No Vermelho, por Bernardo Joffily:
Pesquisa Sensus: Dilma sobe 7,2 pontos, Serra cai 5,3
. Entre março e maio a ministra e pré-candidata do PT Dilma Rousseff subiu 7,2 pontos percentuais, de 16,3% para 23,5%, nas intenções de voto para a Presidência da República. O dado é da 97ª Pesquisa CNT-Sensus, divulgada nesta segunda-feira (1º). Seu mais provável adversário, o governador tucano José Serra, permanece na primeira colocação mas caíu 5,3 pontos no mesmo período, de 45,7% para 40,4%. A pesquisa também mostra um aumento de 7,4 pontos na aprovação do governo Lula, de 62,4% para 69,8%.
. Os dados da CNT-Sensus no cenário mais provável para a eleição presidencial (veja o gráfico ao lado) confirmam a pesquisa publicada na véspera pelo instituto Datafolha (clique aqui para ver mais). O Datafolha deu uma redução de 8 pontos na diferença entre o tucano e a petista. A CNT-Sensus aponta uma redução ainda mais acentuada, de 12,5 pontos. Os dois institutos registram queda de Serra, avanço de Dilma e recuperação da aprovação do governo, após uma queda na pesquisa de março.
Ministra já ganha de Aécio - No cenário de eleição presidencial onde o candidato tucano é Aécio Neves, Dilma aparece pela primeira vez com a maior pontuação, embora em empate técnico com o o governador mineiro. A ministra avança 7,8 pontos, de 19,9% para 27,8%. Aécio cai 3,2, de 22,0% para 18,8%. Heloísa Helena oscila de 17,4% para 18,3%.
. No cenário onde entram Serra, Dilma e o deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE), a comparação é feita com setembro passado, última vez em que ele foi testado pela CNT-Sensus. Neste caso, Serra oscila 0,7 ponto para cima (de 38,1% para 38,8%); Dilma sobe 13,9 pontos (de 8,4% para 22,3%); Heloísa Helena oscila de 9,9% para 10,3%; e Ciro Gomes recua 8,4 pontos (de 17,4% para 9,0%).
. Na pesquisa espontânea para a Presidência, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, inelegível por já estar no segundo mandato, continua a liderar com 26,2%, tendo crescido 10,0 pontos desde março. José Serra, segundo colocado, tem 5,7%, tendo recuado 3,1 pontos. Dilma Rousseff obtém 5,4% na espontânea, 1,8 ponto acima da pesquisa de março. É a primeira vez que Dilma e Serra aparecem em empate técnico nume pesquisa espontânea.
. Os cenários de segundo turno indicam uma tendência semelhante. Entre José Serra e Dilma Rousseff, o tucano permamece à frente mas perde 3,8 pontos (de 53,5% para 49,7%). Já a petista sobe 7,4 pontos (de 21,3% para 28,7%).
. Em um segundo Turno entre Dilma e Aécio, a ministra aparece pela primeira vez como a vencedora. Ela alcança 39,4% e o governador 25,9%. Em março havia empate técnico, embora Dilma tivesse ligeira vantagem, 29,1% contra 28,3%.
Nordeste, reduto de Dilma - O cruzamento regional dos dados da pesquisa (1º cenário) aponta o Nordeste como o ponto mais fraco de Serra (38,7%) e o mais forte de Dilma (29,0%). Serra tem seu melhor desempenho no Sul (44,3%). Heloísa Helena, do PSOL, pontua mais no Sudeste (13,3%).
. Paradoxalmente, Dilma tem maior intenção de voto dos homens (26,3%) que das mulheres (20,9%). Enquanto Serra tem o desempenho inverso: 38,7% e 41,9%.No cruzamento por faixas de renda, Dilma tem mais votos entre os pobres e Serra entre os ricos. A intenção de voto da petista sobe quase linearmente, de 17,5%, acima de 20 salários mínimos, para 28,3%, na faixa até um mínimo. Serra descreve a trajetória inversa, de 47,5%, acima de 20, para 36,5%, abaixo de um.
Para maioria, crise fortalecerá Brasil - A 97ª Pesquisa CNT/Sensus registra melhoria nas avaliações e previsões dos cidadãos quanto a todos os aspectos consultados – emprego, renda, saúde, educação e segurança pública. Analistas avaliam que os números da 96ª rodada foram afetados pelo baque na economia na virada do ano, quando a crise global capitalista chegou ao Brasil.
. A maior parcela dos entrevistados julga que o Brasil está lidando adequadamente com a crise econômica; esta parcela chega a 50,4%, 10,3 pontos a mais que em março. A parcela que acha que o país não está lidando adequadamente com a crise permaneceu estável em 26,5%.
