No Blog de Jamildo (Jornal do Commercio Online):
Avaliação de governo em tempo de guerra
A guerra, no caso, é a disputa eleitoral – um exercício democrático que serve para muitas coisas, sobretudo contribui para elevar o nível de consciência política dos habitantes da cidade, se o debate é criterioso e esclarecedor.
Mas nem sempre o debate se dá apoiado em referências criteriosas, nem esclarece o suficiente para que o eleitor possa fazer o seu próprio juízo de valor sobre os temas em tela. A avaliação do governo que finda, por exemplo. Os que governam se apressam a exibir o que foi feito, os que estão na oposição procuram defeito em tudo para justificarem aos olhos da opinião pública que podem fazer diferente, ou melhor.
Até aí tudo bem. Não há como fugir a esse figurino convencional. Mas há como ir mais fundo na consideração dos problemas, mergulhando em sua essência, ao invés de permanecer na superfície.
Caso do Recife, hoje. Quais os problemas fundamentais da cidade? Têm sido atacados devidamente? A linha de governo vigente deve ser combatida no essencial ou merece apenas reparos? Quais os novos problemas, oportunidades e desafios a serem considerados pelo sucessor do atual prefeito?
A depender da oposição, pelo menos como até agora tem se expressado, nenhuma palavra sobre a essência, muita verborréia sobre o pontual, o circunstancial, o episódico. O governo João Paulo quase triplicou a oferta de vagas nas salas de aula, chegou perto de duplicar o número de escolas e contratou, por concurso, dois mil setecentos e sessenta e um professores e cerca de quatrocentos funcionários administrativos para atenderem às novas demandas da rede. Ou seja: ampliou consideravelmente a cobertura na área da educação. Bom ou ruim? Ótimo. Mas há dificuldades com instalações físicas inadequadas em algumas escolas, precariamente instaladas em edificações adaptadas (porque faltam imóveis próprios nos locais onde se situam) e ainda não se alcançou a contrapartida desejada quanto à qualidade do ensino (passo imediatamente seguinte a toda ampliação da cobertura em qualquer serviço que se preste à população)? - Então, tome-se um caso fortuito e em torno dele façamos o maior barulho para dar a entender que a educação no município é um fracasso!, procedem alguns oposicionistas, eludindo o principal e o essencial na análise.
O fato é que o eleitorado recifense ganharia muito se fossem postas em causa as linhas essenciais do governo João Paulo, expostas nos Planos Plurianuais e praticadas em todas as áreas da administração: gestão radicalmente democrática, implicando o diálogo permanente com toda a sociedade através dos inúmeros fóruns (Conferências, Conselhos, etc.) e da relação direta do prefeito e do vice-prefeito com lideranças e instituições representativas dos mais diversos segmentos sociais; formulação e implementação de políticas públicas inspiradas no ideal de uma cidade fisicamente organizada, economicamente sustentável e socialmente justa; e combate ao ideário neoliberal do Estado mínimo, através do fortalecimento da máquina pública.
Se essas não deveriam ter sido as linhas de governo, quais deveriam ser? Mais: vencido o ciclo dos dois governos consecutivos comandados pelo atual prefeito, qual a nova agenda da cidade? Eis o debate que esperamos travar para que o particular não se sobreponha ao geral, nem o detalhe ofusque o essencial e, desse modo, possamos submeter ao crivo do eleitorado distintos projetos político-administrativos.
Avaliação de governo em tempo de guerra
A guerra, no caso, é a disputa eleitoral – um exercício democrático que serve para muitas coisas, sobretudo contribui para elevar o nível de consciência política dos habitantes da cidade, se o debate é criterioso e esclarecedor.
Mas nem sempre o debate se dá apoiado em referências criteriosas, nem esclarece o suficiente para que o eleitor possa fazer o seu próprio juízo de valor sobre os temas em tela. A avaliação do governo que finda, por exemplo. Os que governam se apressam a exibir o que foi feito, os que estão na oposição procuram defeito em tudo para justificarem aos olhos da opinião pública que podem fazer diferente, ou melhor.
Até aí tudo bem. Não há como fugir a esse figurino convencional. Mas há como ir mais fundo na consideração dos problemas, mergulhando em sua essência, ao invés de permanecer na superfície.
Caso do Recife, hoje. Quais os problemas fundamentais da cidade? Têm sido atacados devidamente? A linha de governo vigente deve ser combatida no essencial ou merece apenas reparos? Quais os novos problemas, oportunidades e desafios a serem considerados pelo sucessor do atual prefeito?
A depender da oposição, pelo menos como até agora tem se expressado, nenhuma palavra sobre a essência, muita verborréia sobre o pontual, o circunstancial, o episódico. O governo João Paulo quase triplicou a oferta de vagas nas salas de aula, chegou perto de duplicar o número de escolas e contratou, por concurso, dois mil setecentos e sessenta e um professores e cerca de quatrocentos funcionários administrativos para atenderem às novas demandas da rede. Ou seja: ampliou consideravelmente a cobertura na área da educação. Bom ou ruim? Ótimo. Mas há dificuldades com instalações físicas inadequadas em algumas escolas, precariamente instaladas em edificações adaptadas (porque faltam imóveis próprios nos locais onde se situam) e ainda não se alcançou a contrapartida desejada quanto à qualidade do ensino (passo imediatamente seguinte a toda ampliação da cobertura em qualquer serviço que se preste à população)? - Então, tome-se um caso fortuito e em torno dele façamos o maior barulho para dar a entender que a educação no município é um fracasso!, procedem alguns oposicionistas, eludindo o principal e o essencial na análise.
O fato é que o eleitorado recifense ganharia muito se fossem postas em causa as linhas essenciais do governo João Paulo, expostas nos Planos Plurianuais e praticadas em todas as áreas da administração: gestão radicalmente democrática, implicando o diálogo permanente com toda a sociedade através dos inúmeros fóruns (Conferências, Conselhos, etc.) e da relação direta do prefeito e do vice-prefeito com lideranças e instituições representativas dos mais diversos segmentos sociais; formulação e implementação de políticas públicas inspiradas no ideal de uma cidade fisicamente organizada, economicamente sustentável e socialmente justa; e combate ao ideário neoliberal do Estado mínimo, através do fortalecimento da máquina pública.
Se essas não deveriam ter sido as linhas de governo, quais deveriam ser? Mais: vencido o ciclo dos dois governos consecutivos comandados pelo atual prefeito, qual a nova agenda da cidade? Eis o debate que esperamos travar para que o particular não se sobreponha ao geral, nem o detalhe ofusque o essencial e, desse modo, possamos submeter ao crivo do eleitorado distintos projetos político-administrativos.
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