Bate-boca de ministros e execução orçamentária
Todo governo é heterogêneo, mesmo quando aparentemente monolítico do ponto de vista partidário. Daí surgirem, no cotidiano, divergências pontuais; ou, o que é mais sério, disputas de orientação geral. Num e noutro caso cabe preservar o governo e circunscrever as eventuais divergências no seio da equipe ao próprio governo – para não gerar instabilidades e garantir a boa governança.
Essa tem sido nossa experiência há seis anos e meio na Prefeitura do Recife. Com bons resultados.
No governo federal, mais ainda é necessário trabalhar de modo coeso. Daí o risco de se repetirem desavenças públicas como as verificadas entre os ministros Mantega, da Fazenda, e Temporão, da Saúde, sobre a execução orçamentária. Não é bom para o governo. Daí o presidente Lula, segundo se noticia hoje, ter intercedido para parar o bate-boca e decidido destinar $ 2 bilhões adicionais para a saúde, em caráter emergencial, como pedia Temporão.
Ao impor sua autoridade, o presidente conteve uma disputa interna e agiu para amenizar a crise do setor.
Nessa questão, o fato que me chamou atenção foi a negativa do Ministro Mantega. Me pareceu, a pricncípio ao menos, um excesso de zelo com a questão fiscal. Esperávamos, com sua indicação, uma maior sensibilidade na administração dessa temática. Não sei qual sua opinião.
ResponderExcluirJosias de Paula Jr.
Você tem razão, Josias.
ResponderExcluirAbraço,
Luciano