Desigualdades afetam o Nordeste também na educação
Política nacional de desenvolvimento regional – a ação do Estado no sentido de reduzir desigualdades, explorar potencialidades, melhor distribuir espacialmente as atividades econômicas e suas possíveis repercussões sociais positivas.
Há um viés educacional nisso, conforme indica o ranking da qualidade do ensino público do país, feito com base no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), divulgado pelo Ministério da Educação (MEC): 8 entre 10 os municípios que ostentam os piores indicadores nas séries iniciais do ensino fundamental estão no Nordeste.
O indicador usado para essa análise leva toma como referências o rendimento escolar e a média dos alunos no Sistema Nacional de Avaliação Básica (Saeb) e na Prova Brasil.
De cada dez municípios incluídos entre os que têm os piores indicadores nas primeiras séries do ensino fundamental, oito estão no Nordeste. Os índices variam de 0 a 10. O MEC considera que para ter sistemas educacionais com qualidade equivalente à dos países desenvolvidos, o Ideb deve ser de pelo menos 6,0. Atualmente, a média brasileira é de 3,8.
Conclusão 1 (do próprio MEC): a Região nordestina é que precisa de mais investimentos na área de educação.
Conclusão 2: a representação política do Nordeste (deputados, senadores, governadores) deve pressionar o governo federal para que faça tais investimentos.
Conclusão 3: os movimentos sociais, sobretudo sindicatos da área da educação, idem.
O Nordeste paga caro por décadas, senão séculos, de discriminação proporcional à concetração da produção e da riqueza no Centro-Sul do país. Teria que se refletir na educação também. Resta saber se o PDE do governo Lula vai mesmo contribuir para diminuir essa desigualdade.
ResponderExcluirRinaldo