A invasão real da África não está nos noticiários
Uma invasão da África de grandes proporções está em andamento. Os Estados Unidos estão instalando tropas em 35 países africanos, a começar pela Líbia, Sudão, Argélia e Níger. Isto foi informado pela Associated Press no dia de Natal, mas ficou omisso na maior parte da imprensa anglo-americana.
. A invasão pouco tem a ver com "islamismo" e, quase tudo a ver com a aquisição de recursos, nomeadamente minérios, e com uma aceleração da rivalidade com a China. Ao contrário da China, os EUA e seus aliados estão preparados para utilizar um grau de violência já demonstrado no Iraque, Afeganistão, Paquistão, Iémen e Palestina. Tal como na guerra-fria, uma divisão de trabalho exige que o jornalismo ocidental e a cultura popular providenciem a cobertura de uma guerra sagrada contra um "arco ameaçador" de extremismo islâmico, não diferente da falsa "ameaça vermelha" de uma conspiração comunista mundial.
. Planejada há muito como uma "missão" para a Otan, para não mencionar os franceses sempre zelosos, cujas causas coloniais perdidas continuam em prontidão permanente, a guerra à África tornou-se urgente em 2011 quando o mundo árabe parecia estar se libertando dos Mubaraks e outros clientes de Washington e da Europa. A histeria que isto provocou em capitais imperiais não pode ser exagerada. Bombardeiros da Otan foram despachados não para Tunis ou Cairo mas sim para Líbia, onde Muammar Kadafi dominava as maiores reservas petrolíferas da África. Com a cidade líbia de Sirte reduzida a escombros, as SAS britânicas dirigiram as milícias "rebeldes" para o que se revelou como um banho de sangue racista.
. Leia a matéria na íntegra http://migre.me/dgS7G
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