No Vermelho, por Eduardo Bomfim
Os ricos da crise
A Grécia mergulhou no precipício e Portugal com a espada nas costas caminha na mesma direção aguardando a sua vez. Esse é o panorama das economias de grande parte das nações europeias assaltadas pelo capital financeiro internacional, na fila dos condenados esperando a execução iminente.
O mundo tem sido jogado em uma aventura enlouquecida em consequência da ganância inerente ao capital em sua voracidade sem freios e própria do seu caráter que de tempos em tempos mergulha os Países em tragédias, muito particularmente as massas assalariadas, a juventude, os aposentados etc.
Essa crise atual, iniciada em 2008, também tem sido um momento de decadência da nova ordem neoliberal que reinou absoluta, apesar da tenaz resistência dos povos, nas últimas quatro décadas nos Estados Unidos e na Europa, determinando os rumos da economia global.
No Brasil as orientações da nova ordem mundial e sua doutrina neoliberal foram implantadas muito especialmente durante os dois mandatos do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e seus efeitos ainda não desapareceram de todo, até porque, embora haja um novo contexto de multipolaridade econômica mundial, elas ainda ditam os rumos globais.
Atualmente os dois motores principais que mantêm a hegemonia das linhas da nova ordem mundial, além das estratégias econômicas dos centros decisórios capitalistas nos EUA e na Europa, têm sido a força militar e a poderosa máquina midiática global com ramificações em todos os Países.
O poder de fogo bélico e da mídia global têm sido ao longo dessas décadas impostas às nações e aos povos como verdadeiras armas de guerra, e assim precisam ser compreendidas, objetivando o domínio e a subordinação das sociedades. Ao ponto de terem erigido um tipo de civilização regressiva, ultra-individualista e reacionária e que hoje se encontra em crise geral.
Portanto a resistência contra essa ordem imperial hegemônica, mesmo em gravíssima crise, sempre tem combinando a luta de ideias com a defesa da soberania das nações, algumas delas agredidas violentamente através de ofensivas militares e midiática combinadas e ao mesmo tempo.
Mas nessa aldeia global em tenebrosa crise, enquanto o desemprego mundial já atingiu a casa de 211,5 milhões de trabalhadores, as grandes fortunas do planeta, uma ínfima minoria da população, aumentaram em quase 10% o fastio da opulência em meio a esses tempos danados.
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