Da Agência Brasil: O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse nesta quinta-feira (25/01) que o Banco Central tem autonomia e motivos para mexer na taxa básica de juros como quiser. Mas reconheceu que ele e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva gostariam de um redução maior. Na quarta (24), a Selic caiu 0,25 ponto percentual, chegando a 13%.
"Claro que o presidente (do Banco Central, Henrique Meirelles) sabe que eu, e mesmo o presidente Lula, gostaríamos que caísse um pouco mais. Só que ele tem que cumprir a meta (de inflação)", declarou Mantega ao chegar a Davos (Suíça) para o Fórum Econômico Mundial.
A respeito da divisão do Comitê Política Monetária (Copom) - que aprovou a decisão por cinco votos a três -, o ministro disse que haver opiniões divergentes é normal. "Certamente fizeram uma discussão profunda. Quem propôs 0,25% teve argumentos sólidos. Imagino que é uma estratégia para prolongar a redução das taxas ao longo do tempo. Mas é apenas uma dedução."
Questionado se não discutiu o assunto com o Banco Central, para estar deduzindo a explicação e não saber concretamente o motivo, ele respondeu que sim - mas frisou que "a decisão não é do ministro da Fazenda". Segundo Mantega, "o Copom tem autonomia e assim é melhor, mas nós discutimos cenários".
Na reunião anterior, em novembro, o Copom havia decidido reduzir a Selic em meio ponto percentual (13,75% para 13,25%), por cinco votos a três. Dessa vez, o placar foi inverso. Veja ao lado a explicação do BC e as repercussões. A próxima reunião está marcada para os dias 6 e 7 de março.
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