. Que me perdoem os realizadores de festas badaladas, o melhor réveillon do mundo é aqui mesmo, em São José da Coroa Grande, na beira da praia, com show pirotécnico e tudo o que a gente tem direito, hoje sob o comando de Miguel, 4 anos e muita energia.
. É a nossa alegre tradição familiar de mais de uma década. Inclusive com o primeiro banho de mar do ano. Salve Iemanjá!
A construção coletiva das idéias é uma das mais fascinantes experiências humanas. Pressupõe um diálogo sincero, permanente, em cima dos fatos. Neste espaço, diariamente, compartilhamos com você nossa compreensão sobre as coisas da luta e da vida. Participe. Opine. [Artigos assinados expressam a opinião dos seus autores].
31 dezembro 2009
Feliz Ano Novo, Carlos Drummond de Andrade
A passagem do ano
O último dia do ano
não é o último dia do tempo.
Outros dias virão
e novas coxas e ventres te comunicarão o calor da vida.
Beijarás bocas, rasgarás papéis,
farás viagens e tantas celebrações
de aniversário, formatura, promoção, glória, doce morte com sinfonia e coral,
que o tempo ficará repleto e não ouvirás o clamor,
os irreparáveis uivos
do lobo, na solidão.
O último dia do tempo
não é o último dia de tudo.
Fica sempre uma franja de vida
onde se sentam dois homens.
Um homem e seu contrário,
uma mulher e seu pé,
um corpo e sua memória,
um olhar e seu brilho,
uma voz e seu eco,
e quem sabe até se Deus...
Recebe com simplicidade este presente do acaso.
Mereceste viver mais um ano.
Desejarias viver sempre e esgotar a borra dos séculos.
Teu pai morreu, teu avô também.
Em ti mesmo muita coisa já expirou, outras expreitam a morte,
mas estás vivo. Ainda uma vez estás vivo,
e de copo na mão
esperas amanhecer.
O recurso de se embriagar.
O recurso da dança e do grito,
o recurso da bola colorida,
o recurso de Kant e da poesia,
todos eles...e nenhum resolve.
Surge a manhã de um novo ano.
As coisas estão limpas, ordenadas.
O corpo gasta renova-se em espuma.
Todos os sentidos alerta funcionam.
A boca está comendo vida.
A boca está entupida de vida.
A vida escorre da boca,
lambuza as mãos, a calçada.
A vida é gorda, oleosa, mortal, sub-reptícia.
O último dia do ano
não é o último dia do tempo.
Outros dias virão
e novas coxas e ventres te comunicarão o calor da vida.
Beijarás bocas, rasgarás papéis,
farás viagens e tantas celebrações
de aniversário, formatura, promoção, glória, doce morte com sinfonia e coral,
que o tempo ficará repleto e não ouvirás o clamor,
os irreparáveis uivos
do lobo, na solidão.
O último dia do tempo
não é o último dia de tudo.
Fica sempre uma franja de vida
onde se sentam dois homens.
Um homem e seu contrário,
uma mulher e seu pé,
um corpo e sua memória,
um olhar e seu brilho,
uma voz e seu eco,
e quem sabe até se Deus...
Recebe com simplicidade este presente do acaso.
Mereceste viver mais um ano.
Desejarias viver sempre e esgotar a borra dos séculos.
Teu pai morreu, teu avô também.
Em ti mesmo muita coisa já expirou, outras expreitam a morte,
mas estás vivo. Ainda uma vez estás vivo,
e de copo na mão
esperas amanhecer.
O recurso de se embriagar.
O recurso da dança e do grito,
o recurso da bola colorida,
o recurso de Kant e da poesia,
todos eles...e nenhum resolve.
Surge a manhã de um novo ano.
As coisas estão limpas, ordenadas.
O corpo gasta renova-se em espuma.
Todos os sentidos alerta funcionam.
A boca está comendo vida.
A boca está entupida de vida.
A vida escorre da boca,
lambuza as mãos, a calçada.
A vida é gorda, oleosa, mortal, sub-reptícia.
Visão multilateral da política
. Ana Lúcia Andrade finaliza hoje em sua coluna Pinga-Fogo, no Jornal do Commercio, enquete sobre os escândalos de 2009 envolvendo detentores de mandato.
. Sugeri a ela outra enquete sobre o que de melhor aconteceu na política em 2009.
. Com os dois resultados o leitor teria uma visão multilateral dos fatos. E não guardaria a falsa versão de que todos os políticos são corruptos e nenhum merece crédito, como faz crer a cobertura de mídia sobre a vida política do país.
. Se a maioria dos brasileiros pensar assim, o caminho estará aberto para um regime de tipo fascista.
. Sugeri a ela outra enquete sobre o que de melhor aconteceu na política em 2009.
. Com os dois resultados o leitor teria uma visão multilateral dos fatos. E não guardaria a falsa versão de que todos os políticos são corruptos e nenhum merece crédito, como faz crer a cobertura de mídia sobre a vida política do país.
. Se a maioria dos brasileiros pensar assim, o caminho estará aberto para um regime de tipo fascista.
30 dezembro 2009
Feliz Brasil 2010
Editorial do Vermelho www.vermelho.org.br
As falaciosas previsões de 2009
O Brasil entra em 2010 num clima de otimismo generalizado. Situação oposta à de um ano atrás quando, no auge da crise econômica mundial, as trombetas catastrofistas previam o apocalipse do afundamento inevitável da economia brasileira.
Ao longo do primeiro semestre de 2009 as previsões negativistas se multiplicaram. Em abril, a agência Focus, especializada em previsões do futuro com base em especialistas do mercado financeiro, garantia que o PIB ia cair 0,39% em 2009. E que o país só voltaria a crescer em 2010, à taxa modesta de 3,5%. Em maio, previa um cenário pior, com queda de 0,49%, mantendo a previsão de crescimento em 2010. Naquela época, a revista britânica The Economist, o evangelho do capital financeiro internacional, apostava numa recessão com uma queda de 0,5% no PIB, independente de qualquer medida que tomada governo brasileiro contra aquela ameaça. E também indicava uma retomada modesta em 2010, na casa dos 3,2% do PIB. Em junho, a OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) apontava um recuo de 0,8% do PIB brasileiro e um crescimento de apenas 4% em 2010. Não estava sozinha; o Bando Mundial apostava em queda de 1,1% no PIB, com recuperação apenas em 2010. O campeão nesta corretagem negativista foi o banco de investimentos americano Morgan Stanley que chegou ao absurdo de prever uma queda de 4,5% no PIB brasileiro em 2009, que - segundo aquele oráculo novaiorquino - continuaria em 2010, quando o recuo seria de 0,5%!
O Brasil frustrou aquelas apostas. Entre o governo, que previa uma "marolinha", e importantes setores do mercado financeiro e da oposição neoliberal que apostavam em um tsunami, o país ficou no meio. Mais para a onda mansa do que para o vendaval destruidor, com perdas grandes. Um cálculo da Fundação Getúlio Vargas diz que, com a crise, o país deixou de acrescentar à atividade econômica entre 150 a 210 bilhões de reais. Mas ressalva que a coisa podia ter sido pior sem as medidas tomadas pelo governo que, na opinião de seu autor, o economista Régis Bonelli, foram bem sucedidas. Outro estudo, feito por economistas do Itaú Unibanco, mostrou que sem a ação do governo o PIB teria encolhido 3,2% em 2009. As medidas tomadas - transferências sociais como o Bolsa Família, política de recuperação do salário mínimo, empréstimos de bancos do governo para empresas em dificuldades, desoneração tributária, investimentos estatais em obras públicas, queda na taxa de juros, etc - evitaram aquele desastre e permitiram a retomada do crescimento.
Embora o resultado alcançado em 2009 não tenha sido bom, o Brasil chega a 2010 com uma economia que demonstra vigor. O crescimento voltou já no terceiro trimestre, autorizando previsões para o ano que vem que oscilam entre 5 a 6% ao ano. A Fiesp, por exemplo, prevê 6,2%. A agência norte americana Merrill Lynch fala em 5,3%.
Esta dança dos números é reveladora. Em primeiro lugar, elas mal escondem apostas seja no sucesso seja no fracasso do país - principalmente no fracasso, como esperava a oposição neoliberal acreditando que a repetição do mau desempenho em crises mundiais anteriores (como os desastres que o país viveu sob Fernando Henrique Cardoso) ajudaria a aplainar seu caminho para a eleição de outubro de 2010, quando será eleito o sucessor do presidente Lula.
Em segundo lugar, sugere que a bola de cristal dos modernos perscrutadores do futuro merece a mesma fé que o exame das vísceras de aves realizado por adivinhos romanos há mais de dois mil anos: baseiam-se mais em crenças e desejos do que na análise de tendências concretas que podem revelar caminhos diferentes daqueles contidos em suas premissas. Como no caso da previsão feita pela Morgan Stanley: é provável, como mostraram os economistas do Unibanco, que seguindo o mesmo receituário neoliberal usado em crises anteriores teria ocorrido o desastre previsto; como a política econômica brasileira seguiu caminho diverso, a má profecia não teve condições objetivas de se realizar.
Isto nos leva a uma outra reflexão importante: na contra mão dos dogmas neoliberais dos círculos contemporâneos do dinheiro, foi o Estado e não o mercado que garantiu a defesa contra a crise. Por toda a parte: nos EUA, na Europa ou na Ásia. E no Brasil, onde o Estado não recua mais diante de suas responsabilidades perante o país, sua economia e seu povo. E é, por isso, um instrumento fundamental para a defesa da economia nacional.
As falaciosas previsões de 2009
O Brasil entra em 2010 num clima de otimismo generalizado. Situação oposta à de um ano atrás quando, no auge da crise econômica mundial, as trombetas catastrofistas previam o apocalipse do afundamento inevitável da economia brasileira.
Ao longo do primeiro semestre de 2009 as previsões negativistas se multiplicaram. Em abril, a agência Focus, especializada em previsões do futuro com base em especialistas do mercado financeiro, garantia que o PIB ia cair 0,39% em 2009. E que o país só voltaria a crescer em 2010, à taxa modesta de 3,5%. Em maio, previa um cenário pior, com queda de 0,49%, mantendo a previsão de crescimento em 2010. Naquela época, a revista britânica The Economist, o evangelho do capital financeiro internacional, apostava numa recessão com uma queda de 0,5% no PIB, independente de qualquer medida que tomada governo brasileiro contra aquela ameaça. E também indicava uma retomada modesta em 2010, na casa dos 3,2% do PIB. Em junho, a OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico) apontava um recuo de 0,8% do PIB brasileiro e um crescimento de apenas 4% em 2010. Não estava sozinha; o Bando Mundial apostava em queda de 1,1% no PIB, com recuperação apenas em 2010. O campeão nesta corretagem negativista foi o banco de investimentos americano Morgan Stanley que chegou ao absurdo de prever uma queda de 4,5% no PIB brasileiro em 2009, que - segundo aquele oráculo novaiorquino - continuaria em 2010, quando o recuo seria de 0,5%!
O Brasil frustrou aquelas apostas. Entre o governo, que previa uma "marolinha", e importantes setores do mercado financeiro e da oposição neoliberal que apostavam em um tsunami, o país ficou no meio. Mais para a onda mansa do que para o vendaval destruidor, com perdas grandes. Um cálculo da Fundação Getúlio Vargas diz que, com a crise, o país deixou de acrescentar à atividade econômica entre 150 a 210 bilhões de reais. Mas ressalva que a coisa podia ter sido pior sem as medidas tomadas pelo governo que, na opinião de seu autor, o economista Régis Bonelli, foram bem sucedidas. Outro estudo, feito por economistas do Itaú Unibanco, mostrou que sem a ação do governo o PIB teria encolhido 3,2% em 2009. As medidas tomadas - transferências sociais como o Bolsa Família, política de recuperação do salário mínimo, empréstimos de bancos do governo para empresas em dificuldades, desoneração tributária, investimentos estatais em obras públicas, queda na taxa de juros, etc - evitaram aquele desastre e permitiram a retomada do crescimento.
Embora o resultado alcançado em 2009 não tenha sido bom, o Brasil chega a 2010 com uma economia que demonstra vigor. O crescimento voltou já no terceiro trimestre, autorizando previsões para o ano que vem que oscilam entre 5 a 6% ao ano. A Fiesp, por exemplo, prevê 6,2%. A agência norte americana Merrill Lynch fala em 5,3%.
Esta dança dos números é reveladora. Em primeiro lugar, elas mal escondem apostas seja no sucesso seja no fracasso do país - principalmente no fracasso, como esperava a oposição neoliberal acreditando que a repetição do mau desempenho em crises mundiais anteriores (como os desastres que o país viveu sob Fernando Henrique Cardoso) ajudaria a aplainar seu caminho para a eleição de outubro de 2010, quando será eleito o sucessor do presidente Lula.
Em segundo lugar, sugere que a bola de cristal dos modernos perscrutadores do futuro merece a mesma fé que o exame das vísceras de aves realizado por adivinhos romanos há mais de dois mil anos: baseiam-se mais em crenças e desejos do que na análise de tendências concretas que podem revelar caminhos diferentes daqueles contidos em suas premissas. Como no caso da previsão feita pela Morgan Stanley: é provável, como mostraram os economistas do Unibanco, que seguindo o mesmo receituário neoliberal usado em crises anteriores teria ocorrido o desastre previsto; como a política econômica brasileira seguiu caminho diverso, a má profecia não teve condições objetivas de se realizar.
Isto nos leva a uma outra reflexão importante: na contra mão dos dogmas neoliberais dos círculos contemporâneos do dinheiro, foi o Estado e não o mercado que garantiu a defesa contra a crise. Por toda a parte: nos EUA, na Europa ou na Ásia. E no Brasil, onde o Estado não recua mais diante de suas responsabilidades perante o país, sua economia e seu povo. E é, por isso, um instrumento fundamental para a defesa da economia nacional.
28 dezembro 2009
Meu artigo semanal no site da Revista Algomais
Feliz Ano Novo agora e sempre
Luciano Siqueira
Nos cartões que nos chegam pelos correios, nas mensagens via e-mail e torpedos no celular: Boas Festas e Feliz Ano-Novo! Com ligeiras variações, a saudação se repete aos milhares, confirmando relações de apreço e amizade ou como um gesto formal de alguns que, ocupando postos de relevo na área pública ou privada, sentem-se no dever de praticá-lo.
De toda sorte, desejamos, sim, uns aos outros, um Ano-Novo benfazejo, com maior ou menor convicção do que estamos dizendo. E o grau de convicção se expressa com certa nitidez quando o cumprimento é feito pessoalmente.
- Torço para que você tenha um 2008 de muita alegria e paz, amigo!
- Pra você também.
- Oxente, você responde assim desanimado... tá faltando firmeza.
- Claro que desejo um bom 2008 pra você. O problema é meu, não tenho a menor certeza do que vou enfrentar pela frente.
- Como assim, cadê seus planos? Você sempre foi um cara de fazer planos pessoais, mesmo no tempo difícil da militância sob ditadura militar, lembra?
- Verdade, sempre fui otimista. Mas hoje, amigo velho, que pode esperar do Ano-Novo um sujeito como eu afundado em dúvidas, desenganos e dívidas?
- Puxa, rapaz, não fale assim. Todo mundo tem problemas, mas nem por isso se deixa abater na passagem de ano.
- Pois é, se a gente se encontrar no réveillon você vai ver o que é animação. Depois da segunda dose, ninguém me segura. Prometo que serei o mais animado da festa. Mas, no dia seguinte... dia seguinte é pauleira, velho!
Despedimo-nos quando a moça da TAM chamou os passageiros do vôo para o Rio de Janeiro – conversávamos no salão de embarque do aeroporto, e seguiríamos em vôos diferentes – e nosso diálogo foi interrompido por um quase protocolar boa viagem. Mas nas duas horas e tanto do trecho Recife-Brasília, as palavras do amigo não saíam da mente. Quantas pessoas, como o amigo infeliz, estarão nas celebrações do réveillon exibindo uma alegria falsa, artificial, dissonante do seu real estado de espírito?
