A palavra clara e objetiva do governador
Um governante não precisa falar todo os dias à população. Para isso tem os membros de sua equipe. Porém em situações críticas, é bom que fale – se possível de modo esclarecedor e objetivo.
Eduardo Campos se pronunciou ontem, em entrevista coletiva, sobre os movimentos grevistas de médicos e trabalhadores da educação.
Falou para os funcionários públicos, e principalmente para a sociedade. Uma palavra política e administrativa.
Politicamente agiu corretamente ao enfatizar a herança que recebeu do governo Jarbas-Mendonça: saúde e educação sucateadas, situação financeira de extrema vulnerabilidade.
Também acertou ao lembrar que as contas do Estado são conhecidas pelos sindicatos, uma vez que o governo as tornou públicas e as disponibilizou para análise do DIEESE, órgão de assessoria sindical.
Assumiu, além disso, suas responsabilidades administrativas ao salientar que as concessões feitas aos grevistas estão dentro de parâmetros suportáveis, conforme o ajuste fiscal pactuado com o governo federal, que deu ensejo a que R$ 106 milhões possam ser utilizados este ano para atender parcialmente aos pleitos das diversas categorias de servidores.
Diferentemente do governo anterior, reafirmou sua determinação em enfrentar o conflito com os servidores públicos pela via do diálogo, sem, entretanto, abrir mão do seu dever quanto à manutenção dos serviços essenciais à população.
Oxalá os sindicatos dialoguem com o governador em termos igualmente elevados e se chegue a uma saída razoável para o conflito.
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