Por Luciano Siqueira -Vice-prefeito do Recife
A partir da segunda-feira, dia 1º, com a posse do governador Eduardo Campos, inaugurou-se uma nova fase na vida política de Pernambuco e, com ela, a introdução de uma nova agenda.
Na verdade, é mais apropriado dizer (particularmente no que concerne às forças políticas e sociais vitoriosas no pleito de outubro), são duas agendas – a administrativa e a política. Interligadas, porém distintas, cada uma com dinâmica própria.
A agenda administrativa considera o início do novo governo estadual, a continuidade das gestões municipais iniciadas há dois anos e o primeiro ano do segundo mandato do presidente da República.
A agenda política é obrigatória para todos – para os que venceram e para os que perderam em outubro. Extrapola as questões de ordem administrativa, dialoga com o conjunto da sociedade e descortina no horizonte o pleito municipal de 2008.
Em certa medida independentemente da agenda administrativa, o próximo pleito municipal tende a galvanizar, gradativamente, as atenções de todas as forças políticas presentes na cena pernambucana. Quem venceu em outubro tentará consolidar as conquistas obtidas; quem perdeu, procurará recuperar parte do terreno que lhe escapou ao controle. Para ambos os lados, a busca do entendimento emergirá com certa força.
O povo costuma dizer que saco vazio não se mantém de pé, referindo-se a quem está com fome. No concerto de forças políticas coligadas, o que mantém de pé as bases do entendimento é o debate de idéias – e este é um momento muito rico para o debate, como se pode depreender do discurso de posse de Eduardo Campos, pronunciado na Assembléia Legislativa.
O governador reafirmou a proposta de um desenvolvimento econômico com benefícios para o conjunto da sociedade, principalmente para as camadas menos aquinhoadas do povo. Destacou, dentre outros aspectos do que pretende seja reconhecido como um novo conceito de gestão, o que tem chamado "controle fiscal dinâmico", voltado para o equilíbrio financeiro e ao mesmo tempo para a recuperação da capacidade de investimento público. E fez questão de sublinhar os grandes desafios de Pernambuco – especialmente no que se referem ao crescimento econômico com a integração das suas diversas microrregiões; do Nordeste, atrelando a questão regional ao futuro do Estado-Nação; e do país, no contexto da integração do subcontinente sul-americano.
Feriu, assim, itens fundamentais das duas agendas, em cuja abordagem ele e o seu partido, o PSB, passam a ter papel destacado a partir de agora.
Sr. Vice-Prefeito: Considero seu comentário muito apropriado, poois as esquerdas pernambucanas não podem perder a oportunidade de se afirmarem no contexto político atual e para isso precisam se entender sobre idéias comuns.
ResponderExcluirEvilásio Silva - Recife
A constuçaõ de agenda uma comun das esquerdas visando o próximo pleito é extremamente necessário porém muito difícil na pratica pois estarão em jogo os interesses locais em cada município, e é aí que as coisas se complicam.Existem grupos que estão no poder em algumas cidades que consideram os partidos do campo da esquerda seus potenciais inimigos, e esta visão míope, em nada contribui para construção de alianças fortes capaz de enfrentar os verdadeiros inimigos, que foram derrotados na última eleição, mas já se preparam frenéticamente para voltar ao poder.Temos que praticar a unidade na diversidade e isto não é nada fácil,porém se cosequimos superar as vaidades naturais de quem estar no poder, seremos todos vitoriosos.Luiz pereira
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