Pouco importa, diria outro amigo, mestre conceituado de festas e farras, para quem as comemorações, o uísque e os abraços efusivos servem mesmo para isso: para disfarçar, por um instante que seja, os males que nos afligem e exaltar a felicidade geral, irrestrita e passageira.
Pode ser. Mas, desse que jamais perdeu a esperança, receba um sonoro Feliz Ano-Novo – agora e sempre!
Luciano Siqueira
Nos cartões que nos chegam pelos correios, nas mensagens via e-mail e torpedos no celular: Boas Festas e Feliz Ano-Novo! Com ligeiras variações, a saudação se repete aos milhares, confirmando relações de apreço e amizade ou como um gesto formal de alguns que, ocupando postos de relevo na área pública ou privada, sentem-se no dever de praticá-lo.
De toda sorte, desejamos, sim, uns aos outros, um Ano-Novo benfazejo, com maior ou menor convicção do que estamos dizendo. E o grau de convicção se expressa com certa nitidez quando o cumprimento é feito pessoalmente.
- Torço para que você tenha um 2008 de muita alegria e paz, amigo!
- Pra você também.
- Oxente, você responde assim desanimado... tá faltando firmeza.
- Claro que desejo um bom 2008 pra você. O problema é meu, não tenho a menor certeza do que vou enfrentar pela frente.
- Como assim, cadê seus planos? Você sempre foi um cara de fazer planos pessoais, mesmo no tempo difícil da militância sob ditadura militar, lembra?
- Verdade, sempre fui otimista. Mas hoje, amigo velho, que pode esperar do Ano-Novo um sujeito como eu afundado em dúvidas, desenganos e dívidas?
- Puxa, rapaz, não fale assim. Todo mundo tem problemas, mas nem por isso se deixa abater na passagem de ano.
- Pois é, se a gente se encontrar no réveillon você vai ver o que é animação. Depois da segunda dose, ninguém me segura. Prometo que serei o mais animado da festa. Mas, no dia seguinte... dia seguinte é pauleira, velho!
Despedimo-nos quando a moça da TAM chamou os passageiros do vôo para o Rio de Janeiro – conversávamos no salão de embarque do aeroporto, e seguiríamos em vôos diferentes – e nosso diálogo foi interrompido por um quase protocolar boa viagem. Mas nas duas horas e tanto do trecho Recife-Brasília, as palavras do amigo não saíam da mente. Quantas pessoas, como o amigo infeliz, estarão nas celebrações do réveillon exibindo uma alegria falsa, artificial, dissonante do seu real estado de espírito?
Pouco importa, diria outro amigo, mestre conceituado de festas e farras, para quem as comemorações, o uísque e os abraços efusivos servem mesmo para isso: para disfarçar, por um instante que seja, os males que nos afligem e exaltar a felicidade geral, irrestrita e passageira.
Pode ser. Mas, desse que jamais perdeu a esperança, receba um sonoro Feliz Ano-Novo – agora e sempre!
27 dezembro 2009
Clima & interesses escusos
No Vermelho, por Eduardo Bomfim:
Nevascas
As poderosas nevascas que se abatem sobre a Europa e o norte dos Estados Unidos até parecem querer desmistificar os eco-fundamentalistas que pintaram e bordaram antes e durante a recente conferência sobre o clima em Copenhague.
O bombardeio internacional midiático, durante a conferência, dizia que aquelas eram as últimas oportunidades para se impedir o aquecimento global irreversível e galopante do planeta decorrente das emissões de CO2 pelo ser humano.
Sabemos que as emissões de CO2 são produzidas, além do homem, em sua esmagadora maioria através da própria natureza, com a decomposição orgânica vegetal, e pelos oceanos, esses os maiores produtores de gás carbônico essencial à vida na Terra.
Mas a grande maioria das pessoas tem sido educada ultimamente através de mitos sobre o aquecimento global e somos todos de uma forma ou de outra vítimas da desinformação consciente de vários cientistas, em detrimento da maioria deles, e de muitas ONGs, sobre esse tema tão fundamental como o efeito estufa. O porque disso foi revelado de maneira escancarada nos desencontros de Copenhague. E a causa é mesmo o dinheiro e a busca do maior lucro, em um fundo ambiental global que em médio prazo pode somar alguns trilhões de dólares.
Sempre é perigoso, ou mesmo trágico, quando se procura conquistar a humanidade através de grandes mentiras porque o que se tenta criar na verdade é um novo e bilionário nicho de mercado sob a hegemonia dos países mais ricos.
E ao mesmo tempo induzir a alternativas energéticas inviáveis às nações emergentes, principalmente as mais pobres, condenando-as ao subdesenvolvimento inexorável e à subordinação econômica e tecnológica. A conferência de Copenhague que poderia ter sido sobre a inadiável defesa e soluções para o meio ambiente massacrado, a poluição das indústrias, as florestas destruídas, os mares sujos e rios apodrecidos, as cidades envenenadas, transformou-se em uma mega disputa por uma cifra trilionária em um espírito mercadológico radicalmente neoliberal.
Enfim, um assunto de tamanha gravidade vem sendo manobrado com fins ideológicos, hegemonistas e principalmente financeiros, contrariando os objetivos sérios e altruístas que sempre conduziram a ciência e a luta ambiental em outros períodos recentes.
Nevascas
As poderosas nevascas que se abatem sobre a Europa e o norte dos Estados Unidos até parecem querer desmistificar os eco-fundamentalistas que pintaram e bordaram antes e durante a recente conferência sobre o clima em Copenhague.
O bombardeio internacional midiático, durante a conferência, dizia que aquelas eram as últimas oportunidades para se impedir o aquecimento global irreversível e galopante do planeta decorrente das emissões de CO2 pelo ser humano.
Sabemos que as emissões de CO2 são produzidas, além do homem, em sua esmagadora maioria através da própria natureza, com a decomposição orgânica vegetal, e pelos oceanos, esses os maiores produtores de gás carbônico essencial à vida na Terra.
Mas a grande maioria das pessoas tem sido educada ultimamente através de mitos sobre o aquecimento global e somos todos de uma forma ou de outra vítimas da desinformação consciente de vários cientistas, em detrimento da maioria deles, e de muitas ONGs, sobre esse tema tão fundamental como o efeito estufa. O porque disso foi revelado de maneira escancarada nos desencontros de Copenhague. E a causa é mesmo o dinheiro e a busca do maior lucro, em um fundo ambiental global que em médio prazo pode somar alguns trilhões de dólares.
Sempre é perigoso, ou mesmo trágico, quando se procura conquistar a humanidade através de grandes mentiras porque o que se tenta criar na verdade é um novo e bilionário nicho de mercado sob a hegemonia dos países mais ricos.
E ao mesmo tempo induzir a alternativas energéticas inviáveis às nações emergentes, principalmente as mais pobres, condenando-as ao subdesenvolvimento inexorável e à subordinação econômica e tecnológica. A conferência de Copenhague que poderia ter sido sobre a inadiável defesa e soluções para o meio ambiente massacrado, a poluição das indústrias, as florestas destruídas, os mares sujos e rios apodrecidos, as cidades envenenadas, transformou-se em uma mega disputa por uma cifra trilionária em um espírito mercadológico radicalmente neoliberal.
Enfim, um assunto de tamanha gravidade vem sendo manobrado com fins ideológicos, hegemonistas e principalmente financeiros, contrariando os objetivos sérios e altruístas que sempre conduziram a ciência e a luta ambiental em outros períodos recentes.
Noção de processo
Sugestão de domingo: Todo “depois” é precedido de um “antes” e um “durante”. Construa o que deseja com calma, consciência e determinação.
26 dezembro 2009
Elegância por quase nada…
Blog e Twitter
. De férias até o dia 3 de janeiro, em São José da Coroa Grande, assim mesmo aqui no blog e pelo Twitter darei notícias aos amigos e amigas. Sobre amenidades de preferência...
. De toda forma, segunda-feira estarei no Recife para a sessão solene de encerramento do ano legislativo na Câmara Municipal.
. De toda forma, segunda-feira estarei no Recife para a sessão solene de encerramento do ano legislativo na Câmara Municipal.
Serra e o Papai Noel
. Perguntado por um jornalista o que pediria a Papai Noel neste Natal, o governador José Serra, provável candidato tucano à presidência da República, respondeu de pronto: “O melhor para os paulistas.”
. Mas se o homem pretende presidir o Brasil, por que não desejou o melhor “para os brasileiros”?
. Mas se o homem pretende presidir o Brasil, por que não desejou o melhor “para os brasileiros”?
. Coisa de quem vê o país a partir da Avenida Paulista.
25 dezembro 2009
Ninguém é de ferro
. Uns dias na praia, que ninguém é de ferro. Daqui a pouco segue o comboio familiar para São José da Coroa Grande. Eu dirijo o carro da frente, mas quem comanda tudo é Miguel, o neto de 4 anos, auxiliado por Pedro, 10 anos, e Joana, 2.
. Essa turminha fará a algazarra geral, contudo s/cercear meus livros, a música e o mar.
. Essa turminha fará a algazarra geral, contudo s/cercear meus livros, a música e o mar.
24 dezembro 2009
Bom dia, Vinícius de Moraes
Poema de Natal
Para isso fomos feitos:
Para isso fomos feitos:
Para lembrar e ser lembrados
Para chorar e fazer chorar
Para enterrar os nossos mortos —
Por isso temos braços longos para os adeuses
Mãos para colher o que foi dado
Dedos para cavar a terra.
Assim será nossa vida:
Uma tarde sempre a esquecer
Uma estrela a se apagar na treva
Um caminho entre dois túmulos —
Por isso precisamos velar
Falar baixo, pisar leve, ver
A noite dormir em silêncio.
Não há muito o que dizer:
Uma canção sobre um berço
Um verso, talvez de amor
Uma prece por quem se vai —
Mas que essa hora não esqueça
E por ela os nossos corações
Se deixem, graves e simples.
Pois para isso fomos feitos:
Para a esperança no milagre
Para a participação da poesia
Para ver a face da morte —
De repente nunca mais esperaremos...
Hoje a noite é jovem; da morte, apenas
Nascemos, imensamente.
23 dezembro 2009
Muita gente boa no aniversário de Luciana
. O Barroso ficou pequeno para tanta gente que foi abraçar Luciana Santos, ontem à noite, pelo seu aniversário.
. Taí um lugar em que se falou de política o tempo todo – pelo menos comigo – de maneira equilibrada e calorosa, longe de intrigas e peruas.
. Taí um lugar em que se falou de política o tempo todo – pelo menos comigo – de maneira equilibrada e calorosa, longe de intrigas e peruas.
Mercadante devia ter ficado calado
. Inoportuna a intervenção de Aloisio Mercadante condicionando o apoio de Lula a Eduardo à retirada de Ciro Gomes da sucessão presidencial.
. Se as coisas se resolvessem assim não haveria necessidade de avaliações de cenários e diálogo entre partidos. A política seria pobre demais.
. Se as coisas se resolvessem assim não haveria necessidade de avaliações de cenários e diálogo entre partidos. A política seria pobre demais.
20 dezembro 2009
Lula no nível mais alto de popularidade
No Vermelho:
Datafolha: Com 72% de aprovação, governo Lula bate novo recorde
. Ao entrar no último ano do segundo mandato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva alcança o mais alto patamar de popularidade desde a posse em 2003. Segundo pesquisa Datafolha realizada entre os dias 14 e 18, 72% dos entrevistados consideram o governo de Lula ótimo ou bom, um crescimento de cinco pontos percentuais em relação à última sondagem, feita em agosto.
. Trata-se da maior aprovação já obtida por um presidente desde que o Datafolha começou a fazer avaliações sobre o governo federal, em 1990.
. Já 21% consideram o governo do petista regular, enquanto para apenas 6% a administração é ruim ou péssima. A margem de erro é de dois pontos percentuais. Lula também obteve a melhor nota média (7,7), numa escala de 0 a 10, de toda a sua gestão até o momento.
. Na pesquisa feita em agosto, 67% consideravam o governo de Lula ótimo ou bom. Os números mostram que, mesmo em um ano de crise e em que o governo esteve sob forte ataque da mídia - que investiu pesado nas críticas à política externa do país e em denúncias contra o presidente do Senado, José Sarney -, a popularidade do presidente não sofreu abalos significativos ao longo de 2009, tendo a avaliação positiva oscilado entre 65% e 72%.
. O Nordeste permanece como a região em que o presidente Lula apresenta o mais alto índice de popularidade, 81%, enquanto no Sul do país obtém o pior índice, ainda assim elevado, com 62% de aprovação. No corte por renda, a melhor avaliação de Lula é entre os que ganham de 0 a 5 salários mínimos, faixa em que chega a 73%.
Datafolha: Com 72% de aprovação, governo Lula bate novo recorde
. Ao entrar no último ano do segundo mandato, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva alcança o mais alto patamar de popularidade desde a posse em 2003. Segundo pesquisa Datafolha realizada entre os dias 14 e 18, 72% dos entrevistados consideram o governo de Lula ótimo ou bom, um crescimento de cinco pontos percentuais em relação à última sondagem, feita em agosto.
. Trata-se da maior aprovação já obtida por um presidente desde que o Datafolha começou a fazer avaliações sobre o governo federal, em 1990.
. Já 21% consideram o governo do petista regular, enquanto para apenas 6% a administração é ruim ou péssima. A margem de erro é de dois pontos percentuais. Lula também obteve a melhor nota média (7,7), numa escala de 0 a 10, de toda a sua gestão até o momento.
. Na pesquisa feita em agosto, 67% consideravam o governo de Lula ótimo ou bom. Os números mostram que, mesmo em um ano de crise e em que o governo esteve sob forte ataque da mídia - que investiu pesado nas críticas à política externa do país e em denúncias contra o presidente do Senado, José Sarney -, a popularidade do presidente não sofreu abalos significativos ao longo de 2009, tendo a avaliação positiva oscilado entre 65% e 72%.
. O Nordeste permanece como a região em que o presidente Lula apresenta o mais alto índice de popularidade, 81%, enquanto no Sul do país obtém o pior índice, ainda assim elevado, com 62% de aprovação. No corte por renda, a melhor avaliação de Lula é entre os que ganham de 0 a 5 salários mínimos, faixa em que chega a 73%.
O Brasil e o seu destino
No Vermelho, por Eduardo Bomfim:
A emergência de um povo
O Brasil vive atualmente o surgimento de uma nova fase histórica que se expressa em múltiplas possibilidades estratégicas o que vale dizer para além do cenário conjuntural tanto nos aspectos econômicos quanto nos políticos.
A grosso modo ela representa o contínuo histórico iniciado pela revolução de 1930 a qual entre avanços e recuos, idas e vindas, superação e deficiências, condições internacionais e internas propícias ou adversas, consolidou em definitivo uma etapa da nação brasileira. Todas as batalhas políticas subsequentes às rupturas de 1930 procuraram fazer avançar ou retroceder o que naquela época foi consagrado em termos de relações de poder, conquistas sociais, normas jurídicas e infra-estrutura econômica.
O caráter incompleto dessa revolução, fundamentalmente burguesa, fez com que as velhas elites agrárias que detinham anteriormente o comando geral da República tivessem forças suficientes para tentarem a manutenção das estruturas que lhes sobraram como principal força coadjuvante do processo, e buscarem sempre reaver os antigos privilégios.
As décadas de cinquenta e sessenta foram testemunhas de grandes momentos para o Brasil como o segundo governo Vargas, a era de ouro de Juscelino e a tentativa de reformas de base de Jango. Nessa caminhada histórica, valiosas conquistas foram consagradas e outras oportunidades foram abortadas ou perdidas.
Mas neste início do século 21 as condições econômicas, sociais e políticas, externas e internas, estão favorecendo imensamente a possibilidade do Brasil dar um salto através de um novo projeto nacional de desenvolvimento.
