investigação”, lembrou.

O presidente ainda ressaltou o papel fundamental da imprensa para democracia, e rejeitou ser classificado de candidato apenas dos pobres. “Isso não existe em um país como o Brasil”, explicou. “O que faço questão de deixar claro é que governamos para 190 milhões de brasileiros, mas damos uma atenção especial para os mais pobres”, concluiu.

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