16 maio 2007

Câmbio sobrevalorizado

No G1:
Dólar fecha abaixo de R$ 2 pela 1ª vez em seis anos
Para analistas, rompimento da 'barreira psicológica' não muda nada. Cotação da moeda americana só tem uma direção: para baixo.
. Após romper a barreira dos R$ 2 logo no início do dia, o dólar acentuou a trajetória de queda e encerrou a terça-feira (15) na menor cotação desde 12 de fevereiro de 2001, com queda de 1,34%, negociada a R$ 1,982. Na mínima do dia, a moeda chegou a ser cotada a R$ 1,979.
. E, segundo analistas ouvidos durante o dia pelo G1, a tendência de queda vai continuar. A barreira de R$ 2 é muito mais psicológica do que real. Daqui para frente, cada vez mais caberá ao Banco Central (BC) atuar no mercado para controlar apenas a velocidade da queda. No que depender da giro da economia, o câmbio só tem uma direção: para baixo."A tendência de queda já está dada, o BC não vai conseguir reverter. Ele pode controlar a velocidade, entrar com um leilão de compra mais agressivo, voltar a oferecer o 'swap reverso' (operação de compra de dólares no mercado futuro)", diz o economista da MCM Consultores, Antonio Madeira.
. A avaliação é compartilhada pelo economista José Luiz Rossi, professor da escola de negócios Ibmec-SP, também não crê em uma intervenção "radical" do Banco Central para mudar esse quadro. "O intuito do BC é de evitar uma queda brusca, evitar a volatilidade. Ele já percebeu a ineficiência em tentar determinar uma taxa."
. Para o professor, a queda do dólar não prejudica a economia brasileira. Pelo contrário: “Eu sou um dos que acham que não é tão negativo assim. Obviamente o exportador vai ser afetado, mas são apenas alguns setores. Para a sociedade em geral pode ter um ganho.” Segundo ele, o dólar mais barato melhorar a competitividade da indústria brasileira, aumentando os investimentos em máquinas e equipamentos.

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