As bases para esse salto estão em seu persistente crescimento econômico que deverá passar de 5,5% em 2010, apesar da crise internacional, em seu crescente parque industrial, na competitividade exportadora da agroindústria, na ausência de dívida externa, no ascendente papel geopolítico internacional.
Mas é preciso consolidar e ampliar o seu poderoso mercado interno através da geração de dezenas de milhões de novos empregos, construir avançadas estruturas de saúde, habitação e educação para os novos cidadãos de uma República que pode se restaurar em crescente justiça social.
Mas o elemento fundamental tem sido o criativo trabalhador brasileiro, exemplo de resistência, sabedoria e altivez digna de uma nação soberana.
A emergência de um povo
O Brasil vive atualmente o surgimento de uma nova fase histórica que se expressa em múltiplas possibilidades estratégicas o que vale dizer para além do cenário conjuntural tanto nos aspectos econômicos quanto nos políticos.
A grosso modo ela representa o contínuo histórico iniciado pela revolução de 1930 a qual entre avanços e recuos, idas e vindas, superação e deficiências, condições internacionais e internas propícias ou adversas, consolidou em definitivo uma etapa da nação brasileira. Todas as batalhas políticas subsequentes às rupturas de 1930 procuraram fazer avançar ou retroceder o que naquela época foi consagrado em termos de relações de poder, conquistas sociais, normas jurídicas e infra-estrutura econômica.
O caráter incompleto dessa revolução, fundamentalmente burguesa, fez com que as velhas elites agrárias que detinham anteriormente o comando geral da República tivessem forças suficientes para tentarem a manutenção das estruturas que lhes sobraram como principal força coadjuvante do processo, e buscarem sempre reaver os antigos privilégios.
As décadas de cinquenta e sessenta foram testemunhas de grandes momentos para o Brasil como o segundo governo Vargas, a era de ouro de Juscelino e a tentativa de reformas de base de Jango. Nessa caminhada histórica, valiosas conquistas foram consagradas e outras oportunidades foram abortadas ou perdidas.
Mas neste início do século 21 as condições econômicas, sociais e políticas, externas e internas, estão favorecendo imensamente a possibilidade do Brasil dar um salto através de um novo projeto nacional de desenvolvimento.
As bases para esse salto estão em seu persistente crescimento econômico que deverá passar de 5,5% em 2010, apesar da crise internacional, em seu crescente parque industrial, na competitividade exportadora da agroindústria, na ausência de dívida externa, no ascendente papel geopolítico internacional.
Mas é preciso consolidar e ampliar o seu poderoso mercado interno através da geração de dezenas de milhões de novos empregos, construir avançadas estruturas de saúde, habitação e educação para os novos cidadãos de uma República que pode se restaurar em crescente justiça social.
Mas o elemento fundamental tem sido o criativo trabalhador brasileiro, exemplo de resistência, sabedoria e altivez digna de uma nação soberana.
O peru de Natal e a ciência
Ciência Hoje Online, por Sergio Danilo Pena:
Em espírito festivo, Sergio Pena discute as confusões taxonômicas a que está sujeita essa ave e, a partir de uma parábola natalina, convida seus leitores a se espelharem no filósofo cético David Hume.
. Está chegando mais um Natal. É época de comer peru! De fato, a ave tornou-se para nós um dos elementos mais importantes dos festejos de fim de ano, um verdadeiro ícone.
. Em seu famoso conto “Peru de Natal” (que inspirou o título dessa coluna), o literato paulista Mário de Andrade (1893-1945) descreve com precisão uma ceia de sua adolescência: “O único morto ali era o peru, dominador, completamente vitorioso”.
. Em seu famoso conto “Peru de Natal” (que inspirou o título dessa coluna), o literato paulista Mário de Andrade (1893-1945) descreve com precisão uma ceia de sua adolescência: “O único morto ali era o peru, dominador, completamente vitorioso”.
Uma confusão de nomes - O peru tem tido sérios problemas de identidade ao longo dos séculos. De fato, o nome é dado a uma ou outra de duas espécies de grandes aves selvagens do gênero Meleagris nas Américas. Uma das espécies (Meleagris gallopavo), chamada de peru selvagem no seu estado natural nas florestas dos Estados Unidos e México, foi domesticada pelos astecas muito antes da chegada de Colombo e constitui o nosso contemporâneo peru de Natal. A outra espécie, Meleagris ocellata, é indígena da península de Iucatã e América Central e nunca foi domesticada.
. Com a chegada dos europeus às Américas, os perus passaram a ser vítimas de grande confusão taxonômica e terminológica. Primeiro eles foram incorretamente identificados como sendo uma espécie de galinha d’angola (Numida meleagris) que, em inglês, é chamada de guinea fowl ou turkey-cock. Esse último nome veio do fato de que, na Inglaterra, as galinhas d’angola eram importadas através da Turquia (“Turkey”). O nome desse país passou então a ser metonimicamente empregado para designar a nova ave encontrada nas Américas. A confusão é refletida no fato de que o gênero taxonômico do peru – Meleagris – quer dizer galinha d’angola em grego.
. Em outras línguas, são mais comuns referências à Índia. Isso provavelmente se deve à confusão das Américas com a Índia, que remonta a Colombo, e também a uma tendência a dar nomes de terras estrangeiras e longínquas a animais igualmente exóticos. E para os Europeus as Índias, a Turquia e a Guiné, na África, eram nomes genéricos para lugares similarmente exóticos. Assim, por exemplo, o mamífero sul-americano que chamamos em português de porquinho-da-índia (Cavia porcellus) é chamado de guinea pig pelos ingleses.
. Dessa maneira, em turco, o peru é chamado de hindi que quer dizer "vindo da Índia". De forma similar temos o francês dinde ("da Índia"), o hebraico tarnegol hodu (תרנגול הודו), que literalmente significa “galinha indiana”, e o russo indiuk (индюк), que também se refere à Índia. A palavra em holandês é kalkoen, derivada da cidade de Calicute na Índia – o mesmo ocorre em dinamarquês, norueguês e sueco.
. De forma curiosa, em grego o peru é gallopoula que significa "ave francesa" e no gálico escocês é cearc frangais, ou seja, "galinha francesa".
. Leia o texto completo http://cienciahoje.uol.com.br/colunas/deriva-genetica/o-peru-de-natal-e-a-ciencia-1
Bom dia, Paulo Freire
Canção óbvia
Paulo Freire
Escolhi a sombra desta árvore para
Paulo Freire
Escolhi a sombra desta árvore para
repousar do muito que farei,
enquanto esperarei por ti.
Quem espera na pura espera
vive um tempo de espera vã.
Por isto, enquanto te espero
trabalharei os campos e
conversarei com os homens
Suarei meu corpo, que o sol queimará;
minhas mãos ficarão calejadas;
meus pés aprenderão o mistério dos caminhos;
meus ouvidos ouvirão mais,
meus olhos verão o que antes não viam,
enquanto esperarei por ti.
Não te esperarei na pura espera
porque o meu tempo de espera é um
tempo de quefazer.
Desconfiarei daqueles que virão dizer-me,
em voz baixa e precavidos:
É perigoso agir
É perigoso falar
É perigoso andar
É perigoso, esperar, na forma em que esperas,
por que esses recusam a alegria de tua chegada.
Desconfiarei também daqueles que virão dizer-me,
com palavras fáceis, que já chegaste,
porque esses, ao anunciar-te ingenuamente,
antes te denunciam.
Estarei preparando a tua chegada
como o jardineiro prepara o jardim
para a rosa que se abrirá na primavera.
19 dezembro 2009
Conquista cotidiana
“A vida pode florescer numa existência inteira. Mas tem que ser buscada, tem que ser conquistada.” – De Lya Luft, no cartão de fim de ano de Renato Rabelo, presidente nacional do PCdoB.
Já são 480, em breve chegaremos a 500
. É o número dos que me “seguem” no twitter http://twitter.com/lucianoPCdoB.
. Comecei por sugestão de jornalistas sem desconfiar que essa é uma maneira ágil e simples de nos comunicarmos. Agora faço meus registros diários com enorme prazer. E me informo em tempo real – sobre o que acontece no mundo e no Brasil e sobre o que os amigos têm a me dizer.
. Se você ainda não está no Twitter, experimente. Quem sabe a gente possa se “falar” com maior constância.
. Comecei por sugestão de jornalistas sem desconfiar que essa é uma maneira ágil e simples de nos comunicarmos. Agora faço meus registros diários com enorme prazer. E me informo em tempo real – sobre o que acontece no mundo e no Brasil e sobre o que os amigos têm a me dizer.
. Se você ainda não está no Twitter, experimente. Quem sabe a gente possa se “falar” com maior constância.
Passado versus futuro
. No tucanato fala-se em Itamar para vice de Serra. Boa escolha. Ajudará a polarização da disputa.
. Será Serra passado (FHC, Itamar, etc.) versus Dilma futuro (Lula, derrota da ALCA, retomada do crescimento, etc.).
. Será Serra passado (FHC, Itamar, etc.) versus Dilma futuro (Lula, derrota da ALCA, retomada do crescimento, etc.).
18 dezembro 2009
Sem Aécio, Serra numa encruzilhada
. Aécio desiste da postulação. Serra agora não tem como fugir da peleja. Se antes procurava ganhar tempo até que o cenário se apresentasse com mais clareza, agora terá que encarar a tarefa.
. Daí o tucanato e quejandos desejarem que o governador de Minas tope ser o vice na chapa oposicionista. Praticamente impossível. Aécio tem quilometragem rodada e sabe que entre um papel secundário ao lado de Serra numa disputa adversa e uma candidatura ao Senado, a segunda hipótese parece mais confortável.
. Demais, a polarização entre dois projetos de país diametralmente opostos, o tal pleito plebiscitário que tanto amedronta os oposicionistas e desagrada a grande mídia, torna-se inevitável. Pois dificilmente Ciro Gomes, pelo PSB, entrará na guerra e Marina Silva, do PV, não terá chão para assentar os pés.
. Daí o tucanato e quejandos desejarem que o governador de Minas tope ser o vice na chapa oposicionista. Praticamente impossível. Aécio tem quilometragem rodada e sabe que entre um papel secundário ao lado de Serra numa disputa adversa e uma candidatura ao Senado, a segunda hipótese parece mais confortável.
. Demais, a polarização entre dois projetos de país diametralmente opostos, o tal pleito plebiscitário que tanto amedronta os oposicionistas e desagrada a grande mídia, torna-se inevitável. Pois dificilmente Ciro Gomes, pelo PSB, entrará na guerra e Marina Silva, do PV, não terá chão para assentar os pés.
17 dezembro 2009
Mais investimentos em capital fixo
. A expectativa é da CNI (Confederação Nacional da Indústria): 61,8% das empresas pretendem aumentar a compra de máquinas e equipamentos em 2010.
. Isto de acordo com a pesquisa Investimentos na Indústria, divulgada hoje.
. No ano passado, apenas 46,3% das empresas investiram este ano como haviam planejado, em razão das incertezas econômicas e à necessidade de reavaliação da demanda por causa da crise econômica mundial.
. O valor médio de investimentos em máquinas e equipamentos deverá aumentar dos R$ 3,5 milhões, em 2009, para R$ 4,3 milhões, em 2010.
. Isto de acordo com a pesquisa Investimentos na Indústria, divulgada hoje.
. No ano passado, apenas 46,3% das empresas investiram este ano como haviam planejado, em razão das incertezas econômicas e à necessidade de reavaliação da demanda por causa da crise econômica mundial.
. O valor médio de investimentos em máquinas e equipamentos deverá aumentar dos R$ 3,5 milhões, em 2009, para R$ 4,3 milhões, em 2010.
16 dezembro 2009
O debate entre Guerra e Armando
. Têm lá o senador e o deputado suas razoes para a polêmica que se desenrola pelos jornais, nos termos que se apresenta. Longe de mim inteferir no assunto.
. Mas bem que gostaria que polemizassem, sim, porém sobre temas centrais do interesse do país e de Pernambuco.
. Mas bem que gostaria que polemizassem, sim, porém sobre temas centrais do interesse do país e de Pernambuco.
Mais uma previsão sobre o PIB
. Cada um faz a sua. A da Confederação Nacional da Indústria (CNI) é de que a retomada do crescimento econômico deve atingir, em 2010, um PIB de 5,5%%.
. Está no Informe Conjuntural da CNI, divulgado ontem. Para o setor industrial, a expectativa é de um crescimento de 7%.
. Ainda de acordo com o estudo, o consumo das famílias na variação anual deve passar de 3,7% do total da economia em 2009 para 5,6% em 2010.
. Já a formação bruta de capital fixo (investimentos), que neste ano foi de -10,8%, passa para 14% em 2010.
. Está no Informe Conjuntural da CNI, divulgado ontem. Para o setor industrial, a expectativa é de um crescimento de 7%.
. Ainda de acordo com o estudo, o consumo das famílias na variação anual deve passar de 3,7% do total da economia em 2009 para 5,6% em 2010.
. Já a formação bruta de capital fixo (investimentos), que neste ano foi de -10,8%, passa para 14% em 2010.
Bom dia, Geir Campos
TAREFA
Morder o fruto amargo e não cuspir
mas avisar aos outros quanto é amargo,
cumprir o trato injusto e não falhar
mas avisar aos outros quanto é injusto,
sofrer o esquema falso e não ceder
mas avisar aos outros quanto é falso;
dizer também que são coisas mutáveis...
E quando em muitos a noção pulsar
— do amargo e injusto e falso por mudar —
então confiar à gente exausta o plano
de um mundo novo e muito mais humano.
15 dezembro 2009
Acerto de Contas destaca nossa iniciativa
No Acerto de Contas, por Marcos Bahé:
O bom exemplo de Luciano Siqueira
. Quem passou pelo cruzamento da rua da Aurora com a avenida Norte, ontem, viu uma cena inusitada no Recife. O vereador Luciano Siqueira (PCdoB) e alguns militantes distribuíam panfletos com a prestação de contas das atividades do parlamentar no ano de 2009.
. Bem, conheço Luciano há mais de 20 anos e sei que ele é um oásis no deserto intelectual e ético em que se transformou a Câmara dos Vereadores do Recife. Sua ação pode até não inspirar seus colegas na Casa José Mariano. Mas talvez inspire alguns eleitores a pensar melhor sobre seu voto nas eleições futuras.
Conferência Nacional de Comunicação
No Vermelho:
Lula critica empresários por boicote à Conferência de Comunicação
. A ausência de seis das oito entidades empresariais na 1ª Conferência Nacional de Comunicação, que começou nesta segunda (14) à noite, no Centro de Convenções Ulisses Guimarães em Brasília, foi duramente criticada na abertura do evento. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva mandou um recado direto aos grupos parabenizando os que tiveram “coragem” de comparecer.
. A ausência de seis das oito entidades empresariais na 1ª Conferência Nacional de Comunicação, que começou nesta segunda (14) à noite, no Centro de Convenções Ulisses Guimarães em Brasília, foi duramente criticada na abertura do evento. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva mandou um recado direto aos grupos parabenizando os que tiveram “coragem” de comparecer.
. Discursou no evento Johnny Saad, presidente da Associação Brasileira de Radiodifusores (Abra), que é encabeçada pelo grupo Bandeirantes e pela Rede TV. Ele provocou a manifestação do plenário contra a Rede Globo ao dizer que nas emissoras abertas é necessário a diversidade e pluralidade, mas isso não acontece porque “uma única organização não deixa isso acontecer”.
. Quero aqui fazer um agradecimento especial à participação dos empresários que não tiveram medo de vir nesta Conferência participar do processo de democratização”, disse o presidente sob aplauso dos mais de 1.600 delegados presentes ao evento.
. Referindo-se ainda ao boicote desse segmento, o presidente destacou a realização das 27 Conferências Estaduais que aconteceram sem nenhum conflito entre os diversos representantes de entidades sociais, empresariais e públicos.
