03 novembro 2006

Opinião pessoal de sexta-feira 3/11: Legitimidade e sensatez na montagem do governo

Mais do que legítimo que os partidos políticos que contribuíram para a vitória eleitoral de um detentor de cargo executivo manifestem interesse em se fazerem participantes do governo. Afinal, emprestaram ao candidato o seu aval, o esforço de sua militância e a sua cota de credibilidade no seio da sociedade.

Mas é preciso combinar legitimidade com sensatez. Não cabe pressionar o governante eleito, muito menos de público – como alguns têm feito, como registram as páginas dos jornais. Tanto em relação a Lula como, cá na província, junto ao governador eleito Eduardo Campos.

Ora, ao governante cabe uma imensa responsabilidade que implica, preliminarmente, a montagem de uma boa equipe. Isso reclama critérios que não se restringem à filiação partidária deste ou daquele quadro, mas envolvem considerações de ordem técnica. Ou seja, o perfil dos membros da equipe de governo deve guardar identidade com a proposta programática.

Tanto Lula, no seu segundo mandato, como Eduardo Campos, que em janeiro inicia uma missão que, bem sucedida, poderá lhe valer um lugar de destaque na história de Pernambuco, certamente estão atentos à necessidade de corrigir erros do passado, constituindo equipes que reflitam, a um só tempo, a pluralidade política e social de suas bases de sustentação e competência técnica para bem governar.

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