. O Brasil ainda não adotou o controle da conta de capitais como meio de disciplinar a entrada e saída de dólares – especialmente os de natureza especulativa. Muitos países o fazem, até o Chile, que foi padrão sul-americano de implantação das políticas neolçiebrais. Veja no que dá.
. O Valor Econômico de hoje noticia que entre os fatores acompanhados pelo Banco Central para avaliar a gravidade da crise europeia está o aumento das remessas de lucros e dividendos de filiais de bancos e empresas multinacionais europeias a seus países de origem.
. Pressionadas pelas matrizes e pelos governos cuja situação é considerada delicada, como os da Espanha, Portugal e Itália, filiais brasileiras tendem a socorrer seu "'caixa central" por meio das remessas. O volume de recursos remetidos às matrizes acumulado nos últimos 12 meses até julho (último dado disponível no BC) chegou a US$ 34,195 bilhões, bem próximo do patamar recorde atingido em setembro de 2008 (US$ 34,952 bilhões), auge da crise financeira internacional.
. A expectativa é que as remessas se intensifiquem no segundo semestre. O setor de telecomunicações, que ao longo de todo o ano passado enviou às matrizes US$ 1,064 bilhão, já remeteu neste ano, em sete meses, US$ 1,526 bilhão. Os bancos distribuíram US$ 1,912 bilhão a seus acionistas no exterior, uma alta de 33% comparada ao mesmo período de 2010.
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