. E um equívoco pretender que tucanos e petistas se confundem como uma mesma coisa em termos de propostas para o país.
. Basta ver o enfrentamento da crise global. Com o tucano FHC estaríamos cumprindo a receita do FMI. Com Lula, apostamos em nossas próprias potencialidades e trilhamos caminho próprio.
. Uma diferença da água pro vinho.
A construção coletiva das idéias é uma das mais fascinantes experiências humanas. Pressupõe um diálogo sincero, permanente, em cima dos fatos. Neste espaço, diariamente, compartilhamos com você nossa compreensão sobre as coisas da luta e da vida. Participe. Opine. [Artigos assinados expressam a opinião dos seus autores].
31 julho 2009
Renildo e Siqueira participam de reunião nacional do PCdoB
Blog da Folha:
O prefeito de Olinda, Renildo Calheiros, e o vereador do recife Luciano Siqueira se encontram em São Paulo, onde participam de reunião ordinária da Comissão Nacional do PCdoB. Na pauta do encontro a avaliação das atividades partidárias dos último quatro anos, que será apresentado no 12º Congresso do partido, cujo processo já está em andamento país à fora. Os comunistas também farão o monitoramento do quadro político nacional.
O prefeito de Olinda, Renildo Calheiros, e o vereador do recife Luciano Siqueira se encontram em São Paulo, onde participam de reunião ordinária da Comissão Nacional do PCdoB. Na pauta do encontro a avaliação das atividades partidárias dos último quatro anos, que será apresentado no 12º Congresso do partido, cujo processo já está em andamento país à fora. Os comunistas também farão o monitoramento do quadro político nacional.
Para Armando, Lula não abandonou Sarney; quer é o fim da crise no Senado
No Blog de Inaldo Sampaio:
. Entrevistado hoje de manhã no programa de Valdir Bezerra, na Rádio Capibaribe, o deputado federal e presidente da CNI, Armando Monteiro Neto (PTB), interpretou da seguinte forma a declaração do presidente Lula, ontem, em São Paulo, de que Sarney não é problema dele (Lula) e sim do Senado: o presidente quer que os senadores arranjem uma solução para resolver a crise em que estão metidos porque ela não pode se prolongar indefinidamente.
. Em outras palavras, o presidente da República não abandonou Sarney. Ambos são aliados e têm uma relação pessoal muito forte. O que o presidente quis dizer é que o Senado está praticamente paralisado desde o mês de fevereiro, quando Sarney tomou posse na presidência da Casa, e que vai ter que voltar a trabalhar.
. O “como” fazer isto não é problema dele, presidente Lula, e sim dos próprios senadores, que não conseguem chegar a um consenso sobre a forma de superação da crise.
. Iniciou-se ali um festival de representações no Conselho de Ética que ninguém sabe ainda quando vai parar, porque, além de Sarney, elas vão atingir também o líder do PSDB, Arthur Virgílio, que admitiu ter mantido em seu gabinete um funcionário que foi estudar no exterior e pedido dinheiro emprestado ao ex-diretor-geral, Agaciel Maia, para pagar a conta de um hotel em Paris.
. Das muitas interpretações que já foram dadas à fala do presidente, esta é uma das mais razoáveis.
. Entrevistado hoje de manhã no programa de Valdir Bezerra, na Rádio Capibaribe, o deputado federal e presidente da CNI, Armando Monteiro Neto (PTB), interpretou da seguinte forma a declaração do presidente Lula, ontem, em São Paulo, de que Sarney não é problema dele (Lula) e sim do Senado: o presidente quer que os senadores arranjem uma solução para resolver a crise em que estão metidos porque ela não pode se prolongar indefinidamente.
. Em outras palavras, o presidente da República não abandonou Sarney. Ambos são aliados e têm uma relação pessoal muito forte. O que o presidente quis dizer é que o Senado está praticamente paralisado desde o mês de fevereiro, quando Sarney tomou posse na presidência da Casa, e que vai ter que voltar a trabalhar.
. O “como” fazer isto não é problema dele, presidente Lula, e sim dos próprios senadores, que não conseguem chegar a um consenso sobre a forma de superação da crise.
. Iniciou-se ali um festival de representações no Conselho de Ética que ninguém sabe ainda quando vai parar, porque, além de Sarney, elas vão atingir também o líder do PSDB, Arthur Virgílio, que admitiu ter mantido em seu gabinete um funcionário que foi estudar no exterior e pedido dinheiro emprestado ao ex-diretor-geral, Agaciel Maia, para pagar a conta de um hotel em Paris.
. Das muitas interpretações que já foram dadas à fala do presidente, esta é uma das mais razoáveis.
Poemas para ler no fim de semana
No site Poesia hoje:
Poemas em destaque 2009
Reunimos abaixo os poemas selecionados pelos editores e publicados neste website. As obras estão organizadas por autor, em ordem alfabética de nome (para acessá-los em ordem cronológica, clique aqui). Todos os poemas foram escritos e/ou publicados pela primeira vez no ano corrente. E a seleção continua. Acompanhe as novidades aqui.
Adelaide Amorim. augúrioAlice Sant'Anna. bairro altoAntonio Cicero. BALANÇO. Palavras AladasChacal. cárcere privadoClaudio Daniel. CARTA DE NENHUM LADO.....novo!. ESCRITO EM OSSODiniz Gonçalves Junior. DesmemóriasFabio Weintraub. CAFÉGeraldo Carneiro. física e metafísica. à flor da fala (2)Itamar Assumpção. Do alto dos meus quarenta e quatroLuiz Felipe Leprevost ... (sem título)Marcelo Montenegro. ALGOMarcelo Sahea. TUDO JÁ FOI DITOMariana Botelho. a poesia esqueceu-se numa casa de MinasMônica de Aquino. Não por acasoOctávio Roggiero Neto. pendulaçãoPaulinho Assunção. LETRAS NA FOLHAPriscila Figueiredo. ConselhoPriscila Lopes. InferênciasReynaldo Bessa. entre a caneta e oRicardo Domeneck. corpoTeruko Oda. (Dois haicais sobre a lua de outono
Poemas em destaque 2009
Reunimos abaixo os poemas selecionados pelos editores e publicados neste website. As obras estão organizadas por autor, em ordem alfabética de nome (para acessá-los em ordem cronológica, clique aqui). Todos os poemas foram escritos e/ou publicados pela primeira vez no ano corrente. E a seleção continua. Acompanhe as novidades aqui.
Adelaide Amorim. augúrioAlice Sant'Anna. bairro altoAntonio Cicero. BALANÇO. Palavras AladasChacal. cárcere privadoClaudio Daniel. CARTA DE NENHUM LADO.....novo!. ESCRITO EM OSSODiniz Gonçalves Junior. DesmemóriasFabio Weintraub. CAFÉGeraldo Carneiro. física e metafísica. à flor da fala (2)Itamar Assumpção. Do alto dos meus quarenta e quatroLuiz Felipe Leprevost ... (sem título)Marcelo Montenegro. ALGOMarcelo Sahea. TUDO JÁ FOI DITOMariana Botelho. a poesia esqueceu-se numa casa de MinasMônica de Aquino. Não por acasoOctávio Roggiero Neto. pendulaçãoPaulinho Assunção. LETRAS NA FOLHAPriscila Figueiredo. ConselhoPriscila Lopes. InferênciasReynaldo Bessa. entre a caneta e oRicardo Domeneck. corpoTeruko Oda. (Dois haicais sobre a lua de outono
Boa alternativa para modernizar a gestão
. Está nos jornais e é uma idéia do prefeito João da Costa que conheço já há algum tempo.
. A criação de uma Coordenação de Gestão e Planejamento para assegurar integração e agilidade à ação do conjunto do governo pode contribuir para modernizar os processos administrativos na PCR.
. A criação de uma Coordenação de Gestão e Planejamento para assegurar integração e agilidade à ação do conjunto do governo pode contribuir para modernizar os processos administrativos na PCR.
Direção executiva nacional do PCdoB em reunião
. Encontro-me em São Paulo para reunião ordinária da Comissão Política Nacional do PCdoB, a que pertenço juntamente com Renildo Calheiros.
. Na pauta o balanço da atividade da direção nacional nos últimos quatro anos, a ser apresentado no 12º. Congresso do partido, em andamento.
. E o monitoramento do quadro político nacional.
. Na pauta o balanço da atividade da direção nacional nos últimos quatro anos, a ser apresentado no 12º. Congresso do partido, em andamento.
. E o monitoramento do quadro político nacional.
História: 31 de julho de 1997
Partidos e movimentos de esquerda da América Latina reúnem-se em Porto Alegre para participar do Fórum de São Paulo. (Vermelho http://www.vermelho.org.br/).
BNDES vai financiar computador para escolas
. Boa notícia. O governo federal anuncia hoje uma linha de crédito de R$ 600 milhões do BNDES para Estados e municípios comprarem laptops para as escolas públicas.
. Com isso, pode ter grande incremento o Um Computador por Aluno. A expectativa é que a linha de financiamento esteja disponível entre 30 e 60 dias.
O financiamento vai cobrar TJLP (hoje de 6%) mais 1%.
. Com isso, pode ter grande incremento o Um Computador por Aluno. A expectativa é que a linha de financiamento esteja disponível entre 30 e 60 dias.
O financiamento vai cobrar TJLP (hoje de 6%) mais 1%.
Cebola contra poluição
Ciência Hoje Online:
Análise da raiz permite identificar alterações causadas pela poluição não detectadas por outros testes
. A utilidade da cebola pode ir muito além da culinária. É o que mostra uma pesquisa da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que utilizou bulbos de cebola para medir a qualidade das águas do rio Paraíba do Sul. O teste da cebola identificou uma série de alterações causadas pela poluição não detectadas pelo monitoramento da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb) em dois trechos críticos do rio em São Paulo.
. A bióloga Agnes Barbério, professora da Universidade de Taubaté, que realizou a pesquisa durante seu doutorado na Unicamp, utilizou o teste da cebola (Allium cepa) para avaliar a qualidade das águas do Paraíba do Sul nas cidades de Tremembé e Aparecida.
. Leia a matéria na íntegra http://cienciahoje.uol.com.br/149220
30 julho 2009
Copom resiste o quanto pode
. Matéria no Valor Econômico de hoje informa que a diretoria do banco Central considera que o patamar de 8,75% anuais para o juro básico da economia nacional é “consistente” com a meta de inflação desenhada para 2009, 2010 e 2011
. Em razão disso, o Comitê de Política Monetária (Copom) vai mirar a trajetória dos índices de preços pelos dois anos seguintes adotando uma postura mais cautelosa (termo constante em ata) para evitar um repique de juros no futuro.
. Isso quer dizer que pelo menos por enquanto, a taxa Selic ficará estável e o Copom vai monitorar os indicadores econômicos para definir suas próximas ações.
. Nessa linha, a idéia de interromper os cortes de juros se explica pelas incertezas relativas ao balanço de riscos para a estabilidade de preços e para o crescimento econômico.
. Moral da história: o Copom vai resistir o quanto puder em defesa da política de juros altos. Como sempre.
. Em razão disso, o Comitê de Política Monetária (Copom) vai mirar a trajetória dos índices de preços pelos dois anos seguintes adotando uma postura mais cautelosa (termo constante em ata) para evitar um repique de juros no futuro.
. Isso quer dizer que pelo menos por enquanto, a taxa Selic ficará estável e o Copom vai monitorar os indicadores econômicos para definir suas próximas ações.
. Nessa linha, a idéia de interromper os cortes de juros se explica pelas incertezas relativas ao balanço de riscos para a estabilidade de preços e para o crescimento econômico.
. Moral da história: o Copom vai resistir o quanto puder em defesa da política de juros altos. Como sempre.
Bom dia, Mário Quintana
História: 30 de julho de 1838
Rafael de Carvalho lança em São Luís o jornal liberal Bem-te-vi, precursor da Balaiada. Os camponeses e escravos rebeldes de 1838 no Maranhão chamarão a si próprios bem-te-vis. (Vermelho http://www.vermelho.org.br/).
Professora Silke Weber é agraciada com o prêmio Florestan Fernandes
No portal da UFPE:
. A professora Silke Weber, da Pós-Graduação em Sociologia da UFPE, recebeu na noite de ontem (28), no Rio de Janeiro, o prêmio Florestan Fernandes, maior condecoração da Sociologia brasileira. O prêmio foi concedido por ocasião do XIV Congresso Brasileiro de Sociologia, realizado entre os dias 28 e 31 de julho. O nome da professora foi escolhido pela Diretoria e pelo Comitê Científico da Sociedade Brasileira de Sociologia (SBS).
. Silke Weber é formada em Pedagogia pela UFPE, com mestrado em Psicossociologia, na Ecole des Hautes Etudes en Sciences Sociales (Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais), e doutorado em Sociologia na Université René Descartes, ambas em Paris, além de programas de pós-doutoramento nas Universidades de Bremen, de Paris V e na LSE. Outros dois docentes da UFPE já receberam o prêmio Florestan Fernandes: Manuel Correia de Andrade e Heraldo Souto Maior.
Celso Muniz e Eduardo Monteiro são homenageados
. Dois amigos são homenageados à mesma hora, 12,30. Eduardo Monteiro, presidente da Folha de Pernambuco, pelo GERE, no Boi Preto. Celso Muniz, presidente da Associação Comercial, pelo Clube dos Advogados de Pernambuco, no Spettus.
. Não tenho o dom da ubiqüidade, mas irei abraçar a ambos.
. E depois viajo a São Paulo, para uma reunião da direção executiva nacional do PCdoB.
. Não tenho o dom da ubiqüidade, mas irei abraçar a ambos.
. E depois viajo a São Paulo, para uma reunião da direção executiva nacional do PCdoB.
Nova secretária de C&T faz visita à UPE em um pouco mais de 24 horas depois de assumir o cargo
No portal da UPE:
. O Reitor da Universidade de Pernambuco (UPE), Prof. Carlos Calado, recebeu, na tarde de hoje (28/07), em seu gabinete, a nova secretária de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente do Estado (Sectma), Luciana Santos. Esta foi a primeira visita da secretária, em um pouco mais de 24 horas depois de assumir o cargo, a um dos órgãos vinculados à secretaria.
. No encontro a secretária participou da Reunião do Conselho Universitário da instituição (Consun), que acontece mensalmente, onde ouviu de diversos representantes qual é a expectativa da Universidade em relação a sua gestão na secretaria. Todos, que falaram na ocasião, compartilham do mesmo sentimento de esperança na construção de um diálogo com a Sectma e, consequentemente, com o Governo do Estado.
. A atual gestora da Sectma se colocou à disposição da Universidade para colaborar com a integração junto ao Governo e colocando a UPE na pauta de debates. Luciana ressaltou, ainda, a importância da instituição para o desenvolvimento do Estado, gerando e disseminando conhecimento, o que contribui para o construção de uma sociedade mais justa e que todos desejam para o futuro do país. “A UPE pode contar com o empenho da secretaria, pois entendo que a Universidade é estratégica para que o Estado de Pernambuco possa dar saltos significativos na sua história, além dos que já têm dado”, destacou a secretária.
. Falaram no encontro o diretor de formação sindical da Seção Sindical dos Docentes (Adupe), Roberto Burkhardt, o presidente do Diretório Central dos Estudantes da UPE (DCE), Divonaldo Barbosa, o representante dos discentes da Pós-Graduação, Ronald Pereira, o presidente do Sindicato dos Servidores da UPE (Sindupe), Flávio Bastos, o diretor do campus da UPE em Nazaré da Mata representando as unidades de educação da Universidade, Prof. Luiz Alberto, a diretora do Centro Integrado de Saúde Amaury de Medeiros (Cisam/UPE) representando as unidades de saúde da instituição, Fátima Maia, a Pró-Reitora de Pós-Graduação e Pesquisa (Propege), Viviane Colares, o ex-reitor da UPE, Prof. Emanuel Dias, além do vice-reitor, Prof. Reginaldo Inojosa.
Coluna semanal no portal Vermelho
Os bancos públicos e a plataforma imediata do PCdoB
Luciano Siqueira
O desafio de todo partido político que verdadeiramente pretenda influir no curso dos acontecimentos é sustentar um discurso que tenha aderência na realidade. E que seja compreendido por extensas camadas da população. Fora disso, ou é o vazio, ou o doutrinarismo inconseqüente.
Uma das razões da existência ininterrupta do PCdoB por mais de oito décadas, num país em que a tradição institucional é de partidos conjunturais e efêmeros, é precisamente a busca incessante de sincronizar o seu discurso com as aspirações e necessidades da nação e do povo. Isso se dá como produto de uma combinação entre a presença permanente na cena política e na luta social com a elaboração teórica e a atualização de suas propostas.
