24 fevereiro 2011

Boa noite, Clóvis Campêlo

Soneto do disparate vermelho

Um dia, pintei-me de vermelho
só para negar ao mundo
o seu azul mais profundo,
do qual não quis ser o espelho.

Também neguei o poeta
que pintara os seus sapatos
no mesmo tom insensato,
na sua matiz predileta.

Prossegui no disparate
de uma nova fantasia,
iniciando o embate,

dessa nova alegoria,
e nesse novo arremate,
reinventando a poesia.

Um comentário:

  1. Grato mais uma vez pela publicação do meu soneto, Luciano. Grande abraço

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