No Valor Econômico:
Insumo importado e vendas à AL dão fôlego a exportador
. Como explicar, diante da queda constante do dólar, o crescimento de mais de 80% nas exportações de algumas grandes empresas no primeiro trimestre? O Valor fez essa pergunta a campeãs de exportação nesse período, entre elas Embraer, Motorola, Braskem, Caterpillar, Fiat e Scania. A explicação predominante é que elas amenizaram o impacto do câmbio, que reduziu a rentabilidade, com a adoção de programas agressivos de substituição de fornecedores nacionais por importados, o que diminuiu custos de insumos. Ao mesmo tempo, principalmente no caso das multinacionais, houve uma nítida concentração de vendas para a América Latina, mercado onde é mais fácil reajustar preços.
. A petroquímica Brasken aumentou as exportações em 87% no primeiro trimestre do ano - o melhor desempenho entre essas empresas. Uma série de motivos explica o bom resultado da campeã: alta dos preços das exportações, operação em plena capacidade e incorporação da Politeno, entre outros.
. A Motorola aumentou as vendas externas de celulares em 43% no primeiro trimestre e ampliou em 40% a capacidade da fábrica para atender o mercado latino-americano, onde concentra 85% das exportações. Graças a contratos fechados em 22006, a Caterpillar elevou as exportações em 16% no primeiro trimestre. A empresa, que exporta 70% da produção, aumentou a compra de componentes da China e Índia. A meta é adquirir metade no exterior.
. Apesar do dólar, a carteira de pedidos da Embraer atingiu o nível recorde de US$ 15 bilhões. No primeiro trimestre, as exportações cresceram 15%. As flutuações do câmbio quase não alteram os planos da empresa, já que suas importações também são elevadas.
. Os presidentes das quatro maiores montadoras do país - Volkswagen, General Motors, Ford e Fiat - também as maiores exportadoras do setor, afirmam que chegou a hora de importar mais. E, dessa forma, criar o que o presidente da GM, Ray Young, chama de "hedge natural".
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