Verbos de Amor!
Por não ser mais empregado
O verbo se fez sentir
De tanto se dividir
Sentiu-se mal conjugado
Num pretérito passado
Sua palavra ditou
E um verbo novo criou
Presente ao subjuntivo
Deixando de ser passivo
Da letra se libertou
E se fez carne presente
Numa perfeita oração
Mudando a conjugação
Deixou de ser reticente
Pôs um acorde regente
Criando outra harmonia
O verbo se fez poesia
Nas cordas do trovador
Cantando os verbos da dor
Da luta do dia-a-dia
Tornou-se a voz ativa
Presente mais que perfeito
Sendo seu próprio sujeito
O verbo se emotiva
Liberta a frase cativa
Nas lembraças do passado
Nesse sistema fadado
Da frase se faz canção
Não querendo ser patrão
Nem tão pouco empregado!
(Recebido do autor, por e-mail).
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