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Lula a integração do subcontinente sul-americano

Uma das linhas de ação do governo talvez de menor compreensão por boa parte da opinião pública é a política externa pro afirmativa e independente. Contudo, tem importância estratégica no concerto das nações, no atual contexto da globalização da economia.

Hoje, mais do que antes, as nações que desejam desenvolver relações internacionais pautadas pela afirmação de sua própria soberania não podem prescindir da formação de blocos com outras nações, a base de interesses comuns. A integração do subcontinente sul-americano, que Lula persegue com persistência e habilidade desde o primeiro governo, tem, portanto, grande valor. É condição fundamental para que o Brasil e seus vizinhos se relacionem com os EUA e com a Comunidade Européia de maneira altiva.

É nesse ambiente que se deve compreender a postura correta e equilibrada do governo brasileiro na negociação para revenda da refinaria da Petrobrás na Bolívia, respeitando os direitos do povo boliviano e apostando na unidade sul-americana.

Do mesmo modo, se deve acompanhar a reunião que irá ocorrer no próximo dia 25, no Paraguai, de executivos dos bancos centrais de países do Mercosul, que analisarão a criação de uma moeda única entre Brasil e Argentina e a adoção de mecanismos de socorro a paises vizinhos no caso de ataque especulativo e crise de liquidez.