03 abril 2008

Risco de barrar o crescimento

Está na Folha de S. Paulo de hoje. Sob efeito da crise norte-americana e no intuito de evitar o crescimento da inflação, a chamada equipe econômica pretende aumentar o tamanho do corte do Orçamento deste ano.

Inicialmente previsto em R$ 20 bilhões, o corte agora pode ficar na casa dos R$ 30 bilhões para sinalizar ao mercado financeiro que o governo será mais prudente na área fiscal e cumprirá sua meta de superávit primário (economia feita para pagamento de juros) de 3,8% do PIB.

Além dos R$ 12,5 bilhões já cortados pelo Congresso na votação do Orçamento, o presidente Lula analisa três propostas de cortes adicionais: de R$ 14,5 bilhões, R$ 16,5 bilhões ou de R$ 19,5 bilhões. Enquanto o Ministério do Planejamento avalia ser possível cumprir a meta de superávit com a adoção da primeira proposta, o Ministério da Fazenda defende que o momento exige uma redução maior nos gastos, sobretudo diante das expectativas do mercado financeiro e dos empresários de alta da inflação com as incertezas internacionais e o aquecimento da demanda interna. Assim, o corte de gastos auxiliaria o BC a manter as expectativas de inflação no centro da meta (4,5%) e, espera a Fazenda, conter aumento dos juros.
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O desafio é conter a inflação sem barrar o crescimento da economia.

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