De Audísio Costa sobre o meu artigo O conteúdo das alianças (veja abaixo postagem com o texto do artigo): Este é um momento importante para que possamos fazer uma discussão desta natureza. Em pleno debate eleitoral.
Uma questão que não é normalmente considerada consiste no fato de sermos uma República relativamente jovem, onde ainda predomina a cultura colonialista, portanto personalista também.
Não se tem cultura de se votar em projetos políticos, mas em pessoas. Este é um grande problema, pois as pessoas têm projetos políticos e tal nem sempre é debatido. Nenhum político fala por si só. Representa o grupo ao qual pertence. Não temos ainda a cultura e até mesmo o entendimento da importância do partido político. Vejamos as constantes mudanças de nome de partidos, para mascarar que são as mesmas pessoas e os mesmos projetos já rejeitados pela população. Fora o PCdoB, qual partido tem mais de 85 anos no Brasil? Nenhum. Observe-se que sendo estes partidos das classes trabalhadoras sempre foram perseguidos e colocados na ilegalidade, apesar de a Constituição sempre garantir o direito de expressão política.
Mesmo em Recife, que tem uma história de construção de ideais revolucionários, vemos em quase todas as eleições predominarem o personalismo em vez de propostas políticas promotoras do desenvolvimento.
Outro fato importante relatado é que nenhum governo faz tudo. O tempo não dá. A correlação de forças políticas nem sempre permite. Mas poucos têm esta compreensão.
Assim, o debate da construção de um projeto político de gestão, considerando evolução das correlações de forças políticas é extremamente importante. Temos que construir uma nova cultura política de participação de todos, expressão máxima da cidadania e defesa dos direitos humanos.
Vamos à luta. O novo é difícil, é incompreendido, mas gera o debate, permite surgir novas concepções de gestão do patrimônio público.
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Comentário oportuno, Audísio. Agora que passou o Carnaval, importa discutir o assunto com militantes e amigos – para que possamos realizar uma campanha consciente e ousada. (LS).
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