. “Por isso mesmo lamento que alguns atores da área da comunicação tenham preferido se ausentar dessa conferência temendo sabe-se lá o quê. Perderam uma ótima oportunidade para conversar, defender suas ideais, lançar pontes e derrubar muros. Eu que sou um homem de conversa e de diálogo volto a dizer: lamento, mas cada um é dono de suas decisões e sabe onde lhe aperta o calo, bola pra frente e vamos tocar nossa conferência”, disse Lula.
Vaia a Hélio Costa - O ministro das Comunicações, Hélio Costa, considerado por muitos como representante dos empresários que boicotaram o evento, recebeu estrondosas vaias de delegados que também o criticaram por tentar inviabilizar o evento. Mesmo assim, o ministro terminou seu discurso destacando a inédita realização da Conferência e a coragem do presidente Lula de realizá-la.
. O coordenador do Fórum Nacional da Democratização da Comunicação (FNDC), Celso Schroeder, destacou o papel do movimento social na efetivação do evento. Disse que a Conferência rompeu o silêncio e permitirá construir uma agenda na área que vai possibilitar a elaboração de políticas públicas no setor.
. Schroeder também cobrou do governo o compromisso com a convocação da próxima Conferência, uma vez que o processo estava apenas começando.
. A secretária de comunicação da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Rosane Bertotti, fez um cumprimento especial às mulheres que ao longo das etapas estaduais se destacaram trazendo a questão de gênero para o debate.
. A Conferência homenageou o jornalista Daniel Hertz, morto em 2006 em decorrência de um câncer. Ele dedicou a maior parte da sua vida à luta pela democratização da comunicação. Seus dois filhos receberam uma placa em sua homenagem.Da Sacursal de Brasília,Iram Alfaia
14 dezembro 2009
No ato da gratuidade da UPE
Transcrevo notas curtos que registrei no Twitter através do celular:
. Gratuidade da UPE: conquista do movimento estudantil, compromisso que Eduardo cumpre.
. Por extensão, uma vitória de todo o povo.
. Virgínia Barros, presidente da UEP e Augusto Chagas, presidente da UNE, autografam camisa da Campanha p/Gratuidade p/o gov. Eduardo Campos.
. Renildo Calheiros, prefeito de Olinda, fala como ex-presidente da UNE. Resgata a tradição libertária do movimento estudantil.
. Luciana Santos destaca o papel das Universidades públicas p/o desenvolvimento nacional.
. Eduardo Campos situa a gratuidade da UPE como parte da derrota da ideologia neoliberal e do fortalecimento da educação pública.
. Detalhe: da vasta mesa participam, pelos cargos que ocupam cinco dirigentes do PCdoB, três da direção nacional. Dirigentes nacionais: Luciana Santos, Renildo Calheiros e Augusto Chagas. Estaduais: Virgínia Barros e o reitor José Weber, da UNIVASF.
. Gratuidade da UPE: conquista do movimento estudantil, compromisso que Eduardo cumpre.
. Por extensão, uma vitória de todo o povo.
. Virgínia Barros, presidente da UEP e Augusto Chagas, presidente da UNE, autografam camisa da Campanha p/Gratuidade p/o gov. Eduardo Campos.
. Renildo Calheiros, prefeito de Olinda, fala como ex-presidente da UNE. Resgata a tradição libertária do movimento estudantil.
. Luciana Santos destaca o papel das Universidades públicas p/o desenvolvimento nacional.
. Eduardo Campos situa a gratuidade da UPE como parte da derrota da ideologia neoliberal e do fortalecimento da educação pública.
. Detalhe: da vasta mesa participam, pelos cargos que ocupam cinco dirigentes do PCdoB, três da direção nacional. Dirigentes nacionais: Luciana Santos, Renildo Calheiros e Augusto Chagas. Estaduais: Virgínia Barros e o reitor José Weber, da UNIVASF.
João Paulo e João da Costa na mesma trilha
No Blog da Folha, por Valdecarlos Alves
Luciano Siqueira não vê "divórcio" entre João Paulo e João da Costa
. Apesar do evidente afastamento do atual prefeito do Recife, João da Costa (PT), com o ex-prefeito e correligionário João Paulo, o vereador Luciano Siqueira (PCdoB), que atuou como vice-prefeito na PCR por oito anos, disse que não vê nenhum "divórcio" entre os petistas. "Estão apenas cumprindo papéis diferentes", afirmou o comunista ao Blog.Siqueira lembrou que trabalhou com os petistas durante os dois mandatos de João Paulo e ainda não havia conversado com eles sobre o assunto, mas sente que o próprio curso das forças aliadas irá ser favorável para um entendimento mais a frente.
. Hoje pela manhã, o parlamentar recifense fez panfletagem no cruzamento da rua da Aurora com a avenida Norte (próximo à ponte do Limoeiro). O comunista entregou o boletim de prestação de contas dos primeiros nove meses do mandato na Casa José Mariano. Um gesto, segundo ele, que era feito quando ele era o vice de João Paulo. "Visitei 27 cruzamentos da cidade das 7h até as 8h. Depois seguia para a PCR".
Luciano Siqueira não vê "divórcio" entre João Paulo e João da Costa
. Apesar do evidente afastamento do atual prefeito do Recife, João da Costa (PT), com o ex-prefeito e correligionário João Paulo, o vereador Luciano Siqueira (PCdoB), que atuou como vice-prefeito na PCR por oito anos, disse que não vê nenhum "divórcio" entre os petistas. "Estão apenas cumprindo papéis diferentes", afirmou o comunista ao Blog.Siqueira lembrou que trabalhou com os petistas durante os dois mandatos de João Paulo e ainda não havia conversado com eles sobre o assunto, mas sente que o próprio curso das forças aliadas irá ser favorável para um entendimento mais a frente.
. Hoje pela manhã, o parlamentar recifense fez panfletagem no cruzamento da rua da Aurora com a avenida Norte (próximo à ponte do Limoeiro). O comunista entregou o boletim de prestação de contas dos primeiros nove meses do mandato na Casa José Mariano. Um gesto, segundo ele, que era feito quando ele era o vice de João Paulo. "Visitei 27 cruzamentos da cidade das 7h até as 8h. Depois seguia para a PCR".
13 dezembro 2009
Nas ruas, prestando contas
. Nesta segunda-feira, desde 7h, estarei no cruzamento da Rua da Aurora com a Av. Norte, entregando pessoalmente, com equipe que me assessora, boletim de prestação de contas do nosso mandato de vereador.
. Para cumprir compromisso de campanha e submeter nosso trabalho à avaliação crítica da população.
. Para cumprir compromisso de campanha e submeter nosso trabalho à avaliação crítica da população.
Pela vitória do campo de Lula e pelo fortalecimento do PCdoB
No Vermelho, por Pedro Oliveira:
. Foi realizada em São Paulo, na última sexta-feira (11), a primeira reunião da Comissão Política Nacional do PCdoB após seu último Congresso. O encontro analisou o quadro nacional e internacional fixando as preocupações do Partido para o ano de 2010. A CPN também debateu o sistema nacional de direção partidária, o seu regimento interno e o cronograma de atividades para o próximo ano tendo em vista a realização da reunião do Comitê Central no início de fevereiro.
. Segundo o presidente do PCdoB, Renato Rabelo, o grande desafio partidário na atualidade é enfrentar a verdadeira guerra política das eleições de 2010. Certamente este ano que vem será composto de mil batalhas com repercussões profundas no Programa aprovado no 12º. Congresso do Partido, especialmente no que se refere ao caminho, à construção de um Novo Projeto Nacional de Desenvolvimento. Se perdermos esta possibilidade de dar curso ao ciclo político inaugurado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva com a volta dos tucanos ao centro do poder nacional, ponderou Renato, as perspectivas políticas que se abriram neste período podem ser desperdiçadas.
. Leia a matéria na íntegra http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=121190&id_secao=141
. Foi realizada em São Paulo, na última sexta-feira (11), a primeira reunião da Comissão Política Nacional do PCdoB após seu último Congresso. O encontro analisou o quadro nacional e internacional fixando as preocupações do Partido para o ano de 2010. A CPN também debateu o sistema nacional de direção partidária, o seu regimento interno e o cronograma de atividades para o próximo ano tendo em vista a realização da reunião do Comitê Central no início de fevereiro.
. Segundo o presidente do PCdoB, Renato Rabelo, o grande desafio partidário na atualidade é enfrentar a verdadeira guerra política das eleições de 2010. Certamente este ano que vem será composto de mil batalhas com repercussões profundas no Programa aprovado no 12º. Congresso do Partido, especialmente no que se refere ao caminho, à construção de um Novo Projeto Nacional de Desenvolvimento. Se perdermos esta possibilidade de dar curso ao ciclo político inaugurado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva com a volta dos tucanos ao centro do poder nacional, ponderou Renato, as perspectivas políticas que se abriram neste período podem ser desperdiçadas.
. Leia a matéria na íntegra http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=121190&id_secao=141
Na trilha errada
. Sinceramente, essa de focar as possibilidades de combate à corrupção institucionalizada através de projetos de lei específicos é um equívoco.
. Por que não combater o problema pela raiz mudando o sistema eleitoral? Financiamento público de campanha é um remédio que se não resolveria em definitivo, reduziria drasticamente a promiscuidade entre detentores de cargos eletivos e grupos econômicos, entre corrompidos e corruptores.
. Por que não combater o problema pela raiz mudando o sistema eleitoral? Financiamento público de campanha é um remédio que se não resolveria em definitivo, reduziria drasticamente a promiscuidade entre detentores de cargos eletivos e grupos econômicos, entre corrompidos e corruptores.
Luciana em Copenhague
. Desertificação, erosão costeira e urbanismo são destaques na participação de Pernambuco no Plano Nacional de Enfrentamento às Mudanças Climáticas.
. E se fará presente na Conferência de Copenhague através da secretária de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente, Luciana Santos (PCdoB).
. Luciana segue amanhã e fica toda a semana na Conferência.
. E se fará presente na Conferência de Copenhague através da secretária de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente, Luciana Santos (PCdoB).
. Luciana segue amanhã e fica toda a semana na Conferência.
12 dezembro 2009
Esperança contra o câncer em óleos vegetais
Ciência Hoje Online:
Cientistas brasileiros confirmam eficácia da aplicação de um ácido graxo extraído de plantas na redução de tumores cerebrais em ratos. A descoberta pode originar um novo tratamento para esse tipo de câncer
. Pode vir dos óleos vegetais um novo aliado no combate ao glioma, tumor do sistema nervoso central que afeta principalmente o cérebro. Cientistas da Universidade de São Paulo (USP) confirmaram em testes com ratos a eficiência da aplicação de um ácido graxo extraído de plantas na redução desse tipo de câncer. O estudo pode dar origem no futuro a uma nova forma de combate à doença.
. O glioma não está entre os tipos mais comuns de câncer. Seu tratamento é difícil e atualmente inclui radioterapia e remoção cirúrgica do tumor. Os pesquisadores da USP testaram a eficácia do ácido gama linolênico (AGL), um ácido graxo essencial do tipo ômega-6 encontrado primariamente em óleos vegetais, contra o tipo de tumor cerebral mais comum e agressivo em humanos, o glioblastoma multiforme. O resultado foi animador: o tamanho dos tumores foi reduzido em 75% durante o tratamento.
. Leia o texto completo: http://cienciahoje.uol.com.br/noticias/2009/12/esperanca-contra-o-cancer-em-oleos-vegetais
Foto: Um ácido graxo encontrado em óleos vegetais, especialmente os das plantas do gênero ‘Primula’, mostrou eficiência na redução de tumores cerebrais em ratos
Retomando o fio da História
Em nosso site:
Luciano Participa de Homenagem aos 50 anos do MCP
. Autor do projeto de lei aprovado por unanimidade pela Câmara Municipal do Recife, no início de dezembro, que criou a Política Municipal do Livro e de Incentivo à Cultura da Leitura, o vereador Luciano Siqueira participa neste sábado (12), às 10h30, no Sítio da Trindade, em Casa Amarela, do lançamento do livro “Programa Manoel Bandeira de Formação de Leitor: Uma Política de Leitura na Rede Municipal do Recife”, editado pela Secretaria de Educação, Esporte e Lazer, da Prefeitura da Cidade do Recife.
. O lançamento integra a programação comemorativa aos 50 anos do Movimento de Cultura Popular (MCP) promovida pela PCR. As homenagens vão ocorrer durante o II Festival de Cultura do Programa Escola Aberta do Recife, quando serão também homenageados três ícones do MCP: o ex-governador e deputado federal Miguel Arraes, o educador Paulo Freire e o artista plástico Abelardo da Hora.
Questão ambiental divide mundo
No Vermelho, por Eduardo Bomfim:
Há algo de podre no reino da Dinamarca
Uma bomba estourou na conferência sobre o clima em Copenhague quando vazou o rascunho sobre um acordo entre os países do primeiro mundo com relação às verbas destinadas às políticas para diminuir as emissões de gás carbônico na Terra.
A polêmica principal desse documento diz respeito à rejeição dessas nações ditas desenvolvidas com relação aos recursos destinados aos países emergentes, principalmente Brasil, China, Índia e Rússia.
Alegam que nessa atual crise financeira mundial essas nações não só estão saindo rapidamente do terremoto como serão tremendamente beneficiadas nesse imbróglio porque as suas economias não foram, no fundamental, afetadas, ao contrário, vão crescer ainda mais aceleradamente. O que não deixa de ser verdade.
Mas a questão é que na lógica do encontro o problema não é esse, porque se trata de determinar quem mais poluiu o planeta, com a emissão de CO2, pelo menos desde a revolução industrial. E aí a Europa e os Estados Unidos não perderiam para ninguém. Ganhariam literalmente todas as medalhas se isso fossem as Olimpíadas. No quesito meio ambiente eu conheci vários abnegados em defesa da natureza e da nação brasileira, verdadeiros ambientalistas, desde a década de setenta, ali mais ou menos durante a luta pela anistia no Brasil.
E quando eu leio sobre a atual luta de Ricardo Ramalho, Secretário do Meio Ambiente de Maceió, em várias frentes, contra a poluição nos bairros de periferia e em certas áreas nobres do litoral da cidade, por parte de alguns esgotos clandestinos, reconheço aí o esforço do que há de melhor na boa tradição da causa ambiental no País.
Mas ao ver o noticiário nacional da televisão deparo-me com um âncora, jeito de yuppie, todo engomado, fantasiado de profeta e alter ego da sociedade que, aliás, já anda muito desconfiada desse bombardeio diário na grande mídia sobre o apocalipse e a destruição iminente do planeta.
Leio também que renomados cientistas, prêmios Nobel, condenados como politicamente incorretos, afirmam que o movimento global contra o efeito estufa transformou-se em uma religião fanática e anticientífica pronta a queimar na fogueira quem dela discorde no mínimo aspecto.
E finalmente me informo que o movimento contra o efeito estufa deve arrecadar, ou custar às nações, cerca de 13 trilhões de dólares que podem ser depositados em um espécie de FMI ambiental. É bom que as nações africanas, asiáticas e latino-americanas ponham as barbas de molho.
Há algo de podre no reino da Dinamarca
Uma bomba estourou na conferência sobre o clima em Copenhague quando vazou o rascunho sobre um acordo entre os países do primeiro mundo com relação às verbas destinadas às políticas para diminuir as emissões de gás carbônico na Terra.
A polêmica principal desse documento diz respeito à rejeição dessas nações ditas desenvolvidas com relação aos recursos destinados aos países emergentes, principalmente Brasil, China, Índia e Rússia.
Alegam que nessa atual crise financeira mundial essas nações não só estão saindo rapidamente do terremoto como serão tremendamente beneficiadas nesse imbróglio porque as suas economias não foram, no fundamental, afetadas, ao contrário, vão crescer ainda mais aceleradamente. O que não deixa de ser verdade.
Mas a questão é que na lógica do encontro o problema não é esse, porque se trata de determinar quem mais poluiu o planeta, com a emissão de CO2, pelo menos desde a revolução industrial. E aí a Europa e os Estados Unidos não perderiam para ninguém. Ganhariam literalmente todas as medalhas se isso fossem as Olimpíadas. No quesito meio ambiente eu conheci vários abnegados em defesa da natureza e da nação brasileira, verdadeiros ambientalistas, desde a década de setenta, ali mais ou menos durante a luta pela anistia no Brasil.
