Produzir para incluir
Em recente solenidade, ouvimos o protesto indignado de um grande empresário nordestino contra o programa Bolsa Família. Em sua curta alocução, não deixou claro o motivo do protesto, nem fez uma crítica clara ao programa.
Ora, se considerarmos que os programas sociais dito compensatórios encetados pelo governo federal beneficiam hoje cerca de 44 milhões de pobres, que assim chegam ao mercado consumidor e a uma nesga de exercício da cidadania, o protesto do ilustre empresário deve ter alguma razão muito particular. Talvez o encarecimento da mão de obra que costuma contatar a preço vil. Talvez.
O fato é que tais programas precisam, sim, se associaram à plena retomada do desenvolvimento, para que haja de fato uma inclusão produtiva da parcela da população mais pobre.
E uma redução da desigualdade em nosso país, que é abissal. Basta que se anotem os dados de recente pesquisa do IBGE: o rendimento médio de 10% das famílias com pessoas que recebem salários mais altos (renda a partir de R$ 3.875,78) é dez vezes maior que 40% das famílias com salários mais baixos (até R$ 758,25).
Temos muito chão pela frente para alterar esse quadro. Oxalá o indignado empresário se disponha a ampliar seus investimentos produtivos e alargar a oferta de postos de trabalho. Para que haja menos necessidade do Bolsa Família.
Luciano, só quem é contra o Bolsa Família é quem nunca psssou fome.
ResponderExcluirAna Claúdia