No transcurso do seu 12º. Congresso - ora em fase de assembléias de base -, dois documentos guardam entre si uma íntima e indissociável relação: o novo Programa e o projeto de Resolução Política acerca da situação nacional. Em ambos, independentemente de concordar ou não, o observador há que reconhecer um discurso assentado na realidade brasileira e sincronizado com o os fatos vivos do cotidiano.
Quer um exemplo? Na plataforma de ação imediata contida no projeto de Resolução acerca da situação política do país, destaca-se a proposta de que “o sistema financeiro público seja fortalecido, mais integrado e coordenado, como um pólo de crédito imprescindível à elevação da taxa de investimentos, concentrados em infraestrutura, elemento central do desenvolvimento nacional”.
Pois bem. Anteontem o Banco Central reconheceu o peso específico dos bancos oficiais no enfrentamento da crise no sentido de restabelecer a oferta de crédito interno a pessoas físicas e empresas. Em junho de 2008, os bancos públicos – sobretudo Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, BNDES – participavam com 34,5% da oferta do crédito global; no primeiro semestre deste ano, esse percentual aumentou para 38,6%.
Os bancos privados, por seu turno, fizeram o caminho inverso: de uma participação de 44,1% decaíram para 41,6%, cabendo aos bancos estrangeiros o percentual de 19,8%. O estoque total de crédito estimado no Brasil é de R$ 1, 278 trilhão.
Esses dados, aqui amealhados a título de demonstração, revelam a um só tempo uma faceta positiva da “era Lula”: o reforço gradativo do papel do Estado na indução do desenvolvimento econômico; e a viabilidade política do fortalecimento do sistema financeiro público, defendida na Plataforma do PCdoB. www.lucianosiqueira.com.br http://twitter.com/lucianoPCdoB
Luciano Siqueira
O desafio de todo partido político que verdadeiramente pretenda influir no curso dos acontecimentos é sustentar um discurso que tenha aderência na realidade. E que seja compreendido por extensas camadas da população. Fora disso, ou é o vazio, ou o doutrinarismo inconseqüente.
Uma das razões da existência ininterrupta do PCdoB por mais de oito décadas, num país em que a tradição institucional é de partidos conjunturais e efêmeros, é precisamente a busca incessante de sincronizar o seu discurso com as aspirações e necessidades da nação e do povo. Isso se dá como produto de uma combinação entre a presença permanente na cena política e na luta social com a elaboração teórica e a atualização de suas propostas.
No transcurso do seu 12º. Congresso - ora em fase de assembléias de base -, dois documentos guardam entre si uma íntima e indissociável relação: o novo Programa e o projeto de Resolução Política acerca da situação nacional. Em ambos, independentemente de concordar ou não, o observador há que reconhecer um discurso assentado na realidade brasileira e sincronizado com o os fatos vivos do cotidiano.
Quer um exemplo? Na plataforma de ação imediata contida no projeto de Resolução acerca da situação política do país, destaca-se a proposta de que “o sistema financeiro público seja fortalecido, mais integrado e coordenado, como um pólo de crédito imprescindível à elevação da taxa de investimentos, concentrados em infraestrutura, elemento central do desenvolvimento nacional”.
Pois bem. Anteontem o Banco Central reconheceu o peso específico dos bancos oficiais no enfrentamento da crise no sentido de restabelecer a oferta de crédito interno a pessoas físicas e empresas. Em junho de 2008, os bancos públicos – sobretudo Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, BNDES – participavam com 34,5% da oferta do crédito global; no primeiro semestre deste ano, esse percentual aumentou para 38,6%.
Os bancos privados, por seu turno, fizeram o caminho inverso: de uma participação de 44,1% decaíram para 41,6%, cabendo aos bancos estrangeiros o percentual de 19,8%. O estoque total de crédito estimado no Brasil é de R$ 1, 278 trilhão.
Esses dados, aqui amealhados a título de demonstração, revelam a um só tempo uma faceta positiva da “era Lula”: o reforço gradativo do papel do Estado na indução do desenvolvimento econômico; e a viabilidade política do fortalecimento do sistema financeiro público, defendida na Plataforma do PCdoB. www.lucianosiqueira.com.br http://twitter.com/lucianoPCdoB
Senado arde na fogueira dos vícios acumulados
. Em meio à profusão de representações ao Conselho de Ética e de ameaças mútuas, senadores protagonizam um dos piores espetáculos de nossa frágil democracia.
. E queima lentamente o que lhe resta de credibilidade na imensa fogueira dos vícios acumulados ao longo de décadas.
. Enquanto isso, sob a cortina de fumaça de uma falsa moralidade, reside uma verdadeira guerra pelo controle da Casa, entre a oposição e as forças governistas.
. E queima lentamente o que lhe resta de credibilidade na imensa fogueira dos vícios acumulados ao longo de décadas.
. Enquanto isso, sob a cortina de fumaça de uma falsa moralidade, reside uma verdadeira guerra pelo controle da Casa, entre a oposição e as forças governistas.
Escavações para localizar corpos de desaparecidos no Araguaia começa em agosto
. A informação é da Agência Brasil. Com o fim da primeira etapa das atividades em campo, ontem (28), o grupo de trabalho criado pelo Ministério da Defesa para localizar e resgatar os restos mortais dos desaparecidos da Guerrilha do Araguaia acrescentou três novos locais à relação de prováveis pontos onde podem ter sido enterrados os corpos de guerrilheiros e de eventuais agricultores mortos durante os combates entre opositores do regime militar e tropas do Exército, durante a primeira metade da década de 1970.
. Dos 17 pontos identificados durante a fase de reconhecimento da área onde os corpos podem ter sido enterrados, dez serão escavados já a partir do próximo dia 10 de agosto. De acordo com o general, há “fortes indícios da presença de restos mortais” nestes locais, apontados por pessoas que presenciaram as mortes e a ocultação dos corpos e que, hoje, servem voluntariamente de guias para o grupo de militares, antropólogos, geólogos, médicos legistas e observadores nomeados pelo ministério. A ausência de representantes de parentes dos desaparecidos motivou críticas à iniciativa por parte da Comissão Especial Sobre Mortos e Desaparecidos Políticos
. Dos 17 pontos identificados durante a fase de reconhecimento da área onde os corpos podem ter sido enterrados, dez serão escavados já a partir do próximo dia 10 de agosto. De acordo com o general, há “fortes indícios da presença de restos mortais” nestes locais, apontados por pessoas que presenciaram as mortes e a ocultação dos corpos e que, hoje, servem voluntariamente de guias para o grupo de militares, antropólogos, geólogos, médicos legistas e observadores nomeados pelo ministério. A ausência de representantes de parentes dos desaparecidos motivou críticas à iniciativa por parte da Comissão Especial Sobre Mortos e Desaparecidos Políticos
PCdoB não se exime de disputar o Senado
Folha de Pernambuco, por Beatriz Gálvez:
Luciana: PCdoB é uma opção
. A secretária estadual de Ciência e Tecnologia, Luciana Santos (PCdoB), admitiu que seu partido também não renega a ideia da participação de uma disputa para o Senado, ano que vem. Seu nome, inclusive, já foi colocado como alternativa. “Nunca descartamos a possibilidade da composição de uma chapa majoritária. Acontece que nós sempre levamos em conta que toda vez que antecipamos muito esse debate, ao invés de ajudar em uma construção política mais elevada, atrapalha”, afirmou em entrevista, ontem, à Rádio Folha FM 96,7 .
. Contudo a comunista ponderou que não são poucos os possíveis e fortes candidatos à disputa. “Também tem a ver como acúmulo de cada força política. Temos muitos quadros no nosso campo com força eleitoral. No final o que vai determinar será a nossa capacidade de unidade, de o comando desse processo ficar a cargo do governador e que possamos ver qual será a chapa mais competitiva”, ponderou.
. Quanto a sua secretaria, a ex-prefeita de Olinda afirmou que ainda não pensou em eventuais substituições, mas adiantou que pretende deixar a estrutura mais ou menos como está. “Além de o tempo não comportar grandes mudanças, as que houverem serão mais de natureza de maior identidade, afinidade com um ou outro, mas nada de mais”, explicou.
. Quanto ao partido, Luciana afirma que os comunistas estão satisfeitos com as pastas conquistadas - além de Ciência e Tecnologia, o PCdoB comanda a de Esportes. “Deve ser a primeira vez na história do Governo de Pernambuco que temos uma participação tão significativa no Estado.
. Quanto ao partido, Luciana afirma que os comunistas estão satisfeitos com as pastas conquistadas - além de Ciência e Tecnologia, o PCdoB comanda a de Esportes. “Deve ser a primeira vez na história do Governo de Pernambuco que temos uma participação tão significativa no Estado.
Foto: Sérgio Bernardo, Folha de Pernambuco
29 julho 2009
Meu artigo de toda quarta-feira no Blog de Jamildo
Uma crítica improcedente às recentes mudanças no governo estadual
Luciano Siqueira
O velho ditado de que à mulher de César não basta ser honesta, é preciso que prove se aplica à vida política com muita propriedade. Ao governante, não bastam as boas e meritórias intenções, é preciso que as pratique sem margem a dúvidas. Assim mesmo não basta.
Segunda-feira última, ao anunciar alterações em sua equipe, o governador fez questão de sublinhar a ausência de vinculação imediata entre essas alterações e o episódio eleitoral de 2010. Ou seja: os que vieram para o governo deverão centrar sua ação no fazer administrativo, deixando a questão eleitoral para o momento apropriado.
Nada mais justo e sensato. Governo que se permite antecipar precipitadamente os preparativos para a eleição futura perde triplamente: decai o ímpeto administrativo, semeia a discórdia em sua base de apoio e se faz vulnerável aos ataques adversários.
Isto não quer dizer que o ingresso na equipe do governador de quadros de grande destaque como João Paulo e Luciana Santos esteja despido de sentido político, nem que agora se pretende esconder que ambos deverão ter presença relevante entre os pretendentes a cargos eletivos em 2010. Mas soa rasteira e primária a crítica de que com a nomeação dos dois ex-prefeitos o governador estaria antecipando o fato eleitoral.
Quem já passou pela gestão pública sabe que toda equipe de governo se fortalece quando inclui quadros com experiência administrativa, tirocínio político e visibilidade pública. Estes, via de regra acrescentam élan realizador e ampliam o respaldo social do governo. É o que acontecerá com Luciana Santos e João Paulo, assim como com os assessores especiais Severino Souza, Cleuza Pereira e Odacir Amorim, igualmente reconhecidos como gestores capazes.
Mas terão pouco tempo no governo, pois em abril do ano que vem terão que sair para cuidar de suas candidaturas – dizem os críticos. É verdade. Porém a variável tempo, nesse caso, está relacionada com a continuidade – ou seja, sobretudo os dois novos secretários não chegam para inventar a roda, e sim para prosseguir uma obra de governo em andamento. É como um veículo em movimento que apenas troca de condutor e com isso ganha mais agilidade e presteza na superação de obstáculos tendo em vista o pretendido ponto de chegada.
Agora, uma dúvida não tenha o leitor. Por mais que se esmerem no cumprimento do seu dever, os novos auxiliares do governador, Luciana e João Paulo especialmente, serão sempre alvo de parte da mídia e dos adversários que procurarão encontrar chifre em cabeça de cavalo tentando dar conotação eleitoral a cada gesto que pratiquem.
É da vida, que se há de fazer? Vide a mulher de César...
http://www.lucianosiqueira.com.br/ http://twitter.com/lucianoPCdoB
Luciano Siqueira
O velho ditado de que à mulher de César não basta ser honesta, é preciso que prove se aplica à vida política com muita propriedade. Ao governante, não bastam as boas e meritórias intenções, é preciso que as pratique sem margem a dúvidas. Assim mesmo não basta.
Segunda-feira última, ao anunciar alterações em sua equipe, o governador fez questão de sublinhar a ausência de vinculação imediata entre essas alterações e o episódio eleitoral de 2010. Ou seja: os que vieram para o governo deverão centrar sua ação no fazer administrativo, deixando a questão eleitoral para o momento apropriado.
Nada mais justo e sensato. Governo que se permite antecipar precipitadamente os preparativos para a eleição futura perde triplamente: decai o ímpeto administrativo, semeia a discórdia em sua base de apoio e se faz vulnerável aos ataques adversários.
Isto não quer dizer que o ingresso na equipe do governador de quadros de grande destaque como João Paulo e Luciana Santos esteja despido de sentido político, nem que agora se pretende esconder que ambos deverão ter presença relevante entre os pretendentes a cargos eletivos em 2010. Mas soa rasteira e primária a crítica de que com a nomeação dos dois ex-prefeitos o governador estaria antecipando o fato eleitoral.
Quem já passou pela gestão pública sabe que toda equipe de governo se fortalece quando inclui quadros com experiência administrativa, tirocínio político e visibilidade pública. Estes, via de regra acrescentam élan realizador e ampliam o respaldo social do governo. É o que acontecerá com Luciana Santos e João Paulo, assim como com os assessores especiais Severino Souza, Cleuza Pereira e Odacir Amorim, igualmente reconhecidos como gestores capazes.
Mas terão pouco tempo no governo, pois em abril do ano que vem terão que sair para cuidar de suas candidaturas – dizem os críticos. É verdade. Porém a variável tempo, nesse caso, está relacionada com a continuidade – ou seja, sobretudo os dois novos secretários não chegam para inventar a roda, e sim para prosseguir uma obra de governo em andamento. É como um veículo em movimento que apenas troca de condutor e com isso ganha mais agilidade e presteza na superação de obstáculos tendo em vista o pretendido ponto de chegada.
Agora, uma dúvida não tenha o leitor. Por mais que se esmerem no cumprimento do seu dever, os novos auxiliares do governador, Luciana e João Paulo especialmente, serão sempre alvo de parte da mídia e dos adversários que procurarão encontrar chifre em cabeça de cavalo tentando dar conotação eleitoral a cada gesto que pratiquem.
É da vida, que se há de fazer? Vide a mulher de César...
http://www.lucianosiqueira.com.br/ http://twitter.com/lucianoPCdoB
História: 29 de julho de 1992
O testemunho de Sandra Ferreira de Oliveira, secretária da empresa Alcides Santos Diniz, atesta que a Operação Uruguai foi forjada. Desmorona a última tentativa de ocultar o esquema PC-Collor de corrupção. (Vermelho http://www.vermelho.org.br/).
28 julho 2009
Uma análise do papel atual da UNE
Na Carta Maior, por Tiago Ventura e Joanna Paroli*
A UNE no rumo certo
A imprensa brasileira não quis informar à sociedade que o apoio da Petrobras se deu também no 50º Congresso da UNE, realizado em 2007. Neste encontro, a entidade levou, em parceria com a Coordenação dos Movimentos Sociais, mais de 8 mil estudantes às ruas exigindo o "Fora Meirelles", demarcando a sua posição de discordância com a política econômica do Governo Federal e a sua autonomia política.
Nos dias 15 a 19 de julho, jovens de todos os estados do País se reuniram para realizar o 51º Congresso da União Nacional dos Estudantes. Contando com a participação de mais de 10 mil estudantes, com delegados eleitos em 92 por cento das universidades brasileiras, o encontro entrou para história como o mais representativo da entidade, reforçando a história de lutas e legitimidade da UNE no seio dos estudantes e do movimento social brasileiro.
O 51º Congresso da UNE teve como marco comemorativo os 30 anos do Congresso da UNE de Salvador, realizado em meio à ditadura militar na perspectiva de refundar a entidade, até então fechada e perseguida pelo governo militar, colocando-a ativamente na luta pela redemocratização do País. Dessa forma, um dos pontos altos do 51º CONUNE se deu em torno do direito à memória dos estudantes perseguidos e mortos durante a ditadura, como o presidente da UNE “desaparecido” Honestino Guimarães, e dos militantes envolvidos nos processos de contestação dos anos de chumbo, como a guerrilha do Araguaia.
Outros momentos importantes fizeram parte desse Congresso. A realização do ato público em defesa da Petrobras, que se desdobrava na campanha contrária à CPI instaurada pela direita privatista contra a empresa, pelo fim dos leilões de petróleo e pela criação de uma empresa estatal para exploração da camada pré-sal. O ato reforçava a luta histórica da UNE por uma nova concepção de Estado, na qual bens estratégicos como o petróleo devem ser encarados e explorados a partir do seu caráter público, tendo como finalidade o combate às desigualdades sociais, em contrapartida ao desejo da direita, que gostaria de ver a Petrobras privatizada nas mãos do capital financeiro mundial. A UNE continua na vanguarda dos movimentos sociais quando colocou, na última gestão, a Campanha pela Legalização do Aborto como pauta prioritária e a construiu nas universidades de todo o país. Nesse Congresso, dezenas de estudantes uniram-se ao Ato contra a CPI do Aborto, instaurada na Câmara Federal, reafirmando o compromisso da UNE com a luta feminista e por uma educação libertária e livre de todas as opressões.
