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Sociólogo e presidente do Instituto Vox Populi, no Correio Braziliense de hoje
. Até pouco tempo atrás, sempre que uma pesquisa de opinião ia ser divulgada, os meios políticos se preparavam com ansiedade. Afinal, nas sociedades modernas, as informações a respeito do que pensam os cidadãos sobre os acontecimentos do mundo político são um dos principais elementos do jogo do poder, e o Brasil não é uma exceção. . Durante o primeiro mandato de Lula, essa foi uma constante. Depois da posse, o interesse era saber como a sociedade brasileira estava reagindo à realidade de haver, após tantos anos e várias tentativas, um governo de Lula e do PT.. Em 2004, o quadro foi logo ocupado pelo assunto Waldomiro Diniz e o país se perguntou que efeitos poderia ter sobre a imagem do presidente. Por isso, toda pesquisa era aguardada com elevada expectativa.
. Não é preciso dizer quanto as pesquisas passaram a ser relevantes em 2005, a partir do começo das denúncias do mensalão. À medida que elas aumentavam, crescia a importância de novos levantamentos, até porque foi ficando patente uma tendência contínua de desgaste da aprovação de Lula e de seu governo.. No final daquele ano, quando muitas pesquisas, feitas para divulgação ou para consumo restrito, mostraram que ele poderia perder a eleição seguinte, o sistema político ficou ultra-sensível a qualquer notícia de nova divulgação.
. Na eleição de 2006, as pesquisas voltaram a ter a importância que tiveram em todas as últimas. A ela, se agregou a curiosidade sobre como a imagem de Lula, como candidato, ficaria após tantos meses de denúncias.. Muitos esperavam que sofresse danos significativos, tornando competitiva a eleição e imprevisíveis seus resultados. Por isso, partidos, grupos de interesse, atores privados, todo mundo prendia a respiração sempre que se sabia que uma nova estava saindo do forno.
. Este ano, depois de um recomeço de governo e de uma reforma ministerial pouco impactantes, o sistema político esperou com interesse as primeiras pesquisas. Seja dentro do Planalto, seja nas oposições, havia incerteza sobre como a opinião pública receberia as novidades (ou a falta de novidades). Quando a crise aérea se acentuou, muitas pessoas se colocaram na posição de espera, aguardando o que diriam as novas. Leia mais.
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