Na Caros Amigos, artigo de Izaías Almada aborda o que considera linha editorial tendenciosa da revista Veja e do jornal Folha de S.Paulo.
A revista Veja e o jornal Folha de S. Paulo têm abusado daquilo que consideram ser a SUA liberdade de imprensa. Esse dois órgãos de informação, em muitos de seus editoriais e matérias, têm quase que sistematicamente se desviado daquilo que se supõe ser o principal escopo de uma imprensa séria e responsável num país democrático: a notícia desvinculada de compromissos partidários, ideológicos e/ou corporativistas. Quem acompanhou a trajetória da Veja e da Folha, muito particularmente nesses últimos dezoito meses, sabe muito bem do que estou falando.
Mentiras, perseguições, insinuações maldosas, um jornalismo muitas vezes policialesco, eivado de preconceitos, onde um dos objetivos foi desestabilizar o governo do presidente Luis Inácio Lula da Silva, desmoralizar o Partido dos Trabalhadores e lançar o opróbrio sobre a esquerda de um modo geral e alguns de seus nomes sonantes. Páginas e páginas de achincalhamento desrespeitoso com inúmeros cidadãos, sem dar a qualquer um deles o direito de defesa, matérias – na maioria das vezes – escritas com o uso do verbo no condicional, sem citar as fontes (provavelmente inexistentes), um jornalismo onde a razão e a inteligência se fazem ausentes, dando lugar a sentimentos rasteiros, preconceitos sociais e ódios de classe.
Porta-vozes de um Brasil arcaico, embora se considerem modernos, como alguns intelectuais e acadêmicos de nosso neoliberalismo caboclo, tais informativos – entre alguns outros – se julgam acima do bem e do mal, são arrogantes e querem fazer suas próprias leis, como se fossem os donos da verdade e soubessem o que é melhor para o país.
Derrotados em suas intenções eleitoreiras, quando apostaram suas fichas na queda do governo Lula e na eliminação “dessa raça” de mais de 60% de cidadãos que pensam por suas próprias cabeças, partiram as duas publicações para o velho e surrado truque da liberdade de imprensa, mas dela se esquecem quando é para acusar os outros, sem provas, e julgá-los, sem direito à defesa. Contudo, a sociedade está atenta e não vai deixar se enganar por esse jogo de cena. Estado policial?! Intimidação de jornalistas?! Onde? Quando? A quem querem enganar?
E pensar que por estas publicações já passaram homens da estatura de Mino Carta e Cláudio Abramo, só para ficarmos com dois exemplos históricos e emblemáticos! É preciso discutir com urgência a democratização da mídia e a criação de alternativas à informação de mão única, principalmente quando essa informação está a serviço daquilo que o país tem de mais atrasado. Chega de hipocrisia e de falácias. O povo brasileiro merece coisa melhor. Pelo fortalecimento da mídia alternativa! Pela verdadeira democracia da informação! Abaixo o terrorismo mediático!
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