No Vermelho:
Indústria quer incentivo para lançar pão ''brasileiro''
. Criado para incentivar a indústria da panificação e ser uma alternativa ao pão francês, o chamado pão brasileiro necessita de incentivos fiscais para ser absorvido pelo mercado. A avaliação é do presidente da Associação Brasileira da Indústria da Panificação(Abip), Alexandre Pereira.
. A receita do novo pão substitui 10% da farinha de trigo por fécula de mandioca e foi elaborada, em parceria, pela Abip e o Serviço Brasileiro de Apoio s Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Segundo Pereira, o produto necessita ser pelo menos 10% mais barato do que o pão convencional para ser aceito pelo consumidor.
. Caso o governo federal conceda a desoneração esperada para o produto, o pão brasileiro poderá substituir até 20% do consumo atualmente destinado ao pão francês, de acordo com o presidente da Abip. Estamos aguardando uma posição do presidente Lula (em relação a desoneração) para fazer o lançamento, ressaltou Pereira.
. O projeto que permite a adição de fécula de mandioca na produção do pão francês, de autoria do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), foi aprovada na Câmara e no Senado, mas acabou sendo vetado pelo Presidente da República no final do ano passado. (Lula veta lei que permitiria adição de mandioca à farinha de trigo).
. Segundo o presidente da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva de Mandioca, João Eduardo Pasquini, se o projeto atual da Abip vingar, vai abrir o mercado para a indústria da mandioca e proporcionar a geração de empregos. Atualmente, cerca de 50% da capacidade do setor está ociosa, de acordo com Pasquini.
. Em relação ao sabor e textura, o pão brasileiro deverá ser muito semelhante ao francês. O formato será mais arredondado, em contraste com a bisnaga do produto tradicional. De acordo com a nutricionista da Universidade de São Paulo(USP), Katia Gavranich, o valor nutritivo do novo pão também é quase idêntico ao atual.
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