09 março 2013

Depois da tempestade

Revista Brasileiros:
Nos mares gelados da Antártica
Um ano após naufragar seu barco, o jornalista João Lara Mesquita volta para resgatar os destroços
. O jornalista João Lara Mesquita não navegou por mares calmos nesse último ano. Exatamente doze meses atrás, no dia 7 de março de 2012, ele começou, a bordo de seu barco tipo trawler de 76 pés, o Mar Sem Fim, expedição que o levaria para o extremo sul do planeta, mais precisamente para o continente antártico, onde já havia estado antes para produzir uma serie de programas e documentários. Lá João iria juntar material jornalístico para depois veicular, vídeos, fotos, relatos… Mal sabia ele que a história que iria contar, seria totalmente outra.
. A calmaria da saída de Ushuaia, ponto de partida da viagem, se transformou em tormenta na Passagem de Drake, onde o Mar Sem Fim lutou contra forte vento e ondas de até 5 metros. Guerreiro, barco, capitão e tripulação aguentaram, porém, os estragos já estavam feitos. O vento levou um dos lemes da embarcação, além de ter danificado a bucha do eixo, acabando com a capacidade de manobra do Mar Sem Fim e o deixando praticamente a deriva. Sob pressão, João tomou a decisão que lhe pareceu acertada no momento, a última esperança para, talvez, tirar seu “Marzão”, como ele carinhosamente chama seu barco, com vida da Antártica. A ideia era rumar para a Baía Fields, parcialmente protegida e que abriga a sede de algumas bases militares, que poderiam o ajudar caso o pior acontecesse.
. E aconteceu. O avançado sistema meteorológico avisou que uma tempestade passaria pelo local na noite de 6 de abril. João e Plínio Romeiro Jr., grande amigo de João e um expert em navegação, tentaram deixar o Mar Sem Fim da forma mais segura possível, protegido na baía, antes de ser resgatados pela equipe chilena da base militar, que observava os brasileiros de perto há alguns dias. Após noite de apreensão em terra firme, o choque veio na manhã seguinte, o Mar Sem Fim não aguentou o espancamento da madrugada e afundou, apenas o casco do gigante de aproximadamente 20 metros berrava para fora da água, talvez esperando o capitão acordar para que os dois pudessem se despedir de forma digna.
Leia a matéria na íntegra http://migre.me/dB4AW

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