Ciência Hoje:
Poderia o genoma trazer a resposta para um problema filosófico milenar?
Theodosius Dobzhansky (1900-1975), nascido na Ucrânia, foi um dos grandes evolucionistas do século 20 e um dos alicerces do neodarwinismo (“nova síntese”). Como é bem sabido, ele teve várias passagens pela USP na década de 1940, influenciando indelevelmente a evolução de toda a genética brasileira. Um livro dele de 1970 – Genética do processo evolucionário – que li, ainda estudante, condicionou fortemente minha formação intelectual.
Mais importante ainda foi seu excelente opúsculo de 1956, que tem o lindo título de The biological basis of human freedom (‘As bases biológicas da liberdade humana’). Foi ali que aprendi com Dobzhansky que o meu fenótipo (quem sou, incluindo meu corpo, meu intelecto, minhas emoções e minhas memórias) é a cada momento determinado pelo meu genótipo e pelas minhas experiências de vida.
O meu genótipo está fisicamente armazenado no meu genoma. Por outro lado, a minha história de vida (a sucessão de ambientes, lato sensu , por que passei durante minha existência) está registrada epigeneticamente no meu genoma e também no meu corpo e nos arranjos sinápticos do meu cérebro. Em analogia com o contínuo espaço-tempo de Einstein, arrisco a sugerir que o locus da identidade pessoal humana é o contínuo genótipo-ambiente.
Leia o artigo na íntegra: http://cienciahoje.uol.com.br/100092
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