22 agosto 2007

DESTAQUE DESTA QUARTA-FEIRA

Superlucros dos bancos: nada a estranhar

Tão natural quanto o parto aos nove meses de gestação – é o que se pode dizer dos superlucros registrados pelas instituições financeiras: R$ 14,5 bilhões no primeiro semestre, equivalente a 22,5% dos resultados obtidos pelo conjunto das empresas brasileiras. Mas ainda tem gente que se assusta, arregala os olhos e se diz perplexa.

Mas, na verdade, não poderia ser diferente. Porque os fundamentos de nossa política macroeconômica não mudaram, o setor rentista continua reinando apoiado nas altas taxas de juros.É o que explica a supremacia do setor financeiro sobre a esfera produtiva. Que até você, pequeno correntista, sente na pele por causa das altas taxas cobradas pelos bancos pelos serviços operacionais prestados. Alguns analistas estimam que parcela considerável do lucro dos bancos decore justamente das tarifas que cobram suplantando os ganhos com operações de crédito.

Mais um dado para quem ainda tem dúvidas de que é preciso mudar a política macroeconômica.

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