
No Portal Imprensa: Um grupo de intelectuais e acadêmicos lançou ontem (02/11) um abaixo-assinado em apoio ao sociólogo e jornalista Emir Sader, que foi condenado à prisão depois de ação judicial movida pelo senador Jorge Bornhausen (PFL-SC).
Em um artigo, Sader "respondeu" ao senador, que havia declarado que, em razão das denúncias de corrupção no PT, o Brasil se veria "livre dessa raça [petistas] por, pelo menos, 30 anos".
O sociólogo, então, chamou Bornhausen de "racista, banqueiro e direitista", dizendo que se tratava de "uma das pessoas mais repulsivas da burguesia brasileira", que merecia ser alvo de um processo por discriminação.
O juiz Rodrigo César Muller Valente, da 11ª Vara Criminal de São Paulo, ao julgar a ação movida pelo presidente do PFL, condenou Sader a um ano de prisão, prestação de serviços comunitários a perda do cargo de professor da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, Uerj.
O manifesto, que tem como primeiro signatário o professor Antonio Candido, já havia recolhido cerca de 3 mil assinaturas até a tarde de ontem. O PT disponibilizou em seu site um link para o apoio ao abaixo-assinado.
No texto que acompanha o pedido de assinatura, os intelectuais afirmaram que a decisão da Justiça "transforma o agressor em vítima e o defensor dos agredidos em réu". "Numa total inversão de valores, o que se quer é impedir o direito de livre expressão, intimidar e criminalizar o pensamento crítico. É uma ameaça à autonomia universitária que assegura que essa instituição [Uerj] é um espaço público de livre pensamento", diz o documento.
A página do PFL, por sua vez, trazia um abaixo-assinado que apoiava o pedido de prisão.
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