Ciência Hoje On-line:
Colunista faz uma ode ao vinho e discute se ele poderia conter o elixir da longa vida
. O repertório operístico, diga-se de passagem, está repleto de brindes e referências elogiosas ao vinho. O mais popular certamente é o brindisi do primeiro ato da Traviata, ópera de 1853 de Giuseppe Verdi (1813-1901), no qual Alfredo abertamente declara seu amor por Violetta (a “dama das camélias”). Há, entretanto, outro exemplo que acho encantador. É o brinde que Turiddu, o tenor-herói, faz no final de Cavalleria Rusticana, ópera de 1890 composta por Pietro Mascagni (1863-1945): “Viva o vinho espumante, Na taça cintilante, Como o riso da amante. Infunde o doce júbilo! Viva o vinho que é sincero, Que alegra cada pensamento, E que afoga o humor negro, No doce embriagamento.”
. Mas há outra razão para discutirmos o vinho nesta coluna. Acontece que ele é a fonte mais rica de uma molécula orgânica, o resveratrol, que talvez-possivelmente-quem-sabe-um-dia-esperançosamente possa vir a nos dar pistas para concretizar o grande sonho dos alquimistas e de toda a humanidade: o elixir da longa vida.
. Molécula de resveratrol trans-3,4’,5-triidroxistilbeno, com pano de fundo de uvas vermelhas e vinho tinto, no qual ele é encontrado. O resveratrol (trans-3,4’,5-triidroxistilbeno) é um composto polifenólico encontrado em várias plantas. Ele é uma fitoalexina, ou seja, uma molécula produzida pelo vegetal como uma defesa contra a infecção por patógenos. O resveratrol é encontrado especialmente na casca das uvas vermelhas e é um constituinte do vinho tinto. . Para entender a importância e o mecanismo de ação do resveratrol, temos de voltar a 1935, quando experimentos em laboratório mostraram pela primeira vez que a restrição alimentar aumentava a expectativa de vida de camundongos em 30%. Mais tarde, verificou-se que o mesmo ocorria em uma variedade de outros animais experimentais, incluindo a mosca de frutas (drosófila), nematódeos e até a levedura, em que a restrição calórica aumenta o número de divisões celulares.
. Veja o artigo na íntegra http://cienciahoje.uol.com.br/110860
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