E quando eu leio sobre a atual luta de Ricardo Ramalho, Secretário do Meio Ambiente de Maceió, em várias frentes, contra a poluição nos bairros de periferia e em certas áreas nobres do litoral da cidade, por parte de alguns esgotos clandestinos, reconheço aí o esforço do que há de melhor na boa tradição da causa ambiental no País.
Mas ao ver o noticiário nacional da televisão deparo-me com um âncora, jeito de yuppie, todo engomado, fantasiado de profeta e alter ego da sociedade que, aliás, já anda muito desconfiada desse bombardeio diário na grande mídia sobre o apocalipse e a destruição iminente do planeta.
Leio também que renomados cientistas, prêmios Nobel, condenados como politicamente incorretos, afirmam que o movimento global contra o efeito estufa transformou-se em uma religião fanática e anticientífica pronta a queimar na fogueira quem dela discorde no mínimo aspecto.
E finalmente me informo que o movimento contra o efeito estufa deve arrecadar, ou custar às nações, cerca de 13 trilhões de dólares que podem ser depositados em um espécie de FMI ambiental. É bom que as nações africanas, asiáticas e latino-americanas ponham as barbas de molho.
Disputa pelo Senado plena de riscos
. Parece um paradoxo: mais simples a disputa pelo governo do estado do que por uma vaga no Senado.
. É que para governador a luta se polariza e as chances de cada um sofrem influência de variáveis explícitas e palpáveis.
. Para o Senado há uma boa dose de imponderabilidade. Basta conferir a história eleitoral de Pernambuco, onde se anotam as surpreendentes vitórias de Wilson Campos e Carlos Wilson e a derrota de Roberto Magalhães.
. Candidato ao Senado, portanto, tem que ter jogo de cintura, conversar além da conta e amarrar solidamente os apoios. Para não perder na reta final.
. É que para governador a luta se polariza e as chances de cada um sofrem influência de variáveis explícitas e palpáveis.
. Para o Senado há uma boa dose de imponderabilidade. Basta conferir a história eleitoral de Pernambuco, onde se anotam as surpreendentes vitórias de Wilson Campos e Carlos Wilson e a derrota de Roberto Magalhães.
. Candidato ao Senado, portanto, tem que ter jogo de cintura, conversar além da conta e amarrar solidamente os apoios. Para não perder na reta final.
Bom dia, Mário Quintana
Nelson Pereira, o bom companheiro
. Bela festa de confraternização do deputado Nelson Pereira (PCdoB), ontem à noite. Um oceano de companheirismo e entusiasmo.
. Nelson é um cara simples, comprometido com a luta do povo.
. O PCdoB se orgulha tê-lo em suas fileiras.
. Nelson é um cara simples, comprometido com a luta do povo.
. O PCdoB se orgulha tê-lo em suas fileiras.
Movimento de Cultura Popular, 50 anos
No site da PCR:
PCR INICIA HOMENAGENS AOS 50 ANOS DO MCP
. A Prefeitura do Recife inicia, neste sábado (12), das 9h às 17h, no Sítio Trindade, em Casa Amarela, as festividades comemorativas aos 50 anos do Movimento de Cultura Popular (MCP). As homenagens vão acontecer durante o II Festival de Cultura do Programa Escola Aberta do Recife e terá como tema “50 anos do MCP – Das Praças de Cultura às Escolas Abertas do Recife”. Até maio de 2010, mês de criação do movimento, serão realizados eventos semelhantes, todos organizados por uma comissão especial, instituída oficialmente pelo prefeito João da Costa no último dia 04 de novembro.
. O evento deste sábado, contará com apresentações culturais, feirinha de artesanato, contação de história, roda de capoeira, apresentações de pesquisas escolares sobre as “Praças de Cultura” e realização de diversas oficinas gratuitas (reciclagem, grafite, teatro e informática). Também está previsto o lançamento do livro “Programa Manuel Bandeira de Formação de Leitores: uma política de leitura na Rede Municipal de Ensino do Recife”, editado pela Secretaria de Educação, Esporte e Lazer. O festival é uma realização da Prefeitura do Recife e Governo Federal, através do Programa Escola Aberta, que é coordenado nacionalmente pelo Ministério da Educação, em parceria com a Unesco. Todas as atividades envolverão cerca de 2.500 pessoas de 88 escolas, entre estudantes, oficineiros e moradores das comunidades que participam do programa.
. O ponto alto da programação ficará por conta das apresentações culturais de 46 escolas, que vão incluir números de frevo, maracatu, dança afro, forró, hip hop e danças populares, além de apresentações de teatro, pastoril e bandas marciais. A Escola Renato Accioly, de Nova Descoberta, que tem apresentação marcada para as 10h, é um dos exemplos de como o festival está sendo encarado com seriedade pelos alunos, oficineiros e moradores que frequentam o Escola Aberta.
. A homenagem ao cinquentenário do MCP vai transformar 20 meninos e meninas em autênticos caboclos de lança do maracatu rural. Eles entrarão no palco ao som da música “Disparada”, de Geraldo Vandré, executada por um solo de piston, acompanhado de atabaque e gonguê. “Nós vamos homenagear três ícones do MCP: Miguel Arraes, Paulo Freire e Abelardo da Hora. Para isso, eles terão suas fotos impressas em três estandartes do maracatu rural produzidos nas oficinas do Escola Aberta”, revela a dirigente da Renato Accioly, Luiza Albuquerque.
. Durante a apresentação da escola, as evoluções típicas do maracatu de baque-solto serão intercaladas pela leitura de loas escritas pelos estudantes, exaltando a contribuição de cada um dos três homenageados ao rico acervo histórico e cultural do MCP. No Recife, o Escola Aberta funciona em 106 unidades de ensino do 1º ao 4º ciclo (1ª a 8ª série) e Educação de Jovens e Adultos - EJA. O objetivo é aproveitar os finais de semana para facilitar o acesso das comunidades a atividades lúdicas de cultura e arte, esporte e lazer, acompanhamento pedagógico, saúde, entre outras.
Histórico - O MCP foi criado no Recife em maio de 1960, quando o prefeito da cidade era Miguel Arraes de Alencar. O objetivo básico do movimento era divulgar as manifestações de arte popular regional, além de promover a alfabetização de crianças e adultos. Esse trabalho de alfabetização tinha à frente o educador Paulo Freire, um dos sócio-fundadores do movimento. Entidade privada e sem fins lucrativos, o MCP se mantinha através de convênios com a Prefeitura do Recife e o Governo do Estado. O movimento contou com apoio da intelectualidade pernambucana e de facções políticas de esquerda tais como a União Nacional dos Estudantes (UNE), Partido Comunista Brasileiro (PCB) e outras.
. O MCP ganhou dimensão nacional e serviu de modelo para movimentos semelhantes criados em outros Estados brasileiros. Entre 1962/63, forças de direita tentaram sufocar o movimento e houve uma mobilização nacional em sua defesa: até mesmo o então Ministro da Educação, Darci Ribeiro, veio ao Recife apoiar pessoalmente o MCP e o considerou “um exemplo a ser levado a todo o País”. Com o golpe militar de 1964, o MCP foi extinto, mas sua contribuição cultural e política permanece até hoje, a exemplo dos ideais de seus fundadores.
PCR INICIA HOMENAGENS AOS 50 ANOS DO MCP
. A Prefeitura do Recife inicia, neste sábado (12), das 9h às 17h, no Sítio Trindade, em Casa Amarela, as festividades comemorativas aos 50 anos do Movimento de Cultura Popular (MCP). As homenagens vão acontecer durante o II Festival de Cultura do Programa Escola Aberta do Recife e terá como tema “50 anos do MCP – Das Praças de Cultura às Escolas Abertas do Recife”. Até maio de 2010, mês de criação do movimento, serão realizados eventos semelhantes, todos organizados por uma comissão especial, instituída oficialmente pelo prefeito João da Costa no último dia 04 de novembro.
. O evento deste sábado, contará com apresentações culturais, feirinha de artesanato, contação de história, roda de capoeira, apresentações de pesquisas escolares sobre as “Praças de Cultura” e realização de diversas oficinas gratuitas (reciclagem, grafite, teatro e informática). Também está previsto o lançamento do livro “Programa Manuel Bandeira de Formação de Leitores: uma política de leitura na Rede Municipal de Ensino do Recife”, editado pela Secretaria de Educação, Esporte e Lazer. O festival é uma realização da Prefeitura do Recife e Governo Federal, através do Programa Escola Aberta, que é coordenado nacionalmente pelo Ministério da Educação, em parceria com a Unesco. Todas as atividades envolverão cerca de 2.500 pessoas de 88 escolas, entre estudantes, oficineiros e moradores das comunidades que participam do programa.
. O ponto alto da programação ficará por conta das apresentações culturais de 46 escolas, que vão incluir números de frevo, maracatu, dança afro, forró, hip hop e danças populares, além de apresentações de teatro, pastoril e bandas marciais. A Escola Renato Accioly, de Nova Descoberta, que tem apresentação marcada para as 10h, é um dos exemplos de como o festival está sendo encarado com seriedade pelos alunos, oficineiros e moradores que frequentam o Escola Aberta.
. A homenagem ao cinquentenário do MCP vai transformar 20 meninos e meninas em autênticos caboclos de lança do maracatu rural. Eles entrarão no palco ao som da música “Disparada”, de Geraldo Vandré, executada por um solo de piston, acompanhado de atabaque e gonguê. “Nós vamos homenagear três ícones do MCP: Miguel Arraes, Paulo Freire e Abelardo da Hora. Para isso, eles terão suas fotos impressas em três estandartes do maracatu rural produzidos nas oficinas do Escola Aberta”, revela a dirigente da Renato Accioly, Luiza Albuquerque.
. Durante a apresentação da escola, as evoluções típicas do maracatu de baque-solto serão intercaladas pela leitura de loas escritas pelos estudantes, exaltando a contribuição de cada um dos três homenageados ao rico acervo histórico e cultural do MCP. No Recife, o Escola Aberta funciona em 106 unidades de ensino do 1º ao 4º ciclo (1ª a 8ª série) e Educação de Jovens e Adultos - EJA. O objetivo é aproveitar os finais de semana para facilitar o acesso das comunidades a atividades lúdicas de cultura e arte, esporte e lazer, acompanhamento pedagógico, saúde, entre outras.
Histórico - O MCP foi criado no Recife em maio de 1960, quando o prefeito da cidade era Miguel Arraes de Alencar. O objetivo básico do movimento era divulgar as manifestações de arte popular regional, além de promover a alfabetização de crianças e adultos. Esse trabalho de alfabetização tinha à frente o educador Paulo Freire, um dos sócio-fundadores do movimento. Entidade privada e sem fins lucrativos, o MCP se mantinha através de convênios com a Prefeitura do Recife e o Governo do Estado. O movimento contou com apoio da intelectualidade pernambucana e de facções políticas de esquerda tais como a União Nacional dos Estudantes (UNE), Partido Comunista Brasileiro (PCB) e outras.
. O MCP ganhou dimensão nacional e serviu de modelo para movimentos semelhantes criados em outros Estados brasileiros. Entre 1962/63, forças de direita tentaram sufocar o movimento e houve uma mobilização nacional em sua defesa: até mesmo o então Ministro da Educação, Darci Ribeiro, veio ao Recife apoiar pessoalmente o MCP e o considerou “um exemplo a ser levado a todo o País”. Com o golpe militar de 1964, o MCP foi extinto, mas sua contribuição cultural e política permanece até hoje, a exemplo dos ideais de seus fundadores.
11 dezembro 2009
Artigo semanal no site da Revista Algomais
Na economia, duas decisões em sentido oposto
Luciano Siqueira
A dualidade da orientação econômica do governo Lula – expressão, em grande medida da correlação de forças na sociedade e da composição política da ampla coalizão partidária que o sustenta – continua a produzir decisões contraditórias.
Por um lado, o governo amplia o crédito e as isenções fiscais. Por outro, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, formado pelos diretores e pelo presidente da instituição, mantém taxa Selic em 8,75% - contrariando as expectativas dos trabalhadores e dos segmentos produtivos do empresariado.
Vejamos. São R$ 80 bilhões adicionais para o BNDES e mais R$ 3,2 bilhões em novas desonerações fiscais, no intuito de estimular o crescimento da economia no início de 2010. Cerca de 50% dos benefícios fiscais em 2010 irá para incentivos à venda de computadores no varejo. Mas não é só isso: doze outros setores serão beneficiados com a medida, além da ampliação de linhas de crédito para empresas. O BNDES, por seu turno, receberá uma injeção de recursos do Tesouro Nacional da ordem de R$ 80 bilhões destinados a incrementar a retomada de investimentos produtivos.
No outro extremo e em sentido contrário, a manutenção pela terceira vez consecutiva, desde julho, da taxa básica Selic em 8,75% anuais. Ou seja: quem quiser tomar dinheiro em banco para retomar ou ampliar investimentos industriais, por exemplo, terá que amargar taxas de juros assim tão elevadas. Um óbvio fator de inibição da produção, da produtividade e também do consumo e do nível de expansão dos postos de trabalho.
Para que taxas de juros elevadas? Para atrai capital estrangeiro? Para satisfazer a ganância do setor rentista? Provavelmente sim.
Pior: fica no ar a desconfiança de que uma vez a capacidade instalada da indústria volte a ser utilizada a pleno vapor, o Copom elevará novamente a taxa básica Selic.
Olhando o paradoxo de um ponto de vista estratégico, projetando a retomada do crescimento econômico num horizonte de novo projeto nacional de desenvolvimento, que distribua renda, valorize o trabalho e promova a sustentabilidade ambiental, constatamos a influência do setor rentista sobre as de cisões do governo, que persiste, como um entrave a ser superado. O que nos remete à esfera política, pondo a questão no centro do debate eleitoral do ano que se aproxima.
Luciano Siqueira
A dualidade da orientação econômica do governo Lula – expressão, em grande medida da correlação de forças na sociedade e da composição política da ampla coalizão partidária que o sustenta – continua a produzir decisões contraditórias.
Por um lado, o governo amplia o crédito e as isenções fiscais. Por outro, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, formado pelos diretores e pelo presidente da instituição, mantém taxa Selic em 8,75% - contrariando as expectativas dos trabalhadores e dos segmentos produtivos do empresariado.
Vejamos. São R$ 80 bilhões adicionais para o BNDES e mais R$ 3,2 bilhões em novas desonerações fiscais, no intuito de estimular o crescimento da economia no início de 2010. Cerca de 50% dos benefícios fiscais em 2010 irá para incentivos à venda de computadores no varejo. Mas não é só isso: doze outros setores serão beneficiados com a medida, além da ampliação de linhas de crédito para empresas. O BNDES, por seu turno, receberá uma injeção de recursos do Tesouro Nacional da ordem de R$ 80 bilhões destinados a incrementar a retomada de investimentos produtivos.
No outro extremo e em sentido contrário, a manutenção pela terceira vez consecutiva, desde julho, da taxa básica Selic em 8,75% anuais. Ou seja: quem quiser tomar dinheiro em banco para retomar ou ampliar investimentos industriais, por exemplo, terá que amargar taxas de juros assim tão elevadas. Um óbvio fator de inibição da produção, da produtividade e também do consumo e do nível de expansão dos postos de trabalho.
Para que taxas de juros elevadas? Para atrai capital estrangeiro? Para satisfazer a ganância do setor rentista? Provavelmente sim.
Pior: fica no ar a desconfiança de que uma vez a capacidade instalada da indústria volte a ser utilizada a pleno vapor, o Copom elevará novamente a taxa básica Selic.
Olhando o paradoxo de um ponto de vista estratégico, projetando a retomada do crescimento econômico num horizonte de novo projeto nacional de desenvolvimento, que distribua renda, valorize o trabalho e promova a sustentabilidade ambiental, constatamos a influência do setor rentista sobre as de cisões do governo, que persiste, como um entrave a ser superado. O que nos remete à esfera política, pondo a questão no centro do debate eleitoral do ano que se aproxima.
