O ponto de partida para 2008
Todo período pré-eleitoral é assim. Analistas de diferentes matizes antecipam hipóteses acerca da peculiaridade do pleito que se aproxima. “O fator Lula ainda será determinante”, dizem alguns. “Os problemas da comunidade vão polarizar a disputa, pois a eleição é municipal”, asseveram outros. E proliferam conjecturas as mais díspares sobre o que está para ocorrer.
Com todo o respeito aos assim chamados “cientistas políticos” e aos especialistas em marketing eleitoral, o buraco ainda é mais embaixo. Dizendo melhor, o cenário da peleja está em formação e a pauta é outra.
Qualquer corrente política que se preze e alimente pretensões eleitorais consistentes tem mesmo é que procurar se situar politicamente bem antes da luta propriamente dita. E o ponto de partida é a construção do discurso – ou seja, da proposta programática e tática que melhor se coadune com seus propósitos, oriente a campanha e galvanize o eleitorado.
Aí o bicho pega. Por inaptidão ou inapetência, em geral partidos e candidatos entregam a formatação do discurso de campanha a alguns técnicos (encarregados de colher dados e esboçar propostas) e à turma responsável pela propaganda. Daí a precariedade do conteúdo e a semelhança da maioria dos concorrentes entre si, que terminam falando quase a mesma coisa.
Nesse sentido, o PCdoB tem procurado se diferenciar. Promove debates e seminários envolvendo dirigentes partidários, técnicos, lideranças populares, empresários, parlamentares e gestores públicos com o intuito de acrescentar mais conhecimento ao próprio acervo de informações para uma melhor compreensão da realidade do país e de cada lugar.
Hoje, no Recife, se inicia uma dessas experiências. A direção estadual do Partido, em conjunto com o Instituto Mauricio Grabois e o gabinete do deputado Luciano Moura, promove o ciclo de palestras Desafios Urbanos – o futuro de nossas cidades.
A primeira palestrante é a economista Tânia Bacelar, profunda conhecedora dos problemas regionais, que abordará o ambiente econômico atual no estado e as oportunidades, riscos e desafios daí decorrentes.
É o ponto de partida para uma discussão que útil e oportuna para construção de uma agenda atualizada dos gestores públicos municipais e que produzirá indicações para a proposta programática (e o discurso dos candidatos) a ser levada ao pleito de 2008.
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Ótima iniciativa, especialmente por iniciarcom Tânia Bacelar.
ResponderExcluirArnaldo Jorge
Esse é o caminho, companheiro. Sou petista mas não me furto a dizer que você deve ser o candidato a prefeito do Recife.
ResponderExcluirBruno