No Jornal do Commercio, por Gilvan Oliveira:
PCdoB muda o foco no debate da sucessão
Com a economista Tânia Bacelar, partido do vice Luciano Siqueira abre um ciclo de debates sobre “Desafios Urbanos”, numa tentativa de priorizar a discussão de temas – e não de nomes – para 2008
Dentro da proposta de manter “um diálogo substantivo” com a sociedade e partidos aliados, o PCdoB iniciou ontem o ciclo de debates “Desafios Urbanos - Discutindo o Futuro das Cidades”. A economista Tânia Bacelar abriu a série com o tema “Ambiente Mundial e Nacional e as cidades”. O vice-prefeito do Recife, Luciano Siqueira (PCdoB), coordenador do projeto, reforçou que o partido pretende criar um diferencial: se fortalecer politicamente discutindo problemas urbanos do Recife através das palestras, ao invés de entrar na discussão de estratégias ou nomes para a sucessão municipal de 2008.
A idéia das palestras partiu do comando nacional do PCdoB. Com elas, o partido busca sair da sombra do PT e ”mostrar a cara” para uma pretensa candidatura de Luciano Siqueira à Prefeitura no ano que vem, caso prospere a tese de mais de um candidato pelo bloco de esquerda. Ao mesmo tempo, mantém diálogo com os aliados. Tanto que o deputado estadual Sílvio Costa Filho (PMN), outro que busca candidatar-se, prestigiou o evento e o secretário de Planejamento Participativo do Recife, João da Costa (PT), preferido do prefeito João Paulo (PT) para sucedê-lo na PCR, será o próximo palestrante.
Mesmo sem querer entrar em polêmica, Luciano Siqueira deixou claro, mais uma vez, que o pacificado PCdoB não pretende esperar pelo fim dos embates entre as várias correntes no PT para debater 2008. “Queremos ampliar a discussão com temas substantivos. Há um consenso de que não é momento de discutir nomes. Agora, cada partido tem suas prioridades e respeitamos cada um”, afirmou.
A primeira palestra levou prefeitos, vereadores e militantes do PCdoB e de outros partidos, caso do PT, a lotarem o plenarinho da Assembléia Legislativa. Em sua exposição, Tânia Bacelar apontou como desafios para o Recife o combate ao desemprego, a preservação ambiental, planejamento e controle urbano e romper o fosso social entre os bairros dentro da cidade. Para diminuir essa desigualdade, defendeu políticas urbanas para habitação e saneamento. “Com elas, enfrentamos problemas estruturais e sociais ao mesmo tempo”, afirmou.
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