História: 11 de dezembro de 1838
Caxias, em caricatura de 1860 que se pretende elogiosa
O major Luís Alves Lima e Silva (futuro duque de Caxias) destrói em Santa Catarina, RJ, o quilombo de Manuel Congo, enforcado. (Vermelho http://www.vermelho.org.br/).
O major Luís Alves Lima e Silva (futuro duque de Caxias) destrói em Santa Catarina, RJ, o quilombo de Manuel Congo, enforcado. (Vermelho http://www.vermelho.org.br/).
Quanto pior, melhor?
. Os grandes jornais de circulação nacional destacam em manchetes de primeira página o que consideram “pior desempenho” da economia, em razão do PIB não haver crescido no trimestre na dimensão esperada pelo governo. É a lei do “quanto pior, melhor”, de olho na sucessão de Lula.
. Já o Valor Econômico – que obviamente nada tem a ver com a esquerda nem com o governo Lula -, empenhado em informar com mais precisão seus leitores (presumivelmente predominantes entre o empresariado), é mais comedido e verdadeiro.
. Informa o Valor que “a retomada da economia, confirmada ontem pela expansão de 1,3% do Produto Interno Bruto no terceiro trimestre, puxada principalmente pelo mercado doméstico, começa a ajudar as finanças estaduais.” No bimestre outubro-novembro, os maiores Estados do país registraram aumento expressivo na arrecadação tributária - e recorde em alguns casos. O aumento nominal de arrecadação varia de 4% a mais de 8% - em alguns Estados, superou a inflação, indicando ganho real nas contas estaduais.”
. Já o Valor Econômico – que obviamente nada tem a ver com a esquerda nem com o governo Lula -, empenhado em informar com mais precisão seus leitores (presumivelmente predominantes entre o empresariado), é mais comedido e verdadeiro.
. Informa o Valor que “a retomada da economia, confirmada ontem pela expansão de 1,3% do Produto Interno Bruto no terceiro trimestre, puxada principalmente pelo mercado doméstico, começa a ajudar as finanças estaduais.” No bimestre outubro-novembro, os maiores Estados do país registraram aumento expressivo na arrecadação tributária - e recorde em alguns casos. O aumento nominal de arrecadação varia de 4% a mais de 8% - em alguns Estados, superou a inflação, indicando ganho real nas contas estaduais.”
10 dezembro 2009
PIB em crescimento
. A informação é da Agência Brasil. A economia brasileira cresceu 1,3% no terceiro trimestre do ano na comparação com o trimestre anterior. O Produto Interno Bruto (PIB), soma de todas as riquezas produzidas no país, chegou a R$ 797 bilhões no período, segundo dados divulgados hoje (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
. O resultado ficou abaixo da estimativa feita ontem (9) pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, que afirmou que a expansão no período seria de 2%.
. A maior elevação foi registrada no setor industrial, cuja alta na produção chegou a 2,9%, seguida pelo setor de serviços, que apresentou expansão de 1,6%. Já a atividade agropecuária teve queda de 2,5%.
. Em relação ao mesmo período de 2008, o PIB teve queda de 1,2%. Nessa comparação, os serviços registraram o melhor desempenho, com alta de 2,1%, enquanto a agropecuária teve queda de 9,0% e a indústria, de 6,9%.
. Na mesma comparação, o consumo das famílias aumentou 3,9%, o 24º período de crescimento consecutivo. Um dos fatores que contribuíram para o resultado foi o comportamento da massa salarial real, que cresceu 2,5% no terceiro trimestre de 2009, com aumento da ocupação e do rendimento médio do trabalho.
. A despesa de consumo da administração pública variou 1,6% na comparação com o terceiro trimestre de 2008 e os investimentos (formação bruta de capital fixo) caíram 12,5%.
No acumulado do ano, a soma das riquezas produzidas no país registrou queda de 1,7% em relação a igual período do ano passado.
. O IBGE também divulgou dados revisados relativos ao segundo trimestre do ano. Na nova leitura, a economia teve, naquele período, expansão de 1,1% em relação aos três meses anteriores (inicialmente, a elevação apontada foi de 1,9%), depois de ter caído 0,9% de janeiro a março (antes, o dado apresentado foi de queda de 0,8%).
. Em relação ao segundo trimestre de 2008, a nova leitura revela retração de 1,6%, mais intensa do que a de 1,2% calculada anteriormente.Essa revisão de dados é realizada pelo IBGE após verificar informações de levantamentos posteriores, também feitos pelo instituto.
. O resultado ficou abaixo da estimativa feita ontem (9) pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, que afirmou que a expansão no período seria de 2%.
. A maior elevação foi registrada no setor industrial, cuja alta na produção chegou a 2,9%, seguida pelo setor de serviços, que apresentou expansão de 1,6%. Já a atividade agropecuária teve queda de 2,5%.
. Em relação ao mesmo período de 2008, o PIB teve queda de 1,2%. Nessa comparação, os serviços registraram o melhor desempenho, com alta de 2,1%, enquanto a agropecuária teve queda de 9,0% e a indústria, de 6,9%.
. Na mesma comparação, o consumo das famílias aumentou 3,9%, o 24º período de crescimento consecutivo. Um dos fatores que contribuíram para o resultado foi o comportamento da massa salarial real, que cresceu 2,5% no terceiro trimestre de 2009, com aumento da ocupação e do rendimento médio do trabalho.
. A despesa de consumo da administração pública variou 1,6% na comparação com o terceiro trimestre de 2008 e os investimentos (formação bruta de capital fixo) caíram 12,5%.
No acumulado do ano, a soma das riquezas produzidas no país registrou queda de 1,7% em relação a igual período do ano passado.
. O IBGE também divulgou dados revisados relativos ao segundo trimestre do ano. Na nova leitura, a economia teve, naquele período, expansão de 1,1% em relação aos três meses anteriores (inicialmente, a elevação apontada foi de 1,9%), depois de ter caído 0,9% de janeiro a março (antes, o dado apresentado foi de queda de 0,8%).
. Em relação ao segundo trimestre de 2008, a nova leitura revela retração de 1,6%, mais intensa do que a de 1,2% calculada anteriormente.Essa revisão de dados é realizada pelo IBGE após verificar informações de levantamentos posteriores, também feitos pelo instituto.
A hora da onça beber água: chapas majoritárias
Na virada do ano, chapas majoritárias na pauta
Luciano Siqueira
É sempre assim: partidos e lideranças mais influentes represam o debate eleitoral até a virada do ano, na correta intenção de evitar precipitações ou submeter nomes escolhidos a um antecipado combate por parte de adversários. Mais: nem sempre o que reluz é ouro – ou seja, o desenho prévio de chapas sofre a influência de variáveis novas que passam a conformar o cenário da disputa.
Mas o clima de confraternização de fim de ano, regado a um bom vinho, anuncia o advento das negociações partidárias. Das mesas das festas às salas de reuniões é um pulo. No começo a cautela entre os atores presentes se assemelha aos primeiros rounds de uma luta de box: é preciso estudar os propósitos, os argumentos e a tática de cada um antes de avançar nas próprias pretensões.
É o que acontecerá agora cá na província. De ambos os lados, situação e oposição.
Se na oposição a pedra de toque é a escolha de um candidato a governador que pelo menos se preste a endurecer a disputa inicialmente favorável às forças governistas; do lado de cá o problema é outro: a partir de uma recandidatura do governador Eduardo Campos – hoje franco favorito -, mostra-se necessário evitar erros na composição do restante da chapa.
E os erros rondam a coalizão governista. A começar pela discussão pública de assunto delicado – a hipótese de substituição do atual vice-governador João Lyra Neto. Depois, a mal-arrumada abordagem das duas vagas ao Senado.
Ora, o lugar de vice em princípio cabe ao titular. Colocar a questão à revelia de Eduardo e levá-la a público em nada ajuda. Ao contrário, gera tensões desnecessárias e absolutamente evitáveis. Depois, a escalação dos dois candidatos ao Senado tem relação com a composição do time adversário – e a oposição ainda claudica na escolha de nomes.
Os atuais senadores oposicionistas terão suas recandidaturas confirmadas ou não – pelo menos a de um deles – a depender de quem seja o cabeça de chapa.
Por que, então, já dá como favas contadas a escolha de dois possíveis candidatos ao Senado pelo lado governista? Não há nenhum proveito nisso.
Essas são, digamos, ponderações que se fazem oportunas como preliminares da abertura “oficial” das conversações entre os partidos no advento do Ano Novo. Sem estresse nem agouro...
Luciano Siqueira
É sempre assim: partidos e lideranças mais influentes represam o debate eleitoral até a virada do ano, na correta intenção de evitar precipitações ou submeter nomes escolhidos a um antecipado combate por parte de adversários. Mais: nem sempre o que reluz é ouro – ou seja, o desenho prévio de chapas sofre a influência de variáveis novas que passam a conformar o cenário da disputa.
Mas o clima de confraternização de fim de ano, regado a um bom vinho, anuncia o advento das negociações partidárias. Das mesas das festas às salas de reuniões é um pulo. No começo a cautela entre os atores presentes se assemelha aos primeiros rounds de uma luta de box: é preciso estudar os propósitos, os argumentos e a tática de cada um antes de avançar nas próprias pretensões.
É o que acontecerá agora cá na província. De ambos os lados, situação e oposição.
Se na oposição a pedra de toque é a escolha de um candidato a governador que pelo menos se preste a endurecer a disputa inicialmente favorável às forças governistas; do lado de cá o problema é outro: a partir de uma recandidatura do governador Eduardo Campos – hoje franco favorito -, mostra-se necessário evitar erros na composição do restante da chapa.
E os erros rondam a coalizão governista. A começar pela discussão pública de assunto delicado – a hipótese de substituição do atual vice-governador João Lyra Neto. Depois, a mal-arrumada abordagem das duas vagas ao Senado.
Ora, o lugar de vice em princípio cabe ao titular. Colocar a questão à revelia de Eduardo e levá-la a público em nada ajuda. Ao contrário, gera tensões desnecessárias e absolutamente evitáveis. Depois, a escalação dos dois candidatos ao Senado tem relação com a composição do time adversário – e a oposição ainda claudica na escolha de nomes.
Os atuais senadores oposicionistas terão suas recandidaturas confirmadas ou não – pelo menos a de um deles – a depender de quem seja o cabeça de chapa.
Por que, então, já dá como favas contadas a escolha de dois possíveis candidatos ao Senado pelo lado governista? Não há nenhum proveito nisso.
Essas são, digamos, ponderações que se fazem oportunas como preliminares da abertura “oficial” das conversações entre os partidos no advento do Ano Novo. Sem estresse nem agouro...
08 dezembro 2009
Gratuidade na UPE, uma conquista
No Acerto de Contas, por Virgínia Barros*
UPE e Sociedade, todos unidos pela gratuidade!
A Universidade de Pernambuco é uma das principais instituições de ensino superior do estado – não somente por ser a única universidade estadual, como também por comportar uma série de cursos que, de alguma maneira, relacionam-se com o desenvolvimento econômico e social da região.
Observamos, entretanto, que para atingir plenamente seu objetivo de produzir conhecimento voltado para a melhoria de vida da população pernambucana, a UPE precisa superar uma gama de dificuldades e contradições que ainda persistem em sua estrutura desde a sua fundação. Neste sentido, buscar soluções para o financiamento e a autonomia da universidade é hoje uma demanda urgente que está colocada para a instituição e para a sociedade.
Para discutir com a comunidade acadêmica e com o povo pernambucano este gargalo, a União dos Estudantes de Pernambuco, em conjunto com a UNE e diversas entidades estudantis, lançou no último período a campanha “Todos Unidos Pela Gratuidade”, no intuito de coroar esta mobilização estudantil que já dura mais de dez anos. A campanha vem conquistando a adesão de diversos sindicatos e entidades ligadas à educação e já conseguiu construir um bom canal de diálogo com o Executivo estadual e com os parlamentares da Assembléia Legislativa do estado.
A UPE é hoje a única universidade estadual do país que ainda cobra mensalidade, o que, a nosso ver, é inadmissível e injusto. Inadmissível porque a responsabilidade de sustentar financeiramente as instituições públicas provém única e exclusivamente do Estado. De certa forma, os estudantes já pagam para estudar na UPE. Assim como toda a sociedade pernambucana, que contribui cotidianamente com seus impostos esperando ter como retorno seus direitos sociais respeitados plenamente. Quando se paga mensalidade, é como se estivessem pagando pelo mesmo direito duas vezes.
E é injusto porque prejudica a permanência dos estudantes na Universidade. Os mecanismos de acesso para ingresso em uma universidade pública são hoje os mais concorridos do país, o que acaba por excluir grande parcela da juventude pernambucana da possibilidade de estudar neste tipo de instituição. Os que conseguem passar por este funil logo percebem que o acesso à universidade não é tão difícil quanto sua própria permanência na instituição.
Livros, fotocópias, passagens, lanches, refeições, moradia para os que vêm de longe… A permanência na universidade é muito cara e o pagamento de mensalidade soma-se a estes custos de maneira expressiva. E, ainda que em alguns cursos a “taxa” seja “simbólica”, o índice de inadimplência permanece alto, sobretudo nos campi do interior.
A gratuidade da UPE é luta histórica dos estudantes, servindo como ponte para uma discussão mais geral em torno da autonomia e financiamento da universidade e contribuindo para o estabelecimento de um orçamento global para a UPE, mais transparente e com maior possibilidade de ser distribuído para os setores os quais a universidade mais precisa.
É com este sentimento que os estudantes da universidade e diversos setores da sociedade civil se organizam, encabeçados pela UEP e pela UNE, em prol da superação desta mácula que persiste na UPE desde sua fundação: unidos em um só coro exigem o imediato fim de cobrança de mensalidade na instituição.
UPE e sociedade, todos unidos pela gratuidade!
* Virgínia Barros é estudante de Direito da Universidade Federal de Pernambuco e presidente da União dos Estudantes de Pernambuco
UPE e Sociedade, todos unidos pela gratuidade!
A Universidade de Pernambuco é uma das principais instituições de ensino superior do estado – não somente por ser a única universidade estadual, como também por comportar uma série de cursos que, de alguma maneira, relacionam-se com o desenvolvimento econômico e social da região.
Observamos, entretanto, que para atingir plenamente seu objetivo de produzir conhecimento voltado para a melhoria de vida da população pernambucana, a UPE precisa superar uma gama de dificuldades e contradições que ainda persistem em sua estrutura desde a sua fundação. Neste sentido, buscar soluções para o financiamento e a autonomia da universidade é hoje uma demanda urgente que está colocada para a instituição e para a sociedade.
Para discutir com a comunidade acadêmica e com o povo pernambucano este gargalo, a União dos Estudantes de Pernambuco, em conjunto com a UNE e diversas entidades estudantis, lançou no último período a campanha “Todos Unidos Pela Gratuidade”, no intuito de coroar esta mobilização estudantil que já dura mais de dez anos. A campanha vem conquistando a adesão de diversos sindicatos e entidades ligadas à educação e já conseguiu construir um bom canal de diálogo com o Executivo estadual e com os parlamentares da Assembléia Legislativa do estado.
A UPE é hoje a única universidade estadual do país que ainda cobra mensalidade, o que, a nosso ver, é inadmissível e injusto. Inadmissível porque a responsabilidade de sustentar financeiramente as instituições públicas provém única e exclusivamente do Estado. De certa forma, os estudantes já pagam para estudar na UPE. Assim como toda a sociedade pernambucana, que contribui cotidianamente com seus impostos esperando ter como retorno seus direitos sociais respeitados plenamente. Quando se paga mensalidade, é como se estivessem pagando pelo mesmo direito duas vezes.