Por fim, o 51º CONUNE reafirmou, ao longo de todas as suas atividades, principalmente nas resoluções aprovadas na plenária final, a opção acertada de diálogo com a sociedade brasileira que a UNE trilhou no último período, reconhecendo os avanços e as contradições do Governo Lula, e dos governos populares da América Latina, entendendo que somente por meio da mobilização e pressão dos movimentos sociais é possível aprofundar as mudanças e construir alternativas ao mercado e ao sistema capitalista consolidado na sociedade mundial.
Foi precisamente no sentido de reforçar o diálogo e a necessária disputa de rumos que ocorreu a participação do Presidente Lula, a primeira participação de um presidente da República em um congresso estudantil na história do país. A atividade foi marcada pelo tom crítico dado pela intervenção da ex-presidente da entidade Lúcia Stumpf, exigindo assistência estudantil aos estudantes do Prouni, a ampliação e aplicação do programa somente em universidades que possuam pesquisa e extensão e a auditoria das contas das universidades que recebem a isenção, reforçando a inclusão de parcelas expressivas da população no ensino superior e construindo marcos regulatórios importantes do ensino privado.
Como era de se esperar, no decorrer do Congresso, e, principalmente, ao seu final, a grande mídia conservadora e monopolista – com destaque negativo para a Folha de São Paulo e as Organizações Globo - produziu uma série de matérias questionando as atividades construídas ao longo do evento, acusando a entidade de estar atrelada ao Governo Federal por receber apoio para realização do Congresso da Petrobras e de ter “abandonado a educação e as bandeiras históricas”, ignorando as resoluções aprovadas após cinco dias de debates. Os ataques chegaram ao cúmulo de tentar desmoralizar individualmente o estudante Augusto Chagas, recém-eleito presidente da UNE.
Trata-se de uma nítida tentativa de criminalizar e desqualificar a atuação de uma entidade que possui 72 anos de história em defesa do povo e da juventude brasileira, exemplificada na campanha do "Petróleo é nosso", na luta pelas reformas de base e contra a ditadura militar, nas lutas pelas "Diretas Já" e pelo "Fora Collor" e na resistência à privatização da Universidade Pública, organizada pelo Governo FHC na década de 90. Enquadra-se no contexto de perseguição organizada pelos setores conservadores, com braços infiltrados desde o Poder Judiciário até o Senado Federal, aos movimentos sociais combativos da sociedade brasileira, como os lançados recentemente contra o MST e o MAB, enxergando-os como organizações terroristas, organizadas pelo Governo a partir da liberação de verbas públicas. O enredo é sempre o mesmo, pois ao lado dos movimentos sociais se encontra a UNE, e do outro lado se encontra a aliança Demo-Tucana, que tem a imprensa monopolista como grande porta-voz.
A imprensa brasileira não quis informar à sociedade que o apoio da Petrobras se deu também no 50º Congresso da UNE, realizado em 2007. Neste encontro, a entidade levou, em parceria com a Coordenação dos Movimentos Sociais, mais de 8 mil estudantes às ruas exigindo o "Fora Meirelles", demarcando a sua posição de discordância com a política econômica do Governo Federal e a sua autonomia política, que é constantemente reafirmada na política de boicote ao ENADE, nas críticas à política de comunicação e nas exigências de se avançar cada vez mais nos investimentos e democratização da Universidade brasileira, derrubando, por exemplo, os vetos dados pelo Governo FHC ao Plano Nacional de Educação e a manutenção da Desvinculação da Receita da União na área da educação.
As críticas e a perseguição por parte da imprensa são resultados sobretudo da política acertada da entidade e das resoluções aprovadas no Congresso. Ocorrem porque a imprensa das elites brasileiras é contra a inclusão do setor privado no Sistema Nacional de Educação e a ampliação de vagas nas Universidades Públicas, em especial para os negros e negras filhos da classe trabalhadora; é contra a luta pela autonomia das mulheres e obtêm lucro com a mercantilização de seus corpos e suas vidas; é contra a realização da Conferência Nacional de Comunicação e a construção de um sistema público de comunicação; é contra a abertura dos arquivos da ditadura militar, porque se encontra envolvida com os porões da chamada "ditabranda", conforme editorial da Folha de São Paulo; e, acima de tudo, ataca a Petrobras e a UNE por ser contrária à criação de uma Estatal para a exploração da camada pré-sal com seus lucros voltados prioritariamente para educação, saúde e desenvolvimento social.
À imprensa conservadora resta a UNE responder: se assim não fosse, estaríamos preocupados, se estivessem contentes, estaríamos no caminho errado. Vida longa aos 72 anos de luta e combatividade da União Nacional dos Estudantes.
*Tiago Ventura é Vice-Presidente da UNE e Joanna Paroli é Diretora da UNE, ambos eleitos no 51º CONUNE
A UNE no rumo certo
A imprensa brasileira não quis informar à sociedade que o apoio da Petrobras se deu também no 50º Congresso da UNE, realizado em 2007. Neste encontro, a entidade levou, em parceria com a Coordenação dos Movimentos Sociais, mais de 8 mil estudantes às ruas exigindo o "Fora Meirelles", demarcando a sua posição de discordância com a política econômica do Governo Federal e a sua autonomia política.
Nos dias 15 a 19 de julho, jovens de todos os estados do País se reuniram para realizar o 51º Congresso da União Nacional dos Estudantes. Contando com a participação de mais de 10 mil estudantes, com delegados eleitos em 92 por cento das universidades brasileiras, o encontro entrou para história como o mais representativo da entidade, reforçando a história de lutas e legitimidade da UNE no seio dos estudantes e do movimento social brasileiro.
O 51º Congresso da UNE teve como marco comemorativo os 30 anos do Congresso da UNE de Salvador, realizado em meio à ditadura militar na perspectiva de refundar a entidade, até então fechada e perseguida pelo governo militar, colocando-a ativamente na luta pela redemocratização do País. Dessa forma, um dos pontos altos do 51º CONUNE se deu em torno do direito à memória dos estudantes perseguidos e mortos durante a ditadura, como o presidente da UNE “desaparecido” Honestino Guimarães, e dos militantes envolvidos nos processos de contestação dos anos de chumbo, como a guerrilha do Araguaia.
Outros momentos importantes fizeram parte desse Congresso. A realização do ato público em defesa da Petrobras, que se desdobrava na campanha contrária à CPI instaurada pela direita privatista contra a empresa, pelo fim dos leilões de petróleo e pela criação de uma empresa estatal para exploração da camada pré-sal. O ato reforçava a luta histórica da UNE por uma nova concepção de Estado, na qual bens estratégicos como o petróleo devem ser encarados e explorados a partir do seu caráter público, tendo como finalidade o combate às desigualdades sociais, em contrapartida ao desejo da direita, que gostaria de ver a Petrobras privatizada nas mãos do capital financeiro mundial. A UNE continua na vanguarda dos movimentos sociais quando colocou, na última gestão, a Campanha pela Legalização do Aborto como pauta prioritária e a construiu nas universidades de todo o país. Nesse Congresso, dezenas de estudantes uniram-se ao Ato contra a CPI do Aborto, instaurada na Câmara Federal, reafirmando o compromisso da UNE com a luta feminista e por uma educação libertária e livre de todas as opressões.
Por fim, o 51º CONUNE reafirmou, ao longo de todas as suas atividades, principalmente nas resoluções aprovadas na plenária final, a opção acertada de diálogo com a sociedade brasileira que a UNE trilhou no último período, reconhecendo os avanços e as contradições do Governo Lula, e dos governos populares da América Latina, entendendo que somente por meio da mobilização e pressão dos movimentos sociais é possível aprofundar as mudanças e construir alternativas ao mercado e ao sistema capitalista consolidado na sociedade mundial.
Foi precisamente no sentido de reforçar o diálogo e a necessária disputa de rumos que ocorreu a participação do Presidente Lula, a primeira participação de um presidente da República em um congresso estudantil na história do país. A atividade foi marcada pelo tom crítico dado pela intervenção da ex-presidente da entidade Lúcia Stumpf, exigindo assistência estudantil aos estudantes do Prouni, a ampliação e aplicação do programa somente em universidades que possuam pesquisa e extensão e a auditoria das contas das universidades que recebem a isenção, reforçando a inclusão de parcelas expressivas da população no ensino superior e construindo marcos regulatórios importantes do ensino privado.
Como era de se esperar, no decorrer do Congresso, e, principalmente, ao seu final, a grande mídia conservadora e monopolista – com destaque negativo para a Folha de São Paulo e as Organizações Globo - produziu uma série de matérias questionando as atividades construídas ao longo do evento, acusando a entidade de estar atrelada ao Governo Federal por receber apoio para realização do Congresso da Petrobras e de ter “abandonado a educação e as bandeiras históricas”, ignorando as resoluções aprovadas após cinco dias de debates. Os ataques chegaram ao cúmulo de tentar desmoralizar individualmente o estudante Augusto Chagas, recém-eleito presidente da UNE.
Trata-se de uma nítida tentativa de criminalizar e desqualificar a atuação de uma entidade que possui 72 anos de história em defesa do povo e da juventude brasileira, exemplificada na campanha do "Petróleo é nosso", na luta pelas reformas de base e contra a ditadura militar, nas lutas pelas "Diretas Já" e pelo "Fora Collor" e na resistência à privatização da Universidade Pública, organizada pelo Governo FHC na década de 90. Enquadra-se no contexto de perseguição organizada pelos setores conservadores, com braços infiltrados desde o Poder Judiciário até o Senado Federal, aos movimentos sociais combativos da sociedade brasileira, como os lançados recentemente contra o MST e o MAB, enxergando-os como organizações terroristas, organizadas pelo Governo a partir da liberação de verbas públicas. O enredo é sempre o mesmo, pois ao lado dos movimentos sociais se encontra a UNE, e do outro lado se encontra a aliança Demo-Tucana, que tem a imprensa monopolista como grande porta-voz.
A imprensa brasileira não quis informar à sociedade que o apoio da Petrobras se deu também no 50º Congresso da UNE, realizado em 2007. Neste encontro, a entidade levou, em parceria com a Coordenação dos Movimentos Sociais, mais de 8 mil estudantes às ruas exigindo o "Fora Meirelles", demarcando a sua posição de discordância com a política econômica do Governo Federal e a sua autonomia política, que é constantemente reafirmada na política de boicote ao ENADE, nas críticas à política de comunicação e nas exigências de se avançar cada vez mais nos investimentos e democratização da Universidade brasileira, derrubando, por exemplo, os vetos dados pelo Governo FHC ao Plano Nacional de Educação e a manutenção da Desvinculação da Receita da União na área da educação.
As críticas e a perseguição por parte da imprensa são resultados sobretudo da política acertada da entidade e das resoluções aprovadas no Congresso. Ocorrem porque a imprensa das elites brasileiras é contra a inclusão do setor privado no Sistema Nacional de Educação e a ampliação de vagas nas Universidades Públicas, em especial para os negros e negras filhos da classe trabalhadora; é contra a luta pela autonomia das mulheres e obtêm lucro com a mercantilização de seus corpos e suas vidas; é contra a realização da Conferência Nacional de Comunicação e a construção de um sistema público de comunicação; é contra a abertura dos arquivos da ditadura militar, porque se encontra envolvida com os porões da chamada "ditabranda", conforme editorial da Folha de São Paulo; e, acima de tudo, ataca a Petrobras e a UNE por ser contrária à criação de uma Estatal para a exploração da camada pré-sal com seus lucros voltados prioritariamente para educação, saúde e desenvolvimento social.
À imprensa conservadora resta a UNE responder: se assim não fosse, estaríamos preocupados, se estivessem contentes, estaríamos no caminho errado. Vida longa aos 72 anos de luta e combatividade da União Nacional dos Estudantes.
*Tiago Ventura é Vice-Presidente da UNE e Joanna Paroli é Diretora da UNE, ambos eleitos no 51º CONUNE
Uma agenda centrada em questões cruciais para a cidade
Site da Câmara Municipal do Recife:
Balanço positivo marca Comissão de Desenvolvimento Econômico
. Assim que os trabalhos legislativos forem retomados, a Comissão de Desenvolvimento Econômico da Câmara cumprirá uma intensa agenda. O primeiro evento está programado para 4 de agosto, um dia após o fim do recesso parlamentar. O anúncio foi feito nesta segunda-feira, 27, pelo vereador Luciano Siqueira (PCdoB), presidente da comissão, que fez um balanço dos serviços realizados no primeiro semestre e divulgou o que está programado para os próximos meses.
. “Na minha análise, a Comissão de Desenvolvimento Econômico se inseriu no conjunto de desempenho da Câmara Municipal como um todo, no primeiro semestre. Fez trabalhos muito úteis e positivos para a população do Recife”, afirmou Luciano Siqueira. Os momentos mais significativos do grupo de trabalho foram duas audiências públicas realizadas no plenarinho.A primeira das audiências, com a participação do secretário de Finanças da Prefeitura do Recife, Marcelo Barros, discutiu a política fiscal do município. A segunda, relacionando cultura com desenvolvimento, abriu os debates no Legislativo Municipal sobre o centenário de nascimento do paisagista Burle Marx. Entre os participantes da audiência, o tema provocou um exame da situação do patrimônio urbanístico e resultou na criação de um comitê, envolvendo Câmara e Prefeitura, para promover os eventos do centenário do paisagista.Roberto Burle Marx faria 100 anos, se estivesse vivo, no dia 4 de agosto. Reconhecido como um dos maiores paisagistas do século 20, premiado internacionalmente, ele nasceu em São Paulo, mas começou a vida profissional no Recife na década de 30. Por isso, o comitê pró-centenário realizará reunião solene no salão nobre do Teatro Santa Isabel, no dia quatro, às 10h. O vereador Luciano Siqueira representará oficialmente a Câmara Municipal na solenidade, que contará também com dirigentes do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea), Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), Clube de Engenharia, Laboratório de Paisagismo da Universidade Federal de Pernambuco e do Conselho Estadual de Cultura.
. Ainda no mês agosto, a Comissão de Desenvolvimento Econômico terá duas importantes reuniões. No dia 10, realizará seminário para discutir a coleta e destinação dos resíduos sólidos do Recife. Também discutirá a proposta do Consórcio Público Metropolitano, com a presença do secretário estadual das Cidades, Humberto Costa. A segunda reunião - ainda sem data oficial - será com o secretário municipal da Ciência e Tecnologia, José Bertotti. A finalidade é discutir a política de desenvolvimento econômico no Recife, concebida com base no Plano Plurianual (PPA), que terá vigência nos anos 2010 a 2013.
Balanço positivo marca Comissão de Desenvolvimento Econômico
. Assim que os trabalhos legislativos forem retomados, a Comissão de Desenvolvimento Econômico da Câmara cumprirá uma intensa agenda. O primeiro evento está programado para 4 de agosto, um dia após o fim do recesso parlamentar. O anúncio foi feito nesta segunda-feira, 27, pelo vereador Luciano Siqueira (PCdoB), presidente da comissão, que fez um balanço dos serviços realizados no primeiro semestre e divulgou o que está programado para os próximos meses.
. “Na minha análise, a Comissão de Desenvolvimento Econômico se inseriu no conjunto de desempenho da Câmara Municipal como um todo, no primeiro semestre. Fez trabalhos muito úteis e positivos para a população do Recife”, afirmou Luciano Siqueira. Os momentos mais significativos do grupo de trabalho foram duas audiências públicas realizadas no plenarinho.A primeira das audiências, com a participação do secretário de Finanças da Prefeitura do Recife, Marcelo Barros, discutiu a política fiscal do município. A segunda, relacionando cultura com desenvolvimento, abriu os debates no Legislativo Municipal sobre o centenário de nascimento do paisagista Burle Marx. Entre os participantes da audiência, o tema provocou um exame da situação do patrimônio urbanístico e resultou na criação de um comitê, envolvendo Câmara e Prefeitura, para promover os eventos do centenário do paisagista.Roberto Burle Marx faria 100 anos, se estivesse vivo, no dia 4 de agosto. Reconhecido como um dos maiores paisagistas do século 20, premiado internacionalmente, ele nasceu em São Paulo, mas começou a vida profissional no Recife na década de 30. Por isso, o comitê pró-centenário realizará reunião solene no salão nobre do Teatro Santa Isabel, no dia quatro, às 10h. O vereador Luciano Siqueira representará oficialmente a Câmara Municipal na solenidade, que contará também com dirigentes do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea), Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), Clube de Engenharia, Laboratório de Paisagismo da Universidade Federal de Pernambuco e do Conselho Estadual de Cultura.
