17 março 2007

DESTAQUE DO DIA

Duro e benéfico aprendizado

Ontem, sexta-feira, ao dar posse a três novos ministros - José Gomes Temporão, Saúde, Geddel Vieira Lima, Integração Nacional, e Tarso Genro, Justiça – o presidente Lula proclamou “um novo jeito de fazer política”, referindo-se ao processo de negociação entre o governo e os onze partidos que o apóiam.

Textualmente, disse o presidente: "Não é apenas uma troca de um homem por outro homem. De uma mulher por outra mulher. De um partido por outro partido. O que estamos consagrando a cada ministro que eu nomeio é um novo jeito, nova forma de fazer política no nosso país. É um momento de aprendizado para todos, que é a construção de uma política de coalizão que envolve partidos, governadores e prefeitos".

Verdade, é um duro e benéfico aprendizado. Especialmente para o PT e para o próprio presidente, que – faça-se justiça – vêm ambos aprendendo a estabelecer alianças amplas e diversificadas ao longo do tempo.

De 1999 para cá é um notável progresso. Naquele ano, ao passar ao segundo turno no pleito presidencial, Lula chegou a recusar o apoio de Ulysses Guimarães e do PMDB. Fez autocrítica posteriormente.

A própria idéia de um governo de coalizão capaz de expressar a vontade das urnas e a complexidade da vida e da política no Brasil, apto a unir vontades em prol dos objetivos maiores da Nação – inicialmente proposta pelo PCdoB – demorou muito a ser assimilada pelo PT, mesmo quando Lula já a adotava.

O fato é que o novo ministério está com cara de pluralidade e de coalizão. Para o PT e para Lula, um jeito novo de fazer política.

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