Cheque especial mais caro

No Acerto de Contas, por Pierre Lucena:
Sobre a taxa cobrada no cheque especial
. Ontem, o Procon de São Paulo soltou o resultado de uma pesquisa sobre a taxa média do cheque especial, cobrada pelos bancos.
. O resultado é que apesar da Selic ter caído, de 13 para 12,75%, a taxa média subiu de 8,2 para 8,3% ao mês.
. Comparando-se taxas anuais: Selic - 12,75%; Empréstimo Consignado (média) - 39%; Cheque Especial (média) - 142%.
. Para chegar à taxa cobrada ao consumidor, o banco leva em consideração quatro variáveis: o custo de oportunidade do dinheiro (seria a Selic), os custos operacionais do banco, o risco de inadimplência e o lucro (já que ninguém é de ferro).
. Comparando-se as variáveis do empréstimo consignado e do cheque especial, é razoável supor que o risco das duas operações é a única variável que realmente é diferente.
. Logo, a diferença de 103% (142-39%), deveria representar o risco de inadimplência. Na prática, é como se para cada duas pessoas uma fosse ficar inadimplente, para justificar essa taxa monstra que é cobrada.
. É o mesmo risco de um banco ser assaltado por alguém que entra armado em uma agência.
A pergunta é: o que diabos faz o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal que ainda cobram estes juros absurdos, ao invés de regular o mercado?