. Ainda no mês agosto, a Comissão de Desenvolvimento Econômico terá duas importantes reuniões. No dia 10, realizará seminário para discutir a coleta e destinação dos resíduos sólidos do Recife. Também discutirá a proposta do Consórcio Público Metropolitano, com a presença do secretário estadual das Cidades, Humberto Costa. A segunda reunião - ainda sem data oficial - será com o secretário municipal da Ciência e Tecnologia, José Bertotti. A finalidade é discutir a política de desenvolvimento econômico no Recife, concebida com base no Plano Plurianual (PPA), que terá vigência nos anos 2010 a 2013.
Minha emoção ao falar do MCP
. Coube-me falar sobre os 50 anos da fundação do MCP (Movimento de Cultura Popular), ontem à noite, no Centro de Convenções, na abertura da Conferência Municipal de Educação.
. À mesa, além do prefeito João da Costa e do secretário Cláudio Duarte, dentre outros, dois dos fundadores do MCP, Germano Coelho e Abelardo da Hora.
. Fui voluntário do MCP aos 15 anos de idade, atuando no Programa Praças de Cultura, sob a coordenação da pedagoga Silke Weber.
. Em minha breve fala o registro de imagens de um momento importante da vida da cidade e da saga libertária do nosso povo. Com muita emoção.
. À mesa, além do prefeito João da Costa e do secretário Cláudio Duarte, dentre outros, dois dos fundadores do MCP, Germano Coelho e Abelardo da Hora.
. Fui voluntário do MCP aos 15 anos de idade, atuando no Programa Praças de Cultura, sob a coordenação da pedagoga Silke Weber.
. Em minha breve fala o registro de imagens de um momento importante da vida da cidade e da saga libertária do nosso povo. Com muita emoção.
Não precisa ser tudo rigorosamente verdade
. Não li ainda o livro de Ricardo Carvalho "É tudo verdade – memórias de um repórter”. Fui ao lançamento ontem.
. Nos jornais leio que alguns dos citados ensaiam resposta. Lembro de uma entrevista de Nélida Piñon, a propósito de obra autobiográfica, em que ela afirma que a memória é por si mesma criativa. Impossível recordar acontecimentos idos sem o tempero do presente.
. Não se espere, portanto, que tudo esteja contado como exatamente foi.
. Nos jornais leio que alguns dos citados ensaiam resposta. Lembro de uma entrevista de Nélida Piñon, a propósito de obra autobiográfica, em que ela afirma que a memória é por si mesma criativa. Impossível recordar acontecimentos idos sem o tempero do presente.
. Não se espere, portanto, que tudo esteja contado como exatamente foi.
Cobrar novos projetos de João Paulo e Luciana é uma insensatez
. Sem o menor sentido a cobrança de novos projetos nos discursos de posse de Luciana Santos e João Paulo, ontem.
. O governo está em andamento, mais da metade da estrada percorrida, um programa em plena implementação. Como os novos secretários poderiam chegar deitando sentença? Seria uma insensatez.
. Ambos disseram, corretamente, que se somarão à equipe do governador, darão continuidade ao que vem sendo feito e, claro, uma vez tomando pleno conhecimento do que se planeja e se faz em suas pastas é que poderão acrescentar algo mais.
. Isto significa maturidade. O contrário, seria jogar para a platéia.
. O governo está em andamento, mais da metade da estrada percorrida, um programa em plena implementação. Como os novos secretários poderiam chegar deitando sentença? Seria uma insensatez.
. Ambos disseram, corretamente, que se somarão à equipe do governador, darão continuidade ao que vem sendo feito e, claro, uma vez tomando pleno conhecimento do que se planeja e se faz em suas pastas é que poderão acrescentar algo mais.
. Isto significa maturidade. O contrário, seria jogar para a platéia.
Um só palanque nos estados não será fácil
. Pela voz do atual presidente nacional, deputado Ricardo Berzoini, o PT tem manifestado o desejo de costurar um só palanque das forças que compõem a aliança governista em cada estado.
. Não será fácil. A coalizão em torno do governo federal não suplanta diferenças e interesses locais, num país marcado por discrepâncias regionais acentuadas.
. Não será fácil. A coalizão em torno do governo federal não suplanta diferenças e interesses locais, num país marcado por discrepâncias regionais acentuadas.
Extinção do Senado só com o parlamentarismo
. Bobagem falar em extinção do Senado no sistema presidencialista vigente.
. A solução unicameral está vinculada a parlamentarismo – um regime que se adotado poderia dar mais estabilidade ao processo institucional brasileiro.
. A solução unicameral está vinculada a parlamentarismo – um regime que se adotado poderia dar mais estabilidade ao processo institucional brasileiro.
Ciro em São Paulo, uma alternativa difícil
. Seria um bom nome, sem dúvidas, capaz de enfrentar a supremacia tucana em São Paulo.
. Mas não é uma solução simples, ainda que tenha a concordância dos partidos aliados.
. O problema está no PT, que apesar da idéia ser bancada pelo presidente Lula resiste em abrir mão da cabeça da chapa na sucessão do governador Serra.
. Cá da província, a impressão que dá é que o PT paulista ainda não acumulou condições subjetivas para aceitar uma opção tática melhor, porém fora de seus quadros.
. Mas não é uma solução simples, ainda que tenha a concordância dos partidos aliados.
. O problema está no PT, que apesar da idéia ser bancada pelo presidente Lula resiste em abrir mão da cabeça da chapa na sucessão do governador Serra.
. Cá da província, a impressão que dá é que o PT paulista ainda não acumulou condições subjetivas para aceitar uma opção tática melhor, porém fora de seus quadros.
Cartão de crédito cobra 600% de juro
Correio Braziliense:
Na contramão das recentes reduções da taxa Selic feitas pelo Banco Central, hoje em 8,75% ao ano, as operadoras de cartão de crédito aumentaram os juros cobrados dos clientes que financiam parte de suas faturas. Esses encargos, segundo economistas, tornam as dívidas praticamente impagáveis. À exceção de bancos estatais, que por determinação do governo reduziram um pouco seus índices – ainda na casa dos três dígitos –, quase todas as instituições reajustaram as taxas, que variam de 143,28% a 600,73% num período de 12 meses. Fontes do Ministério da Fazenda ouvidas pelo Correio preveem uma intervenção no setor.
Na contramão das recentes reduções da taxa Selic feitas pelo Banco Central, hoje em 8,75% ao ano, as operadoras de cartão de crédito aumentaram os juros cobrados dos clientes que financiam parte de suas faturas. Esses encargos, segundo economistas, tornam as dívidas praticamente impagáveis. À exceção de bancos estatais, que por determinação do governo reduziram um pouco seus índices – ainda na casa dos três dígitos –, quase todas as instituições reajustaram as taxas, que variam de 143,28% a 600,73% num período de 12 meses. Fontes do Ministério da Fazenda ouvidas pelo Correio preveem uma intervenção no setor.
História: 28 de julho de 1938
Lampião, Maria Bonita e mais nove cangaceiros, traídos, são emboscados, mortos e degolados pela polícia na fazenda Angicos, SE. As cabeças ficam expostas no museu Nina Rodrigues até 1969. (Vermelho http://www.vermelho.org.br/).
Recessão no Brasil acabou em maio, avaliam bancos
. Na Folha de S.Paulo de hoje: País voltou a crescer, apontam estudos do Bradesco e do Itaú Unibanco.
. Estudos de grandes bancos apontam expansão da economia do país após dois trimestres de retração, que caracterizaram recessão. Segundo o Bradesco, até maio, o PIB do segundo trimestre já subira 1,7% ante o do período de janeiro a março.
. Economistas do Itaú Unibanco detectaram, também em maio, alta de 2,3% em relação ao mês anterior. Em abril, a mesma pesquisa apontara queda de 0,7%. Os dados de junho não estão fechados, mas ambos os bancos preveem crescimento.
. No primeiro trimestre de 2009, o PIB caíra 0,8%; no último de 2008, 3,6%, sempre na comparação com o trimestre anterior. Para Octavio de Barros, do Bradesco, os novos dados mostram que o Brasil foi um dos primeiros países a sair da crise.
. Segundo analistas, o mercado doméstico e a ação do governo foram decisivos para a recuperação. Apesar disso, o PIB de 2009 deve cair pelo menos 0,5%.Bovespa atingiu maior nível desde setembro, com alta de 45% no ano; dólar voltou a cair e fechou cotado a R$ l,875.
. Estudos de grandes bancos apontam expansão da economia do país após dois trimestres de retração, que caracterizaram recessão. Segundo o Bradesco, até maio, o PIB do segundo trimestre já subira 1,7% ante o do período de janeiro a março.
. Economistas do Itaú Unibanco detectaram, também em maio, alta de 2,3% em relação ao mês anterior. Em abril, a mesma pesquisa apontara queda de 0,7%. Os dados de junho não estão fechados, mas ambos os bancos preveem crescimento.
. No primeiro trimestre de 2009, o PIB caíra 0,8%; no último de 2008, 3,6%, sempre na comparação com o trimestre anterior. Para Octavio de Barros, do Bradesco, os novos dados mostram que o Brasil foi um dos primeiros países a sair da crise.
. Segundo analistas, o mercado doméstico e a ação do governo foram decisivos para a recuperação. Apesar disso, o PIB de 2009 deve cair pelo menos 0,5%.Bovespa atingiu maior nível desde setembro, com alta de 45% no ano; dólar voltou a cair e fechou cotado a R$ l,875.
27 julho 2009
Alzheimer: um novo tipo de diabetes?
Ciência Hoje Online:
Avanços na compreensão da doença podem gerar tratamentos e diagnósticos mais eficazes
. As cerca de 25 milhões de pessoas no mundo que sofrem do mal de Alzheimer podem ter boas surpresas nos próximos anos. Avanços na compreensão dos mecanismos dessa doença, que causa a degeneração progressiva da memória e da capacidade cognitiva, podem levar ao desenvolvimento de novos remédios e formas de diagnóstico.
. O neurocientista William Klein, da Universidade Northwestern (Estados Unidos), tem importância mundial na pesquisa da doença de Alzheimer. Ele desenvolve estudos que apontam o surgimento de resistência à insulina nos neurônios de pacientes com mal de Alzheimer, o que tem levado muitos pesquisadores a associarem a doença a uma nova forma de diabetes, que afetaria especificamente o cérebro.
. Klein esteve no Brasil em julho para um seminário de biomedicina e, em entrevista à CH On-line, falou sobre essas descobertas recentes e as perspectivas em relação a tratamentos e – por que não – à cura da doença de Alzheimer.
. Leia a entrevista http://cienciahoje.uol.com.br/149830
Oposição tenta um contraponto à festa cívica de Eduardo
. O anúncio de visitas de parlamentares e dirigentes de partidos oposicionistas a obras ainda não concluídas do governo Eduardo Campos, que segundo os jornais deve ter acontecido desde a manhã de hoje, é uma evidente tentativa de firmar um contraponto ao ato político praticado pelo governador, ao empossar novos secretários e assessores.
. Claro que a oposição tem o direito, e deve exercê-lo, de fiscalizar o governo. É o seu papel legítimo e democrático.
. Mas, salvo pautas assimétricas de cobertura dos fatos, o grande destaque do dia é o fortalecimento do governo com quadros de reconhecida competência e densidade social, cuja presença na equipe de Eduardo contribui para dar mais consistência e coesão política ao governo. E mais ímpeto empreendedor.
. A solenidade de posse dos novos secretários e assessores, refletindo isso, converteu-se em verdadeira festa cívica, marcada por um conteúdo elevado que expressa a tradição de luta democrática das forças que apóiam o governador. Em clima de congraçamento entre antigos e novos combatentes do campo popular.
. Claro que a oposição tem o direito, e deve exercê-lo, de fiscalizar o governo. É o seu papel legítimo e democrático.
. Mas, salvo pautas assimétricas de cobertura dos fatos, o grande destaque do dia é o fortalecimento do governo com quadros de reconhecida competência e densidade social, cuja presença na equipe de Eduardo contribui para dar mais consistência e coesão política ao governo. E mais ímpeto empreendedor.
. A solenidade de posse dos novos secretários e assessores, refletindo isso, converteu-se em verdadeira festa cívica, marcada por um conteúdo elevado que expressa a tradição de luta democrática das forças que apóiam o governador. Em clima de congraçamento entre antigos e novos combatentes do campo popular.
Folha destaca presença do PCdoB
Folha de Pernambuco, sobre o PCdoB no governo:
Com o ingresso no Governo Eduardo Campos (PSB), Luciana Santos ganhou novo fôlego para sua candidatura à Câmara Federal. A ex-prefeita fica no posto até abril de 2010, data limite para desincompatibilização dos que querem se lançar candidatos. Seu partido, o PCdoB, acabou sendo um dos grandes beneficiados com a reforma no secretariado estadual, já que, além da entrada de Luciana, a sigla teve seu presidente municipal do Recife, George Braga, efetivado na Secretaria de Esportes, posto que ele já ocupava de forma interina.
Com o ingresso no Governo Eduardo Campos (PSB), Luciana Santos ganhou novo fôlego para sua candidatura à Câmara Federal. A ex-prefeita fica no posto até abril de 2010, data limite para desincompatibilização dos que querem se lançar candidatos. Seu partido, o PCdoB, acabou sendo um dos grandes beneficiados com a reforma no secretariado estadual, já que, além da entrada de Luciana, a sigla teve seu presidente municipal do Recife, George Braga, efetivado na Secretaria de Esportes, posto que ele já ocupava de forma interina.
Mais crédito para estimular o consumo
. A previsão e da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac): a redução da taxa básica de juros (Selic) de 9,25% para 8,75% ao ano, anunciada pelo Banco Central na última quarta-feira (22), pode provocar um efeito indireto nas operações de crédito ao consumidor, aumentando o volume de empréstimos bancários.
. Isto devido à expectativa de que a queda contínua dos juros reduza a rentabilidade de investimentos dos bancos com títulos públicos, corrigidos em parte pela Selic, o que levaria as instituições a emprestar mais para manter a lucratividade.
. De quebra o aumento da competição no setor, com redução no custo das operações de crédito ao consumidor final.
. Que assim seja.
. Isto devido à expectativa de que a queda contínua dos juros reduza a rentabilidade de investimentos dos bancos com títulos públicos, corrigidos em parte pela Selic, o que levaria as instituições a emprestar mais para manter a lucratividade.
. De quebra o aumento da competição no setor, com redução no custo das operações de crédito ao consumidor final.
. Que assim seja.
Ministro entrosado com a nova Secretária de Ciência e Tecnologia
Jornal do Commercio (coluna Cena Política):
Aliados - Nova secretária de Ciência e Tecnologia, Luciana Santos terá um grande aliado no governo federal: o ministro do setor, Sérgio Rezende, participou da sua primeira gestão em Olinda e é um grande amigo seu.
Aliados - Nova secretária de Ciência e Tecnologia, Luciana Santos terá um grande aliado no governo federal: o ministro do setor, Sérgio Rezende, participou da sua primeira gestão em Olinda e é um grande amigo seu.
26 julho 2009
História: 19 anos da morte de Glênio Sá, combatente do Araguaia
Glênio Sá: O tempo passa, mas a memória permanecerá viva em nossos corações!
Jana Sá*
Escrevo hoje com a mesma dor de quem escreveu em seu diário há 19 anos: Painho, agora que sei que sua casa é no céu, queria pedir para jogar uma estrela como presente. E porque não dizer com a mesma saudade. Como define Pablo Neruda, a saudade é amar um passado que ainda não passou e recusar um presente que nos machuca.
A única diferença que o tempo me coloca é o verso. Quem não se lembra do poema de Bertold Brecht sobre os que lutam um dia, um ano ou até anos a fio? São bons, muito bons, alguns melhores. Mas imprescindíveis são os que lutam a vida toda. Do exemplo da vida à militância, são homens imprescindíveis como o meu Pai, Glênio Sá, que conferem consistência histórica aos partidos portadores de um programa revolucionário, como o Partido Comunista do Brasil.