. Para 35,9%, o Brasil já está saindo da crise econômica e financeira, mas para 55,3% o país continua na crise. Chegam a 55,9% os que acham que o Brasil vai sair fortalecido da crise em relação a outros países, o que representa um avanço de 9,6 pontos em relação a março. A parcela que prevê um enfraquecimento do país sairá enfraquecido recuou 3,3 pontos, de 23,0% para 19,7%.
Desaprovação de Lula é a mais baixa - Em consequência, o governo federal obteve 25,5% de avaliação "Ótimo", 4,5 pontos acima de março. A avaliação "Bom" chegou a 44,3% (2,9 pontos a mais); "Regular 23,9% (5,2 pontos a menos); "Ruim 2,2% (0,4 ponto a menos); e "Péssimo" 3,6% (1,4 ponto a menos).
. Como de hábito, o desempenho pessoal do presidente obteve aprovação mais alta que a do governo. Lula alcançou 81,5% de aprovação (avanço de 5,3 pontos) e apenas 2,9% de desaprovação (recuo de 1,1 ponto). Esta foi a segunda maior aprovação de Lula em 22 pesquisas desta série histórica, só superada pelos 84,0% de janeiro último. Já a desaprovação foi a mais baixa de toda a série.
Quanto maior a renda, mais indecisos - Os dados cruzados da CNT-Sensus confirmam a região Nordeste como maior reduto da popularidade de Lula. Ali ele chega a 39,8% de "Ótimo" (13,3 pontos acima da média) e apenas 2,5% de "Péssimo" (1,1 ponto abaixo da média).
A Região Sul também se mantém como a mais crítica a Lula. Ali a soma de "Ótimo" e "Bom" fica em 60,4%, 9,4 pontos abaixo da média. No entanto, as avaliações "Ruim" e "Péssimo" no Sul, surpreendentemente, totalizam apenas 3,4%, ficando também abaixo da média nacional de 4,2%. . É no Sudeste que o "Ruim" e o "Péssimo" ficam acima da média, com 8,1%.
O cruzamento por faixa de renda confirma que os pobres são apoiadores mais entusiásticos do governo, embora este tenha avaliação positiva em todas as faixas. Na faixa até um salário mínimo a aprovação chega a 87,2% e a desaprovação cai a 10,8%. Conforme a renda aumenta a aprovação vai se reduzindo, até chegar a faixa acima de 20 salários mínimos, onde eles são respectivamente 70,0% e 22,5%.
. Surpreendentemente, o número de indecisos quanto ao desempenho do presidente Lula sobe conforme a renda se eleva. A maior taxa de indecisos está na faixa acima de 20 salários mínimos. Entre os que ganham até um mínimo, ela despenca para 2,0%.A pesquisa CNT-Sensus ouviu 2.000 pessoas, em 24 Estados, entre os dias 25 e 29 de maio. A margem de erro da sondagem é de 3 pontos percentuais.
Veja aqui o relatório completo da pesquisa, em pdf.
Ministra já ganha de Aécio - No cenário de eleição presidencial onde o candidato tucano é Aécio Neves, Dilma aparece pela primeira vez com a maior pontuação, embora em empate técnico com o o governador mineiro. A ministra avança 7,8 pontos, de 19,9% para 27,8%. Aécio cai 3,2, de 22,0% para 18,8%. Heloísa Helena oscila de 17,4% para 18,3%.
. No cenário onde entram Serra, Dilma e o deputado federal Ciro Gomes (PSB-CE), a comparação é feita com setembro passado, última vez em que ele foi testado pela CNT-Sensus. Neste caso, Serra oscila 0,7 ponto para cima (de 38,1% para 38,8%); Dilma sobe 13,9 pontos (de 8,4% para 22,3%); Heloísa Helena oscila de 9,9% para 10,3%; e Ciro Gomes recua 8,4 pontos (de 17,4% para 9,0%).
. Na pesquisa espontânea para a Presidência, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, inelegível por já estar no segundo mandato, continua a liderar com 26,2%, tendo crescido 10,0 pontos desde março. José Serra, segundo colocado, tem 5,7%, tendo recuado 3,1 pontos. Dilma Rousseff obtém 5,4% na espontânea, 1,8 ponto acima da pesquisa de março. É a primeira vez que Dilma e Serra aparecem em empate técnico nume pesquisa espontânea.
. Os cenários de segundo turno indicam uma tendência semelhante. Entre José Serra e Dilma Rousseff, o tucano permamece à frente mas perde 3,8 pontos (de 53,5% para 49,7%). Já a petista sobe 7,4 pontos (de 21,3% para 28,7%).
