07 abril 2007

Bom dia, Carlos Drummond de Andrade


O constante diálogo

Há tantos diálogos

Diálogo com o ser amado
o semelhante
o diferente
o indiferente
o oposto
o adversário
o surdo-mudo
o possesso
o irracional
o vegetal
o mineral
o inominado

Diálogo consigo mesmo
com a noite
os astros
os mortos
as idéias
o sonho
o passado
o mais que futuro

Escolhe teu diálogo
e
tua melhor palavra
ou
teu melhor silêncio

Mesmo no silêncio e com o silêncio
dialogamos.

2 comentários:

  1. Anônimo11:27 AM

    Belo poema de Drummond!
    Bela homenagem ao diálogo como modo de viver e se relacionar com as pessoas e com o mundo!
    Valeu!
    Ana Paula

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  2. Anônimo5:48 PM

    O diálogo tem muito de arte de viver. Drummonde sabia viver e cantar a vida.
    Anamaria Lins

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