Não rara as vezes, pedem-me para falar de Glênio Sá. Dizem conhecê-lo como líder político, mas têm a curiosidade de saber um pouco mais dele como homem, da sua vida. Como filha, tenho as melhores recordações. Era um pai carinhoso, brincalhão, amável. Tenho do meu pai a lembrança de uma pessoa muito doce, calma, calada e presente. Sempre que falo ou penso nele me vem a sua imagem sorrindo. Seu aspecto era o de uma pessoa que sabia seu papel na vida e vivia como se tivesse ainda todo o tempo do mundo pela frente.
Possuía a coragem e a paciência de quem fez uma descoberta de vida na vivência do sofrimento e a internalizou definitivamente como sabedoria. Aqueles que o conheceram mais de perto, sabem que era de um temperamento afável no trato com as pessoas, um homem de muita compreensão com o lado humano.
Homem de Partido era arguto e ágil no pensar e no agir. Incansável, infundido confiança, jamais se dobrou às dificuldades, nunca temeu sacrifícios e riscos nem pensou em si mesmo ou em comodidades. Nem podia, como verdadeiro comunista não escolhia tarefas. Estava disposto a realizar qualquer missão designada pelo PCdoB.
No combate à Ditadura Militar, empenhou-se para que o Partido estivesse à altura de cumprir seu papel, e para que nós pudéssemos viver em democracia e desfrutássemos das liberdades individuais e sociais conquistadas.
Impossível terminar sem a saudação tão entranhadamente latino-americana:
Camarada Glênio Sá, Presente! Agora, e Sempre!
___
* Jornalista, filha do guerrilheiro Glênio Sá
Jana Sá*
Escrevo hoje com a mesma dor de quem escreveu em seu diário há 19 anos: Painho, agora que sei que sua casa é no céu, queria pedir para jogar uma estrela como presente. E porque não dizer com a mesma saudade. Como define Pablo Neruda, a saudade é amar um passado que ainda não passou e recusar um presente que nos machuca.
A única diferença que o tempo me coloca é o verso. Quem não se lembra do poema de Bertold Brecht sobre os que lutam um dia, um ano ou até anos a fio? São bons, muito bons, alguns melhores. Mas imprescindíveis são os que lutam a vida toda. Do exemplo da vida à militância, são homens imprescindíveis como o meu Pai, Glênio Sá, que conferem consistência histórica aos partidos portadores de um programa revolucionário, como o Partido Comunista do Brasil.
Não rara as vezes, pedem-me para falar de Glênio Sá. Dizem conhecê-lo como líder político, mas têm a curiosidade de saber um pouco mais dele como homem, da sua vida. Como filha, tenho as melhores recordações. Era um pai carinhoso, brincalhão, amável. Tenho do meu pai a lembrança de uma pessoa muito doce, calma, calada e presente. Sempre que falo ou penso nele me vem a sua imagem sorrindo. Seu aspecto era o de uma pessoa que sabia seu papel na vida e vivia como se tivesse ainda todo o tempo do mundo pela frente.
Possuía a coragem e a paciência de quem fez uma descoberta de vida na vivência do sofrimento e a internalizou definitivamente como sabedoria. Aqueles que o conheceram mais de perto, sabem que era de um temperamento afável no trato com as pessoas, um homem de muita compreensão com o lado humano.
Homem de Partido era arguto e ágil no pensar e no agir. Incansável, infundido confiança, jamais se dobrou às dificuldades, nunca temeu sacrifícios e riscos nem pensou em si mesmo ou em comodidades. Nem podia, como verdadeiro comunista não escolhia tarefas. Estava disposto a realizar qualquer missão designada pelo PCdoB.
No combate à Ditadura Militar, empenhou-se para que o Partido estivesse à altura de cumprir seu papel, e para que nós pudéssemos viver em democracia e desfrutássemos das liberdades individuais e sociais conquistadas.
Impossível terminar sem a saudação tão entranhadamente latino-americana:
Camarada Glênio Sá, Presente! Agora, e Sempre!
___
* Jornalista, filha do guerrilheiro Glênio Sá
A competência de Serra
. “Você não acha que o governador José Serra é um quadro competente?”, pergunta Luiz Figueiredo por e-mail.
. É, sim, amigo, muito competente.O problema é a serviço de quê. Serra presidente retrocederia à era FHC com muito mais competência do que o sociólogo.
. O Brasil daria um passo atrás.
. É, sim, amigo, muito competente.O problema é a serviço de quê. Serra presidente retrocederia à era FHC com muito mais competência do que o sociólogo.
. O Brasil daria um passo atrás.
Bom dia, César Leal
Análise da sombra
Analisa-se da sombra
seu caráter permanente:
pela manhã retraindo
a imagem, à tarde crescente.
E aquele instante em que a sombra
adelgaça o corpo fino
como se no chão entrasse
quando o sol se encontra a pino.
Quem a esse instante mira
em oposição ao lado
onde o sol era luz antes
logo vê o passo vago
da sombra que agora cresce
o corpo de onde se filtra
até fundir-se no limbo
que em torno dela gravita.
Forma esse limbo a coroa
que as sombras traz federadas:
soma de todas as sombras
num só nó à noite atadas.
A força das micro e pequenas empresas
. Informa o Estadão de hoje. Pequenas empresas concentram novas vagas. Setor gerou 450 mil empregos no ano; médias e grandes cortaram 150 mil.
. Dados do Ministério do Trabalho mostram que, no primeiro semestre de 2009, as micro e pequenas empresas brasileiras criaram 450 mil postos de trabalho, enquanto as médias e grandes eliminaram 150 mil vagas. O país tem 4,6 milhões de empresas, sendo 98% micro e pequenas (com até 49 funcionários e receita até R$ 10,5 milhões, segundo o governo). Elas empregam 60% da mão de obra formal.
. O setor pediu ao BNDES R$ 4,3 bilhões no semestre, 22% a mais que em igual período de 2008. Para analistas, embora microempresas não estejam imunes à crise, elas foram menos afetadas. Os especialistas apontam a produção voltada para o mercado interno, que vem sustentando a economia, e uma estrutura mais enxuta como fatores que explicam a resistência das empresas de pequeno porte.
. Dados do Ministério do Trabalho mostram que, no primeiro semestre de 2009, as micro e pequenas empresas brasileiras criaram 450 mil postos de trabalho, enquanto as médias e grandes eliminaram 150 mil vagas. O país tem 4,6 milhões de empresas, sendo 98% micro e pequenas (com até 49 funcionários e receita até R$ 10,5 milhões, segundo o governo). Elas empregam 60% da mão de obra formal.
. O setor pediu ao BNDES R$ 4,3 bilhões no semestre, 22% a mais que em igual período de 2008. Para analistas, embora microempresas não estejam imunes à crise, elas foram menos afetadas. Os especialistas apontam a produção voltada para o mercado interno, que vem sustentando a economia, e uma estrutura mais enxuta como fatores que explicam a resistência das empresas de pequeno porte.
Bico, para que te quero?
Ciência Hoje Online:
Estrutura também é usada para controlar temperatura corpórea de tucanos, descobrem cientistas
. O bico do tucano, responsável por um terço do seu tamanho, é o maior dentre todas as espécies de aves. Cientistas já haviam constatado que ele é usado para funções como descascar frutas ou atrair companheiros. Agora, três pesquisadores acabam de identificar uma nova função para essa estrutura: auxiliar na regulação da temperatura corporal da ave.
. A conclusão foi feita em um estudo realizado com a maior e mais emblemática das espécies de tucano: o tucano-toco (Ramphastos toco). Os pesquisadores constataram que, quando comparado à dimensão total da ave, o bico dessa espécie constitui a maior estrutura corporal destinada à troca de calor com o meio externo de todo o reino animal. Com isso, ele supera outras estruturas de tamanho considerável conhecidas por atuar no controle térmico, como a orelha do elefante.
. Leia a matéria na íntegra http://cienciahoje.uol.com.br/149723
Condicionantes da globalização na pandemia de gripe
No Vermelho, por Eduardo Bomfim
A nova Influenza
No momento em que escrevo este artigo o número de óbitos provocados pela nova gripe A (H1N1) é de 24 pessoas, o que deverá aumentar em escala progressiva devido ao seu caráter epidêmico, muito embora o seu grau de virulência seja inferior ao previsto, dizem as autoridades sanitárias mundiais e brasileiras.
Mas algumas questões consideradas sérias já foram levantadas desde as epidemias de Síndrome Respiratória Aguda Severa (SARS) e gripe Aviária lá mais ou menos por 2003.
Uma dessas observações diz respeito ao risco de disseminação de pandemias provocada pelos métodos industriais da criação ultraconfinada de aves e suínos, em todo o mundo, ocasionando graves problemas sanitários e, afirmam os cientistas, condições propícias à proliferação de agentes infecciosos.
Outra causa das epidemias que rapidamente se espalham pelo planeta é que o mundo ficou pequeno devido ao extraordinário encurtamento das distâncias através dos atuais meios de transportes.
No entanto, essa não é a explicação ideal e ela pode muito bem servir como cortina de fumaça para encobrir as causas fundamentais desse problema cada vez mais sério e com intervalos entre uma e outra manifestação mundial cada vez mais curtos.
Além das referidas técnicas internacionais de criação intensamente confinada de aves e suínos, com preocupações sanitárias e epidemiológicas em iguais proporções, o historiador e cientista norte-americano Mike Davis da Universidade da Califórnia alerta para outras razões também muito sérias.
Ele afirma, baseado em pesquisas, que a maioria da humanidade não tem acesso às vacinas e aos fármacos antigripais e que os remédios de salvação para pandemias deveriam ser um direito humano global, mas a Organização Mundial de Saúde não obteve consenso nenhum sobre esse aspecto entre os países do primeiro mundo.
Não há consenso e não se impediu o monopólio, a sede irrefreável por lucros fabulosos, auferidos pela grande maioria das poderosas indústrias farmacêuticas multinacionais que detêm as patentes dos principais antibióticos e antigripais.
E finalmente declara que se a Terra transformou-se em uma aldeia global o mesmo pode-se dizer sobre a atual tragédia mundial dos sistemas de saúde pública, inclusive no Brasil.
A nova Influenza
No momento em que escrevo este artigo o número de óbitos provocados pela nova gripe A (H1N1) é de 24 pessoas, o que deverá aumentar em escala progressiva devido ao seu caráter epidêmico, muito embora o seu grau de virulência seja inferior ao previsto, dizem as autoridades sanitárias mundiais e brasileiras.
Mas algumas questões consideradas sérias já foram levantadas desde as epidemias de Síndrome Respiratória Aguda Severa (SARS) e gripe Aviária lá mais ou menos por 2003.
Uma dessas observações diz respeito ao risco de disseminação de pandemias provocada pelos métodos industriais da criação ultraconfinada de aves e suínos, em todo o mundo, ocasionando graves problemas sanitários e, afirmam os cientistas, condições propícias à proliferação de agentes infecciosos.
Outra causa das epidemias que rapidamente se espalham pelo planeta é que o mundo ficou pequeno devido ao extraordinário encurtamento das distâncias através dos atuais meios de transportes.
No entanto, essa não é a explicação ideal e ela pode muito bem servir como cortina de fumaça para encobrir as causas fundamentais desse problema cada vez mais sério e com intervalos entre uma e outra manifestação mundial cada vez mais curtos.
Além das referidas técnicas internacionais de criação intensamente confinada de aves e suínos, com preocupações sanitárias e epidemiológicas em iguais proporções, o historiador e cientista norte-americano Mike Davis da Universidade da Califórnia alerta para outras razões também muito sérias.
Ele afirma, baseado em pesquisas, que a maioria da humanidade não tem acesso às vacinas e aos fármacos antigripais e que os remédios de salvação para pandemias deveriam ser um direito humano global, mas a Organização Mundial de Saúde não obteve consenso nenhum sobre esse aspecto entre os países do primeiro mundo.
Não há consenso e não se impediu o monopólio, a sede irrefreável por lucros fabulosos, auferidos pela grande maioria das poderosas indústrias farmacêuticas multinacionais que detêm as patentes dos principais antibióticos e antigripais.
E finalmente declara que se a Terra transformou-se em uma aldeia global o mesmo pode-se dizer sobre a atual tragédia mundial dos sistemas de saúde pública, inclusive no Brasil.
25 julho 2009
Luciana no governo (4)
Marisa Gibson (Diário de Pernambuco, coluna Diário Político):
Prestígio - Luciana Santos (PCdoB), que vai comandar a Secretaria de Ciência e Tecnologia, é muito querida do governador. E, ontem, após o anúncio do novo secretariado, ela recebeu, na sede do partido, a visita do ministro da Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende.
Prestígio - Luciana Santos (PCdoB), que vai comandar a Secretaria de Ciência e Tecnologia, é muito querida do governador. E, ontem, após o anúncio do novo secretariado, ela recebeu, na sede do partido, a visita do ministro da Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende.
Luciana no governo (3)
Diário de Pernambuco:
Secretaria de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente (Sectma)
. A secretaria possui grande abrangência, uma vez que atua ao mesmo tempo na educação superior e profissional, formação de recursos humanos, meio ambiente e pesquisa científica e tecnológica.
.A secretária Luciana Santos terá 32 cargos de confiança somente na sua equipe, entre assessores e superintendentes.
. Órgãos vinculados:
- Universidade de Pernambuco (UPE)- Agência Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (CPRH)
- Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia de Pernambuco Facepe)
- Departamento de Telecomunicações de Pernambuco (Detelpe)
- Distrito estadual do Arquipélago de Fernando de Noronha
- Espaço Ciência
- Parque Dois Irmãos
- Instituto de Tecnologia de Pernambuco (ITEP)
- Escolas Técnicas Estaduais
Secretaria de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente (Sectma)
. A secretaria possui grande abrangência, uma vez que atua ao mesmo tempo na educação superior e profissional, formação de recursos humanos, meio ambiente e pesquisa científica e tecnológica.
.A secretária Luciana Santos terá 32 cargos de confiança somente na sua equipe, entre assessores e superintendentes.
. Órgãos vinculados:
- Universidade de Pernambuco (UPE)- Agência Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (CPRH)
- Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia de Pernambuco Facepe)
- Departamento de Telecomunicações de Pernambuco (Detelpe)
- Distrito estadual do Arquipélago de Fernando de Noronha
- Espaço Ciência
- Parque Dois Irmãos
- Instituto de Tecnologia de Pernambuco (ITEP)
- Escolas Técnicas Estaduais
Luciana no governo (2)
Jornal do Commercio:
Inclusão social, o foco de Luciana
. Com o desafio de apresentar resultados rápidos e concretos para uma secretaria que está com as metas aquém das estabelecidas pelo programa de monitoramento desenvolvido pelo governo do Estado, a ex- prefeita de Olinda Luciana Santos (PCdoB) assume a Secretaria de Ciência e Tecnologia na próxima segunda-feira.
. Assim como o ex-prefeito do Recife João Paulo (PT), ela chega de passagem: vai ficar apenas oito meses no cargo, uma vez que pretende disputar uma vaga na Câmara Federal em 2010. A comunista, entretanto, demonstrou animação e prometeu empenho.
. “O governador pediu atenção especial nas relações com as universidades, além de um olhar cuidadoso para os cursos de educação profissional para jovens e adolescentes. Gostaria também de poder colaborar com as políticas de inclusão social”, planejou.
. Luciana contou que o primeiro contato do governador aconteceu há um mês. “Não existia especulação antes disso. Renildo (Calheiros, prefeito de Olinda) conversou um pouco com o governador e só depois ele (Eduardo) me contactou”, contou.
. Segundo Luciana Santos, o chamado do governador só foi aceito devido à sua identificação com a pasta. “Na prefeitura desenvolvemos projetos avançados na área”, brincou.
. A nova secretária avaliou o convite como uma iniciativa do governador em ampliar a construção de um governo amplo. “O governador demonstrava, há tempos, a intenção de construir seu governo com pessoas que vivenciaram uma contribuição política, como é o meu caso e o de João Paulo”, ponderou.
. A ex-prefeita foi anunciada para o cargo debaixo de uma “chuva” de elogios lançada pelo governador, que destacou sua “formação acadêmica inquestionável e o grande quadro político que ela representa”.
. Alheia aos ruídos em torno da saída do secretário Aristides Monteiro, Luciana afirmou que ainda não conversou com o colega. “Ainda não estive com Aristides, mas soube que a saída já era uma decisão dele. Tenho certeza que foi uma decisão tranquila e completamente de acordo com as demandas colocadas pelo governador e por ele (Aristides)”, comentou.(B.S)
. Com o desafio de apresentar resultados rápidos e concretos para uma secretaria que está com as metas aquém das estabelecidas pelo programa de monitoramento desenvolvido pelo governo do Estado, a ex- prefeita de Olinda Luciana Santos (PCdoB) assume a Secretaria de Ciência e Tecnologia na próxima segunda-feira.