. Em um segundo Turno entre Dilma e Aécio, a ministra aparece pela primeira vez como a vencedora. Ela alcança 39,4% e o governador 25,9%. Em março havia empate técnico, embora Dilma tivesse ligeira vantagem, 29,1% contra 28,3%.
Nordeste, reduto de Dilma - O cruzamento regional dos dados da pesquisa (1º cenário) aponta o Nordeste como o ponto mais fraco de Serra (38,7%) e o mais forte de Dilma (29,0%). Serra tem seu melhor desempenho no Sul (44,3%). Heloísa Helena, do PSOL, pontua mais no Sudeste (13,3%).
. Paradoxalmente, Dilma tem maior intenção de voto dos homens (26,3%) que das mulheres (20,9%). Enquanto Serra tem o desempenho inverso: 38,7% e 41,9%.No cruzamento por faixas de renda, Dilma tem mais votos entre os pobres e Serra entre os ricos. A intenção de voto da petista sobe quase linearmente, de 17,5%, acima de 20 salários mínimos, para 28,3%, na faixa até um mínimo. Serra descreve a trajetória inversa, de 47,5%, acima de 20, para 36,5%, abaixo de um.
Para maioria, crise fortalecerá Brasil - A 97ª Pesquisa CNT/Sensus registra melhoria nas avaliações e previsões dos cidadãos quanto a todos os aspectos consultados – emprego, renda, saúde, educação e segurança pública. Analistas avaliam que os números da 96ª rodada foram afetados pelo baque na economia na virada do ano, quando a crise global capitalista chegou ao Brasil.
. A maior parcela dos entrevistados julga que o Brasil está lidando adequadamente com a crise econômica; esta parcela chega a 50,4%, 10,3 pontos a mais que em março. A parcela que acha que o país não está lidando adequadamente com a crise permaneceu estável em 26,5%.
. Para 35,9%, o Brasil já está saindo da crise econômica e financeira, mas para 55,3% o país continua na crise. Chegam a 55,9% os que acham que o Brasil vai sair fortalecido da crise em relação a outros países, o que representa um avanço de 9,6 pontos em relação a março. A parcela que prevê um enfraquecimento do país sairá enfraquecido recuou 3,3 pontos, de 23,0% para 19,7%.
Desaprovação de Lula é a mais baixa - Em consequência, o governo federal obteve 25,5% de avaliação "Ótimo", 4,5 pontos acima de março. A avaliação "Bom" chegou a 44,3% (2,9 pontos a mais); "Regular 23,9% (5,2 pontos a menos); "Ruim 2,2% (0,4 ponto a menos); e "Péssimo" 3,6% (1,4 ponto a menos).
. Como de hábito, o desempenho pessoal do presidente obteve aprovação mais alta que a do governo. Lula alcançou 81,5% de aprovação (avanço de 5,3 pontos) e apenas 2,9% de desaprovação (recuo de 1,1 ponto). Esta foi a segunda maior aprovação de Lula em 22 pesquisas desta série histórica, só superada pelos 84,0% de janeiro último. Já a desaprovação foi a mais baixa de toda a série.
Quanto maior a renda, mais indecisos - Os dados cruzados da CNT-Sensus confirmam a região Nordeste como maior reduto da popularidade de Lula. Ali ele chega a 39,8% de "Ótimo" (13,3 pontos acima da média) e apenas 2,5% de "Péssimo" (1,1 ponto abaixo da média).
A Região Sul também se mantém como a mais crítica a Lula. Ali a soma de "Ótimo" e "Bom" fica em 60,4%, 9,4 pontos abaixo da média. No entanto, as avaliações "Ruim" e "Péssimo" no Sul, surpreendentemente, totalizam apenas 3,4%, ficando também abaixo da média nacional de 4,2%. . É no Sudeste que o "Ruim" e o "Péssimo" ficam acima da média, com 8,1%.
O cruzamento por faixa de renda confirma que os pobres são apoiadores mais entusiásticos do governo, embora este tenha avaliação positiva em todas as faixas. Na faixa até um salário mínimo a aprovação chega a 87,2% e a desaprovação cai a 10,8%. Conforme a renda aumenta a aprovação vai se reduzindo, até chegar a faixa acima de 20 salários mínimos, onde eles são respectivamente 70,0% e 22,5%.
. Surpreendentemente, o número de indecisos quanto ao desempenho do presidente Lula sobe conforme a renda se eleva. A maior taxa de indecisos está na faixa acima de 20 salários mínimos. Entre os que ganham até um mínimo, ela despenca para 2,0%.A pesquisa CNT-Sensus ouviu 2.000 pessoas, em 24 Estados, entre os dias 25 e 29 de maio. A margem de erro da sondagem é de 3 pontos percentuais.
Veja aqui o relatório completo da pesquisa, em pdf.
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