E é injusto porque prejudica a permanência dos estudantes na Universidade. Os mecanismos de acesso para ingresso em uma universidade pública são hoje os mais concorridos do país, o que acaba por excluir grande parcela da juventude pernambucana da possibilidade de estudar neste tipo de instituição. Os que conseguem passar por este funil logo percebem que o acesso à universidade não é tão difícil quanto sua própria permanência na instituição.
Livros, fotocópias, passagens, lanches, refeições, moradia para os que vêm de longe… A permanência na universidade é muito cara e o pagamento de mensalidade soma-se a estes custos de maneira expressiva. E, ainda que em alguns cursos a “taxa” seja “simbólica”, o índice de inadimplência permanece alto, sobretudo nos campi do interior.
A gratuidade da UPE é luta histórica dos estudantes, servindo como ponte para uma discussão mais geral em torno da autonomia e financiamento da universidade e contribuindo para o estabelecimento de um orçamento global para a UPE, mais transparente e com maior possibilidade de ser distribuído para os setores os quais a universidade mais precisa.
É com este sentimento que os estudantes da universidade e diversos setores da sociedade civil se organizam, encabeçados pela UEP e pela UNE, em prol da superação desta mácula que persiste na UPE desde sua fundação: unidos em um só coro exigem o imediato fim de cobrança de mensalidade na instituição.
UPE e sociedade, todos unidos pela gratuidade!
* Virgínia Barros é estudante de Direito da Universidade Federal de Pernambuco e presidente da União dos Estudantes de Pernambuco
Boa noite, Carlos Drummond de Andrade
A Palavra Mágica
Certa palavra dorme na sombra
de um livro raro
Como desencantá-la?
É a senha da vida
a senha do mundo.
Vou procurá-la.
Vou procurá-la a vida inteira
no mundo todo.
Se tarda o encontro, se não a encontro,
não desanimo,
procuro sempre.
Procuro sempre, e minha procura
ficará sendo
minha palavra.
Boa forma física e intelectual
Ciência Hoje Online:
Artigo publicado na PNAS aponta relação entre boa capacidade cardiovascular e desempenho cognitivo em jovens do sexo masculino. A descoberta pode incentivar medidas de combate ao sedentarismo.
. Um estudo sueco acaba de acrescentar mais um motivo para a prática de exercício físico. Em artigo publicado esta semana na PNAS, pesquisadores apontam a associação entre boa forma cardiovascular e desempenho cognitivo em jovens do sexo masculino. O acompanhamento de mais de um milhão de meninos entre 15 e 18 anos nascidos na Suécia mostrou que os que tiveram melhora na performance cardiovascular apresentaram boa capacidade de raciocínio, memória e solução de problemas na idade adulta.
. Segundo os autores do artigo, já se sabia que o exercício físico é um fator que afeta a plasticidade do cérebro, que é a habilidade que esse órgão tem de se adaptar a um novo ambiente, uma nova situação ou às consequências de um ferimento grave. Mas a relação entre exercício e as funções cognitivas ainda era desconhecida.
. Leia a matéria na íntegra http://cienciahoje.uol.com.br/noticias/2009/12/boa-forma-fisica-e-intelectual
Cinema nacional em alta
. Nem tudo na atual produção cinematográfica brasileira tem qualidade. Mas é muito positiva a informação veiculada hoje, em matéria do Valor Econômico, sugerindo que a resistência do público ao cinema nacional vem sendo superada aos poucos.
. Segundo dados da Agência Nacional do Cinema (Ancine), a bilheteria dos filmes brasileiros acumulada até a segunda semana de novembro é de R$ 127 milhões. Esse valor representa quase o dobro da receita de 2008.
. O desempenho é próximo ao de 2003, o melhor ano do cinema nacional após sua retomada - período inaugurado em 1993 com a edição da Lei do Audiovisual. Naquele ano, filmes como Carandiru, Lisbela e o Prisioneiro e Os Normais proporcionaram renda total de R$ 135 milhões nas bilheterias.
. Dos 84,4 milhões de ingressos vendidos no país até 2 de novembro, 15,5 milhões (18% do total) foram para filmes nacionais. Se Eu Fosse Você 2 teve público superior a 6 milhões de pessoas. Além dele, só outros três filmes tiveram mais de um milhão de espectadores: Mulher Invisível, Os Normais 2 e Divã.
. Pelo visto, nem tudo o que reluz é ouro – mas agrada ao grande público.
. Segundo dados da Agência Nacional do Cinema (Ancine), a bilheteria dos filmes brasileiros acumulada até a segunda semana de novembro é de R$ 127 milhões. Esse valor representa quase o dobro da receita de 2008.
. O desempenho é próximo ao de 2003, o melhor ano do cinema nacional após sua retomada - período inaugurado em 1993 com a edição da Lei do Audiovisual. Naquele ano, filmes como Carandiru, Lisbela e o Prisioneiro e Os Normais proporcionaram renda total de R$ 135 milhões nas bilheterias.
. Dos 84,4 milhões de ingressos vendidos no país até 2 de novembro, 15,5 milhões (18% do total) foram para filmes nacionais. Se Eu Fosse Você 2 teve público superior a 6 milhões de pessoas. Além dele, só outros três filmes tiveram mais de um milhão de espectadores: Mulher Invisível, Os Normais 2 e Divã.
. Pelo visto, nem tudo o que reluz é ouro – mas agrada ao grande público.
Chapa majoritária: discrição faz bem
. Escrevi ontem que é inevitável o recheio do peru de Natal: especulações sobre as chapas majoritárias ao pleito de 2010, de ambos os lados.
. Agora, uma ponderação. Vivo intensamente a montagem de chapas majoritárias em Pernambuco desde 1982. Toda vez que a discussão vai aos jornais antes de ocupar as conversações entre partidos, dá chabu.
. Discrição, cautela e caldo de galinha só podem fazer o bem. Que especulemos entre uma taça de vinho e outra, nos festejos de fim de ano, tudo bem. Faz parte. Mas discutir precipitadamente o assunto pelos jornais não é um bom caminho.
. Agora, uma ponderação. Vivo intensamente a montagem de chapas majoritárias em Pernambuco desde 1982. Toda vez que a discussão vai aos jornais antes de ocupar as conversações entre partidos, dá chabu.
. Discrição, cautela e caldo de galinha só podem fazer o bem. Que especulemos entre uma taça de vinho e outra, nos festejos de fim de ano, tudo bem. Faz parte. Mas discutir precipitadamente o assunto pelos jornais não é um bom caminho.
07 dezembro 2009
Folha de S. Paulo, tucana, revela perplexidade
A fala em falso do PSDB
Na Folha de S.Paulo, por Fernando de Barros e Silva
SÃO PAULO - Durante a campanha presidencial de 2002, a popularidade de Fernando Henrique Cardoso vivia um processo de franca erosão. A inflação ameaçava sair de controle, a economia havia mergulhado num mar de incertezas, amplificadas pela desconfiança dos mercados em relação ao PT.José Serra não soube como lidar com aquela situação. Era o herdeiro de um governo desgastado, a que pertencia sem nunca ter se identificado com suas opções econômicas. A fórmula "continuidade sem continuísmo", esdrúxula como slogan de campanha, resumia o nó e a dificuldade de uma candidatura que não se definiu entre ser a favor ou contra e vice-versa. Lula venceu, sem medo de ser feliz.
Estamos agora a dez meses da sucessão. É o caso de perguntar se os tucanos não estão hoje numa enrascada simétrica à de 2002, com sinais trocados. Isto é, se não parecem condenados à defesa de algo tão esdrúxulo como o "continuísmo sem continuidade".
Na última quinta, o PSDB levou ao ar o seu programa de TV. O PT fará o mesmo na próxima quinta. Mas os comerciais dos petistas começaram a ser veiculados no sábado. O contraste não poderia ser mais revelador.
Lula e Dilma contracenam numa das peças. As imagens exploram a cumplicidade entre eles. "O presidente Lula nos ensinou o caminho", diz a ministra. A comparação entre o país de FHC e o de Lula ancora o lema da continuidade. O PT tem candidata, tem discurso, tem o maior cabo eleitoral deste país.
No programa do PSDB, Serra fala de um lado, Aécio fala de outro. Trocam elogios, mas à distância -o paulista menciona a competência do mineiro, este retribui com menção aos avanços na saúde obtidos pelo ex-ministro. O jogral soa artificial e escolar. As referências parecem antigas. Os tucanos querem sinalizar o pós-Lula, mas estão presos ao pré-Lula. Não sabem como enfrentar o sapo que virou príncipe. Aliás, quem será o candidato?
Na Folha de S.Paulo, por Fernando de Barros e Silva
SÃO PAULO - Durante a campanha presidencial de 2002, a popularidade de Fernando Henrique Cardoso vivia um processo de franca erosão. A inflação ameaçava sair de controle, a economia havia mergulhado num mar de incertezas, amplificadas pela desconfiança dos mercados em relação ao PT.José Serra não soube como lidar com aquela situação. Era o herdeiro de um governo desgastado, a que pertencia sem nunca ter se identificado com suas opções econômicas. A fórmula "continuidade sem continuísmo", esdrúxula como slogan de campanha, resumia o nó e a dificuldade de uma candidatura que não se definiu entre ser a favor ou contra e vice-versa. Lula venceu, sem medo de ser feliz.
Estamos agora a dez meses da sucessão. É o caso de perguntar se os tucanos não estão hoje numa enrascada simétrica à de 2002, com sinais trocados. Isto é, se não parecem condenados à defesa de algo tão esdrúxulo como o "continuísmo sem continuidade".
Na última quinta, o PSDB levou ao ar o seu programa de TV. O PT fará o mesmo na próxima quinta. Mas os comerciais dos petistas começaram a ser veiculados no sábado. O contraste não poderia ser mais revelador.
Lula e Dilma contracenam numa das peças. As imagens exploram a cumplicidade entre eles. "O presidente Lula nos ensinou o caminho", diz a ministra. A comparação entre o país de FHC e o de Lula ancora o lema da continuidade. O PT tem candidata, tem discurso, tem o maior cabo eleitoral deste país.
No programa do PSDB, Serra fala de um lado, Aécio fala de outro. Trocam elogios, mas à distância -o paulista menciona a competência do mineiro, este retribui com menção aos avanços na saúde obtidos pelo ex-ministro. O jogral soa artificial e escolar. As referências parecem antigas. Os tucanos querem sinalizar o pós-Lula, mas estão presos ao pré-Lula. Não sabem como enfrentar o sapo que virou príncipe. Aliás, quem será o candidato?
Fenômeno digno de análise
. Lula é o presidente mais bem avaliado da História do Brasil. E também o mais combatido pela quase unanimidade da mídia. Como combinar esses dois fatores?
. O fato é que a aprovação de Lula cresce na mais recente rodada da pesquisa CNI/Ibope: 72% dos brasileiros avaliam o governo como bom ou ótimo. 83% aprovam a maneira como o presidente Lula dirige o país.
. Mas se você abre os jornais, ouve rádio e acompanha as redes de TV, é pau no presidente e no governo.
. É certo que o presidente consegue se comunicar com o povo como ninguém. Sem intermediação da mídia.
. É certo também que entre a opinião midiática e a experiência de vida, o povo prefere a segunda: é o que toca ao estômago e ao coração.
. Mas cabe, sim, um estudo científico, se possível, desse fenômeno. No mínimo para provar que a mídia pode muito, mas não pode tudo.
. O fato é que a aprovação de Lula cresce na mais recente rodada da pesquisa CNI/Ibope: 72% dos brasileiros avaliam o governo como bom ou ótimo. 83% aprovam a maneira como o presidente Lula dirige o país.
. Mas se você abre os jornais, ouve rádio e acompanha as redes de TV, é pau no presidente e no governo.
. É certo que o presidente consegue se comunicar com o povo como ninguém. Sem intermediação da mídia.
. É certo também que entre a opinião midiática e a experiência de vida, o povo prefere a segunda: é o que toca ao estômago e ao coração.
. Mas cabe, sim, um estudo científico, se possível, desse fenômeno. No mínimo para provar que a mídia pode muito, mas não pode tudo.
Recheio de peru
. Parece inevitável: o peru de Natal e as festas de confraternização têm como recheio especulações sobre as chapas majoritárias para 2010.
. Hoje, 10 h, serei entrevistado na Rádio Folha por Abelardo Baltar. Tema: eleições de 2010, perspectivas em Pernambuco.
. Hoje, 10 h, serei entrevistado na Rádio Folha por Abelardo Baltar. Tema: eleições de 2010, perspectivas em Pernambuco.
06 dezembro 2009
Idéia viva
Sugestão de domingo: Não se iniba em oferecer atenção e carinho, sem entretanto pedir jamais retribuição. Tudo tem que ser espontâneo.
Mídia em luta aberta
. A grande mídia nacional e local tudo faz para noticiar o escândalo do DEM de Brasília como se fosse “igual à corrupção do PT”.
. Sacrifica a cobertura jornalística em nome da participação aberta na luta política, fazendo elipses para tentar atingir Lula.
. Mas muitas outras variáveis além da mídia influenciam hoje o discernimento do povo – que está aprendendo a separa o joio e o trigo.
. Sacrifica a cobertura jornalística em nome da participação aberta na luta política, fazendo elipses para tentar atingir Lula.
. Mas muitas outras variáveis além da mídia influenciam hoje o discernimento do povo – que está aprendendo a separa o joio e o trigo.
05 dezembro 2009
História: 5 de dezembro de 1824
Lei complementar à Constituição imperial brasileira proíbe escravos e leprosos de freqüentarem a escola. Instruir a escravaria, classe trabalhadora fundamental da época, para os senhores legisladores é crime… (Vermelho www.vermelho.org.br).
Tributo a Villa Lobos
No Vermelho, por Eduardo Bomfim:
Maestro da nação
Em novembro deste ano se passou o 50º aniversário da morte de Heitor Villa Lobos, o grande maestro que mais do que ninguém simboliza na música, inclusive a erudita, o espírito do artista imbuído de profundo sentimento nacional.
Toda a sua obra encontra-se carregada de intensa brasilidade. É uma produção baseada em substanciosa pesquisa da cultura e dos ecos melodiosos de um Brasil urbano e rural, do litoral ao centro desta nação continental. O seu legado retrata, sem dúvida alguma, em profundidade, um Brasil profundo.
O povo brasileiro ainda não descobriu a sua alma nas partituras de Heitor Villa Lobos que permanece circunscrita aos círculos dos letrados musicais ou aos curiosos da classe média.Apesar de que durante a década de trinta, incentivado pelo governo Getúlio Vargas, a sua produção tenha sido divulgada em massa e ele próprio tenha se tornado uma celebridade popular, tendo regido no estádio de São Januário, do Vasco da Gama, um coral de milhares de crianças.
Apaixonado por suas idéias, imensamente criativo e pesquisador detalhista, Villa Lobos revelou ao mundo, à Europa e aos Estados Unidos uma música clássica de sentido universal e raízes brasileiras.
Por essa ousadia “politicamente incorreta” aos espíritos colonizados dos conservadores avessos às mudanças e ousadias, o grande maestro foi perseguido, patrulhado e chamado de excêntrico no melhor dos casos e nos piores de louco varrido.
É que esses de alma pequena e subservientes às modas da Europa, entupidos de sons estrangeiros, educados na “noblesse oblige” - a nobreza obriga, não podiam conceber uma produção erudita nacional e de altíssima qualidade.
Quando o grande artista foi em definitivo reconhecido internacionalmente, a recalcitrante elite intelectual aristocrática brasileira resolveu “aceitar” Villa Lobos, meio a contragosto e sempre que podia alfinetando-o pela imprensa dedicada à cultura.
Mas na verdade Heitor Villa Lobos, rebelde, sempre fez pouco caso dessas críticas sectárias. Foi em frente com a sua criatividade original. Na realidade ele pode ser considerado como uma espécie de gênio em sua área. A sua obra influenciou uma geração de primeira linha de compositores e instrumentistas, inclusive na música popular, como Tom Jobim e outros. Um gigante universal e brasileiro.