. Assim como o ex-prefeito do Recife João Paulo (PT), ela chega de passagem: vai ficar apenas oito meses no cargo, uma vez que pretende disputar uma vaga na Câmara Federal em 2010. A comunista, entretanto, demonstrou animação e prometeu empenho.
. “O governador pediu atenção especial nas relações com as universidades, além de um olhar cuidadoso para os cursos de educação profissional para jovens e adolescentes. Gostaria também de poder colaborar com as políticas de inclusão social”, planejou.
. Luciana contou que o primeiro contato do governador aconteceu há um mês. “Não existia especulação antes disso. Renildo (Calheiros, prefeito de Olinda) conversou um pouco com o governador e só depois ele (Eduardo) me contactou”, contou.
. Segundo Luciana Santos, o chamado do governador só foi aceito devido à sua identificação com a pasta. “Na prefeitura desenvolvemos projetos avançados na área”, brincou.
. A nova secretária avaliou o convite como uma iniciativa do governador em ampliar a construção de um governo amplo. “O governador demonstrava, há tempos, a intenção de construir seu governo com pessoas que vivenciaram uma contribuição política, como é o meu caso e o de João Paulo”, ponderou.
. A ex-prefeita foi anunciada para o cargo debaixo de uma “chuva” de elogios lançada pelo governador, que destacou sua “formação acadêmica inquestionável e o grande quadro político que ela representa”.
. Alheia aos ruídos em torno da saída do secretário Aristides Monteiro, Luciana afirmou que ainda não conversou com o colega. “Ainda não estive com Aristides, mas soube que a saída já era uma decisão dele. Tenho certeza que foi uma decisão tranquila e completamente de acordo com as demandas colocadas pelo governador e por ele (Aristides)”, comentou.(B.S)
Luciana no governo (1)
Folha de Pernambuco:
Secretaria dá novo fôlego a Luciana Santos
. Nomeada para a Secretaria de Ciência e Tecnologia, a ex-prefeita de Olinda, Luciana Santos (PCdoB), mantém-se fiel à orientação do governador Eduardo Campos (PSB) de não discutir 2010 agora. Mas assegura que continua firme no propósito de disputar uma vaga na Câmara Federal. Com o respaldo institucional recém-adquirido, a caminhada rumo a Brasília pode tomar novo fôlego. Desde o final das eleições municipais de 2008, quando fez seu sucessor, Renildo Calheiros, a comunista aguardava um chamado do Campo das Princesas. Especulações davam conta de que ela seria conduzida à pasta de Esportes, hoje sob o comando do interino, George Braga, seu correligionário e presidente municipal do seu partido. Com a efetivação de Braga no comando, ontem, o PCdoB viu-se contemplado nas duas secretarias.
. Após o anúncio das nomeações, Luciana disse não ter sido surpresa a sua indicação à vaga do ex-secretário Aristides Monteiro. “O governador há tempo que vem com essa intenção de construir uma composição com as pessoas que vivenciaram experiências administrativas que é o meu caso e de João Paulo. Ele desde o iníco que tinha essa vontade, apenas não tinha montado a equação mais correta e nem tinha o momento mais exato que achou por bem que fosse agora”, assinalou Luciana.
. Ela disse ter sido comunicada de sua alocação na semana passada, “quando Eduardo Campos conversou com Renildo e Alani Cardoso - presidente estadual do PCdoB)”. Companheiro de Eduardo Campos de Câmara Federal, Renildo teria tido papel fundamental nas costuras para levar Luciana ao primeiro escalão. Por outro lado, o mérito da comunista, eleitoralmente falando, segundo fontes palacianas, residiria no fato de ela ser um cabo eleitoral em potencial para a reeleição do socialista.
. Questionada sobre o impulso que sua pré-candidatura estaria recebendo, ela desconversou: “A responsabilidade da gente vai ser muito serviço, muito trabalho para poder cada vez mais impulsionar ações da secretaria. Na verdade, a secretaria já vem a todo vapor. Aristides Monteiro vinha desempenhando muito bem o papel de secretário de Ciencia e Tecnologia, investindo em cursos profissionalizantes, política de combate à erosão marinha, destino de resíduos sólidos, uma série de ações que vêm dando passos efetivos, e nossa ideia é agilizar, integrar e dar continuidade”.
Foto: Sérgio Bernardo/Folha de Pernambuco
Secretaria dá novo fôlego a Luciana Santos
. Nomeada para a Secretaria de Ciência e Tecnologia, a ex-prefeita de Olinda, Luciana Santos (PCdoB), mantém-se fiel à orientação do governador Eduardo Campos (PSB) de não discutir 2010 agora. Mas assegura que continua firme no propósito de disputar uma vaga na Câmara Federal. Com o respaldo institucional recém-adquirido, a caminhada rumo a Brasília pode tomar novo fôlego. Desde o final das eleições municipais de 2008, quando fez seu sucessor, Renildo Calheiros, a comunista aguardava um chamado do Campo das Princesas. Especulações davam conta de que ela seria conduzida à pasta de Esportes, hoje sob o comando do interino, George Braga, seu correligionário e presidente municipal do seu partido. Com a efetivação de Braga no comando, ontem, o PCdoB viu-se contemplado nas duas secretarias.
. Após o anúncio das nomeações, Luciana disse não ter sido surpresa a sua indicação à vaga do ex-secretário Aristides Monteiro. “O governador há tempo que vem com essa intenção de construir uma composição com as pessoas que vivenciaram experiências administrativas que é o meu caso e de João Paulo. Ele desde o iníco que tinha essa vontade, apenas não tinha montado a equação mais correta e nem tinha o momento mais exato que achou por bem que fosse agora”, assinalou Luciana.
. Ela disse ter sido comunicada de sua alocação na semana passada, “quando Eduardo Campos conversou com Renildo e Alani Cardoso - presidente estadual do PCdoB)”. Companheiro de Eduardo Campos de Câmara Federal, Renildo teria tido papel fundamental nas costuras para levar Luciana ao primeiro escalão. Por outro lado, o mérito da comunista, eleitoralmente falando, segundo fontes palacianas, residiria no fato de ela ser um cabo eleitoral em potencial para a reeleição do socialista.
. Questionada sobre o impulso que sua pré-candidatura estaria recebendo, ela desconversou: “A responsabilidade da gente vai ser muito serviço, muito trabalho para poder cada vez mais impulsionar ações da secretaria. Na verdade, a secretaria já vem a todo vapor. Aristides Monteiro vinha desempenhando muito bem o papel de secretário de Ciencia e Tecnologia, investindo em cursos profissionalizantes, política de combate à erosão marinha, destino de resíduos sólidos, uma série de ações que vêm dando passos efetivos, e nossa ideia é agilizar, integrar e dar continuidade”.
Foto: Sérgio Bernardo/Folha de Pernambuco
24 julho 2009
João Paulo e Luciana: reforço principalmente político
. A aproximadamente um ano do próximo pleito, parece inevitável que se dê excessiva ênfase ao aspecto eleitoral à presença de João Paulo e Luciana Santos na equipe de Eduardo Campos, conforme anunciará hoje o governador.
. Mas não é exatamente isso. Todo governo necessita de mudanças no time que contribuam para aumentar o élan da equipe, sem que isso signifique avaliação negativa dos substituídos.
. Aristides Monteiro, por exemplo, atual titula da Ciência e Tecnologia, é um excelente quadro. Permanecerá na equipe assessorando diretamente Eduardo.
. Luciana e João Paulo, por seu turno, vitoriosos em 2000 e reeleitos com larga margem, no primeiro turno, em 2004, demonstraram competência e enorme capacidade de trabalho. Chegam para reforçar o governo política e administrativamente. A questão eleitoral fica para o ano que vem.
. Mas não é exatamente isso. Todo governo necessita de mudanças no time que contribuam para aumentar o élan da equipe, sem que isso signifique avaliação negativa dos substituídos.
. Aristides Monteiro, por exemplo, atual titula da Ciência e Tecnologia, é um excelente quadro. Permanecerá na equipe assessorando diretamente Eduardo.
. Luciana e João Paulo, por seu turno, vitoriosos em 2000 e reeleitos com larga margem, no primeiro turno, em 2004, demonstraram competência e enorme capacidade de trabalho. Chegam para reforçar o governo política e administrativamente. A questão eleitoral fica para o ano que vem.
Reforma eleitoral em meu artigo no site da Algomais
Reforma política a conta-gotas, porém útil
Luciano Siqueira
Eis um tema de que muito se fala e pouco avança: a reforma política. E não raro se fala sem conhecimento de causa, apenas reproduzindo o senso comum – que menospreza toda e qualquer iniciativa nesse sentido.
O deputado federal Flávio Dino (PCdoB-MA) é dos que falam do tema com muita propriedade: tem sido um dos mais ativos parlamentares nessa matéria e acaba de protagonizar a “mini-reforma” eleitoral recém-aprovada na Câmara, na condição de relator. São do deputado maranhense considerações que me parecem a um só tempo corretas e equilibradas.
Segundo ele, a nova lei não avança na redefinição do modelo de financiamento das campanhas, adotando mecanismos destinados a reduzir o peso do poder econômico no resultado das eleições. Fica devendo.
Mas – argumenta ele – é preciso considerar a reforma eleitoral como um processo, e não como algo que se resolva de uma vez. As mudanças acontecem paulatinamente e registram alguns marcos: Lei dos Partidos Políticos (1995), urnas eletrônicas (1996), Lei Geral das Eleições (1997), Lei da Compra de Voto (1999), reforma eleitoral (2006), fidelidade partidária (2007).
Agora, com a nova lei, se estabelece, em termos precisos, punição de práticas ilegais (compra de votos, violência contra eleitores, captação ilícita de recursos e condutas vedadas a agentes públicos); se disciplina com regras menos rígidas, os debates na TV e no rádio; além de se estatuir a obrigatoriedade do registro formal, por parte de candidatos a cargos executivos (prefeito, governador e presidente da República) e indicar mecanismo de fiscalização sobre os compromissos assumidos.
São todos itens passíveis de controvérsias. Mas é inegável que a iniciativa da Câmara tem pelo menos o mérito de se antecipar a determinações casuísticas e abusivas do TSE que, atuando no vazio deixando pelos legisladores, a cada pleito altera as regras do jogo.
Ainda há que mencionar na nova lei a proibição do uso de trios elétricos e pinturas de muros, assim como limitações à publicação de anúncios pagos em jornais, com o fim de diminuir custos de campanha.
De quebra, uma contribuição à luta pela igualdade de gênero: haverá tempo reservado no chamado horário gratuito exclusivamente para mulheres candidatas.
E atenção, internautas! A disputa se travará na grande rede sem o engessamento pretendido pelo TSE, em nome da livre circulação das idéias. Candidatos e simples cidadãos poderão utilizar sites, blogs, twitters, redes sociais de relacionamento, e-mails.
Agora a nova lei carece de confirmação no Senado – para que se constitua num novo marcos dessa reforma que caminha a conta-gotas, mas produz bons resultados. www.lucianosiqueira.com.br http://twitter.com/lucianoPCdoB
Luciano Siqueira
Eis um tema de que muito se fala e pouco avança: a reforma política. E não raro se fala sem conhecimento de causa, apenas reproduzindo o senso comum – que menospreza toda e qualquer iniciativa nesse sentido.
O deputado federal Flávio Dino (PCdoB-MA) é dos que falam do tema com muita propriedade: tem sido um dos mais ativos parlamentares nessa matéria e acaba de protagonizar a “mini-reforma” eleitoral recém-aprovada na Câmara, na condição de relator. São do deputado maranhense considerações que me parecem a um só tempo corretas e equilibradas.
Segundo ele, a nova lei não avança na redefinição do modelo de financiamento das campanhas, adotando mecanismos destinados a reduzir o peso do poder econômico no resultado das eleições. Fica devendo.
Mas – argumenta ele – é preciso considerar a reforma eleitoral como um processo, e não como algo que se resolva de uma vez. As mudanças acontecem paulatinamente e registram alguns marcos: Lei dos Partidos Políticos (1995), urnas eletrônicas (1996), Lei Geral das Eleições (1997), Lei da Compra de Voto (1999), reforma eleitoral (2006), fidelidade partidária (2007).
Agora, com a nova lei, se estabelece, em termos precisos, punição de práticas ilegais (compra de votos, violência contra eleitores, captação ilícita de recursos e condutas vedadas a agentes públicos); se disciplina com regras menos rígidas, os debates na TV e no rádio; além de se estatuir a obrigatoriedade do registro formal, por parte de candidatos a cargos executivos (prefeito, governador e presidente da República) e indicar mecanismo de fiscalização sobre os compromissos assumidos.
São todos itens passíveis de controvérsias. Mas é inegável que a iniciativa da Câmara tem pelo menos o mérito de se antecipar a determinações casuísticas e abusivas do TSE que, atuando no vazio deixando pelos legisladores, a cada pleito altera as regras do jogo.
Ainda há que mencionar na nova lei a proibição do uso de trios elétricos e pinturas de muros, assim como limitações à publicação de anúncios pagos em jornais, com o fim de diminuir custos de campanha.
De quebra, uma contribuição à luta pela igualdade de gênero: haverá tempo reservado no chamado horário gratuito exclusivamente para mulheres candidatas.
E atenção, internautas! A disputa se travará na grande rede sem o engessamento pretendido pelo TSE, em nome da livre circulação das idéias. Candidatos e simples cidadãos poderão utilizar sites, blogs, twitters, redes sociais de relacionamento, e-mails.
Agora a nova lei carece de confirmação no Senado – para que se constitua num novo marcos dessa reforma que caminha a conta-gotas, mas produz bons resultados. www.lucianosiqueira.com.br http://twitter.com/lucianoPCdoB
Bom dia, George Arribas
Boneca do pano
E eu te vestia e te montava nos meus planos
Tu permitias a desvalida estupidez
Tu permitias a desvalida estupidez
De insensatez te costurei pelos meus anos
Traçando enganos em versos insanos meus - talvez...
E eu te seguia e tu me vias sem teus panos
Que desfilavam insistindo a tua tez
Como freguês da dor talvez eu te rasgava
Me premiando como um engano teu sem vez
Os sebos e a fraqueza de caráter do blogueiro
No Caótico, por Inácio França:
. Em meados do ano passado fiz uma promessa, ou melhor, um acordo comigo mesmo. Acertei que não compraria nenhum outro livro enquanto não lesse os vários e vários títulos ainda virgens que tenho nas estantes da sala, do corredor e do quarto.
. Durante um rasgo de lucidez, verifiquei que continuar comprando livros sem dar vencimentos naqueles que já fazem parte da minha modesta biblioteca era um comportamento consumista.
. Um impulso de comprar, de possuir um objeto desejado, algo tão patético quanto ficar endividado por causa de sapatos, celulares com 8.534 recursos tecnológicos inúteis, ou vestidos de grife.
. Durante alguns meses permaneci invulnerável em meu compromisso. Resisti a lançamentos, noites de autógrafos e resenhas sedutoras publicadas em revistas ou na web.
. Até que, cortando caminho pelo mercado de Casa Amarela numa tarde de sexta-feira, passei no
meio de um sebo instalado numa das barracas da feira. Tinha tempo livre, então uma paradinha para dar uma olhada nos títulos não faria mal a ninguém. No meio de um monte de auto-ajuda, livros técnicos de engenharia e romances açucarados, havia um belo exemplar de capa dura de Conversa na Catedral. Preço: R$ 5,00. Deve ser mais ou menos o quanto vale também minha fraca personalidade.
. Leia o texto na íntegra http://www.caotico.com.br/os-sebos-e-a-fraqueza-de-carater-do-blogueiro/
. Em meados do ano passado fiz uma promessa, ou melhor, um acordo comigo mesmo. Acertei que não compraria nenhum outro livro enquanto não lesse os vários e vários títulos ainda virgens que tenho nas estantes da sala, do corredor e do quarto.
. Durante um rasgo de lucidez, verifiquei que continuar comprando livros sem dar vencimentos naqueles que já fazem parte da minha modesta biblioteca era um comportamento consumista.
. Um impulso de comprar, de possuir um objeto desejado, algo tão patético quanto ficar endividado por causa de sapatos, celulares com 8.534 recursos tecnológicos inúteis, ou vestidos de grife.
. Durante alguns meses permaneci invulnerável em meu compromisso. Resisti a lançamentos, noites de autógrafos e resenhas sedutoras publicadas em revistas ou na web.
