No Vermelho, por Eduardo Bomfim
Os atentados ocorridos na Noruega com mais de setenta mortos podem parecer algo casual, mas na realidade refletem uma tendência ao fascismo de parcelas das elites, e do capital financeiro internacional, que vão se descartando de outro discurso por eles elaborado, sintetizado na chamada doutrina do multiculturalismo.
Quando meses atrás o primeiro ministro da Grã Bretanha, David Cameron, e a chanceler alemã, Angela Merkel, anunciaram em entrevista coletiva a morte do multiculturalismo, na verdade o que estava acontecendo era uma inflexão estratégica em relação a essa agenda multicultural global desses quarenta anos de hegemonia neoliberal e da nova ordem mundial.
As teses multiculturalistas reinaram olimpicamente durante toda essa época como argumento para suprimir as fronteiras nacionais e ao mesmo tempo foram difundidas com o objetivo de desarmar, dividir, fragmentar as lutas dos povos e trabalhadores dos Países, objetivando quebrar o espírito de unidade arduamente perseguido ao longo de várias dezenas de anos.
Os exemplos mais emblemáticos de resistência dos povos têm sido as grandes lutas antiimperialistas desde o início do século 20 que enxergam na centralidade da grandeza nacional o elemento decisivo para a conquista da plena soberania, associada, em muitos casos, a projetos de transição para uma sociedade mais avançada, o socialismo.
Esse discurso sobre a extinção das fronteiras, vistas como ultrapassadas, foi disseminado como uma pretensa etapa superior da humanidade, na verdade subordinada a uma maior globalização do capital, que exclui os conceitos históricos e culturais dos Países, proporciona uma grande mobilidade internacional da força de trabalho e o aviltamento da sua remuneração.
E a esse projeto contra as nações e o mundo do trabalho o ideólogo norte-americano Francis Fukuyama adicionou a farsa sobre o “fim da História”.
Porém, a crise sistêmica capitalista, o desemprego generalizado entre as nações do primeiro mundo, os efeitos colaterais das agressões imperiais, como o terrorismo, transformou o multiculturalismo em um estorvo à nova ordem mundial. A criatura já não mais interessa aos seus criadores.
Ressurge assim uma doutrina mais eficaz à hegemonia e à acumulação sôfrega do capital financeiro internacional.
Os atentados na Noruega só revelam a ponta do iceberg. O que estamos presenciando mesmo é a proliferação de organizações neonazistas já disputando parcelas do poder na Europa, enquanto nos EUA avança a direita fundamentalista, a exemplo do Tea Party.
As teses multiculturalistas reinaram olimpicamente durante toda essa época como argumento para suprimir as fronteiras nacionais e ao mesmo tempo foram difundidas com o objetivo de desarmar, dividir, fragmentar as lutas dos povos e trabalhadores dos Países, objetivando quebrar o espírito de unidade arduamente perseguido ao longo de várias dezenas de anos.
Os exemplos mais emblemáticos de resistência dos povos têm sido as grandes lutas antiimperialistas desde o início do século 20 que enxergam na centralidade da grandeza nacional o elemento decisivo para a conquista da plena soberania, associada, em muitos casos, a projetos de transição para uma sociedade mais avançada, o socialismo.
Esse discurso sobre a extinção das fronteiras, vistas como ultrapassadas, foi disseminado como uma pretensa etapa superior da humanidade, na verdade subordinada a uma maior globalização do capital, que exclui os conceitos históricos e culturais dos Países, proporciona uma grande mobilidade internacional da força de trabalho e o aviltamento da sua remuneração.
E a esse projeto contra as nações e o mundo do trabalho o ideólogo norte-americano Francis Fukuyama adicionou a farsa sobre o “fim da História”.
Porém, a crise sistêmica capitalista, o desemprego generalizado entre as nações do primeiro mundo, os efeitos colaterais das agressões imperiais, como o terrorismo, transformou o multiculturalismo em um estorvo à nova ordem mundial. A criatura já não mais interessa aos seus criadores.
Ressurge assim uma doutrina mais eficaz à hegemonia e à acumulação sôfrega do capital financeiro internacional.
Os atentados na Noruega só revelam a ponta do iceberg. O que estamos presenciando mesmo é a proliferação de organizações neonazistas já disputando parcelas do poder na Europa, enquanto nos EUA avança a direita fundamentalista, a exemplo do Tea Party.
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