No Vermelho, por Eduardo Bomfim
Brasil, impasse e urgências
É cada vez mais grave o diagnóstico da crise mundial capitalista que atinge em cheio os Países do centro do sistema enquanto as nações que compõem os chamados BRICS - Brasil, Rússia, Índia, China e recentemente a África do Sul, conseguem resistir ao terremoto financeiro e persistem em índices razoáveis ou altos de crescimento.
No entanto os Estados Unidos procuram manter a sua hegemonia unipolar, em profundo declínio econômico, através de uma louca política de agressões militares e chantagens procurando a ocupação de espaços geopolíticos no Oriente Médio e Ásia, avançando sobre as riquezas petrolíferas, circundando militarmente a Rússia, a China e buscando intimidar os demais emergentes, Brasil, Índia e África do Sul.
O Brasil detém a maior reserva florestal do mundo, 12% da água doce do planeta e minerais estratégicos. Deve se transformar em um dos maiores produtores de petróleo, além da possibilidade de ser o celeiro de alimentos da Terra por suas extensões agricultáveis e dimensão continental.
Portanto não é sem motivos que o País vem sofrendo um assédio moral de forte impacto, dirigido pelo complexo multimidiático sob a hegemonia norte-americana cuja intenção é provocar a anemia nacional e a fragmentação da unidade popular.
Assim é que ressuscita no País, com retoques superficiais, a teoria malthusiana, inspiração e justificativa do velho colonialismo inglês para as suas políticas de superioridade racial e contenção do crescimento demográfico nas colônias com vistas à apropriação da natureza e usufruto dos alimentos pelas elites do império.
Com os mesmos objetivos difundem a misantropia, a antropofobia, como base para um ambientalismo santuarista, fundamentalista, cuja intenção é impedir o desenvolvimento nacional a exemplo da bilionária campanha pop star, contrária à edificação da hidrelétrica de Belo Monte.
O Brasil vê-se em crescimento econômico, incorporando dezenas de milhões de pessoas ao mercado de trabalho em um mundo em crise galopante, mas fragilizado como projeto nacional estratégico.
Conflitado entre o seu dialético contínuo ascendente de civilização rica e singular ou a tentativa de brutal aculturação por uma agenda ideológica e cultural global típica da "nova ordem mundial" comum aos Países hegemonizados. Um impasse que impõe a urgência de um Novo Projeto Nacional de Desenvolvimento como alternativa econômica e de Nação.
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