. Até que, cortando caminho pelo mercado de Casa Amarela numa tarde de sexta-feira, passei no
meio de um sebo instalado numa das barracas da feira. Tinha tempo livre, então uma paradinha para dar uma olhada nos títulos não faria mal a ninguém. No meio de um monte de auto-ajuda, livros técnicos de engenharia e romances açucarados, havia um belo exemplar de capa dura de Conversa na Catedral. Preço: R$ 5,00. Deve ser mais ou menos o quanto vale também minha fraca personalidade.
. Leia o texto na íntegra http://www.caotico.com.br/os-sebos-e-a-fraqueza-de-carater-do-blogueiro/
Hélvio Polito: as molduras de Etine
No blog Das Olindas, por Hélvio Polito:
. Mauro Mota dizia que no Recife tem mais poetas do que poste para cachorro mijar.Esta densidade recifense dos que fazem vida pela arte, encontra em Olinda uma correlação nas artes plásticas e artesanato em geral.
. Poderíamos dizer que em Olinda tem mais artista plástico do que pedra de se pisar nas ladeiras.
. Mas existem outras profissões nesta cadeia laborativa, com intima ligação à arte produzida na cidade patrimônio da humanidade, uma delas é o oficio de moldureiro exercido com respeito por Etiene das Neves Borba (65).
. Etiene é uma espécie de anjo da guarda dos melhores artistas plásticos da cidade.
. Artistas como Roberto Lúcio, Zé Som, Antonio Mendes, Nino, Marisa Lacerda, dentre outros, encontra o complemento de sua obra, pelas mãos do moldureiro preferido dos olindenses.
Seu oficio completa a obra do artista, dando o devido realce utilitário para refletir nas paredes, mundo a fora, a Arte de Olinda.
Seu oficio completa a obra do artista, dando o devido realce utilitário para refletir nas paredes, mundo a fora, a Arte de Olinda.
. Filho natural da zona da mata sul de Pernambuco, vem de Barreiros para trabalhar e fixar moradia em Olinda no ano de 1971, trabalhando como homem de confiança do Arquiteto Acácio Gil Borsoy.São trinta e oito anos fazendo molduras para as artes plásticas olindenses.
. A oficina de Etine fica na Rua Papa João XXIII, 190, na Barreira do Rosário, Olinda.
Sinais de recuperação da indústria, segundo CNI
. Há uma discreta recuperação da atividade industrial no segundo trimestre deste ano em relação ao trimestre anterior.
. A constatação está na pesquisa Sondagem Industrial, divulgada ontem pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
. Mas a recuperação será lenta e gradual, dizem os pesquisadores.
. A constatação está na pesquisa Sondagem Industrial, divulgada ontem pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).
. Mas a recuperação será lenta e gradual, dizem os pesquisadores.
O dólar não é mais aquele
. O Conselho do Mercado Comum do Mercosul aprovou nesta quinta-feira a substituição do dólar por moedas locais no intercâmbio comercial do bloco sul-americano.
. Para enfrentar a crise, no entender dos ministros reunidos na 37ª Cúpula de Assunção (Paraguai).
. Brasil e Argentina já vinham realizando trocas comerciais usando o real e o peso argentino.
. Segundo analistas, isso beneficia principalmente as pequenas e médias empresas pela economia na intermediação de divisas com o dólar.
. Para enfrentar a crise, no entender dos ministros reunidos na 37ª Cúpula de Assunção (Paraguai).
. Brasil e Argentina já vinham realizando trocas comerciais usando o real e o peso argentino.
. Segundo analistas, isso beneficia principalmente as pequenas e médias empresas pela economia na intermediação de divisas com o dólar.
Luciana e João Paulo no governo
. Com a chegada de João Paulo e Luciana, o governo Eduardo Campos ganha dois experientes gestores públicos de reconhecida expressão política e social.
. E densidade eleitoral.
. E densidade eleitoral.
23 julho 2009
Vale-Cultura é uma boa sacada
. Apenas 14% dos brasileiros vai regularmente ao cinema, 96% não frequenta museus, 93% nunca viu uma exposição de arte e 78% nunca assistiu a um espetáculo de dança. Os dados são do Ministério da Cultura.
. Para melhorar esses índices, o presidente Lula lançou ontem, em São Paulo, o Vale-Cultura.
. Trata-se de um cartão que permitirá gastos de até R$ 50 em cinema, shows e teatro, compra de livros, CDs e DVDs. Para trabalhadores que ganham até 5 salários.
. O projeto será agora enviado ao Congresso Nacional.
. As empresas que concederem o cartão Vale-cultura aos seus funcionários terão direito a deduzir até 1% no imposto de renda.
. O Ministério da Cultura espera aumentar em até R$ 600 milhões por mês o consumo cultural no país.
. Para melhorar esses índices, o presidente Lula lançou ontem, em São Paulo, o Vale-Cultura.
. Trata-se de um cartão que permitirá gastos de até R$ 50 em cinema, shows e teatro, compra de livros, CDs e DVDs. Para trabalhadores que ganham até 5 salários.
. O projeto será agora enviado ao Congresso Nacional.
. As empresas que concederem o cartão Vale-cultura aos seus funcionários terão direito a deduzir até 1% no imposto de renda.
. O Ministério da Cultura espera aumentar em até R$ 600 milhões por mês o consumo cultural no país.
Uma peculiaridade do Programa do PCdoB em minha coluna semanal no Vermelho
Essência verde-amarela do novo programa do PCdoB
Luciano Siqueira
“Vejam só, os comunistas desejam implantar no Brasil um regime cubano!”, escutei um comentarista da Rádio CBN afirmar outro dia a propósito do que considera uma utopia (sic) irrealizável em nossa terra.
No comentário do petulante e falso analista um grande equívoco alimentado por primária ignorância. Como pode alguém imaginar a experiência de sociedade da ilha caribenha copiada num país de dimensões continentais como o nosso? Coisas desse naipe dizem os arautos da ordem vigente há muito tempo. Por desconhecimento ou por má fé mesmo.
Mas o fato é que o partido dos comunistas, o PCdoB, sempre perseguiu uma proposta de socialismo que correspondesse à realidade brasileira – mesmo quando ainda envolto nas armadilhas do dogmatismo e do mecanicismo teórico e, portanto, sem sucesso. Percorreu áspero e tortuoso caminho nesse sentido. E pôde alcançar consistência no trato da questão sobretudo a partir do seu 7º. Congresso, realizado em maio de 1988, em plena crise da teoria marxista. Desde então, tem consolidado a compreensão definitiva de que a alternativa de transformação da sociedade brasileira há que ser, irrecusavelmente, brasileira.
Isto decorre de uma lição essencial extraída das experiências ocorridas em outros países, que se equivocaram na suposta premissa de que o “modelo” adotado na Rússia e posteriormente na ex-URSS serviria de referência a outros povos e países. As democracias populares erigidas no Leste da Europa cometeram esse pecado. E se deram mal. A China, assim como o Vietnã, não; assumiram uma via consonante com as suas próprias peculiaridades históricas, econômicas, sociais e culturais. Por isso estão indo adiante.
Na atual proposta de programa submetida a debate no 12º. Congresso do PCdoB, essa compreensão é reafirmada em toda a inteireza. Assinala como premissa teórica que a concepção de um modelo único de socialismo revelou-se errada e anticientífica. E que a construção do socialismo deve obedecer à singularidade de cada país, suas feições próprias, o nível de acumulação dos fatores políticos e sócio-econômicos necessários e a sua inserção na economia e na geopolítica mundial.
Isto quer dizer que o socialismo no Brasil terá o cheiro do nosso barro, a sonoridade do samba, do frevo, do maracatu, do carimbó, a paixão do nosso futebol e, sobretudo, a inventividade e a capacidade de trabalho do nosso povo.
O novo Programa do PCdoB assume, portanto, definitiva e plenamente, matiz verde-amarelo. Só serve para o Brasil e não copia “modelo” de parte alguma. Isso jamais o comentarista da CBN conseguirá entender – nem precisa.
Luciano Siqueira
“Vejam só, os comunistas desejam implantar no Brasil um regime cubano!”, escutei um comentarista da Rádio CBN afirmar outro dia a propósito do que considera uma utopia (sic) irrealizável em nossa terra.
No comentário do petulante e falso analista um grande equívoco alimentado por primária ignorância. Como pode alguém imaginar a experiência de sociedade da ilha caribenha copiada num país de dimensões continentais como o nosso? Coisas desse naipe dizem os arautos da ordem vigente há muito tempo. Por desconhecimento ou por má fé mesmo.
Mas o fato é que o partido dos comunistas, o PCdoB, sempre perseguiu uma proposta de socialismo que correspondesse à realidade brasileira – mesmo quando ainda envolto nas armadilhas do dogmatismo e do mecanicismo teórico e, portanto, sem sucesso. Percorreu áspero e tortuoso caminho nesse sentido. E pôde alcançar consistência no trato da questão sobretudo a partir do seu 7º. Congresso, realizado em maio de 1988, em plena crise da teoria marxista. Desde então, tem consolidado a compreensão definitiva de que a alternativa de transformação da sociedade brasileira há que ser, irrecusavelmente, brasileira.
Isto decorre de uma lição essencial extraída das experiências ocorridas em outros países, que se equivocaram na suposta premissa de que o “modelo” adotado na Rússia e posteriormente na ex-URSS serviria de referência a outros povos e países. As democracias populares erigidas no Leste da Europa cometeram esse pecado. E se deram mal. A China, assim como o Vietnã, não; assumiram uma via consonante com as suas próprias peculiaridades históricas, econômicas, sociais e culturais. Por isso estão indo adiante.
Na atual proposta de programa submetida a debate no 12º. Congresso do PCdoB, essa compreensão é reafirmada em toda a inteireza. Assinala como premissa teórica que a concepção de um modelo único de socialismo revelou-se errada e anticientífica. E que a construção do socialismo deve obedecer à singularidade de cada país, suas feições próprias, o nível de acumulação dos fatores políticos e sócio-econômicos necessários e a sua inserção na economia e na geopolítica mundial.
Isto quer dizer que o socialismo no Brasil terá o cheiro do nosso barro, a sonoridade do samba, do frevo, do maracatu, do carimbó, a paixão do nosso futebol e, sobretudo, a inventividade e a capacidade de trabalho do nosso povo.
O novo Programa do PCdoB assume, portanto, definitiva e plenamente, matiz verde-amarelo. Só serve para o Brasil e não copia “modelo” de parte alguma. Isso jamais o comentarista da CBN conseguirá entender – nem precisa.
Bom dia, Cecília Meireles
Quarto Motivo da Rosa
Não te aflijas com a pétala que voa:
também é ser, deixar de ser assim.
Rosas verá, só de cinzas franzida,
mortas, intactas pelo teu jardim.
Eu deixo aroma até nos meus espinhos
ao longe, o vento vai falando de mim.
E por perder-me é que vão me lembrando,
por desfolhar-me é que não tenho fim.
História: 23 de julho de 1993
Seis PMs à paisana, agindo como grupo de extermínio, matam a tiros 7 meninos de rua que dormem em frente à Igreja da Candelária, Rio. Outras crianças testemunham o massacre, que tem ampla repercussão. (Vermelho http://www.vermelho.org.br/).
Nossa força, nossa voz
Coluna Repórter JC (Jornal do Commercio):
UNE atuante - Luciano Siqueira sai em defesa da UNE ao criticar a cobertura da mídia sobre o 51º Congresso da entidade dirigida pelo PCdoB há 25 anos: “Preconceito ou simples parcialidade?”, questiona.
UNE atuante - Luciano Siqueira sai em defesa da UNE ao criticar a cobertura da mídia sobre o 51º Congresso da entidade dirigida pelo PCdoB há 25 anos: “Preconceito ou simples parcialidade?”, questiona.
22 julho 2009
Uma análise do Congresso da UNE
Editorial do Vermelho:
A rara exceção e a enorme vantagem da UNE
A mídia mercantil mais uma vez torceu o nariz. Acusou a UNE de ''chapa-branca'', por ter recebido R$ 920 mil de instituições e estatais federais para o Congresso. Sobretudo, não perdoou a presença do presidente da República no Conune, pela primeira vez nos 72 anos da entidade.
Lula foi. Levou 11 ministros. Falou para mais de 10 mil estudantes das mais diferentes tendências. Não ouviu uma vaia – nem sequer da oposição. E o aplauso mais forte foi quando ele defendeu a independência e autonomia da UNE:
''Eu vim aqui e a Lúcia [Stumpf, presidente da UNE até o Conune] fez o seu discurso mais forte ainda porque sabe que eu estava aqui. Essa relação civilizada, democrática, ninguém tem que ser dependente de ninguém. Vocês são uma entidade com autonomia, na hora que vocês não concordarem é para dizer na minha cara: não concordo, sou contra e vou para a rua fazer passeata'', disse Lula.
Sim, a UNE recebe dinheiro público no governo de Lula, como nos governos de Itamar, e Goulart, e JK, e antes, desde Getúlio. É legítimo e democrático. Ilegítimo e antidemocrático é proibir a UNE, queimar sua sede, matar na tortura o seu presidente, como fez a ditadura. Ilegítimo e antidemocrático é passar oito anos na Presidência sem receber a entidade máxima dos estudantes, como fez Fernando Henrique Cardoso.
A presença de Lula marcou com razão o 51º Conune. Porém quem deliberou foram os milhares de delegados vindos de todo o país, no Congresso mais representativo da história da entidade, eleitos em 100% das universidades e 92% das escolas isoladas brasileiras.
Em outro paradoxo aparente que enerva a mídia mercantil, o tamanho e diversidade elevaram a unidade do movimento. O debate teve um clima de civilidade que representa um avanço. Seis chapas concorreram à diretoria (entre elas uma do DEM). A primeira colocada teve 71,8% dos 2.809 votos; as duas que se seguiram, com 14,6% e 12,6%, também vão compor a nova Executiva.
A diretoria recém-eleita, presidida pelo paulista Augusto Chagas, 27 anos e da UJS, recebe um mandato de muita luta. A UNE apresentou em maio um projeto de reforma universitária que tramita no Congresso Nacional, sob o ataque cerrado do lobby dos donos de escolas. Serão necessárias não poucas passeatas para a reforma vingar.
A entidade também quer que a metade da riqueza que vier do petróleo do pré-sal vá para a educação. E iniciará em breve as obras de sua nova sede, projetada por Oscar Niemeyer, com 13 andares, no mesmo terreno da antiga sede na Praia do Flamengo, reocupado recentemente pelos estudantes.
A rara exceção e a enorme vantagem da UNE
Nos últimos dias (17 a 19) o Brasil assistiu um espetáculo único. Nenhum outro movimento, entidade ou organização é capaz de aglutinar a diversidade de forças que o 51º Congresso da UNE (Conune) reuniu em Brasília.
É notável que os estudantes mantenham, com a UNE – e com a Ubes, no caso dos secundaristas –, a coesão sonhada mas ainda não alcançada por outros setores dos movimentos sociais. Também no mundo esta é uma rara exceção: e uma enorme vantagem, que multiplica o vigor do movimento estudantil brasileiro.A mídia mercantil mais uma vez torceu o nariz. Acusou a UNE de ''chapa-branca'', por ter recebido R$ 920 mil de instituições e estatais federais para o Congresso. Sobretudo, não perdoou a presença do presidente da República no Conune, pela primeira vez nos 72 anos da entidade.
Lula foi. Levou 11 ministros. Falou para mais de 10 mil estudantes das mais diferentes tendências. Não ouviu uma vaia – nem sequer da oposição. E o aplauso mais forte foi quando ele defendeu a independência e autonomia da UNE:
''Eu vim aqui e a Lúcia [Stumpf, presidente da UNE até o Conune] fez o seu discurso mais forte ainda porque sabe que eu estava aqui. Essa relação civilizada, democrática, ninguém tem que ser dependente de ninguém. Vocês são uma entidade com autonomia, na hora que vocês não concordarem é para dizer na minha cara: não concordo, sou contra e vou para a rua fazer passeata'', disse Lula.
Sim, a UNE recebe dinheiro público no governo de Lula, como nos governos de Itamar, e Goulart, e JK, e antes, desde Getúlio. É legítimo e democrático. Ilegítimo e antidemocrático é proibir a UNE, queimar sua sede, matar na tortura o seu presidente, como fez a ditadura. Ilegítimo e antidemocrático é passar oito anos na Presidência sem receber a entidade máxima dos estudantes, como fez Fernando Henrique Cardoso.
