No Vermelho:
Para Pochmann, só gasto público com juros deve ser reduzido
A desigualdade entre renda do trabalho e da propriedade no Brasil está pior hoje que em 1990, último ano da chamada “década perdida”. O presidente do Ipea, Marcio Pochmann, alertou que a alta dos juros no país e a crise mundial, provocada pelo vale-tudo dos mercados financeiros, podem piorar a situação. Justamente num período em que o país vinha se recuperando, e a renda do trabalho crescia desde 2004.
. Segundo Pochmann, para reduzir os efeitos da crise no Brasil, é preciso tentar manter o nível de atividade. “Também sou favorável a reduzir o gasto público, mas o gasto com juros. Precisamos perguntar à população se ela está satisfeita com o serviço de saúde, se a educação atingiu um nível de qualidade que não precisa de mais recursos, construção de escolas... Todos defendem o corte dos gastos. Então pergunto: onde cortar?”, disse Pochmann, durante apresentação do estudo “Distribuição Funcional da Renda no Brasil”, na sede do Ipea, em Brasília.
. “Do ponto de vista da composição do gasto, o Estado gasta somas significativas com juros. São 7% do PIB que comprometemos anualmente. Juros é renda da propriedade, é uma contribuição para o aumento da desigualdade da renda”, argumentou.
. Durante a entrevista coletiva na qual o estudo foi apresentado, em Brasília, o presidente do Ipea lembrou que a desigualdade diminuiu no que diz respeito à renda do trabalho, mas não na renda do país como um todo. “Quando fazemos uma análise por anos, percebemos que nos últimos 17 anos somente em sete anos houve melhora combinada na redução das desigualdades no índice de Gini – com a redução da desigualdade ou ampliação dos trabalhadores na renda nacional”, disse.
. Questionado sobre o papel do mercado financeiro para a economia nacional, Pochmann defendeu que se deve dar prioridade ao mercado produtivo, que chega de verdade aos trabalhadores brasileiros. “O mercado financeiro representa 7% da renda dos trabalhadores. Temos que pensar no mercado produtivo, porque é a maior parte. A questão dos juros é importante no enfrentamento da inflação de demanda. Por que reduzir a demanda? Inflação de demanda é quando não se tem a capacidade de produção suficiente para atender o consumo”, afirmou.
. Fonte: Ipea
A desigualdade entre renda do trabalho e da propriedade no Brasil está pior hoje que em 1990, último ano da chamada “década perdida”. O presidente do Ipea, Marcio Pochmann, alertou que a alta dos juros no país e a crise mundial, provocada pelo vale-tudo dos mercados financeiros, podem piorar a situação. Justamente num período em que o país vinha se recuperando, e a renda do trabalho crescia desde 2004.
. Segundo Pochmann, para reduzir os efeitos da crise no Brasil, é preciso tentar manter o nível de atividade. “Também sou favorável a reduzir o gasto público, mas o gasto com juros. Precisamos perguntar à população se ela está satisfeita com o serviço de saúde, se a educação atingiu um nível de qualidade que não precisa de mais recursos, construção de escolas... Todos defendem o corte dos gastos. Então pergunto: onde cortar?”, disse Pochmann, durante apresentação do estudo “Distribuição Funcional da Renda no Brasil”, na sede do Ipea, em Brasília.
. “Do ponto de vista da composição do gasto, o Estado gasta somas significativas com juros. São 7% do PIB que comprometemos anualmente. Juros é renda da propriedade, é uma contribuição para o aumento da desigualdade da renda”, argumentou.
. Durante a entrevista coletiva na qual o estudo foi apresentado, em Brasília, o presidente do Ipea lembrou que a desigualdade diminuiu no que diz respeito à renda do trabalho, mas não na renda do país como um todo. “Quando fazemos uma análise por anos, percebemos que nos últimos 17 anos somente em sete anos houve melhora combinada na redução das desigualdades no índice de Gini – com a redução da desigualdade ou ampliação dos trabalhadores na renda nacional”, disse.
. Questionado sobre o papel do mercado financeiro para a economia nacional, Pochmann defendeu que se deve dar prioridade ao mercado produtivo, que chega de verdade aos trabalhadores brasileiros. “O mercado financeiro representa 7% da renda dos trabalhadores. Temos que pensar no mercado produtivo, porque é a maior parte. A questão dos juros é importante no enfrentamento da inflação de demanda. Por que reduzir a demanda? Inflação de demanda é quando não se tem a capacidade de produção suficiente para atender o consumo”, afirmou.
. Fonte: Ipea
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