No Vermelho:
. Cinco meses depois do rompimento provocado pela disputa pela Presidência da Câmara, em fevereiro, o presidente da Casa, Arlindo Chinaglia (PT-SP), e o bloco de esquerda formado por PCdoB, PSB, PDT e PV, ensaiam uma reaproximação. Chinaglia já foi a pelo menos dois jantares organizados pelo bloco. Em um deles, conversou longamente com seu adversário na disputa de fevereiro, o deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP). A retomada do diálogo não significa, contudo, que as feridas políticas estejam cicatrizadas.
. O bloco de esquerda não cogita a hipótese de extinguir-se - está previsto um lançamento político do grupo em Porto Alegre, no Rio, em São Paulo e em Belo Horizonte no mês de agosto e, depois disso, nos outros estados brasileiros. No dia 20 de junho, foi apresentado um manifesto identificando os pontos que os unem. O PT de Chinaglia, embora busque uma reaproximação, mantém firme a aliança com o PMDB, que levou à derrota de Aldo.
. O horizonte eleitoral também ajuda a manter as parcerias em suspense. Em 2010, sem a presença de Lula na sucessão, todos os partidos da coalizão sonham em lançar seus próprios candidatos. No bloco de esquerda, o nome que desponta é o de Ciro Gomes (PSB-CE). O PT divulga um leque enorme de opções, que vão de Jacques Wagner (governador da Bahia) à ministra do Turismo, Marta Suplicy, cuja possível candidatura perdeu fôlego, porém, após a sugestão de "relaxar e gozar", feita por ela aos prejudicados pela crise aérea. Até mesmo o PMDB, que sempre ficou a reboque de outros partidos, quer ser protagonista em 2010.
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