Maestro da nação
Em novembro deste ano se passou o 50º aniversário da morte de Heitor Villa Lobos, o grande maestro que mais do que ninguém simboliza na música, inclusive a erudita, o espírito do artista imbuído de profundo sentimento nacional.
Toda a sua obra encontra-se carregada de intensa brasilidade. É uma produção baseada em substanciosa pesquisa da cultura e dos ecos melodiosos de um Brasil urbano e rural, do litoral ao centro desta nação continental. O seu legado retrata, sem dúvida alguma, em profundidade, um Brasil profundo.
O povo brasileiro ainda não descobriu a sua alma nas partituras de Heitor Villa Lobos que permanece circunscrita aos círculos dos letrados musicais ou aos curiosos da classe média.Apesar de que durante a década de trinta, incentivado pelo governo Getúlio Vargas, a sua produção tenha sido divulgada em massa e ele próprio tenha se tornado uma celebridade popular, tendo regido no estádio de São Januário, do Vasco da Gama, um coral de milhares de crianças.
Apaixonado por suas idéias, imensamente criativo e pesquisador detalhista, Villa Lobos revelou ao mundo, à Europa e aos Estados Unidos uma música clássica de sentido universal e raízes brasileiras.
Por essa ousadia “politicamente incorreta” aos espíritos colonizados dos conservadores avessos às mudanças e ousadias, o grande maestro foi perseguido, patrulhado e chamado de excêntrico no melhor dos casos e nos piores de louco varrido.
É que esses de alma pequena e subservientes às modas da Europa, entupidos de sons estrangeiros, educados na “noblesse oblige” - a nobreza obriga, não podiam conceber uma produção erudita nacional e de altíssima qualidade.
Quando o grande artista foi em definitivo reconhecido internacionalmente, a recalcitrante elite intelectual aristocrática brasileira resolveu “aceitar” Villa Lobos, meio a contragosto e sempre que podia alfinetando-o pela imprensa dedicada à cultura.
Mas na verdade Heitor Villa Lobos, rebelde, sempre fez pouco caso dessas críticas sectárias. Foi em frente com a sua criatividade original. Na realidade ele pode ser considerado como uma espécie de gênio em sua área. A sua obra influenciou uma geração de primeira linha de compositores e instrumentistas, inclusive na música popular, como Tom Jobim e outros. Um gigante universal e brasileiro.
03 dezembro 2009
Mercado interno puxa indústria
. A produção industrial medida pelo IBGE teve crescimento de 2,2% em outubro, impulsionada pelo consumo de veículos e de eletrodomésticos da linha branca.
. Foi o décimo mês seguido de alta. Com isso, reforça-se a tendência de que o mercado interno continue sustentando o crescimento do setor - para o ano que vem, especialistas projetam que o mercado doméstico responderá por 80% da expansão industrial.
. Foi o décimo mês seguido de alta. Com isso, reforça-se a tendência de que o mercado interno continue sustentando o crescimento do setor - para o ano que vem, especialistas projetam que o mercado doméstico responderá por 80% da expansão industrial.
A força do gesto
. Na política e no amor o gesto vale mais do que um milhão de palavras. É tempo de gestos generosos e pacientes.
. E solidários.
. E solidários.
Otimismo, sim. Mas é bom não exagerar
. Notícia no Valor Econômico: Previsões melhoram e PIB crescerá até 6,5% em 2010. O Produto Interno Bruto (PIB) pode crescer acima de 6% em 2010. Um crescente número de consultorias aposta em recuperação muito forte da economia brasileira e pelo menos uma instituição, o Credit Suisse, já projeta que o crescimento pode chegar a 6,5% no próximo ano.
. A variável-chave para o maior ou menor crescimento, dizem os economistas, está no investimento. Quem aposta em um PIB acima de 6% espera, também, um aumento expressivo — de 20% — na formação bruta de capital fixo, a variável que mede a demanda por máquinas e equipamentos e na construção civil.
. As consultorias e bancos que esperam uma alta do PIB umpouco menor em 2010 — mais próxima de 5% — projetam recuperação menos expressiva do investimento.
. A variável-chave para o maior ou menor crescimento, dizem os economistas, está no investimento. Quem aposta em um PIB acima de 6% espera, também, um aumento expressivo — de 20% — na formação bruta de capital fixo, a variável que mede a demanda por máquinas e equipamentos e na construção civil.
. As consultorias e bancos que esperam uma alta do PIB umpouco menor em 2010 — mais próxima de 5% — projetam recuperação menos expressiva do investimento.
Em defesa da UNE
CTB repudia ofensiva reacionária contra UNE
Por Wagner Gomes*, no Portal CTB
O jornal O Estado de S.Paulo, destacado integrante do chamado PIG (Partido da Imprensa Golpista), dedicou a principal manchete da edição do último domingo (29) a uma denúncia contra a UNE (União Nacional de Estudantes), que segundo a publicação "é suspeita de ter fraudado convênios com Ministério da Cultura".
No dia seguinte (30), o diário da família Mesquita voltou à carga contra a entidade, acusando-a de irregularidade num repasse de R$ 7,8 mil a uma empresa baiana de segurança.
Em artigo assinado pelo seu presidente, Augusto Chagas, reproduzido na coluna de opinião deste portal, a UNE rechaça a denúncia, esclarecendo que não fez qualquer convênio com as empresas citadas pelo jornal, "apenas fez orçamentos". Ao mesmo tempo, classifica o factoide veiculado com sensacionalismo pelo diário conservador de "mais um capítulo da criminalização dos movimentos sociais" no Brasil.A CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil) repudia o modo espalhafatoso, manipulador e falacioso com que o jornal aborda os fatos, que de resto é evidenciado logo no primeiro parágrafo do factoide publicado na edição de domingo, que considera a UNE uma "aliada do governo". É uma forma de descaracterizar e desmoralizar a entidade, que representa com autonomia os interesses dos estudantes brasileiros e é historicamente vinculada às lutas dos movimentos sociais por um Brasil mais justo e progressista.
O ataque do Estadão à UNE se inscreve numa ofensiva mais geral da mídia capitalista contra os movimentos sociais, visando criminalizá-los e desacreditá-los perante a chamada opinião pública. É um movimento orquestrado e de direita, que compreende ainda a CPI armada contra o MST no Senado pela bancada ruralista, a Adin do DEM (ex-PFL) contra a concessão de parte da contribuição sindical às centrais, a conspiração do silêncio em relação às lutas e manifestações populares (como a Marcha da Classe Trabalhadora em Brasília, que reuniu mais de 40 mil no dia 11 de novembro e foi solenemente ignorada pelo Estadão), além de uma infinidade de notícias diárias contra os sindicatos e seus dirigentes, as greves, as ocupações realizadas por sem-terras e outras iniciativas do gênero.
Em resposta às investidas do Partido da Imprensa Golpista, é necessário fortalecer a unidade dos movimentos sociais para uma intervenção firme na Conferência Nacional de Comunicação, que será realizada em breve no Distrito Federal, em defesa de uma efetiva democratização da mídia nacional, bem como de um novo projeto nacional de desenvolvimento, com soberania e valorização do trabalho, no qual os movimentos sociais, em vez de marginalizados e criminalizados, terão vez e voto, exercendo um protagonismo crescente.
* Wagner Gomes, presidente da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)
Por Wagner Gomes*, no Portal CTB
O jornal O Estado de S.Paulo, destacado integrante do chamado PIG (Partido da Imprensa Golpista), dedicou a principal manchete da edição do último domingo (29) a uma denúncia contra a UNE (União Nacional de Estudantes), que segundo a publicação "é suspeita de ter fraudado convênios com Ministério da Cultura".
No dia seguinte (30), o diário da família Mesquita voltou à carga contra a entidade, acusando-a de irregularidade num repasse de R$ 7,8 mil a uma empresa baiana de segurança.
Em artigo assinado pelo seu presidente, Augusto Chagas, reproduzido na coluna de opinião deste portal, a UNE rechaça a denúncia, esclarecendo que não fez qualquer convênio com as empresas citadas pelo jornal, "apenas fez orçamentos". Ao mesmo tempo, classifica o factoide veiculado com sensacionalismo pelo diário conservador de "mais um capítulo da criminalização dos movimentos sociais" no Brasil.A CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil) repudia o modo espalhafatoso, manipulador e falacioso com que o jornal aborda os fatos, que de resto é evidenciado logo no primeiro parágrafo do factoide publicado na edição de domingo, que considera a UNE uma "aliada do governo". É uma forma de descaracterizar e desmoralizar a entidade, que representa com autonomia os interesses dos estudantes brasileiros e é historicamente vinculada às lutas dos movimentos sociais por um Brasil mais justo e progressista.
O ataque do Estadão à UNE se inscreve numa ofensiva mais geral da mídia capitalista contra os movimentos sociais, visando criminalizá-los e desacreditá-los perante a chamada opinião pública. É um movimento orquestrado e de direita, que compreende ainda a CPI armada contra o MST no Senado pela bancada ruralista, a Adin do DEM (ex-PFL) contra a concessão de parte da contribuição sindical às centrais, a conspiração do silêncio em relação às lutas e manifestações populares (como a Marcha da Classe Trabalhadora em Brasília, que reuniu mais de 40 mil no dia 11 de novembro e foi solenemente ignorada pelo Estadão), além de uma infinidade de notícias diárias contra os sindicatos e seus dirigentes, as greves, as ocupações realizadas por sem-terras e outras iniciativas do gênero.
Em resposta às investidas do Partido da Imprensa Golpista, é necessário fortalecer a unidade dos movimentos sociais para uma intervenção firme na Conferência Nacional de Comunicação, que será realizada em breve no Distrito Federal, em defesa de uma efetiva democratização da mídia nacional, bem como de um novo projeto nacional de desenvolvimento, com soberania e valorização do trabalho, no qual os movimentos sociais, em vez de marginalizados e criminalizados, terão vez e voto, exercendo um protagonismo crescente.
* Wagner Gomes, presidente da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)
02 dezembro 2009
Câmara vota PL do Livro e da leitura
No nosso site:
. Na sessão desta terça-feira, dia 01 de dezembro, a Câmara Municipal do Recife vota em plenário o Projeto de Lei nº 123/2009, que cria a Política Municipal do Livro e de Incentivo à Cultura da Leitura. O PL 123/2009 é fruto de um grande processo de mobilização do Fórum Pernambucano em Defesa do Livro, da Leitura e das Bibliotecas e foi apresentado pelo vereador Luciano Siqueira durante audiência pública realizada em setembro passado.
. O projeto do vereador Luciano Siqueira estabelece medidas visando à formação de leitores e a aumentar o índice municipal de leitura, entre as quais, a implantação de bibliotecas, realização de eventos literários e a criação do Plano Recifense do Livro e da Leitura, proposta que já recebeu a adesão do secretário de Cultura Renato L e de professores, estudantes, bibliotecários e intelectuais.
. “O nosso compromisso é atuar como instrumento de expressão do Fórum, junto ao Parlamento, e, assim, concretizar políticas que possam garantir o acesso à leitura e elevar a consciência cidadã”, ressaltou o parlamentar.
. Para o coordenador do Fórum Pernambucano em Defesa do Livro, Rogério Barata, o PL 123/2009 é a municipalização da política prevista pelo Plano Nacional do Livro e da Leitura que orienta os municípios a adotarem medidas que garantam à população o acesso à leitura. “O incentivo à cultura da leitura é um componente estruturante para garantir a educação pública de qualidade, para ampliar o universo cultural da população e subsidiar a capacidade de conhecimento. Queremos que ele deixe de ser uma política de governo para ser uma política de Estado. E estamos conseguindo isso através do projeto que institui a lei municipal visando o fortalecimento de espaços de leitura e a formação de conhecimento à cultura da leitura”, afirmou.ueira, basta entrar em contato com a assessoria de imprensa através do telefone: 3301-1331 ou pelo email: imprensa@lucianosiqueira.com.br
Na foto, audiência pública que formatou o Projeto de Lei.
Serenidade e rumo certo
. Mudança em equipe de governo é fato corriqueiro – sejam quais forem os motivos imediatos.
. Eduardo Campos realiza um governo exitoso. Tem tudo para prosseguir por mais quatro anos.
. Basta seguir adiante no rumo traçado. E manter a serenidade e o equilíbrio entre as forças que o apóiam.
. Eduardo Campos realiza um governo exitoso. Tem tudo para prosseguir por mais quatro anos.
. Basta seguir adiante no rumo traçado. E manter a serenidade e o equilíbrio entre as forças que o apóiam.
01 dezembro 2009
PCdoB na gestão de Elias Gomes
. O professor Iron Mendes (PCdoB) tomará posse hoje como secretário de Esportes de Jaboatão.
. Elias, como se sabe, pertence ao PSDB, partido que integra, em plano nacional, o campo de forças oposto à coalizão partidária que dá sustentação ao governo Lula, da qual participa o PCdoB.
. Essa discrepância não impede, entretanto, que uma aliança entre o PCdoB e o prefeito Elias Gomes, no plano local, em torno de propósitos comuns no soerguimento do município.
. Elias e o PCdoB guardam relações políticas amistosas há muito tempo, a despeito de em algumas ocasiões ocuparem palanques eleitorais distintos.
. O que motiva a acolhida dos comunistas ao convite do prefeito é a convergência de opiniões em torno do programa de governo ora em implementação em Jaboatão dos Guararapes.
. Além disso, o prefeito Elias – como já ocorreu quando governo Cabo de Santo Agostinho – respeita as opções políticas e eleitorais dos aliados. No caso do PCdoB, a firme posição em torno da reeleição do governador Eduardo Campos e a luta pela continuidade dos rumos adotados pelo presidente Lula no governo federal.
. Perderei a posse de Iron porque acontecerá às 15 h, mesmo horário da sessão plenária da Câmara Municipal do Recife.
. Elias, como se sabe, pertence ao PSDB, partido que integra, em plano nacional, o campo de forças oposto à coalizão partidária que dá sustentação ao governo Lula, da qual participa o PCdoB.
. Essa discrepância não impede, entretanto, que uma aliança entre o PCdoB e o prefeito Elias Gomes, no plano local, em torno de propósitos comuns no soerguimento do município.
. Elias e o PCdoB guardam relações políticas amistosas há muito tempo, a despeito de em algumas ocasiões ocuparem palanques eleitorais distintos.
. O que motiva a acolhida dos comunistas ao convite do prefeito é a convergência de opiniões em torno do programa de governo ora em implementação em Jaboatão dos Guararapes.
. Além disso, o prefeito Elias – como já ocorreu quando governo Cabo de Santo Agostinho – respeita as opções políticas e eleitorais dos aliados. No caso do PCdoB, a firme posição em torno da reeleição do governador Eduardo Campos e a luta pela continuidade dos rumos adotados pelo presidente Lula no governo federal.
. Perderei a posse de Iron porque acontecerá às 15 h, mesmo horário da sessão plenária da Câmara Municipal do Recife.
Bom dia, Chacal
Passo importante na educação
. O Censo Escolar da Educação Básica, divulgado ontem, revela que 59% dos alunos que iniciam o ensino fundamental já estão matriculados no modelo de nove anos.
. É um crescimento de 12,5% em relação a 2008. O novo ensino fundamental de 9 anos foi criado por uma lei em 2005. Antes, o ensino era obrigatório dos 7 aos 14 anos (da 1ª a 8ª série). A nova faixa etária vai dos 6 aos 14 anos (do 1° ao 9° ano). As redes de ensino têm até 2010 para implementar a mudança.
. É um crescimento de 12,5% em relação a 2008. O novo ensino fundamental de 9 anos foi criado por uma lei em 2005. Antes, o ensino era obrigatório dos 7 aos 14 anos (da 1ª a 8ª série). A nova faixa etária vai dos 6 aos 14 anos (do 1° ao 9° ano). As redes de ensino têm até 2010 para implementar a mudança.
História: 1 de dezembro de 1833
O presidente da província de Alagoas queixa-se dos papaméis, quilombolas-guerrilheiros, da área de Porto Calvo: "Mais se assemelham a uma horda de antropófagos". (Vermelho http://www.vermelho.org.br/).