Recifense acredita em futuro melhor
O índice de satisfação dos moradores com a cidade cresceu 24 pontos percentuais em dez anos
O recifense é, antes de tudo, um otimista. A paráfrase de Euclides da
Cunha, autor do clássico Os Sertões, tem lá sua razão de ser. Segundo a
pesquisa Cidade Cidadão 2012, o morador da capital pernambucana ainda se vê
como parte de uma sociedade pouco civilizada, mas sente que a vida está melhor
e acredita em um futuro mais feliz. Concepção positiva que pode estar atrelada
a processos de inclusão escolar e ganho de renda por uma grande parcela da
população.
De acordo com o estudo, que já havia sido realizado pelo Instituto de Pesquisas
Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe) em 1995, 1998, 2002 e 2009, 79% dos
recifenses gostam muito de morar na cidade, enquanto apenas 3% acham ruim. E
mais: 56% dos 400 entrevistados acreditam que a qualidade de vida melhorou no
Recife. É o resultado mais positivo desde a primeira edição da Cidade Cidadão.
O coordenador da pesquisa e diretor da FGV Projetos, Carlos Augusto Costa,
salienta a evolução do índice de satisfação. “Em dez anos, o percentual subiu
de 32% para 56%, o que mostra, entre outras coisas, que quem era mais pobres e
menos instruído está se sentindo mais incluído, com acesso aos serviços”, diz,
ressaltando que 73% dos recifenses acham que a vida na cidade irá melhorar nos
próximos anos, enquanto só 8% preveem um cenário mais desagradável.
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