A presença de Lula marcou com razão o 51º Conune. Porém quem deliberou foram os milhares de delegados vindos de todo o país, no Congresso mais representativo da história da entidade, eleitos em 100% das universidades e 92% das escolas isoladas brasileiras.
Em outro paradoxo aparente que enerva a mídia mercantil, o tamanho e diversidade elevaram a unidade do movimento. O debate teve um clima de civilidade que representa um avanço. Seis chapas concorreram à diretoria (entre elas uma do DEM). A primeira colocada teve 71,8% dos 2.809 votos; as duas que se seguiram, com 14,6% e 12,6%, também vão compor a nova Executiva.
A diretoria recém-eleita, presidida pelo paulista Augusto Chagas, 27 anos e da UJS, recebe um mandato de muita luta. A UNE apresentou em maio um projeto de reforma universitária que tramita no Congresso Nacional, sob o ataque cerrado do lobby dos donos de escolas. Serão necessárias não poucas passeatas para a reforma vingar.
A entidade também quer que a metade da riqueza que vier do petróleo do pré-sal vá para a educação. E iniciará em breve as obras de sua nova sede, projetada por Oscar Niemeyer, com 13 andares, no mesmo terreno da antiga sede na Praia do Flamengo, reocupado recentemente pelos estudantes.
Ligação errada: não sei trocar chuveiro elétrico
. Recebo uma ligação de amiga que, com a desenvoltura de cliente contumaz, me solicita um serviço extra: ir à sua casa sábado próximo para trocar o chuveiro elétrico.
. “Conforme havia lhe falado”, diz, para minha surpresa.
. De pronto sugiro que ela errou de Luciano, pois este aqui de chuveiro elétrico só sabe ficar debaixo para um bom banho morno.
. Quando me identifico, ela cai em si e se dá conta de que era outro Luciano, e não o Siqueira, a quem procurava...
. De toda sorte, deixo-a a vontade para ligar tantas vezes quantas deseje, desde que não seja para o ofício de eletricista.
. É no que dá a pressa na consulta à agenda de telefones.
. “Conforme havia lhe falado”, diz, para minha surpresa.
. De pronto sugiro que ela errou de Luciano, pois este aqui de chuveiro elétrico só sabe ficar debaixo para um bom banho morno.
. Quando me identifico, ela cai em si e se dá conta de que era outro Luciano, e não o Siqueira, a quem procurava...
. De toda sorte, deixo-a a vontade para ligar tantas vezes quantas deseje, desde que não seja para o ofício de eletricista.
. É no que dá a pressa na consulta à agenda de telefones.
Os desafios da escola pública
No Acerto de Contas, por Antonieta Trindade*:
O prazer de sermos reconhecidos por nossos alunos
A cada três anos a OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) avalia o desempenho dos estudantes em leitura,matemática e ciências, através do Programa Internacional de Avaliação de Alunos(PISA).Os resultados têm demonstrado as feridas não cicatrizadas pelas políticas educacionais implantadas no país:em dezembro de 2007, o Brasil ocupava a 52ª posição em uma lista de 57 países avaliados, mesmo com todo esforço desenvolvido nos últimos anos.
Para aquela parcela da população que habita o paraíso do senso comum, que por sinal é até bem confortável, a responsabilidade reside na incapacidade profissional dos professores, na falta de dedicação e até mesmo no excesso de faltas e de greves. Santa ingenuidade!
O modelo educacional consolidado desde o processo de colonização sempre se pautou pela exclusão e pela negação do direito ao conhecimento. Os índios, os negros e as classes populares foram sempre vitimados pela relação utilitária estabelecida pelas elites nacionais. Não é à toa que só em 1930 foi criado o Ministério da Educação e que a constituição de 1937 previa que o ensino técnico era destinado às classes desfavorecidas mas não possibilitava o acesso ao ensino superior.
Entretanto, não podemos negar o processo de expansão da educação pública, que abriga nos dias atuais 87% das vagas da educação básica, e a universalização do ensino fundamental, com 97% das crianças freqüentando a escola. Poderíamos agora afirmar que ingressamos no período de socialização do conhecimento?
Infelizmente, não. A expansão da educação pública, realizada dentro da mesma concepção de negação do direito ao conhecimento, concebeu uma escola que deveria garantir o saber mínimo, combinado com alguma assistência social que amenizasse as conseqüências dolorosas da concentração de renda no país, e demandou uma ampliação do quadro de profissionais da educação que se desenvolveu através do sacrifício dos professores.
A possibilidade de acumulação de cargos, garantida constitucionalmente, nada mais é que a constatação que para esses profissionais o recebimento de salários compatíveis com a sua formação profissional só será viável com a adesão a jornadas exaustivas de trabalho, e com a aceitação do argumento unilateral de que a quantidade de trabalhadores será sempre um impedimento para a valorização profissional. Quem sabe uma versão moderna do sacerdócio propagada na educação em tempos passados?
A falência desse modelo de escola pública passou a motivar alguns setores do empresariado a apresentar aos governantes alternativas para solucionar a crise. Fundações e Institutos empresariais foram criados para socorrer a educação. Novos métodos? Sem contrapartida dos governos? Estruturados sob que concepção? Porém, com uma convicção explicitada de que o professor é o culpado e de que é preciso aplicar todas as regras de controle possíveis para melhorar a sua produtividade.
Quem nunca conheceu a realidade de lecionar em salas lotadas, sendo pressionado a garantir o que a família e o Estado não asseguraram para nossas crianças e nossa juventude, com dez, quinze aulas por dia, planejamentos diversos, uma pilha de cadernetas, pode até achar que o professor é um estorvo para a melhoria da escola pública. Afinal de contas, como diz a canção de Chico Buarque, a dor da gente não sai no jornal. Mas, o prazer de sermos reconhecidos e valorizados por nossos alunos, ninguém, por mais poder que acumule, conseguirá retirar de nós.
___
* Antonieta Trindade é Professora da rede estadual de ensino desde 1981, é atualmente vice-presidente do SINTEPE e Secretária Adjunta de Assuntos Educacionais da Cnte.
O prazer de sermos reconhecidos por nossos alunos
A cada três anos a OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) avalia o desempenho dos estudantes em leitura,matemática e ciências, através do Programa Internacional de Avaliação de Alunos(PISA).Os resultados têm demonstrado as feridas não cicatrizadas pelas políticas educacionais implantadas no país:em dezembro de 2007, o Brasil ocupava a 52ª posição em uma lista de 57 países avaliados, mesmo com todo esforço desenvolvido nos últimos anos.
Para aquela parcela da população que habita o paraíso do senso comum, que por sinal é até bem confortável, a responsabilidade reside na incapacidade profissional dos professores, na falta de dedicação e até mesmo no excesso de faltas e de greves. Santa ingenuidade!
O modelo educacional consolidado desde o processo de colonização sempre se pautou pela exclusão e pela negação do direito ao conhecimento. Os índios, os negros e as classes populares foram sempre vitimados pela relação utilitária estabelecida pelas elites nacionais. Não é à toa que só em 1930 foi criado o Ministério da Educação e que a constituição de 1937 previa que o ensino técnico era destinado às classes desfavorecidas mas não possibilitava o acesso ao ensino superior.
Entretanto, não podemos negar o processo de expansão da educação pública, que abriga nos dias atuais 87% das vagas da educação básica, e a universalização do ensino fundamental, com 97% das crianças freqüentando a escola. Poderíamos agora afirmar que ingressamos no período de socialização do conhecimento?
Infelizmente, não. A expansão da educação pública, realizada dentro da mesma concepção de negação do direito ao conhecimento, concebeu uma escola que deveria garantir o saber mínimo, combinado com alguma assistência social que amenizasse as conseqüências dolorosas da concentração de renda no país, e demandou uma ampliação do quadro de profissionais da educação que se desenvolveu através do sacrifício dos professores.
A possibilidade de acumulação de cargos, garantida constitucionalmente, nada mais é que a constatação que para esses profissionais o recebimento de salários compatíveis com a sua formação profissional só será viável com a adesão a jornadas exaustivas de trabalho, e com a aceitação do argumento unilateral de que a quantidade de trabalhadores será sempre um impedimento para a valorização profissional. Quem sabe uma versão moderna do sacerdócio propagada na educação em tempos passados?
A falência desse modelo de escola pública passou a motivar alguns setores do empresariado a apresentar aos governantes alternativas para solucionar a crise. Fundações e Institutos empresariais foram criados para socorrer a educação. Novos métodos? Sem contrapartida dos governos? Estruturados sob que concepção? Porém, com uma convicção explicitada de que o professor é o culpado e de que é preciso aplicar todas as regras de controle possíveis para melhorar a sua produtividade.
Quem nunca conheceu a realidade de lecionar em salas lotadas, sendo pressionado a garantir o que a família e o Estado não asseguraram para nossas crianças e nossa juventude, com dez, quinze aulas por dia, planejamentos diversos, uma pilha de cadernetas, pode até achar que o professor é um estorvo para a melhoria da escola pública. Afinal de contas, como diz a canção de Chico Buarque, a dor da gente não sai no jornal. Mas, o prazer de sermos reconhecidos e valorizados por nossos alunos, ninguém, por mais poder que acumule, conseguirá retirar de nós.
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* Antonieta Trindade é Professora da rede estadual de ensino desde 1981, é atualmente vice-presidente do SINTEPE e Secretária Adjunta de Assuntos Educacionais da Cnte.
A correta postura da UNE em meu artigo semanal no Blog de Jamildo (JC Online)
UNE: nem chapa-branca, nem anarquista
Luciano Siqueira
Quem tem medo da União Nacional dos Estudantes? Por que tanta distorção na precária cobertura da grande mídia ao 51º. Congresso da entidade, recém-realizado? Preconceito? Ou simples parcialidade?
Se minimamente imparcial e efetivamente informativa, qualquer pauta da jornalística teria que destacar uma reunião de mais de 15 mil jovens universitários destinada a debater a educação superior e os rumos da Nação. E que contou com a presença, em sua abertura, pela primeira vez na história do movimento estudantil, do presidente da República.
Teria também, uma pauta imparcial e realmente informativa, destacado o conteúdo dos debates e dos pronunciamentos da presidente que encerrou o mandato, a gaúcha Lúcia Stumpf, e do novo presidente, o paulista Augusto Chagas. E não deixaria de acentuar a postura equilibrada e politicamente justa da entidade – capaz de reconhecer que o atual governo se esforça por levar à prática muitas das bandeiras históricas da UNE, e por isso não é inimigo, é aliado; e ao mesmo tempo, firme na defesa da reforma do sistema educacional e no combate a aspectos essenciais da orientação macroeconômica do governo, que os estudantes entendem ser prejudicial ao desenvolvimento do país.
Nada disso mereceu registro. O foco das acanhadas matérias publicadas esteve no fato considerado por alguns negativo (sic) de que o presidente eleito é militante do PCdoB, como também eram os seus antecessores – como se integrar as fileiras comunistas fosse um defeito e como se o direito constitucional de qualquer cidadão de filiar-se a um partido político devesse ser negado aos líderes estudantis! Aliás, desconhecem esses críticos, que a diretoria da entidade é composta pelo critério da proporcionalidade e dela participam praticamente todas as correntes políticas presentes no movimento, incluindo as de centro-direita. Também se procurou denegrir a entidade por haver recebido apoio institucional de empresa estatal para a realização do Congresso – a exemplo, diga-se, em eventos desse porte, de inúmeras entidades de diversas naturezas, inclusive representativas de setores empresariais. Para os outros pode, para a UNE, não. Dois pesos, duas medidas.
O fato que a crítica conservadora e tendenciosa se nega a reconhecer é que a UNE nem é chapa-branca, nem tampouco anarquista. Alia-se ao governo quando são convergentes as bandeiras sustentadas por ambos; e critica duramente o governo quando as divergências se acentuam – razão de manifestações públicas defronte às sedes do Banco Central em Brasília e em várias capitais, exigindo a aceleração na queda da taxa básica de juros; e de passeatas exigindo a punição de autoridades pilhadas em atos de corrupção. Assume, portanto, um comportamento prepositivo e ao mesmo tempo crítico, sem abrir mão de sua independência e autonomia.
Também não adota, a UNE, uma atitude irresponsável, de teor anarquista, como muitos “analistas” gostariam que adotasse: “Hay gobierno, soy contra”. Se assim procedesse, perderia credibilidade e faria, claro, docilmente, o jogo da direita inconformada com os novos rumos que o Brasil vem trilhando.
Luciano Siqueira
Quem tem medo da União Nacional dos Estudantes? Por que tanta distorção na precária cobertura da grande mídia ao 51º. Congresso da entidade, recém-realizado? Preconceito? Ou simples parcialidade?
Se minimamente imparcial e efetivamente informativa, qualquer pauta da jornalística teria que destacar uma reunião de mais de 15 mil jovens universitários destinada a debater a educação superior e os rumos da Nação. E que contou com a presença, em sua abertura, pela primeira vez na história do movimento estudantil, do presidente da República.
Teria também, uma pauta imparcial e realmente informativa, destacado o conteúdo dos debates e dos pronunciamentos da presidente que encerrou o mandato, a gaúcha Lúcia Stumpf, e do novo presidente, o paulista Augusto Chagas. E não deixaria de acentuar a postura equilibrada e politicamente justa da entidade – capaz de reconhecer que o atual governo se esforça por levar à prática muitas das bandeiras históricas da UNE, e por isso não é inimigo, é aliado; e ao mesmo tempo, firme na defesa da reforma do sistema educacional e no combate a aspectos essenciais da orientação macroeconômica do governo, que os estudantes entendem ser prejudicial ao desenvolvimento do país.
Nada disso mereceu registro. O foco das acanhadas matérias publicadas esteve no fato considerado por alguns negativo (sic) de que o presidente eleito é militante do PCdoB, como também eram os seus antecessores – como se integrar as fileiras comunistas fosse um defeito e como se o direito constitucional de qualquer cidadão de filiar-se a um partido político devesse ser negado aos líderes estudantis! Aliás, desconhecem esses críticos, que a diretoria da entidade é composta pelo critério da proporcionalidade e dela participam praticamente todas as correntes políticas presentes no movimento, incluindo as de centro-direita. Também se procurou denegrir a entidade por haver recebido apoio institucional de empresa estatal para a realização do Congresso – a exemplo, diga-se, em eventos desse porte, de inúmeras entidades de diversas naturezas, inclusive representativas de setores empresariais. Para os outros pode, para a UNE, não. Dois pesos, duas medidas.
O fato que a crítica conservadora e tendenciosa se nega a reconhecer é que a UNE nem é chapa-branca, nem tampouco anarquista. Alia-se ao governo quando são convergentes as bandeiras sustentadas por ambos; e critica duramente o governo quando as divergências se acentuam – razão de manifestações públicas defronte às sedes do Banco Central em Brasília e em várias capitais, exigindo a aceleração na queda da taxa básica de juros; e de passeatas exigindo a punição de autoridades pilhadas em atos de corrupção. Assume, portanto, um comportamento prepositivo e ao mesmo tempo crítico, sem abrir mão de sua independência e autonomia.
Também não adota, a UNE, uma atitude irresponsável, de teor anarquista, como muitos “analistas” gostariam que adotasse: “Hay gobierno, soy contra”. Se assim procedesse, perderia credibilidade e faria, claro, docilmente, o jogo da direita inconformada com os novos rumos que o Brasil vem trilhando.
História: 22 de julho de 1630
Morto a flechadas o bandeirante português Manoel Preto, que iniciou o apresamento (escravização) dos indígenas das missões de Guairá (atual PR). (Vermelho http://www.vermelho.org.br/).
Acertando o passo do mandato no segundo semestre
. Ontem, a equipe de assessoria técnica (foto), e hoje toda a equipe do nosso mandato finaliza o planejamento para o segundo semestre do ano legislativo.
. São consideradas todas as instâncias em que o mandato efetivamente é exercido – a parlamentar propriamente dita, no âmbito da Câmara Municipal; e no seio da sociedade.
. Abordar os problemas essenciais da cidade sob ótica abrangente, a partir da luta por um novo projeto nacional de desenvolvimento é a pedra de toque. Sempre em consonância com a base política vê social do mandato – que felizmente é vasta e localizada principalmente nos segmentos mais esclarecidos da população.
. São consideradas todas as instâncias em que o mandato efetivamente é exercido – a parlamentar propriamente dita, no âmbito da Câmara Municipal; e no seio da sociedade.
. Abordar os problemas essenciais da cidade sob ótica abrangente, a partir da luta por um novo projeto nacional de desenvolvimento é a pedra de toque. Sempre em consonância com a base política vê social do mandato – que felizmente é vasta e localizada principalmente nos segmentos mais esclarecidos da população.